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AUTOR DO TCC: CRISTIANI SOEIRO VIEIRA PORTES[1] ORIENTADOR DO TCC: GLÁUCIO RODRIGUES MOTTA [2]

O SENTIDO DA EDUCAÇÃO PARA JOVENS E ADULTOS QUE BUSCAM A INSERÇÃO OU A PERMANÊNCIA NO MUNDO DO TRABALHO. AUTOR DO TCC: CRISTIANI SOEIRO VIEIRA PORTES[1] ORIENTADOR DO TCC: GLÁUCIO RODRIGUES MOTTA [2].

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AUTOR DO TCC: CRISTIANI SOEIRO VIEIRA PORTES[1] ORIENTADOR DO TCC: GLÁUCIO RODRIGUES MOTTA [2]

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  1. O SENTIDO DA EDUCAÇÃO PARA JOVENS E ADULTOS QUE BUSCAM A INSERÇÃO OU A PERMANÊNCIA NO MUNDO DO TRABALHO AUTOR DO TCC: CRISTIANI SOEIRO VIEIRA PORTES[1] ORIENTADOR DO TCC: GLÁUCIO RODRIGUES MOTTA [2] [1] Bacharel em Direito pela FANORTE - Faculdades Integradas Norte Capixaba, ES e Licenciada em Pedagogia pela FASE - Faculdade da Serra, ES. E-mail: vieiraportes@bol.com.br [2] Mestre em Educação pela Universidade Federal do Espírito Santo E-mail: gmotta@ifes.edu.br 1. INTRODUÇÃO Com a chegada dos jesuítas ao Brasil, em 1549, e a catequização dos nativos que aqui viviam, iniciou–se no país o processo educativo. Embora a educação tivesse voltada para pessoas adultas, tratava-se de uma formação da elite que compunha a nova nação. Esse modelo de educação continuou até os dias atuais, privilegiando as classes dominantes e mantendo um alto porcentual de população adulta sem escolaridade (PAIVA, 1983). A trajetória histórica da educação de jovens e adultos no Brasil mostra que, desde o seu início, passou por inúmeras mudanças legais e estruturais e, em cada momento histórico, essas mudanças estiveram ligadas ao tipo de organização social da época. Por isso, ao falarmos em educação de jovens, adultos e idosos, sua importância reside, principalmente, no fato de tratar-se de uma modalidade ofertada a sujeitos que, em algum momento dessa história, tiveram perdas em suas cidadanias, seja por distinções econômicas e/ou culturais. Portanto, trabalhar a escolaridade desses sujeitos exige uma nova reflexão sobre suas trajetórias históricas para que sejam ofertadas práticas que não ocasionem novas perdas advindas de posturas escolares tradicionais que, um dia, causaram sua expulsão da escola ou o desânimo em adentrar a ela. Trata-se, então, de um alunado com características especiais. Desse modo, para compreender a educação que deve ser oferecida a jovens, adultos e idosos, torna-se necessário considerá-los em suas situações concretas existenciais, sociais, econômicas e políticas. Ainda, faz-se necessário conhecer e compreender suas especificidades enquanto seres jovens, adultos e idosos atendidos por essa modalidade de educação, conscientes de suas condições de pessoas humanas, não crianças,excluídos e que compõem determinados grupos e classes sociais (OLIVEIRA, 2004). É interessante observar que, dos 28 respondentes, 67,8% apresentam uma relação conjugal. Isso denota que há uma busca pela educação como forma de melhorar a situação das suas famílias. Nessa relação estável, a busca pelos estudos mostra, além da preocupação com a melhoria financeira da família, a preocupação com a educação dos filhos Outro dado interessante relativo ao quantitativo de filhos mostra que todas as mulheres entrevistadas (num total de 12) têm filhos em quantidade superior a dois. Somando-se o total de filhos destas respondentes, tem-se 44 filhos, o que dá uma média de 3,6 filhos por mulher. Essa taxa é maior que a média nacional, que é de 1,94 segundo dados do IBGE em 2010. Esses dados refletem as pesquisas do IBGE, que mostra haver uma relação entre o nível de escolaridade e a taxa de fecundidade, onde mulheres menos escolarizadas são mães mais cedo e têm mais filhos. 3.2. Determinantes do abandono e do retorno aos estudos Sobre os motivos que levaram os respondentes a abandonar os estudos, percebe-se que o maior número de respostas é dado à determinante “trabalho” (21,4%), isso se considerarmos cada determinante separadamente. Aranha (2003) irá destacar o trabalho como um dos motivos mais importantes no abandono dos estudos. Quanto a esse determinante, um breve olhar sobre os nossos números mostram que, dos 28 respondentes, 53,6% necessitam sustentar a família financeiramente. Destes 28 sujeitos, 21,4% não têm rendimentos; 14,3% recebem menos de um salário mínimo; 25% recebem um salário; 28,6% recebem um salário e meio; e somente 7,1% recebem dois salários mínimos, o que mostra haver uma relação direta (conforme defende o IBGE 2010) entre a baixa renda e a baixa escolaridade. Os dados mostraram ainda as motivações das pessoas que estão fora da escola a partir das seguintes determinantes e seus porcentuais: a) dificuldade de acesso à escola (10,9%); b) necessidade de trabalho e geração de renda (27,1%); c) falta intrínseca de interesse (40,3%) e d) outros motivos (21,7%). 