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MICROECONOMIA

MICROECONOMIA. Baseado na Obra: Samuelson, P. e Nordhaus, W. (2005). Microeconomia. Lisboa: McGraw-Hill . 1. MICROECONOMIA. 1 – Conceitos básicos 2 – Microeconomia, Oferta, Procura e Mercados de Produtos 3 – Mercado dos factores: trabalho, terra e capital

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MICROECONOMIA

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Presentation Transcript


  1. MICROECONOMIA Baseado na Obra: Samuelson, P. e Nordhaus, W. (2005). Microeconomia. Lisboa: McGraw-Hill 1

  2. MICROECONOMIA 1 – Conceitos básicos 2 – Microeconomia, Oferta, Procura e Mercados de Produtos 3 – Mercado dos factores: trabalho, terra e capital 4 – Microeconomia aplicada: comércio Internacional, governo e ambiente 2

  3. Método de Avaliação Tendo em conta o Regulamento de Avaliação em vigor, a avaliação poderá ser efectuada através das seguintes modalidades: a)Avaliação Curricular Teste de Avaliação Global (TAG) Prova presencial de avaliação individual escrita e/ou prática e/ou oral no final do(s) semestre(s). Avaliação Distribuída (AD) • (*) Trabalho individual ou grupo de 2/3 elementos.

  4. Sistema de avaliação da disciplina de Microeconomia Formação grupos Exercicio de aplicação 20% TAG Miniteste 30% Avaliação continua (10 valores) Questões discussão Parte III 9 Out Parte I Parte II Parte III Parte IV Parte IV Parte I Parte II Legenda: Avaliação curricular Legenda: Avaliação contínua

  5. Capítulo 1 - Fundamentos da economia Introdução Escassez vs eficiência Definição de economia Microeconomia vs macroeconomia A lógica da economia Três Problemas da organização económica o quê? como? Para quem? Possibilidades tecnológicas factores de produção e produções A fronteira das possibilidades de produção (FPP) 5

  6. 2. Evolução Histórica Surgiu como disciplina académica há mais de 2 séculos 1776: Adam Smith publica “A Riqueza das Nações” Onde demonstra que um sistema de preços e de mercados é capaz de coordenar os indivíduos e as empresas sem necessidade de qualquer direcção central CAPITALISMO 1867: Karl Marx publica “O Capital” Uma poderosa crítica ao Capitalismo onde proclamava que em breve lhe sucederiam depressões económicas, revoluções, etc.

  7. 2. Evolução Histórica Finais do sec. XIX até aos anos 30 do sec. XX: As profundas depressões económicas vieram questionar a viabilidade do capitalismo da empresa privada. 1917: Os socialistas começaram a aplicar o seu modelo na União Soviética e em 1980 cerca de 1/3 do mundo era regido por doutrinas marxistas. 1936: John Keynes publica, na sequência da Grande Depressão “A Teoria Geral do Emprego o Juro e o Dinheiro”. Onde se descrevia uma nova abordagem económica, as políticas governamentais, fiscais e monetárias a suavizar os estragos dos ciclos económicos.

  8. 2. Evolução Histórica Anos 80: Deu-se uma reviravolta. Os países capitalistas do Ocidente e os países socialistas do Leste redescobriram a capacidade do mercado para gerar rápidas mudanças tecnológicas e elevados padrões de vida. No Ocidente os governos desregularam algumas industrias e liberalizaram os preços. Na Europa de Leste a revolução pacífica de 1989 forçou os países socialistas a abandonar o aparelho de planeamento central e a permitir que as forças do mercado se desenvolvessem novamente.

  9. Economia Temas estudados • Comportamento dos mercados financeiros (taxas de juro, cotações de acções, etc.) • Razões da pobreza e riqueza de indivíduos e nações, sugerindo formas para o aumento do rendimento dos mais desfavorecidos • Ciclos económicos - altos e baixos do desemprego e da inflação - assim como políticas para os moderar • Comércio e finanças internacionais, bem como o impacto da globalização • Medidas para melhorar o uso eficiente de recursos (humanos, naturais, tecnológicos) • Políticas governamentais para atingir objectivos nacionais importantes: crescimento económico, pleno emprego, estabilidade dos preços, repartição justa do rendimento

  10. EconomiaDefinição • A economia é o estudo da forma como as sociedades utilizam recursos escassos para produzirbens com valor e como os distribuem entre pessoas diferentes

  11. Escassez e eficiênciaUtilização eficiente de recursos escassos Escassez • Numa situação de escassez os bens são limitados relativamente aos desejos. • Deste modo é importante que uma economia faça o melhor uso dos seus recursos limitados, ou seja que os utilize de forma eficiente. Eficiência • Eficiência corresponde à utilização mais efectiva de recursos de uma sociedade na satisfação das necessidades da população. • Uma economia está a produzir de forma eficiente quando não pode aumentar o bem-estar económico de um indivíduo sem prejudicar o de outro indivíduo qualquer.

