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Comunicação Comparada

Comunicação Comparada. Revisão. Textos. 1. “ McLuhan entre conceitos e aforismos” 2. “Admirável mundo novo – comentário ao livro infoproletários ” 3. “ Cypherpunks ”. 1. McLuhan entre conceitos e aforismos.

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Comunicação Comparada

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Presentation Transcript


  1. Comunicação Comparada Revisão

  2. Textos • 1. “McLuhan entre conceitos e aforismos” • 2. “Admirável mundo novo – comentário ao livro infoproletários” • 3. “Cypherpunks”

  3. 1. McLuhan entre conceitos e aforismos • “O que McLuhan entende por meio pode ser definido como tecnologia. Cada ferramenta ou técnica permite que o corpo humano estenda suas capacidades. Um martelo estende o poder da mão, a roda estende a habilidade do pé, etc. Um meio de comunicação seria mais uma dessas extensões técnicas. Cada uma das tecnologias produz um bias sobre o mundo da vida, sobre a organização das sociedades, propondo uma ideologia, uma visão de mundo específica. Assim, a invenção da escrita teria permitido a criação dos impérios, como a máquina a vapor possibilitou a expansão capitalista, como a eletricidade possibilita a aldeia global”.

  4. “Em suas teorizações, sustentou que cada meio diferente é uma extensão dos sentidos, que afeta o indivíduo e a sociedade de maneiras distintas; além de classificar alguns meios de “quentes” – mídias que engajam os sentidos da pessoa em alta-intensidade, de modo exclusivo, como a tipografia, rádio e filme – e outros de “frios” – mídias de resolução ou intensidade mais baixas, que requer mais interação do/a espectador/a, como o telefone e a televisão”.

  5. O meio é a mensagem: • “...a noção de que, independente do conteúdo ou ‘mensagem’ explícita, um meio tem seus efeitos peculiares na percepção das pessoas constituindo-se em uma ‘mensagem’ em si mesmo”. • “Outro sentido deste aforismo é de que um meio transforma o seu conteúdo: um mesmo filme exibido na TV ou no cinema, por exemplo, resulta em experiências bastante diferentes para quem assiste”. • “...cada tecnologia traz consigo um bias (...), que condiciona o sentido do que é transmitido por meio dele. E este condicionamento do sentido faz com que cada meio seja, ele mesmo, parte do campo significante”.

  6. Um terceiro sentido foi sugerido pelo próprio McLuhan e consiste em um novo aforismo: “toda nova tecnologia cria um novo ambiente”. • “... com essas tecnologias, noções como “ambiente de trabalho” e “tempo livre” ficam radicalmente transformadas”. • Cada uma destas tecnologias cria “ambientes” para suas atividades, “lugares” simbólicos onde pessoas interagem e ação social acontece.

  7. O usuário é o conteúdo: • “O usuário é o conteúdo” se considerarmos que cada membro/a da “audiência” de um meio incorpora o que lê, vê e/ou ouve de acordo com seu conhecimento de fundo, de acordo com suas próprias categorias e sistemas de valores, e faz do “conteúdo” algo que sirva e se relacione com suas próprias necessidades e capacidades.

  8. A teoria tetrádica: • A teoria tetrádica prevê quatro efeitos provenientes da introdução de um novo meio no contexto social: • a amplificação de alguns aspectos da sociedade; • o envelhecimento (obsolescência) de aspectos da mídia dominante antes da emergência do novo meio; • a proeminência de aspectos tornados obsoletos previamente; e • a revitalização de mídias em consequência do pleno desenvolvimento do potencial do novo meio.

  9. De acordo com Horrocks (2001), é possível ver cada um dos efeitos previstos por McLuhan na sociedade contemporânea como resultado da entrada em cena do computador ligado à internet. Nesse sentido, a mídia em questão teria: • ampliado a participação do público em um meio de comunicação a considerar • a promoção da interatividade entre os/as participantes em nível global, atividade meramente sugerida com relação à televisão; • eclipsado as funções do telefone, do fax, da máquina de escrever, do pincel, do papel, do CD, entre outros; • reinventado a carta escrita no formato do e-mail; e • revitalizado o telefone celular com o desenvolvimento das redes wireless

  10. Considerando que “o meio é a mensagem”, isto é, que cada tecnologia configura o campo de significados em que está inserida, criando assim um novo “ambiente” (mental, moral e material), é importante destacar a configuração específica que organiza os novos ambientes digitais.

  11. 2. Admirável mundo novo: Infoproletários - degradação real do trabalho virtual” • Operadores de telemarketing e call centers como expressões máximas da atual precarização do trabalho. • “O proletariado não acabou, ele se transformou”. • Infoproletariado ou ciberproletariado: “termos que compreendem uma ampla gama de trabalhadores que floresceu nas últimas três décadas e meia a partir do aumento do uso da tecnologia da informação, da globalização e da degradação das condições de trabalho”. • Um proletariado contraditório: de ponta, moderno, porque usa tecnologia avançada, mas atrasado no que tange as condições de trabalho, herdadas daquelas vigentes no início do século 20. • A tecnologia não aliviou, apenas transformou a deterioração do trabalho.

