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Os alquimistas modernos e a procura pelo elixir da longa vida

Os alquimistas modernos e a procura pelo elixir da longa vida. Joaquim Delphino Da Motta Neto Departamento de Química, Cx. Postal 19081 Centro Politécnico, Universidade Federal do Paraná (UFPR) Curitiba, PR 81531-990, Brasil. Parte I: história, folclore e a procura pela imortalidade.

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Os alquimistas modernos e a procura pelo elixir da longa vida

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Presentation Transcript

  1. Os alquimistas modernos e a procura pelo elixir da longa vida Joaquim Delphino Da Motta Neto Departamento de Química, Cx. Postal 19081 Centro Politécnico, Universidade Federal do Paraná (UFPR) Curitiba, PR 81531-990, Brasil

  2. Parte I: história, folclore e a procura pela imortalidade Joaquim Delphino Da Motta Neto Departamento de Química, Cx. Postal 19081 Centro Politécnico, Universidade Federal do Paraná (UFPR) Curitiba, PR 81531-990, Brasil

  3. Ao longo da História, o homem tem procurado por maneiras de prolongar a vida. Nesta primeira parte, vamos rever algumas destas iniciativas... Semana da Química 2010 - Parte I - Alquimia

  4. Resumo • O homem e a morte • O problema: envelhecimento • Alquimistas  quem eram eles? • Lenda do Conde de Saint-Germain • Dias atuais  o contexto cultural • A química dos talômeros  ??? • Conclusões Semana da Química 2010 - Parte I - Alquimia

  5. Antes de começarmos, é preciso caracterizar o problema... Semana da Química 2010 - Parte I - Alquimia

  6. Homo sapiens É apenas uma dentre as centenas de milhares de formas de vida que habitam este planeta. Em comparação com outras espécies, é bastante frágil fisicamente, o que se manifesta no fato de seus infantes necessitarem de cuidados por um longo tempo antes de alcançarem autonomia... Semana da Química 2010 - Parte I - Alquimia

  7. Também é uma espécie emocionalmente imatura, incapaz de lidar com revezes. Daí as centenas de guerras e massacres que ilustram a história do planeta Terra. Semana da Química 2010 - Parte I - Alquimia

  8. Também é uma espécie emocionalmente imatura, incapaz de lidar com revezes. Daí as centenas de guerras e massacres que ilustram a história do planeta Terra. Semana da Química 2010 - Parte I - Alquimia

  9. Também é uma espécie emocionalmente imatura, incapaz de lidar com revezes. Daí as centenas de guerras e massacres que ilustram a história do planeta Terra. Semana da Química 2010 - Parte I - Alquimia

  10. Desde a época dos homens das cavernas, a realização de um conceito é particularmente incômoda para este animal primitivo... Semana da Química 2010 - Parte I - Alquimia

  11. Morte Representa o fim da existência. É a mais cabal prova da futilidade e da pequenez humana. Semana da Química 2010 - Parte I - Alquimia

  12. A mitologia e a literatura estão cheios de alusões (geralmente macabras) à inevitabi-lidade do confronto com a morte. Um exemplo clássico é o Retrato de Dorian Gray (1890), a única novela publicada por Oscar Wilde. Semana da Química 2010 - Parte I - Alquimia

  13. Nesta novela, o anti-herói vende sua alma pela imortalidade e beleza. A cada pecado que ele comete, o retrato vai se desfigurando... E envelhecendo. Semana da Química 2010 - Parte I - Alquimia

  14. Outro exemplo: Det sjunde inseglet (Bergman, 1957) Semana da Química 2010 - Parte I - Alquimia

  15. Esta inevitabilidade é uma das razões para o sucesso mundial do Cristianismo: a bela mas triste história da ressurreição de Jesus Cristo nos acena com a real possibilidade de literalmente escapar da morte mediante um esforço e iniciativa próprios. Semana da Química 2010 - Parte I - Alquimia

  16. Bom. Então sabemos que a idéia da Morte nos incomoda, fruto de nossa imaturidade emocional. Um problema é que todos somos constantemente lembrados disso por um outro fenômeno que é também muito natural... Semana da Química 2010 - Parte I - Alquimia

