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Camila Medrado e Carolina Santana. CASO. Id: ASF, 10 anos, sexo masculino, procedente de Alto do Cabrito sem numero, subúrbio ferroviário. Informante: genitora.
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CASO • Id: ASF, 10 anos, sexo masculino, procedente de Alto do Cabrito sem numero, subúrbio ferroviário. Informante: genitora. • HMA: Genitora refere que o paciente estava bem quando começou a apresentar febre elevada (39,5C), cefaléia holocraniana e vômitos freqüentes e espontâneos, há 2 dias. O paciente foi então encaminhado ao posto medico, e transferido ao HCM após uso de dipirona.
CASO • AM: Nascido de parto normal a termo,bom desenvolvimento neuro-psico-motor, sem internação previa. • Imunização: Refere cartão vacinal completo. • Exame Físico: Paciente BEG, LOTE. • Dados vitais: Peso=35kg, Altura=1,38m, PR:70bpm, Temp: 37,5C, TA:100x60 mmHg. • Orofaringe e amígdalas: discreta hiperemia. Mucosas coradas e úmidas. • AR: MVBD, eupnéico, 28ipm.
CASO • ACV: BRNF em 2T. FC=70bpm. Sem sopros. • Abdome: plano, sem visceromegalias. • SN: discreta rigidez de nuca, sem outros sinais meningeos. • Ext: oxigenadas.
Impressão diagnóstica • Sendo um paciente de 10 anos, sexo masculino, com quadro agudo (há 2 dias) de febre elevada, cefaléia holocraniana e vômitos freqüentes e espontâneos, associado ao achado ao exame físico de discreta rigidez de nuca pode-se suspeitar de meningoenfefalite (ME). • A discreta hiperemia em orofaringe e amígdalas associado a um estado geral mantido e sinais meningeos discretos sugerem uma etiologia viral para a ME, sendo os principais agentes: enterovirus, vírus da caxumba, herpes simples. Sendo os enterovirus, Echovirus e Coxsackie vírus, os agente mais comuns. • Diagnóstico diferencial: meningoencefalia aguda bacteriana, meningoencefalite tuberculosa
Exames solicitados • Exame diagnóstico: punção liquórica – bacterioscopia (gram), cultura, antibiograma, contagem de células total e especifica, dosagem de proteinas e glicose, pesquisa de antígeno bacteriano. • Avaliar paciente: Hemograma/ Coagulograma/ Urina tipo1/ Uréia/ Creatinina/ TGO/ TGP/ Função hepática/ Eletrólitos/ glicemia de jejum/ 3 hemoculturas/ Swab nasal e de orofaringe. • Avaliar complicações: TC crânio.
Normal Meningoencefalite bacteriana Meningoencefalite viral Meningoencefalite tuberculosa Celularidade (cels/mm³) 0-4 > 500 < 500 < 500 Polimorfonucleares 0 > 66-70% < 34% < 34% Linfomononucleares 100% < 34% > 66% > 66% Proteínas (mg%) 40 > 40 20-80 > 100 Glicose (mg%) > 40 < 40 normal < 40 Bacterioscopia negativa positiva negativa positiva ou negativa Cultura negativa positiva negativa positiva ou negativa CASO • Resultado do Líquor: aspecto límpido, 200 células com predominância de mononucleares, glicose de 60mg%, proteína de 20mg%, gram e látex negativa, cultura em andamento.
Tratamento • ME viral: O tratamento é sintomático e de suporte, como repouso, hidratação, alimentação branda, antitérmico, analgésico, ambiente calmo e com pouca luz.
Evolução • Complicações: • Convulsões • Hipertensão intracraniana
Conduta para contactantes • No caso de ME viral por enterovirus, a transmissão é fecal-oral assim deve-se realizar: • Higiene pessoal: lavagem de mãos • Higiene ambiental: ambiente limpo e arejado • Higiene dos alimentos e da água • Higiene dos equipamentos e utensílios
Follow-up • O paciente com meningite viral deve ser isolado por sete dias a partir do início dos sintomas.