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Ascenção e queda da subjetividade: a cognitivização do diagnóstico

Ascenção e queda da subjetividade: a cognitivização do diagnóstico. Dr med. Luís Guilherme Streb XXIII CBP, BH, 2005. Prezado(a) colega da ABP,. Alguns slides são seguidos de comentários explicativos, inseridos agora para a disponibilização on-line.

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Ascenção e queda da subjetividade: a cognitivização do diagnóstico

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Presentation Transcript


  1. Ascenção e queda da subjetividade: a cognitivização do diagnóstico Dr med. Luís Guilherme Streb XXIII CBP, BH, 2005

  2. Prezado(a) colega da ABP, Alguns slides são seguidos de comentários explicativos, inseridos agora para a disponibilização on-line. Este trabalho foi apresentado no simpósio do departamento de diagnóstico e classificação no congresso de Belo Horizonte em 2005. Se houver comentários e correções, não hesite em contatar-me pelo e-mail lgstreb@terra.com.br Um abraço

  3. Há erros mortos, como há mortas verdades. Sartre, 1948 O quesignifica “descrição”? Cada descrição é uma interpretação. Heidegger, 1963 A informação é indiferente ao significado. J. Bruner, 1990

  4. Ascenção (Berrios, 1996) • Christian Wolff (1679-1754), “pai da psicologia das faculdades” sentimentos como função independente apenas no fim do séc. 18 A inclusão de “experiências subjetivas” no repertório sintomático da Psicopatologia Descritiva foi a mais importante contribuição do séc. 19

  5. Maine de Biran, 1766-1824 • Experiência interna • Conteúdos da consciência A experiência subjetiva pode manifestar-se como sintomas mentais legítimos, o que levou à redefinição da mania e da melancolia, dependendo da qualidade do estado predominante do humor.

  6. Moreau de Tours, 1804-1884 Psychologie Morbide (1859) valor clínico da informação subjetiva Franz Brentano, 1838-1917 Von der Klassifikation der psychischen Phänomene (1911) conteúdo do comportamento, existência intencional, relação de amor ou ódio com os objetos precursor do foco semântico das doutrinas psicodinâmicas “psicologização” da consciência

  7. A corrente psicodinâmica alemã • Griesinger – Vorstellungen (representações) • Bleuler e Jung / Freud – importância da afetividade na regulação do psiquismo – afecções psicogênicas (conteúdo, forma e mecanismo) • A psicanálise: transferência, contra-transferência, campo e matriz (Ogden)

  8. De Wolff a Griesinger (1700 a 1850), psicopatologistas franceses e alemães introduziram na avaliação clínica o aspecto subjetivo de uma forma sistemática. Griesinger é o responsável pela noção de “representação” (Vorstellung), uma contribuição seminal que viria a ser usada pela psicanálise e por teorias cognitivistas.

  9. A subjetividade alcança seu ápice conceitual e clínico ao englobar também o médico, na noção de contra-transferência. Teorias e descrições sofisticadas da interação subjetiva entre paciente e médico são desenvolvidas nas teorias de campo e de matriz (Ogden). • A meu ver, estes desenvolvimentos na psicanálise, e incorporados pela clínica psiquiátrica, são essencialmente fenomenológicos na sua natureza, sendo uma manifestação da intenção husserliana principal de “apreensão da subjetividade do outro”.

  10. A fenomenologia • Jaspers Psicologia explicativa (nexo externo) e compreensiva (nexo interno) Compreensão do sentido # explicação causal

  11. Procedimento fenomenológico: 1. material completo (biografia) 2. delimitar, diferenciar, particularizar vivências 3. tornar visível a multiplicidade/variabilidade do psiquismo até os seus limites Saner,1970

  12. O método fenomenológico, como vimos nos dois últimos slides, tornou a clínica muito difícil; impossível, talvez. Sua riqueza conceitual e sua demanda intelectual são seu calcanhar de Aquiles. É um erro confundir psicopatologia descritiva (utilizada nos sistemas diagnósticos atuais) com psicopatologia fenomenológica (Berrios tem trabalhos excelentes a este respeito).

  13. Será que o pardal sabe como a cegonha se sente? Goethe

  14. Queda • Hempel e o DSM I (1952) operational definitions, empirical import > sub-criteria, unspecific description (TDAH, ODD) super-ênfase na confiabilidade: medindo muito bem coisas que não se conhece

  15. A queda começa com a aplicação do empirismo lógico, sugerida por Hempel, na década de 60, a pedido da American Psychological Association, às descrições/definições de doenças psiquiátricas. Operações são sugeridas para a delimitação clínica de distúrbios; verificabilidade e confiabilidade aumentam, sem avanços correspondentes na validade da tipologia utilizada.

  16. RCT – randomized clinical trials • Incompreensão/abandono da fenomenologia • Isolamento da psicanálise

  17. Os ensaios clínicos não permitem o approach fenomenológico ou psicanalítico. Sendo a principal forma de desenho e comunicação experimental em nossa área, aceleram a construção da mentalidade a-subjetiva predominante, num contexto pós-moderno pleno de distorções.

  18. Radicalização da mentalidade a-subjetivista pós-moderna (Bauman) • Avanços importantes da neuropsicologia/neurobiologia + confusão cérebro-mente

  19. A profusão de achados neurobiológicos, e sua relativa inespecificidade ao longo das dimensões psicopatológicas, requer uma teoria unificadora que considere também a vivência subjetiva do doente; isto inclui suas dimensões existencial (ontológica) e imaginativo-representacional.

  20. Aber es gibt keine Prüfung über Menschenkenntnis; wie wäre es, wenn es eine gäbe? • Mas não existe um teste sobre conhecimento de pessoas; como seria, se houvesse? Wittgenstein

  21. De fato, não há um teste, ou uma prova, que possamos fazer para verificar se conhecemos ou não o ser humano (Mensch, gente, pessoa). Wittgenstein nos alerta para a situação em que isto pode acontecer. Como seria?

  22. FIM

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