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O RENASCIMENTO (séc. XV – XVI) E A RELEITURA DO MUNDO NATURAL

O RENASCIMENTO (séc. XV – XVI) E A RELEITURA DO MUNDO NATURAL. Marcos e características. Idade Média: 395/476 (divisão do Império Romano/substituição do imperador Rômulo Augústulo por um rei “bárbaro”) 1453/1492 (queda de Constantinopla/chegada de Colombo à América)

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O RENASCIMENTO (séc. XV – XVI) E A RELEITURA DO MUNDO NATURAL

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  1. O RENASCIMENTO (séc. XV – XVI) E A RELEITURA DO MUNDO NATURAL

  2. Marcos e características • Idade Média: • 395/476 (divisão do Império Romano/substituição do imperador Rômulo Augústulo por um rei “bárbaro”) • 1453/1492 (queda de Constantinopla/chegada de Colombo à América) • Fontes do pensamento medieval: • Bíblia (livro da Escritura) • alguns filósofos gregos, lidos e devidamente “expurgados” para serem compatibilizados com as Escrituras Silvia F. de M. Figueirôa

  3. Marcos e características • Principais elos de ligação da Antigüidade com o Medievo = os “Padres (Pais) da Igreja” : • Sto. Agostinho (354-430): prof. de Retórica em Cartago, Roma e Milão, converteu-se ao Cristianismo e foi batizado em 387; fundiu filósofos gregos, neoplatonismo e Cristianismo  TOMISMO [“Desapossar os egípcios p/ enriquecer os hebreus” (Êxodo) - “Compreende para crer, crê para compreender”] • outras fontes = escritores eclesiásticos (Boécio, Isidoro de Sevilha) Silvia F. de M. Figueirôa

  4. Marcos e características • Cultura e educação concentradas nas mãos da Igreja (bibliotecas e escolas) • Características do ensino: • escolas monásticas (Carlos Magno, séc. VIII) e escolas urbanas (séc. X) • Universidades (séc. XI) (eclesiásticas, civis e estatais) = Bolonha (1088), Pádua (1100), Paris (1224), Oxford, Cambridge, Salamanca, Nápoles, Rostock • conjunto de 4 faculdades: Direito, Medicina, Artes e Teologia • curso básico, pré-requisito para todas, ministrado pela faculdade de Artes [Trivium (Gramática, Retórica e Dialética) e Quadrivium (Aritmética, Música, Geometria e Astronomia)] Silvia F. de M. Figueirôa

  5. Marcos e características • lições = disputas Johannes de Ketham, 1493 Andrea Vessalius, 1543

  6. Raízes das mudanças • > prosperidade na Europa a partir do ano 1000 devido a diversos avanços técnicos = arreios p/ cavalos, atrelagem em fila e ferraduras, além do rodízio de campos de aragem, utilizando-se arados mais pesados  maior produtividade • > avanços técnicos na construção de embarcações (armação das naus e aprimoramento das velas) • movimentos heréticos e críticas à Igreja  maior desejo de conhecer textos sagrados • crescimento populacional e desenvolvimento (capitalismo mercantil)  demanda por ensino leigo Silvia F. de M. Figueirôa

  7. “Renascimento” ou “Renascimentos”? • a partir do séc. VIII os árabes tomam o sul da Espanha (e da Europa, a seguir) e introduzem textos helenísticos (= textos gregos dos sécs. II a IV), traduzidos: Galeno (Medicina) e Ptolomeu (Astronomia - ALMAGESTO), acrescidos de ciência árabe - Alquimia, Astronomia, Matemática (Avicena, 980-1037; Averróis, 1126-1198) • por volta dos sécs. XII e XIII aparecem traduções para o latim dos trabalhos de Aristóteles s/ História Natural (Física, Metafísica, Meteorológica) • a introdução de novas obras leva a transformações no “quadrivium” de cada universidade, abrindo espaço para aprofundamentos em Matemática e Astronomia Silvia F. de M. Figueirôa

  8. O mundo medieval • o mundo é GEOCÊNTRICO, composto de esferas concêntricas que contêm as órbitas dos planetas • há uma “lei universal da natureza” = a Astrologia • o céu e os corpos celestes são inalteráveis e imutáveis • seus movimentos são eternos, circulares e perfeitos • existe uma “quinta-essência” superior, distinta da terra e de seus elementos • no mundo inferior (terrestre) prevaleciam os processos de geração, alteração e decomposição, como as mudanças das estações, os movimentos geológicos, o nascimento e a morte das plantas e animais Silvia F. de M. Figueirôa

  9. O mundo medieval • o “microcosmo” é governado pelo “macrocosmo” • a visão de mundo é ANTROPOCÊNTRICA e ANTROPOMÓRFICA • explicações baseiam-se nas “simpatias” e “similitudes” • “experiência” (experientia) tem outro sentido – não é “experimentação” Palma de Cristo Silvia F. de M. Figueirôa

