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Dimensão Trágica

Dimensão Trágica . Nos Maias. A tragicidade da acção . A acção de Os Maias apresenta algumas características da tragédia clássica. São particularmente relevantes as seguintes: O destino ( Ananké )

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Dimensão Trágica

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Presentation Transcript


  1. Dimensão Trágica Nos Maias

  2. A tragicidade da acção A acção de Os Maias apresenta algumas características da tragédia clássica. São particularmente relevantes as seguintes: O destino (Ananké) • Guimarães simboliza o Destino, pois é ele que traz a verdade sobre o parentesco entre Carlos da Maia e Maria Eduarda. • Simbolicamente, Guimarães , aparece vestido de negro, anunciando também o luto da família.

  3. A peripécia (Peripeteia) • Carlos da Maia vem a saber que mantém uma relação incestuosa com Maria Eduarda. O sofrimento (Pathos) • Descoberta da identidade de Maria Eduarda. A catástrofe (Catastrophé) • Morte de Afonso da Maia; • Separação de Carlos da Maia e Maria Eduarda.

  4. Acção trágica • Ao nível estrutural O autor realiza, ironicamente, uma crítica à sociedade da época, fustigando a apatia e a debilidade da mentalidade nacional. Esta debilidade da mentalidade nacional, conduz as personagens a uma certa acção trágica, pois elas são influenciadas pelo meio em que se inserem.

  5. Ao nível da acção Momento em que Afonso da Maia vê Maria Monforte pela primeira vez, é de salientar: Na Toca: Maria Eduarda é influenciada pelo ambiente físico provocado pela decoração desse espaço, sentido que o seu futuro será “confuso e escuro”, o que leva á situação incestuosa e o sofrimento causado. • Na primeira noite de amor entre Carlos e Maria Eduarda, a qual se dá precisamente na Toca, dá-se uma grande trovoada a pressagiar um mau ambiente que se criaria resultante deste incesto.

  6. Ao nível do espaço físico O Ramalhete É apresentado numa primeira fase com um espaço frio e desolado, estéril e abandonado, que ao nível simbólico, representa a ideia de morte . Após um período de vida e de esplendor, o Ramalhete surge, após a tragédia, como um espaço nostálgico conotado com a perda e com a morte. Decoração do Ramalhete • O ramo de girassóis que ornamenta a casa simboliza a atitude do amante, que como um girassol, se vira continuamente para olhar o ser amado, o girassol associa-se à incapacidade de ultrapassar a paixão e a falta de receptividade do ser amado, ligando-se assim a Pedro e a Carlos. • Os móveis do escritório de Afonso estão cobertos de panos brancos que são comparados a mortalhas com que se envolvem cadáveres, prenunciam já a morte que se abaterá na família Maia.

  7. Casa de Maria Eduarda • “Vaso do Japão onde murchavam três lírios brancos”: as flores que representam a morte física de Maria Eduarda Runa e de Maria Monforte e a morte moral e espiritual de Maria Eduarda Maia. A decoração da Toca • Cabeça degolada,”dentro de um prato de cobre” (Cap. XIII, pág. 433-434). Este tipo de decoração sinistra provocará, em Maria Eduarda um sentimento de receio em relação á sua vida futura. • A enorme coruja a olhar, com ar sinistro, o seu leito de amor (a coruja é considerada uma ave de mau agoiro, que surge aqui para pressagiar um futuro sinistro para este amor.

  8. Ao nível dos discursos do narrador e de algumas personagens Discurso do narrador • A conotação da palavra “Toca”, que, literalmente significa abrigo para animais, apontando desde logo para o carácter animalesco do relacionamento amoroso entre Carlos e Maria Eduarda. • Através do discurso do narrador que é relevada a satisfação que Carlos sente pela semelhança entre o seu nome e o de Maria Eduarda, assim como a associação que este faz entre a bondade natural do avô e a de Maria Eduarda.

  9. Discurso das personagens • Ega afirma que Carlos “há-de acabar numa tragédia infernal” (Cap. VI, pág. 152); • Comentário da ministra da Baviera (Corrida de Cavalos) a Carlos “Méfiez-vous(…)heureuxaujeu…” (Cap. X, pág. 336), ou seja, felicidade no jogo infelicidade no amor; • A reflexão de Carlos, em diálogo com Craft como resposta ao facto de o inglês afirmar que algo de bom deveria ter acontecido a Carlos. Carlos diz que “A gente, Craft, nunca sabe se o que lhe sucede é, em definitivo, bom ou mau”, ao que Craft acrescenta: “Ordinariamente é mau” (Cap. X, pág.344); • Maria Eduarda, durante as conversas com Carlos, faz alguns comentários e análises que aproximam Carlos de sua mãe.

  10. Ao nível da linguagem e do estilo O advérbio de modo Na frase pronunciada por Ega: “(…) estais ambos insensivelmente, irresistivelmente, fatalmente marchando um para outro! “(Cap. VI, pág. 152). Traduz a irremediabilidade de um destino que tem de ser cumprido. O adjectivo Na fala do narrador, focalizado em Ega: “Ega escutava-o (…) e agora só pelo modo como Carlos falava daquele grande amor, ele sentia-o (…) o seu irreparável destino” (Cap. XII, pág. 417). Traduz a ideia de aprisionamento ao destino.

  11. A Dimensão trágica nos Maias é realçada assim pelo simbolismo, que aponta a negatividade das personagens, no espaço físico, na acção, nos discursos do narrador e das personagens, da linguagem e do estilo. O que provoca a fatalidade do destino da família Maia, ao longo da obra.

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