  12. Microeconomia e MacroeconomiaAdam Smith (1776) e John Keynes (1936) Microeconomia • A microeconomia é o ramo da economia que estuda o comportamento de entidades individuais como os mercados, as empresas e as famílias. • Adam Smith é considerado o fundador da microeconomia tendo escrito a obra de referência A Riqueza das Nações (1776). Macroeconomia • A macroeconomia estuda o desempenho global da economia como o crescimento económico, a inflação, o desemprego, o investimento e o consumo global. • John Maynard Keynes é considerado o fundador da macroeconomia tendo escrito a obra de referência Teoria Geral do Emprego, do Juro e do Dinheiro (1936).

  13. Falácia do post-hoc: B depois de A, logo A =>B (??) 2. Falácia do ceteris paribus (manter o resto constante) 3.Falácia da agregação: O que é verdade para uma parte também é verdade para o todo (??)

  14. Os três problemas da organização económicaO quê, como, para quem 1. Quais os bens a produzir ? Uma economia tem de determinar quanto deve produzir de cada um dos inúmeros bens e serviços possíveis e quando deverão ser produzidos. Devemos produzir manteiga ou espingardas ? 2. Como são os bens produzidos ? Uma economia tem de determinar como deve produzir cada um dos bens e serviços, ou seja quem produz, com que recursos e com que tecnologia. Quem cultiva a terra e quem ensina ? 3. Para quem são os bens produzidos ? Uma economia tem de determinar quem irá usufruir dos bens e serviços produzidos. Qual é a distribuição justa do rendimento e da riqueza ?

  15. Formas de resolver os três problemas económicosEconomias de mercado, dirigidas e mistas 1. Economia de mercado Numa economia de mercado os indivíduos e as empresas privadas tomam as decisões sobre a produção e o consumo. Um sistema de preços, de lucros e prejuízos, de incentivos e prémios determina o quê, como e para quem. 2. Economia dirigida Numa economia dirigida o governo toma todas as decisões importantes acerca da produção e distribuição dos bens e serviços. O Estado possui a maior parte dos meios de produção, é o maior empregador e dirige a actividade das empresas. 3. Economia mista Uma economia mista combina elementos de mercado e de direcção central. Nunca existiu uma economia de mercado pura embora a Inglaterra do século XIX se aproxime dessa situação.

  16. Possibilidades tecnológicas da sociedadeRecursos limitados implicam escolhas Cada espingarda que é fabricada, cada barco de guerra que é lançado ao mar, cada míssil que é disparado significa, em última instância, um roubo a quem tem fome e não tem o que comer. Every gun that is made, every warship launched, every rocket fired signifies in the final sense, a theft from those who hunger and are not fed, those who are cold and are not clothed. Presidente Dwight D. Eisenhower 16 Abril 1953

  17. Factores de produção (inputs)Terra, trabalho e capital • A terra – ou mais genericamente os recursos naturais – representa a dádiva da natureza para os processos produtivos: terra para agricultura, habitação, fábricas e estradas; recursos energéticos utilizados nos transportes e aquecimento; recursos não energéticos como o cobre, o ferro e a areia. Actualmente o conceito de recursos naturais inclui os recursos ambientais tais como o ar puro e a água potável. • O trabalho consiste no tempo dispendido pelos indivíduos nos processos de produção. É o factor de produção mais comum e mais crucial numa economia avançada. • O capital é formado pelos bens duráveis de uma economia que se destinam à produção de outros bens. Os bens de capital incluem máquinas, estradas, computadores, martelos, camiões, máquinas de lavar e edifícios.

