1 / 24

O CANTO E A EVOLUÇÃO LITÚRGICA Assessor: Pe . J osé M arcos de Medeiros Dantas

O CANTO E A EVOLUÇÃO LITÚRGICA Assessor: Pe . J osé M arcos de Medeiros Dantas. “Quanto eu chorei por teus hinos e cânticos, aos suaves acentos das vozes de tua Igreja, que me penetravam de vivas emoções” ( Santo Agostinho, Confissões ).

zev
Download Presentation

O CANTO E A EVOLUÇÃO LITÚRGICA Assessor: Pe . J osé M arcos de Medeiros Dantas

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. O CANTO E A EVOLUÇÃO LITÚRGICAAssessor: Pe. José Marcos de Medeiros Dantas

  2. “Quanto eu chorei por teus hinos e cânticos, aos suaves acentos das vozes de tua Igreja, que me penetravam de vivas emoções” (Santo Agostinho, Confissões)

  3. A música, pela suavidade da melodia, pela harmonia dos acordes e dos arranjos instrumentais, pela beleza dos solos, pelo empolgamento dos coros, encanta. (...) Por força dos sons e do ritmo, ela provoca a participação, ao mesmo tempo, em termos de emoção, de animação e de unanimidade, ajustando-nos e nos projetando na imensidão do mistério de Deus, no seio da Trindade-comunhão, em Jesus Cristo, cuja presença evoca com peculiar eficácia” (Doc. 43, sobre a animação da Música Litúrgica no Brasil)

  4. O canto na história de Israel e na comunidade primitiva De origem nômade o povo de Israel é resultado de uma encruzilhada de culturas e civilizações. Os primeiros patriarcas conviveram desde a Babilônia – hoje região correspondente ao Iraque – ao Egito. Em seguida experimentaram a terra prometida, pouco maior que o atual Estado de Israel, perpassando pelo exílio de babilônico de Nabucodonosor até reingressar a terra atual.

  5. Neste longo espaço de tempo muitas culturas influenciaram o povo de Israel: babilônicos, assírios, egípcios, persas, fenícios, gregos e romanos. E foi em meio a esse entrelaçamento cultural que este povo teve seu desenvolvimento litúrgico, formando uma identidade musical que tem nos Salmos e Cânticos a maior representatividade.

  6. Na tradição litúrgica do povo de Israel, os músicos são descendentes da tribo de Levi. Os levitas músicos eram encarregados do canto e de tocar os instrumentos. Para serem admitidos a esse ofício litúrgico, os candidatos passavam por uma dupla prova acerca de suas aptidões musicais e sobre a pureza de origem, embora, na prática, fossem considerados como classe inferior. Os grupos eram tradicionalmente constituídos por famílias. Tinham um primeiro chefe de música que organizava o serviço de sua secção no culto e um mestre do coro que dirigia a salmodia e dava a entrada aos instrumentos.

  7. Exemplo de Cânticos na Liturgia Judaica Cântico de Moisés e Miriam (Ex 15); o livro do Cântico dos Cânticos; os Salmos de Davi e Salomão; Magnificat; o Benedictus; Nunc Dimittis; os hinos apostólicos cuja centralidade é o Cristo.

  8. O canto torna-se um instrumento que conduz uma intercomunicação do fiel com o transcendente.

  9. O surgimento do canto litúrgico na época dos Santos Padres Para os Santos Padres o canto contribui pedagogicamente tanto para o processo de conversão quanto à cura física e espiritual.

  10. Esta práxis pedagógica foi relevante para o surgimento do primeiro ensaio de pastoral da música litúrgica, efetuado já nos séculos IV-V por Ambrósio de Milão e seu discípulo Agostinho de Hipona. O primeiro, após uma rica experiência espiritual no Oriente, introduziu no Ocidente um novo estilo de entoação dos salmos, mais vivo e dinâmico, feito alternadamente por versos entre os dois coros da assembleia.

  11. Entretanto, foi o próprio Agostinho o propagador do canto litúrgico popular. Ele não apenas incentivou o povo a cantar, mas também sabia escutar e apreciar, fazendo inúmeros comentários a respeito dos Salmos nos quais enfatizava o canto como uma via para a edificação das almas.

