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QUALIDADE DA ÁGUA PARA PISCICULTURA

QUALIDADE DA ÁGUA PARA PISCICULTURA.

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QUALIDADE DA ÁGUA PARA PISCICULTURA

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Presentation Transcript


  1. QUALIDADE DA ÁGUA PARA PISCICULTURA

  2. A aquicultura mundial tem se expandido nas últimas décadas acarretando um aumento de produção de biomassa de organismos aquáticos e de nutrientes nos ecossistemas aquáticos decorrentes da utilização de rações, fertilizantes, excretas dos organismos e outras práticas utilizadas nestes sistemas de produção. Estes fatos associados a técnicas inadequadas de manejo acabam gerando impactos nos ambientes aquáticos.

  3. Assim como a indústria a aquicultura pode chegar, em determinados casos, a tornar-se um sério fator de poluição do meio ambiente. Tudo que entra nas unidades de cultivo (ração, fertilizantes, medicamentos, etc.) retorna de alguma forma ao meio-ambiente. O aporte desordenado desses insumos pode gerar uma má qualidade de água prejudicando não só a flora e a fauna aquática, como a população que vive do abastecimento público.

  4. A piscicultura ao mesmo tempo que exige águas ambientalmente saudáveis é uma atividade que contribui para a deterioração da qualidade das águas em que acontece a exploração.

  5. O aumento do número de criatórios e consequentemente o incremento da procura e uso da água, os aquicultores podem ou até já estão se tornando alvos preferidos dos órgãos de controle ambiental, através da imposição de regras, leis e exigências, tanto no aspecto do uso do terreno, uso/reuso e despejo das águas, escolha, introdução e translocação de espécies exóticas ou nativas e até quanto ao aspecto sanitário do produto obtido.

  6. QUALIDADE DE ÁGUA É de vital importância conhecer as características físicas, químicas e biológicas da água, pois os peixes dependem da água para realizar todas as suas funções, ou seja: respirar, se alimentar, reproduzir e excretar. Para um bom desenvolvimento dos organismos aquáticos e uma produção economicamente viável, tem que ter certo controle da água dos viveiros onde são cultivados.

  7. ASPECTOS BÁSICOS DA QUALIDADE DA ÁGUA Os Parâmetros Físicos e Químicos fundamentais no controle da qualidade da água em piscicultura, normalmente, são os seguintes: Físicos: Químicos: Temperatura pH Cor Alcalinidade Turbidez Dureza Visibilidade e Transparência Oxigênio Dissolvido Amônia

  8. Distingui-se três categorias na água utilizada pela aquicultura: • a água de origem, • a água de uso, • a água de lançamento Água de origem - oriunda de uma fonte, nascente, represa, lago ou córrego formado e que vai abastecer todo o sistema de criação.

  9. Água de uso - é a água utilizada no sistema em contato com a criação (tanques, valetas, canais ou tubos de distribuição e reuso), cuja qualidade depende do tipo de solo do tanque, da composição da água de origem, do manejo do sistema de criação (calagem, adubação e limpeza, etc.), da carga e composição do alimento lançado e dos organismos ali criados. Água de lançamento - oriunda de todo sistema de criação, com todos os resíduos e de composição variável, dependendo do manejo e do tipo de criação. Essas águas geralmente são orientadas para um corpo receptor (córrego).

  10. Nas águas de origem deve-se conhecer: a) Quando forem obtidas em nascentes, poços, etc., as variáveis: • pH; • Temperatura do "ar e da água"; • Dureza total; • Amônia; • Nitrito; • Condutividade; • Ferro total na água e solo quando da suspeita de sua presença no solo.

  11. b)Quando em águas de percurso aberto como córregos, reaproveitadas ou mantidas em represa, lago, etc., além das variáveis acima, analisar também: • Alcalinidade; • Turbidez; • Oxigênio dissolvido; • Fosfato total; • Colifórmes totais/fecais. Tal levantamento deve ser obrigatório, sendo feito antes da instalação do projeto e, posteriormente a cada reinício do ciclo de criação ou quando suspeitar de alteração na qualidade da água.

  12. Nas águas de uso, deve-se analisar:

  13. Logicamente, as variáveis como OD, temperatura, pH e transparência das águas devem ser monitoradas com maior frequência. Quando de maior preocupação em relação a carga de nutrientes ou em sistemas de recirculação (uso e reuso) deve-se monitorar as variáveis como: • Demanda Química de Oxigênio • Demanda Bioquímica de Oxigênio • Colifórmestotais/fecais; • Condutividade.