  18. A Fronteira das Possibilidades de Produção - FPPEspingardas vs manteiga

  19. 3.5. Fronteira das possibilidades de Produção Os países não podem ter quantidades ilimitadas de todos os bens. Estão limitados pelos recursos e pela tecnologia. A necessidade de escolha entre oportunidades limitadas torna-se ainda mais importante em tempo de guerra. Consideremos uma economia que produz apenas dois bens: espingardas e manteiga. Possibilidades de produção alternativa X 103 unid. FPP 15 12 9 6 3 0 1 2 3 4 5 (X 106 kg)

  20. 3.5. Fronteira das possibilidades de Produção A fronteira das possibilidades de produção FPP representa as quantidades máximas de produção que podem ser obtidas por uma economia, dados o seu conhecimento tecnológico e a quantidade de factores de produção disponíveis. País rico FPP B País pobre Bens de luxo Bens de luxo A A Bens de 1ª necessidade Bens de 1ª necessidade

  21. 3.5. Fronteira das possibilidades de Produção Um país pode produzir tanto bens de consumo como de investimento. Suponha que 3 países têm a mesma FPP. O país 1 não investe para o futuro, o país 2 investe moderadamente e o país 3 investe fortemente. Consequências futuras Escolhas do presente Investimento Investimento B3 A3 A2 B2 B1 A1 Consumo Consumo

  22. 3.5. Fronteira das possibilidades de Produção Eficiência produtiva A eficiência produtiva verifica-se quando uma economia não pode produzir mais de um bem sem que produza menos de um outro; isto significa que a economia está sobre a respectiva fronteira de possibilidades de produção. Ineficiência ou recursos desaproveitados FPP Bens de luxo Eficiência Bens de 1ª necessidade

  23. Tópicos para discussão Admitindo que o progresso tecnológico permite a duplicação da produtividade dos recursos da sociedade na produção de manteiga sem alterar a produtividade do fabrico de espingardas, como se modificaria a fronteira de possibilidades de produção (FPP) da Figura 1-2? Considere que existem apenas dois factores de produção – trabalho e recursos naturais – que produzem dois bens – concertos e gasolina – e que não existe progresso tecnológico ao longo do tempo. O que aconteceria à FPP com o esgotamento dos recursos naturais? Como poderiam novas invenções e o desenvolvimento tecnológico alterar a resposta dada? Com base neste exemplo explique porque se diz que “o crescimento económico é uma corrida entre o esgotamento e a invenção”.

  24. 3.6. Questões 3. “Nenhuma sociedade completamente igualitária conseguiu jamais construir um sistema económico progressivo e eficiente. Da experiência universal sabe-se que é necessário um sistema de prémios diferenciados para estimular os trabalhadores” George Stigler em “The Theory of Price”, 1966 Estas afirmações são de economia positiva ou normativa?

  25. No dia 21 de Junho de 2000 o jornal parisiense Le Monde publicou um manifesto de estudantes franceses contra aquilo que eles designavam como a falta de realismo e de pluralismo no ensino da Economia, resultam principalmente dos excessos de modelação abstracta e de formalização matemática, que, no entender dos subscritores do manifesto, tomando a sofisticação formalista num fim em si mesmo, provocava uma «esquizofrenia» com o referente empírico da ciência e com os desígnios da sua praticabilidade e relevância sociopolitica, substituindo-os pela fantasmagoria descarnada e esquemática de «mundos imaginários», remetendo em suma a disciplina para uma posição de irrealismo e de isolamento, para aquilo que eles, com bastante contundência, designavam por «autismo». (Araujo, 2006)

  26. 1. Os recursos produtivos são escassos. 2. As decisões concretas reclamam a ponderação de custos e benefícios adicionais resultantes da cada uma das alternativas. 3. Há diversos métodos de afectação de bens e serviços. 4. As pessoas respondem de um modo previsível a incentivos, tanto positivos como negativos. 5. Só existem trocas voluntárias quando as partes têm esperança de ganhos. 6. A produção e o consumo crescem com a especialização dos agentes económicos (individuais ou colectivos). 7. A interacção de compradores e vendedores constitui os mercados. 8. Os preços sinalizam e incentivam os agentes num mercado. 9. A concorrência entre vendedores baixa custos e preços e beneficia em última instância os compradores. 10. Os mercados geram um enquadramento institucional que visa apoiar os agentes económicos na realização dos seus fins.