  17. Envelhecimento Desde os tempos antigos o homem se preocupa com a morte e o envelhecimento, ou seja, a gradual degradação dos processos que mantêm o metabolismo. Semana da Química 2010 - Parte I - Alquimia

  18. Vários pesquisadores se preocuparam com a idade avançada  não apenas atingi-la, mas também manter a qualidade de vida. Semana da Química 2010 - Parte I - Alquimia

  19. Alquimia Provavelmente derivada da palavra árabe الكيمياء . Consistia de um conjunto de práticas focado em três objetivos: transformar metais comuns em ouro, obter o elixir da longa vida e atingir a sabedoria suprema. Foi praticada no Egito, Mesopotâmia, India, Pérsia, China, Japão, Grécia, Roma e no mundo árabe medieval. Semana da Química 2010 - Parte I - Alquimia

  20. Figura do alquimista no imaginário popular Semana da Química 2010 - Parte I - Alquimia

  21. Alquimia dos Séculos XV e XVI Os trabalhos eram restritos aos mosteiros e laboratórios particulares. Os alquímicos eram freqüentemente perseguidos por bruxaria ou heresia... Semana da Química 2010 - Parte I - Alquimia

  22. Os elementos Seguindo os gregos, os alquimistas em geral distinguiam os quatro tipos de elementos primordiais Aristotélicos, “água”, “terra”, “ar” e “fogo”. Rapidamente ficou claro que apenas estes não eram suficientes para explicar a diversidade de materiais existente na Natureza... Semana da Química 2010 - Parte I - Alquimia

  23. Tipos de alquimistas • Les soufflers (os “sopradores”) • Alquimistas religiosos • Alquimistas científicos • Alquimistas filosóficos Quem eram eles?... Semana da Química 2010 - Parte I - Alquimia

  24. Les soufflers Os mais conhecidos. Eram apenas oportunistas buscando apenas ascensão social, riqueza e fama. Trabalhavam sem método. Se uma fórmula não funcionava, talvez a próxima funcionasse. Assim, desperdiçavam enormes quantidades de dinheiro e material em seus esforços. Lembram-se de quem foi o mais bem-sucedido?... Semana da Química 2010 - Parte I - Alquimia

  25. Philippus von Hohenheim (1473-1541) Paracelso insistiu que o principal propósito da Química não era a simples transmutação dos metais, mas a preparação e a purificação de substâncias para uso em Medicina. Seu arcabouço teórico era hermético, cabalístico e mágico. Semana da Química 2010 - Parte I - Alquimia

  26. Paracelso concebeu todas as substâncias como compostas de três princípios: Mercúrio  ativo, espiritual Enxôfre  mediador Sal  passivo corpóreo Estes três princípios permaneciam inalterados num composto, mas unificados e organizados por um quarto elemento, o Arqueu (a força vital). Semana da Química 2010 - Parte I - Alquimia

  27. Religiosos Como a transmutação de metais era considerada um ato divino, qualquer bispo, ou cardeal, ou mesmo aspirante a papa etc. deveria ser capaz de executá-la. Semana da Química 2010 - Parte I - Alquimia

  28. Religiosos Como a transmutação de metais era considerada um ato divino, qualquer bispo, ou cardeal, ou mesmo aspirante a papa etc. deveria ser capaz de executá-la. Como era difícil, a alternativa encontrada pela cúpula da Igreja Católica foi associá-la com o diabo, e eventualmente isso foi alcançado. Apesar disso, homens de fé como Roger Bacon e São Tomas de Aquino defenderam a arte. Semana da Química 2010 - Parte I - Alquimia

  29. Os Científicos A alquimia nunca foi considerada “ciência”, apesar de muitos alquimistas terem contribuído decisivamente para a Física e a Química. Dentre os mais famosos, Roger Bacon e Isaac Newton conheciam a arte a fundo. Semana da Química 2010 - Parte I - Alquimia

  30. Robert Boyle (1626-1691) Baniu da Química as teorias peripatéticas e spagíricas. Modificou o corpuscularia- nismo dos antigos atomistas para remover as implicações ateístas e materialistas. Segundo Boyle, Deus teria dividido a matéria em “partículas” e “movimento” no momento da criação. Semana da Química 2010 - Parte I - Alquimia