  14. Na água de lançamento é importante caracterizar:

  15. TEMPERATURA – É um dos fatores mais importantes nos fenômenos biológicos exigentes em um viveiro. Todas as atividades fisiológicas dos peixes (respiração, digestão, excreção, alimentação, movimentos) estão intimamente ligadas à temperatura da água. Quanto mais alta a temperatura, maior a atividade dos peixes e consequentemente, maior o consumo de oxigênio. É extremamente prejudicial aos peixes, sobretudo na fase de ovos, larva a alevinos, uma variação na temperatura da água de 3 a 4°C no mesmo dia.

  16. Para piscicultura tropical a faixa ideal de temperatura para o cultivo está entre 26 e 30 oC. Para um maior controle sobre esse aspecto, deve-se medir regularmente a temperatura da água e do ar para podermos verificar a influência de uma sobre a outra. As medições devem ser feitas à sombra. A temperatura deve ser medida em várias profundidades para determinar a diferença entre a superfície e o fundo. Medidas sistematicamente, a cada estação do ano, para obter-se a curva da temperatura a fim de caracterizar o comportamento térmico do viveiro.

  17. TRANSPARÊNCIA -Indica a que profundidade a luz penetra na coluna d’água. Muitos são os fatores que podem interferir na transparência da água, mas ela é determinada principalmente pela quantidade de materiais em suspensão, que podem ser partículas minerais (argila e silte) e partículas orgânicas (plâncton). Águas com valores inferiores a 30 cm indicam um excessivo enriquecimento em nutrientes e plâncton.

  18. O raio solar (luz) é a fonte de energia essencial para todos os seres vivos, especialmente para as plantas cIorofiladas (principalmente as algas), que produzem oxigênio através da fotossíntese. Por isso a Transparência é um fator de enorme importância para a piscicultura. A Transparência que nos interessa medir está relacionada diretamente com a existência ou não, na água do viveiro, de pequenos vegetais e animais chamados Plânctons.

  19. COR - resulta da existência, na água, de substâncias em solução; pode ser causada pelo ferro ou manganês, pela decomposição da matéria orgânica da água (principalmente vegetais), pelas algas ou pela introdução de esgotos industriais e domésticos. A água que apresenta cor verde é mais indicada para a criação de peixes, pois demonstra a existência de elementos básicos para a manutenção da vida aquática. As colorações azuladas ou azuis esverdeadas indicam também boa produtividade.

  20. Turbidez- presença de matéria em suspensão na água, como argila, silte, substâncias orgânicas finamente divididas, organismos microscópicos e outras partículas.As águas turvas não prestam a aquicultura. Portanto, quanto mais turva a água, menos indicada será para a criação de peixes, pois impede a penetração de luz solar e consequentemente o desenvolvimento do fitoplâncton (microvegetais que vivem na água e que lhe dá cor verde). Consideram-se águas turvas as águas cor de barro.

  21. ALCALINIDADE– mede a capacidade da água de neutralizar os ácidos, ou seja, controlar o pH de uma solução. Os valores de alcalinidade entre 200 e 300 mg/L, suavizam as variações de pH. Indica a presença de sais minerais dissolvidos na água tais como os carbonatos (CaCO3 ) e Bicarbonatos (HCO3- ), medidos em mg/L. Se ao analisar a água forem encontrados valores entre 20 e 300 mg/L de Alcalinidade, isso indica boas quantidades daqueles sais minerais para a piscicultura orgânica (ajudam na formação do Plâncton). • CaCO3+ H2O → CO2 + Ca(OH)2

  22. OXIGÊNIO DISSOLVIDO– A concentração de oxigênio dissolvido é fundamental para assegurar o adequado desenvolvimento e a sobrevivência de peixes. Fontes de águas desprovidas de oxigênio são resultantes de algum tipo de poluição (orgânica ou química). A decomposição da matéria orgânica por bactérias aeróbias é, geralmente, acompanhada pelo consumo e redução do oxigênio dissolvido da água; dependendo da capacidade de autodepuração do manancial, o teor de oxigênio dissolvido pode alcançar valores muito baixos, ou zero, extinguindo-se os organismos aquáticos aeróbios.

  23. A temperatura da água tem grande influência na quantidade de Oxigênio Dissolvido assim: • Quanto mais baixa for a temperatura, mais rico em Oxigênio será o meio aquático. • Quanto mais alta for a temperatura, menor será a quantidade de Oxigênio na água. A incorporação de oxigênio no meio aquático ocorre do seguinte modo: 1. O ar atmosférico 2. A Fotossíntese do Fitoplâncton (a principal).