  27. 11. A moeda facilita as trocas, os empréstimos, a poupança, o investimento, as comparações de valores. 12. As taxas de juro, ajustadas à inflação, variam para adequarem os níveis de poupança aos níveis de empréstimo, determinando assim a afectação de recursos escassos entre os seus usos presente e futuro. 13. O rendimento das pessoas é maioritariamente fixado em função do valor dos recursos produtivos que fornecem ao mercado. 14. Os empresários são aqueles que, incentivados pela contrapartida do lucro, assumem as incertezas da organização produtiva dos recursos. 15. O investimento em capital físico e em «capital humano» tem a virtualidade de incrementar o nível de vida futuro. 16. Há lugar, numa economia de mercado, à intervenção do Estado, desde que ela se justifique em termos de eficiência.

  28. 17. A intervenção do Estado pode implicar custos que excedem os benefícios, dados os incentivos não estritamente económicos por que se pauta a acção política. 18. O nível nacional de rendimento, emprego e preços é resultado da interacção das decisões de produzir e consumir do conjunto de todos os agentes económicos nacionais. 19. O desemprego e a inflação têm efeitos nocivos muito extensos no bem-estar colectivo, ao menos na injustiça da redistribuição e na perturbação das expectativas. 20. O nível de emprego, de produção e de preços podem ser influenciados pelos governos e pelos bancos centrais através de políticas orçamentais e monetárias.

  29. 1. A economia assenta num quadro de referência de decisões individuais. e apela a uma racionalidade «procedimental» (neutra perante os valores essas decisões servem). 2. Numa economia livre, a eficiência baseia-se num equilíbrio entre interdependência individual e responsabilidade colectiva. 3. Podem ocorrer situações em que a decisão económica deve optar entre objectivos de eficiência e de justiça. 4. Existe, no curto prazo, um limite ao rendimento marginal que se obtém da intensificação do uso dos factores de produção. 5. Um movimento especulativo pode ser estabilizado se as previsões forem optimistas. 6. Tende a existir, no curto prazo, uma correlação inversa entre os valores da inflação e do desemprego. 7 As interferências rectificadoras das «falhas de mercado» podem resultar em «falhas de intervenção». 8. A mais grave das “falhas de mercado” é aquela que torna o progresso económico numa causa de degradação ambiental, por abuso de recursos comuns e de bens públicos. 9. A eficiência da regulação jurídica e política deve poder justificar-se pela existência de externalidades e pela verificação de «custos de transacção» superiores aos custos da regulação. 10. A racionalidade assenta numa informação dispendiosa, pelo que muitas das decisões individuais são eficientemente tomadas com informação incompleta e muita da interdependência se funda em informação assimétrica.

  30. Capítulo 2 - Mercados e governo numa economia moderna O que é um Mercado? Comércio, dinheiro e capital Papel económico do governo 30

  31. Conteúdo programático Mercados e Governo numa Economia Moderna 1. Introdução 2. O Mercado 3. Comércio Dinheiro e Capital 4. O papel Económico do Governo 4.1. Eficiência 4.2. Equidade 4.3. Crescimento e Estabilidade Macroeconómicos 5. Questões

  32. 1. Introdução “Cada indivíduo esforça-se por aplicar o seu capital de modo que a sua produção tenha o valor máximo. Geralmente não tem intenção de promover o interesse público nem sabe sequer em que medida o está a fomentar. Pretende apenas a sua segurança, apenas o seu próprio ganho. E assim é levado por uma mão invisível a promover um fim que não fazia parte das suas intenções. Na prossecução do seu próprio interesse, promove frequentemente o interesse da sociedade de uma forma mais efectiva do que quando realmente o pretende fazer” Adam Smith, A Riqueza das Nações, 1776

  33. 2. O Mercado Como funciona um Mercado? Os mercados são um mecanismo através do qual os compradores e vendedores se encontram para determinar os preços e trocar bens ou serviços. Os preços coordenam as decisões dos produtores e dos consumidores num mercado. Preços mais elevados tendem a reduzir as compras dos consumidores e a estimular a produção. Preços mais baixos estimulam o consumo e retraem a produção. Os preços são o fiel da balança do mecanismo de mercado.