  10. Personagens • Alguns estudiosos medievais importantes: • Robert Grosseteste (1168-1253): franciscano, professor de línguas, Teologia, Matemática e “Ciências Naturais” em Oxford; trabalhos s/ Ótica (refrações e espelhos - influência do trabalho do árabe Al-Haytham), Som, Astronomia [“Ciência descobre agentes causais, analisa-os, reconstrói o fenômeno e o verifica através da experiência”] Silvia F. de M. Figueirôa

  11. Personagens • Roger Bacon (1214-1292): franciscano, discípulo de Grosseteste, realizou importantes trabalhos em Alquimia (era “averroísta” e defendia a supremacia da razão sobre a fé) • S. Tomás de Aquino (1225-1274): dominicano, estudou nas universidades de Nápoles e Colônia; escreveu a “Suma Teológica”  ESCOLÁSTICA (esforço de síntese e assimilação de Aristóteles à doutrina cristã, compatibilizando razão e fé) Silvia F. de M. Figueirôa

  12. Renascimento - quadro geral • Alguns problemas: • contradições entre Ptolomeu e Aristóteles (“falsas”) - cálculos de órbitas de estrelas e planetas, de posições planetárias, etc • necessidade de novas rotas de comércio • impacto das navegações e descobrimentos, contradizendo, por meio da EXPERIÊNCIA DIRETA, verdades há muito estabelecidas sobre os povos da África, sobre a temperatura do oceano no equador, sobre a forma da Terra (1420-30 - Madeira e Açores; 1434 - cabo Bojador; ~1440-60 - Cabo Verde; 1470 - Ilhas S. Tomé e Príncipe; 1483 - Congo; 1487-88 - Cabo da Boa Esperança; 1497-99 - Índias (Vasco da Gama; 1500 - Brasil) Silvia F. de M. Figueirôa

  13. Renascimento - quadro geral • Reforma (Lutero) • invenção da imprensa com tipos móveis e aperfeiçoamento das ilustrações • CONSEQÜÊNCIAS  FRATURA NA COSMOVISÃO Silvia F. de M. Figueirôa

  14. Renascimento - quadro geral Demandas específicas • crescimento do comércio, gerando renda excedente e propiciando a criação dos primeiros bancos (capitalismo mercantil)  necessidade de aprimoramento das matemáticas, sobretudo ligadas à contabilidade • incremento das cobranças de impostos por parte das cidades (muitas eram cidades-estados)  enriquecimento das cidades, permitindo mecenato e investimentos em melhorias urbanas (técnica) Silvia F. de M. Figueirôa

  15. Renascimento - quadro geral • disputas de poder entre as cidades-estados, levando a demandas por aprimoramento nas “artes da guerra” (projéteis, explosivos, defesas, etc)  balística, mecânica, estática, “química”, “engenharia” • as navegações, agora mais freqüentes, demandam também incrementos da Astronomia e da marcação do tempo (relojoaria) p/ cálculo da longitude • a descoberta de metais nas Américas propicia avanços na metalurgia Silvia F. de M. Figueirôa

  16. Renascimento - quadro geral • Contexto cultural • proliferação de textos, pela facilidade de impressão e ilustração • penetração e grande influência, no pensamento renascentista, do Hermetismo e do Neoplatonismo (combinação de magia com Matemática e Geometria); magia natural (“anima mundi”) • o homem, e não Deus, no centro das preocupações  Humanismo Silvia F. de M. Figueirôa

  17. A Ciência do Renascimento • Nicolau Copérnico (1473-1543): estudos clássicos e de Matemática em Cracóvia, e também Astronomia; estudou Direito Canônico em Bolonha e depois Medicina em Pádua; construiu uma torre sem teto p/ servir de observatório astronômico em Fraeunburg, onde era cônego; Silvia F. de M. Figueirôa

  18. A Ciência do Renascimento • para “acertar” o sistema ptolomaico (e talvez por influência do hermetismo), coloca o Sol no centro do Universo (“Das revoluções dos corpos celestes”): “Imóvel, no entanto, no meio de tudo está o Sol. Pois nesse mais lindo templo, quem poria esse candeeiro em outro ou melhor lugar do que esse, do qual ele pode iluminar tudo ao mesmo tempo? Pois o Sol não é inapropriadamente chamado, por alguns povos, de lanterna do UNIVERSO; de sua mente, por outros; e de seu governante, por outros ainda. O Três Vezes Grande [Hermes Trismegisto] chama-o de um deus visível, e Electra, de Sófocles, de onividente”. Silvia F. de M. Figueirôa

  19. A Ciência do Renascimento • Leonardo da Vinci (1452-1519): aprendiz de artes no atelìê de Verrochio, em Florença; posteriormente segue para Milão e trabalha para Ludovico Sforza (Duque de Milão) até a deposição deste; trabalha em Roma e depois regressa a Florença. Homem de múltiplos interesses: pintura e artes, tecnologia e invenções, “ciências naturais” (dissecações); sua pintura “naturalística”, como a de outros artistas, é em si mesma um ato de conhecimento - pintar representando com fidelidade é sua “metodologia científica”. Silvia F. de M. Figueirôa

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