  24. POTENCIAL HIDROGENIÔNICO (pH)– representa o equilíbrio entre íons H+ e íons OH–O pH da água depende de sua origem e características naturais, mas pode ser alterado pela introdução de resíduos. Influi em diversos equilíbrios químicos que ocorrem naturalmente ou em processos unitários de tratamento de águas. Causa efeito direto sobre a fisiologia das diversas espécies, e efeitos indiretos contribuem para a precipitação de elementos químicos tóxicos como metais pesados e solubilidades de nutrientes.

  25. Morte Estresse IDEAL Estresse Morte • 0 5 6,5 8 11 14 Influência do pH sobre o desenvolvimento

  26. NITROGÊNIO – O nitrogênio é escasso nas águas e pode ser retirado do ar por algumas algas; alguns adubos utilizados na agricultura possuem nitrogênio como principal nutriente dada a sua importância e escassez no solo; mas também está presente nas matérias orgânicas em decomposição. Pode estar presente na água sob várias formas: molecular, amônia, nitrito, nitrato é um elemento indispensável ao crescimento de algas, mas, em excesso, pode ocasionar exagerado desenvolvimento desses organismos, fenômeno chamado de eutrofização.

  27. Nitrogênio Amoniacal (Amônia) – O Nitrogênio Amoniacal, proveniente da composição da matéria orgânica, ração, excrementos, etc., é tóxico e deve ser medido com frequência. A toxidez da amônia ocorre quando a concentração do oxigênio é baixa e do CO2 é alta. O valor ideal é menor que 0,1 mg/L.Sua toxidade aumenta em função do aumento de pH, segundo tabela anexa:

  28. ÁCIDO NEUTROBÁSICO NH3 NH4+ Amônia Ionizada Amônia não Ionizada

  29. Nitrito (NO2- )- é o produto intermediário da transformação da amônia em nitrato, por ação de bactérias do gênero Nitrossomonas e suas concentrações estão relacionadas à decomposição de componentes das proteínas da matéria orgânica. Exposição contínua a concentrações sub-letaisde nitrito (0,3 a 0,5 mg/L) pode causar redução no crescimento e na resistência dos peixes à doença.

  30. Nitrato (NO3- )–Um dos elementos que constituem as proteínas é o Nitrogênio. Quando se apresenta em forma de Nitratos, estes são mais facilmente assimilados pelas plantas, tanto terrestres como aquáticos. Portanto, os Nitratos são importantes para o desenvolvimento do Fitoplâncton, pois, após serem absorvidos, são transformados em proteínas. Sua acidez pode ser reduzida pela adição de cálcio e cloretos ao meio. O limite de tolerância do nitrato para peixes é de 5,0 mg/L. O nitrato não é tóxico para os peixes, mesmo em elevadas concentrações, por isso, não representa qualquer risco para a piscicultura. 

  31. Fósforo – encontra-se na água nas formas de ortofosfato, polifosfato e fósforo orgânico; é essencial para o crescimento de algas, mas, em excesso, causa a eutrofização; suas principais fontes são: dissolução de compostos do solo; decomposição da matéria orgânica, esgotos domésticos e industriais; fertilizantes; detergentes; excrementos de animais.

  32. Condutividade Elétrica –capacidade que a água possui de conduzir corrente elétrica. Este parâmetro está relacionado com a presença de íons dissolvidos na água, que são partículas carregadas eletricamente Quanto maior for a quantidade de íons dissolvidos, maior será a condutividade elétrica na água.

  33. Matéria Orgânica – a matéria orgânica da água é necessária aos seres heterótrofos, na sua nutrição, e aos autótrofos, como fonte de sais nutrientes e gás carbônico; em grandes quantidades, no entanto, podem causar alguns problemas, como: cor, odor, turbidez, consumo do oxigênio dissolvido, pelos organismos decompositores.

  34. O consumo de oxigênio é um dos problemas mais sérios do aumento do teor de matéria orgânica, pois provoca desequilíbrios ecológicos, podendo causar a extinção dos organismos aeróbios. Geralmente, são utilizados dois indicadores do teor de matéria orgânica na água: Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) e Demanda Química de Oxigênio (DQO).