  31. Isaac Newton (1642-1727) A matéria era constituída de partículas sólidas indivisíveis. Forças repulsivas e atrativas entre tais partículas eram usadas para explicar a ação química. Newton aceitou a possível existência de vácuo entre as partículas e entre os planetas. Semana da Química 2010 - Parte I - Alquimia

  32. Johann van Helmont (1577-1644) Em 1609 formou-se em Medicina em Louvain. Inventou a palavra “gás”, muito provavelmente de ς caos. Foi um dos primeiros a usar sistematicamente a balança. Semana da Química 2010 - Parte I - Alquimia

  33. Em 1648... Semana da Química 2010 - Parte I - Alquimia

  34. O que os alquimistas procuravam ?... Semana da Química 2010 - Parte I - Alquimia

  35. A Pedra Filosofal A transmutação de qualquer metal em ouro. Semana da Química 2010 - Parte I - Alquimia

  36. Muitas das fórmulas envolviam refluxo por dias de materiais bastante tóxicos (mercúrio era um ingrediente favorito), de forma que a simples tentativa de alcançar a cobiçada pedra filosofal freqüentemente levava a doenças e até à morte... Semana da Química 2010 - Parte I - Alquimia

  37. Apesar do seu evidente valor econômico, a pedra filosofal não era o objetivo principal dos antigos alquímicos… Semana da Química 2010 - Parte I - Alquimia

  38. Elixir da longa vida Esta substância mágica seria capaz de curar todas as doenças e até prolongar a vida indefinidamente. Semana da Química 2010 - Parte I - Alquimia

  39. Conde Saint-Germain (1710-84) Cortesão, aventureiro, charlatão, inventor, pianista e alquimista. Diz a lenda que ele obteve o elixir. Existem sugestões que ele foi Samuel, Hesíodo, Platão, São José, Colombo, Francis Bacon e o Czar Nicolau II. Semana da Química 2010 - Parte I - Alquimia

  40. É interessante notar que , mesmo nos tempos cínicos e racionais em que vivemos, esta procura não terminou apenas tomou outra forma. Vamos examinar os últimos progressos... Semana da Química 2010 - Parte I - Alquimia

  41. Metabolismo É o conjunto de reações químicas que acontece em organismos vivos para manter a vida. Estes processos permitem a estes organismos crescer e reproduzir, manter suas estruturas, e responder a seus ambientes. O metabolismo é usualmente dividido em: Catabolismo: decompõe matéria orgânica, por exem- plo para obter energia como na respiração celular. Anabolismo: usa a energia para construir componen- tes das células tais como proteínas e ácidos nucleicos. Semana da Química 2010 - Parte I - Alquimia

  42. Semana da Química 2010 - Parte I - Alquimia

  43. Como é o ritmo “natural” dos processos metabólicos ?... Milhares de reações químicas diferentes acontecem simultaneamente numa malha de feed-back bastante complexa, geralmente sobrando energia para manter o corpo aquecido (Lembre-se da Segunda Lei!). O conjunto destas reações é geralmente representado em mapas metabólicos. Semana da Química 2010 - Parte I - Alquimia

  44. Semana da Química 2010 - Parte I - Alquimia

  45. Semana da Química 2010 - Parte I - Alquimia

  46. Como o metabolismo humano evoluiu no último século?... Houve alguma iniciativa para melhorá-lo nas últimas décadas?... Semana da Química 2010 - Parte I - Alquimia

  47. Após a Revolução Industrial, o homem passou a conviver com: Trabalho escravo Guerras e massacres ( locais e globais ) Comunicação  Compromissos  stress Conforto  preguiça  sedentarismo Fome ou alimentação inadequada Secas etc. Semana da Química 2010 - Parte I - Alquimia

  48. Décadas de 70 e 80 A influência cultural dos Estados Unidos levou a uma sociedade regida pelo culto da imagem. Esta situação continua em nossos dias. Neste contexto, houve uma corrida às academias de ginástica. As pessoas procuram ficar “saudáveis” para ficarem “bonitas”, e não o contrário. Semana da Química 2010 - Parte I - Alquimia

  49. Homens Treinamento  Ganho de massa muscular  Autoconfiança  Desempenho  Vitória Semana da Química 2010 - Parte I - Alquimia

  50. Mulheres Semana da Química 2010 - Parte I - Alquimia

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