  12. “O operador de telemarketing é a expressão mais completa de infoproletário. • Um trabalhador sob controle absoluto. Ele fica isolado em baias de modo que não converse com o colega do lado, tem tempo contado para ir ao banheiro, é punido se não cumpre metas e, como na indústria fordista, faz um trabalho prescrito e repetitivo levado ao limite”.

  13. “O infoproletário não se rebela. Afinal, ele não é um trabalhador, ele é um “colaborador”. Eis uma engenharia ideopolíticadas empresas, nascida nesse novo mundo do trabalho. Elas precisam da aquiescência e do envolvimento dos trabalhadores para tê-los só pensando nelas. No seu jogo de palavras, um colaborador não é parte da classe operária, não se sindicaliza, não pensa em política. Colaborador é parceiro, quase sócio. Por isso até almoça no mesmo restaurante dos gestores. Como, por definição parceria implica ajuda mútua, na bonança ou na tragédia, eu pergunto a essas empresas: por que o seu colaborador é o primeiro a ser penalizado em tempos de crise? Estamos diante de uma falácia, logicamente”.

  14. Trabalho voluntário • O capital se aproveitando de mais uma brecha para gerar valor. • Como no trabalho voluntário, mais uma forma de mascarar a autoexploração. • Ao procurar emprego hoje você estará em desvantagem se não mostrar no currículo que fez ou faz trabalho voluntário. As empresas valorizam isso. Mas se você tem que fazer trabalho voluntário para conseguir um emprego, então ele se tornou trabalho compulsório.

  15. Trabalho voluntário • “No Brasil existem perto de 20 milhões de trabalhadores voluntários. É evidente que eles substituem 20 milhões de assalariados que estariam recebendo para realizar um trabalho agora feito por voluntários que são obrigados a sê-lo”.

  16. Home office • “Outro desdobramento do cibertrabalho é o trabalho a distância, o melhor dos mundos para o capital. Você trabalha em sua casa, onde o público e o privado se embaralham: como não há definição do que é trabalho e do que é descanso, a jornada se estende. Você fica sempre disponível e pode ser incomodado a qualquer hora por questões de trabalho, afinal você não está só em casa, está também no escritório. A noção de tempo desmorona com a vida privada. É uma nova modalidade de precarização permitida pela tecnologia”.

  17. “Sou capaz de compreender o lado positivo do trabalho a distância para certo tipo e trabalhador que dispõe de “capital cultural” e acha bom ter controle sobre o próprio tempo. Mas o inverso disso é a individualização, o isolamento, o fim do trabalho coletivo e a quebra dos laços sociais”.

  18. 3. Cypherpunks • “A internet, nossa maior ferramenta de emancipação, está sendo transformada no mais perigoso facilitador do totalitarismo que já vimos. A internet é uma ameaça à civilização humana” • As pessoas no poder “enxergam a internet como uma doença que afeta sua capacidade de definir a realidade” • Assangeé taxativo: a internet se tornou uma ameaça à civilização humana. Consciente e inconscientemente, disponibilizamos on-line informações que podem ser utilizadas para criar estruturas de poder político jamais imaginadas, com níveis elevados de controle social.

  19. A saída proposta para essa situação seria a utilização da criptografia, uma tecnologia inicialmente utilizada por militares para evitar o vazamento de informações confidenciais, hoje disponível para qualquer computador • A criptografia como arma política. Essa técnica seria um dos últimos recursos disponíveis de resistência não-violenta ao poder do Estado e das corporações. • Cypherpunk é uma palavra criada a partir de cypher, que significa cifra (no caso, criptografia), e punk, um grupo de crenças sociais e políticas preocupadas com noções como rebelião, anti-autoritarismo, individualismo, pensamento livre e descontentamento. O lema dos Cypherpunks é “privacidade para os fracos, transparência para os poderosos”. • A criptografia permitiria criar novos espaços fechados em relação aos Estados, regiões livres das forças repressoras do Estado externo, sendo que a tarefa estatal de perseguir quem usa criptografia nesses lugares fechados demandaria recursos infinitos.

  20. “Quando nos comunicamos por internet ou telefonia celular, que agora está imbuída na internet, nossas comunicações são interceptadas por organizações militares de inteligência” • Em especial, levando em conta que a internet funciona por meio de recursos físicos extremamente controlados, como satélites, cabos submarinos, além de servidores instalados em diversos países, com diferentes estruturas legislativas. Estruturas que possibilitam ações jurídicas arbitrárias contra os usuários. • “As comunicações, no próprio núcleo das nossas vidas privadas, movem-se cada vez mais pela internet. Assim, de fato, nossas vidas privadas entraram numa zona militarizada. É como ter um soldado debaixo da cama. É a militarização da vida civil.” • O custo de construir sistemas privados ou governamentais de coleta, análise e manipulação de dados diminui consideravelmente.

  21. E é claro que a infraestrutura de comunicação ainda depende de corporações completamente atreladas aos governos, como as operadoras de celular. • Pornografia infantil, terrorismo, lavagem de dinheiro e a Guerra Contra Algumas Drogas são evocados pelos governos para aprovar leis que violam a privacidade dos usuários. • A maior ferramenta de liberdade criada nos últimos tempos também pode ser a maior ameaça política que já enfrentamos.

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