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Encontro do Movimento Mineiro de Fé e Política

Encontro do Movimento Mineiro de Fé e Política. Razões de Nossa Esperança Delze dos Santos Laureano Belo Horizonte – março/2014. “Parou à espera de que alguém respondesse, fê-lo uma voz feminina, Se não nos organizarmos a sério, mandarão a fome e o medo...” José Saramago

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Presentation Transcript


  1. Encontro do Movimento Mineiro de Fé e Política Razões de Nossa Esperança Delze dos Santos Laureano Belo Horizonte – março/2014

  2. “Parou à espera de que alguém respondesse, fê-lo uma voz feminina, Se não nos organizarmos a sério, mandarão a fome e o medo...” José Saramago Ensaio sobre a Cegueira

  3. O que se pode esperar de um tempo de profundas mudanças? Excertos da mesma obra Ensaio sobre a Cegueira, de José Saramago. “A chegada de tantos cegos pareceu pelo menos trazer uma vantagem. Pensando bem, duas, sendo a primeira de uma ordem por assim dizer psicológica, na verdade é muito diferente estar à espera, em cada momento, de que se nos apresentem novos inquilinos, a ver que o prédio finalmente se encontra cheio, que a partir de agora passou a ser possível estabelecer e manter com os vizinhos relações estáveis, duradouras, não perturbadas, como sucedia até aqui, por sucessivas interrupções de recém chegados que nos obrigavam a reconstituir continuamente os canais de comunicação.”

  4. Qual é o sentido de um tempo de profundas e constantes mudanças? “A segunda vantagem, esta de ordem prática, directa e substancial, foi terem as autoridades de fora, civis e militares, compreendido que uma coisa tinha sido fornecer alimentos para duas ou três dúzias de pessoas, mais ou menos tolerantes, mais ou menos predispostas, pelo seu pequeno número, a resignar-se perante ocasionais falhas ou atrasos da comida, e outra coisa era agora a repentina e complexa responsabilidade de sustentar duzentas e quarenta seres humanos de todos os jeitos, procedências e feitios em matéria de humor e temperamento.”

  5. O necessário retorno ao debate sobre o universalismo • Ainda faz sentido falar em universalismo? • A emancipação nessa disputa entre Universalismo e Culturalismo. • Universal e dialética. • Universal e acontecimento.

  6. O universal nas trilhas deixadas pelo apóstolo Paulo. São Paulo, Alain Badiou Por que os filósofos retornam a Paulo para compreender o universalismo: Judeu (fariseu) e romano? A auto-identidadede Paulo. Disposição extrema de fundação. Militância radical – antifilosofia. O acontecimento fundamental = revolução cultural = ressurreição de Jesus.

  7. A verdade apresentada por Paulo(as razões de nossa esperança) • A partir de um acontecimento pode-se criar uma nova ordem universal. • (fora do Império Romano) • Não existem mais diferenças que separam. Todos somos filhas e filhos de Deus. • A verdade não é objeto definido, sua existência ocorre pela fé. É o indizível. • (não é preciso viver refém de uma racionalidade que é morte) • A verdade é um processo e não iluminação. Por isso a fidelidade à declaração é crucial. (não deve haver vacilo) • A verdade é uma unidade de três conceitos fundamentais: • 1 - fé, que é convicção e que nomeia o sujeito no ponto da declaração; • 2 - amor, que nomeia o sujeito do ponto da intensão militante; • 3 – esperança, que é a certeza que nomeia o sujeito na força do deslocamento • pela superposição do caráter acabado do processo da verdade.

  8. O universal em Paulo, segundo Badiou • Precisamos separar o processo da verdade da historicidade cultural na qual a opinião pública pretende dissolvê-lo. • A ciência moderna encontra-se dissolvida no sistema-mundo criado concomitantemente a ela. • Paulo não fica preso à visão escatológica de mundo que é tão cara à tradição judaico-cristã. (negação ao destino manifesto) • A plausibilidade da verdade é a militância. A verdade como significante universal não é nem coisa, nem força, ela é o que unifica os sujeitos, indistintamente para o anúncio da boa nova. • A verdade exsurge do acontecimento. • O universal não pode ser reduzido a nenhuma força identitária.

  9. O universal não pode ser reduzido a norma abstrata. • Temos de considerar os limites da democracia parlamentar e do formalismo da concepção liberal; • O universal ocorre em situações localizáveis que colocam a língua em impasse. O verdadeiro é indizível. É o novo. • Crítica ao eurocentrismo, à racionalidade moderna.

  10. Universalismo e Culturalismo • Se o universal não pode ser reduzido a nenhuma forma identitárianão há como supervalorizar para a nossa esperança em um mundo melhor uma forma de vida sobre outra. • O risco da universalização pelo consumo, pelo mercado. • O fenômeno da bancarização - desarticulação dos movimentos sociais. • O mito da autonomia individual e segregada.

  11. Quais são então as razões de nossa esperança? • O acontecimento é uma oportunidade para novas formas de criar, de viver. O novo cria infinitas possibilidades. • Não existe nenhuma verdade que possa reivindicar toda universalidade, a verdade é processo, é devir. • O universal só é possível na diversidade. • Somos de uma tradição cultural aberta para o novo, para a diversidade. A entrada de novos sujeitos na política, nas universidades, no debate sobre a vida nas cidades são uma excelente oportunidade para pormos em cheque todo o sistema atual: ciência, economia, política, direito.

  12. Obrigada! delzesantos@hotmail.com

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