2. METODOLOGIA Esse artigo descreve uma pesquisa exploratória que tem natureza quali-qualitativa. Para levantamento dos dados, utilizamos formulários semi-estruturados de pesquisa, aplicados nos meses de junho a setembro de 2011. Os sujeitos do estudo foram 28 alunos matriculados na EJA de três escolas do município de Linhares, ES. Para a sistematização dos dados, realizamos dois procedimentos. No primeiro, foi feito a análise quantitativa dos dados, que nos auxiliaram na caracterização desse sujeito da pesquisa, e no segundo, uma analise qualitativa, na qual extraímos algumas falas que consideramos importantes para a compreensão dos fenômenos envolvidos no retorno desses alunos trabalhadores aos estudos. Para os dados qualitativos, utilizamos a técnica da análise temática ou categorial de conteúdo, como proposto por Laurence Bardin (2004), que se baseia em ações de desmembramento do conteúdo em unidades, ou seja, busca descobrir os diferentes núcleos de sentido que constituem a comunicação, e posteriormente, reagrupa essas unidades em classes ou categorias O objetivo dessa pesquisa é compreender a percepção de um grupo de alunos sobre a importância da educação de jovens e adultos para suas relações com o mundo do trabalho. Vemos a discussão desse tema como relevante para suprir a escola ou os gestores públicos da educação em suas tomadas de decisão quando à oferta de escolarização a pessoas que não tiveram oportunidade de freqüentar a escola ou de nela permanecer. CONSEGUIR MELHOR OPORTUNIDADE DE TRABALHO VERGONHA POR NÃO TERMINAR OS ESTUDOS SENTIR-SE REALIZADO OUTROS MOTIVOS FIGURA 2 - Determinantes do retorno aos estudos 4. CONCLUSÃO A ação de compreendermos o sentido da educação para jovens e adultos que buscam a inserção ou a permanência no mundo trabalhado revelou-nos que os sujeitos da EJA nas escolas investigadas do município de Linhares vêem a educação como meio apropriado para atingir esses objetivos. Em seus históricos, abandonaram a escola em algum momento de suas vidas por questões familiares, pela falta de oferta, pela reprovação, pela falta de oportunidade ou porque não gostavam de estar na escola. Mas o principal motivo sempre está atrelado à necessidade de se dedicar ao trabalho. Portanto, o sentido que esses alunos questionados vêem na educação é de uma dimensão de acesso a melhores dias enquanto cidadãos, com direito a oferecer per si e para suas famílias o acesso aos bens sociais culturalmente produzidos pelos homens e ao bem-estar social. . FIGURA 1 – Alunos de uma escola EJA AGRADECIMENTOS Agradeço em primeiro lugar a Deus,sempre no sustento e equilibrio, à minha família que trouxe ânimo e alento nos momentos difíceis, aos alunos do EJA sem o qual não haveria esse trabalho e por fin aos docentes que me deram a base para o sucesso do mesmo 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO 3.1. Caracterização dos sujeitos da pesquisa REFERÊNCIAS Dos sujeitos entrevistados em nossa pesquisa, a maior parte situa-se na faixa entre 15 a 25 anos. Trata-se, portanto, de alunos jovens. Se tomarmos uma faixa de maior fase produtiva até 45 anos, teremos 74,9% dos entrevistados. Podemos considerar que há um cetro equilíbrio quanto ao sexo dos sujeitos da pesquisa. Contudo, os homens que estudam na EJA, em nosso caso especificamente, são a maioria (14,28% a mais que as mulheres) As profissões desenvolvidas pelos sujeitos podem ser definidas por sua baixa remuneração. Isso nos remete a Aranha (2003), que defende haver uma relação paradoxal entre o trabalho e a escolaridade, ou seja, ela sugere que grande parte dos alunos da EJA é advinda de classes menos favorecidas e que essa situação produz um aluno de EJA potencial (“um futuro candidato à EJA”). Assim, tem-se um ciclo vicioso: baixa escolaridade/baixa renda e vice e versa. ARANHA, Antonia Vitória. Relação entre o conhecimento escolar e o conhecimento produzido no trabalho: dilemas da educação do adulto trabalhador. In: Trabalho & Educação. Belo Horizonte: NETE/FaE/UFMG, n.12, jan/jun, 2003. BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. 3. ed. Lisboa, Portugal: Edições 70, 2004. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE. Censo demográfico de 2010. Rio de Janeiro: IBGE, 2011. OLIVEIRA, Ivanilde Apoluceno de. Princípios pedagógicos na educação de jovens e adultos. Revista do Programa Alfabetização Solidária, São Paulo, v. 4, p. 59-74, 2004. PAIVA, Vanilda Pereira. Educação popular e educação de adultos. 2.ed. São Paulo: Loyola, 1983.

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