  12. Neste período em que viveu Agostinho (séc. IV e V) a comunidade cristã alcançou o ápice da organização ministerial em relação às assembleias, brotando o chamado pluralismo litúrgico-musical e, provavelmente, as ScholaeCantorum . Surgem ainda nesta diversidade os rituais dos Sacramentos, o Ofício Divino, o Ano Litúrgico e, consequentemente, a introdução nos ritos de várias formas de canto.

  13. O que foi a ScholaeCantorum? Foi uma Escola inicialmente formada por clérigos, incluindo em suas fileiras o “cantor” e um ou mais solistas. Foi fundada por Gregório Magno na Basílica de São Pedro, em Roma, no século VI. Além do canto e da música, os cantores estudavam a gramática e outras artes necessárias à compreensão do texto sagrado (CNBB, op. cit. , p. 162).

  14. O canto na época Medieval A romanização da Igreja e da Liturgia trouxe grande organização e aperfeiçoamento tanto no rito como no espaço litúrgico.

  15. Na época de Gregório Magno, as ScholaeCantorum tornaram-se mais aprimoradas, alcançando o seu ápice. Situadas entre o povo e o presbitério eram formadas de mestres altamente capacitados na área do canto que executavam melodias ricas e complexas. Era o surgimento do canto gregoriano ou “canto chão”, também denominado de monódico. Este era o canto da Urbe, próprio dos ambientes romanos e seus especialistas comumente eram monges e clérigos.

  16. Curiosamente, entre os séculos V-VIII onde o canto gregoriano adquiriu maior relevo, gradativamente os demais estilos foram perdendo sua força, com exceção do canto ambrosiano, que permaneceu vivo na tradição. O canto chão tornou-se oficial no âmbito eclesial, sendo considerado o modelo supremo da música sacra, ou o mais perfeito grau na expressão da Liturgia Romana .

  17. Posteriormente, surge a Polifonia ou canto polifônico. Ao contrário do canto chão, esta “privilegia uma arte refinada na mistura dos timbres e harmonias, tornando as músicas mais estéticas que litúrgicas” (CNBB, 2002, p. 60). Foi neste contexto que no século XI apareceu à figura do monge Guido d’Arezzo. Homem de espetacular inteligência, a partir de um hino dedicado a São João Batista, elaborou as escalas, a tonalização e as pautas musicais, tais como temos hoje.

  18. A música ritual no período moderno: do Concílio de Trento ao Sínodo de Pistóia O Concílio de Trento em detrimento do perigo da Reforma Protestante buscou salvaguardar a tradição litúrgica, fazendo as devidas reformas, especialmente, no que diz respeito à doutrina dos Sacramentos.

  19. No campo da música ritual, constata-se uma forte influência da arte barroca como uma atmosfera de triunfo e de festa, com exuberância pontifical de chefes de coro e organistas, destacando-se mais que o próprio presidente da celebração. O órgão torna-se um instrumento rei, sendo concorrente até mesmo do altar (cf. CNBB, 2002, p. 61).

  20. no século XVIII a Igreja começa a sentir um anseio de maior participação comunitária. Grande era a insatisfação. Surge então o Sínodo de Pistóia (1786) com o propósito de reformar alguns pontos, dentre os quais a participação dos fiéis e no referente a música, melodias mais simples e adequadas à linguagem popular.

  21. O Movimento Litúrgico A reforma de Guéranger na abadia beneditina de Solesmes fez eclodir o Movimento Litúrgico, fundamentalmente importante para uma abertura litúrgica mais eficaz e participativa, levando os fiéis a alimentarem melhor a própria vida espiritual.

  22. No Brasil este movimento chegou através de grupos provenientes da Ação Católica em 1933. Contudo, não teve êxito entre as camadas populares, restringindo-se aos seminários, mosteiros e à própria Ação católica.

  23. A música litúrgica do Vaticano II aos dias de hoje Se o movimento litúrgico foi a febre eclesial, o Vaticano II foi a grande revolução. A constituição dogmática SacrossanctumConcílium não apenas renovou a liturgia, mas também tornou dinâmica e participativa, especialmente em relação ao rito que ao ser traduzido para a língua vernácula, fez da assembléia não uma mera espectadora, mas também parte integrante e essencial da celebração do Mistério Pascal.

  24. Outro aspecto relevante foi a compreensão do canto e da música como uma vivência simbólica da experiência da fé do Povo de Deus. Ambos são símbolos importantes do mistério de Cristo e da Igreja e não meros ornamentos exteriores.

More Related