  35. Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) -é a quantidade de oxigênio necessária à oxidação da matéria orgânica por ação de bactérias aeróbias. Representa, portanto, a quantidade de oxigênio que seria necessário fornecer às bactérias aeróbias, para consumirem a matéria orgânica presente em um líquido (água ou esgoto). A DBO é determinada em laboratório, observando-se o oxigênio consumido em amostras do líquido, durante 5 dias, à temperatura de 20 °C.

  36. Demanda Química de Oxigênio (DQO): é a quantidade de oxigênio necessária à oxidação da matéria orgânica, através de um agente químico. A DQO também é determinada em laboratório, em prazo muito menor do que o teste da DBO. Para o mesmo líquido, a DQO é sempre maior que a DBO.

  37. SULFETOS – o acúmulo de matéria orgânica no fundo do viveiro, cria um ambiente para formação de Sulfetos, também bastante tóxico.

  38. Componentes Inorgânicos- alguns componentes inorgânicos da água, entre eles os metais pesados, são tóxicos ao homem: arsênio, cádmio, cromo, chumbo, mercúrio, prata, cobre e zinco; além dos metais, pode-se citar os cianetos; esses componentes, geralmente, são incorporados à água através de despejos industriais ou a partir das atividades agrícolas, de garimpo e de mineração.

  39. Componentes orgânicos - alguns componentes orgânicos da água são resistentes á degradação biológica, acumulando-se na cadeia alimentar; entre esses, citam-se os agrotóxicos, alguns tipos de detergentes e outros produtos químicos, os quais são tóxicos.

  40. VARIÁVEIS HIDROBIOLÓGICAS Algas - as algas desempenham um importante papel no ambiente aquático, sendo responsáveis pela produção de grande parte do oxigênio dissolvido do meio; em grandes quantidades, como resultado do excesso de nutrientes (eutrofização), trazem alguns inconvenientes: toxidez, turbidez e cor; formação de massas de matéria orgânica que, ao serem decompostas, provocam a redução do oxigênio dissolvido.

  41. CLOROFILA A - é um indicador da biomassa de algas. Assim a clorofila a é considerada a principal variável indicadora de estado trófico dos ambientes aquáticos. A clorofila a está intimamente ligada às medidas de transparência e turbidez.

  42. Coliformes - são indicadores de presença de microrganismos patogênicos na água; os coliformes fecais existem em grande quantidade nas fezes humanas e de animais, e quando encontrados na água, pode conter microrganismos causadores de doenças. Coliformes Totais = indicador de poluição por fezes na água.

  43. INTERVALO DE CONCENTRAÇÕES PARA MAIOR PRODUTIVIDADE

  44. Padrões de qualidade da água Os teores máximos de impurezas permitidos na água são estabelecidos em função dos seus usos. Esses teores constituem os padrões de qualidade, os quais são fixados por entidades públicas, com o objetivo de garantir que a água a ser utilizada para um determinado fim não contenha impurezas que venham a prejudicá-lo.

  45. Os padrões de qualidade da água variam para cada tipo de uso. Assim, os padrões de potabilidade (água destinada ao abastecimento humano) são diferentes dos de balneabilidade (água para fins de recreação de contato primário), os quais, por sua vez, não são iguais aos estabelecidos para a água de irrigação ou destinada ao uso industrial.

  46. Uma forma de definir a qualidade das águas dos mananciais, foi enquadrá-las em classes, em função dos usos propostos para os mesmos, estabelecendo-se critérios ou condições a serem atendidos. No Brasil, a classificação das águas foi definida pela Resolução n° 20 de 18 de junho de 1986, do Conselho Nacional do Meio Ambiente. No Estado, ainda não foi feita esta classificação e pela Normatização Federal todos os Rios dentro de um Estado são considerados de classe 2.

  47. De tudo o que foi dito sobre qualidade da água, fica demonstrado que a água de aqüicultura deve ser periodicamente analisada para que se possam encontrar soluções quando os problemas começarem a aparecer ou, nem deixar com que eles aconteçam. Outra coisa importante, a saber, quando estamos pretendendo iniciar aquicultura, é que a água que iremos utilizar deve ser analisada antes de se começar as construções dos viveiros. Por que? Porque, em geral, quase todas as águas servem para criar peixes, mas algumas não. Assim, a fim de evitar prejuízos futuros, chame um técnico para fazer todas as análises necessárias, antes de fazer investimentos.

  48. O desenvolvimento da atividade aquícola, juntamente com a tomada de consciência relativamente recente dos problemas ambientais, justifica plenamente a atenção que se deva oferecer ao item "qualidade da água" em especial à aquela advinda das ações das criações intensivas e semi-intensivas.

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