  34. 2. O Mercado Preços nos mercados de produtos Oferta Procura Habitação, Calçado Pizzas, Etc. As empresas vendem bens e adquirem factores de produção Habitação, Calçado Pizzas, Etc. Os consumidores compram bens e vendem factores de produção Custos de produção Mercado de produtos Dinheiro dos consumidores EMPRESAS CONSUMIDORES As empresas baseiam os preços dos seus bens nos custos do trabalho e do património. Os consumidores usam o seu rendimento da venda de trabalho e outros factores para adquirir bens às empresas. Produtividade dos factores Proprietários dos factores produtivos Terra, Capital, Trabalho Terra, Capital, Trabalho Preços nos mercados de factores (salários, rendas, juros) Procura Oferta Mercado de factores

  35. 2. O Mercado Os mercados não proporcionam necessariamente uma repartição justa do rendimento; podem dar origem a níveis inaceitáveis de desigualdade do rendimento. Os Governos actuam com medidas no sentido de corrigir estas injustiças usando: O poder dos impostos; Política Fiscal E para promover o crescimento económico a longo prazo e a produtividade O poder das taxas de juro; Política monetária

  36. 2. O Mercado O que é um equilíbrio de Mercado? Os mercados são um mecanismo pelo qual compradores e vendedores de uma mercadoria se confrontam para determinar o seu preço e quantidade. É o mercado que estabelece o Preço de Equilíbrio Concorrência perfeita é um mercado onde nenhuma empresa ou consumidor é suficientemente forte para afectar o preço de mercado Os mercados falham quando: Não existe concorrência perfeita: Ex. monopólios Existem externalidades: Ex. poluíção

  37. 3. Comercio, Dinheiro e Capital Uma economia moderna depende de condições especiais para se tornar muito produtiva. A divisão do trabalho e os bens de capital especializados permitem aos indivíduos terem capacidades elevadas em determinadas áreas. A especialização dá origem a níveis elevados de eficiência; a produção em grande escala torna possível o comércio; o dinheiro permite que o comercio se faça rápida e eficientemente; e um sofisticado sistema financeiro é crucial para transformar as poupanças de alguns nos bens de capital de outros.

  38. 4. O Papel Económico do Governo No mundo real, nenhuma economia está efectivamente de acordo com o mundo ideal de funcionamento contínuo da mão invisível. Em vez disso, todas as economias de mercado sofrem as imperfeições que levam a doenças tais como a poluição excessiva, o desemprego e a extremos de riqueza e de pobreza. Por isso nenhum governo se mantém totalmente afastado da economia. Os governos numa economia de mercado têm três funções económicas principais: 1 - O Aumento da Eficiência 2 - A Promoção da Equidade 3 - O Estímulo do Crescimento e da Estabilidade Macroeconómicos

  39. 4. O papel Económico do Governo 4.1. Eficiência O governo aumenta a eficiência ao promover a concorrência, ao combater externalidades como a poluição e ao fornecer bens públicos. Os mercados falham na alocação eficiente de recursos quando existe concorrência imperfeita ou externalidades. A concorrência imperfeita como o monopólio origina preços elevados e níveis de produção baixos. Externalidades ocorrem quando empresas ou individuos impõem custos ou benefícios a outros que estão fora do mercado. Os governos podem regular as actividades ou fixar restrições anti-trust ao comportamento das empresas para combater a concorrência imperfeita. Podem intervir com a regulação das externalidades ou fornecer bens públicos (com as receitas dos impostos).

  40. 4. O papel Económico do Governo 4.2. Equidade O governo promove a equidade ao usar os impostos progressivos e programas de despesa para redistribuir o rendimento a grupos específicos. 4.3. Crescimento e Estabilidade Macroeconómicos Os governos podem estimular o crescimento económico e a estabilidade de preços através da política orçamental (impostos) e da regulação monetária (taxas de juro). Através destas duas ferramentas essenciais de política macroeconómica, os governos podem influenciar o nível da despesa total, a taxa de crescimento, os níveis de emprego, o nível de preços e a taxa de inflação.

  41. 4. O papel Económico do Governo

  42. 5. Questões 1. Foram analisadas muitas falhas de mercado, áreas em que a mão invisível dirige ineficientemente a economia, e descreve o papel do Governo. É possível que haja, da mesma forma, falhas de governo, tentativas do governo para remediar as falhas do mercado que tenham efeitos piores. Dê alguns exemplos em que as falhas de governo sejam tão graves que seja preferível viver com as falhas de mercado do que tentar corrigi-las. • 2. Considere os seguintes casos de intervenção governamental na economia: regulamentos para limitar a poluição do ar; apoio ao rendimento dos pobres; tabelamento de preços de uma companhia monopolista de telefone. Para cada caso • Explique a falha de mercado. • Descreva a intervenção do governo para tratar do problema • Explique de que modo a falha do governo pode ocorrer devido à intervenção.

  43. Capítulo 3 Elementos básicos da procura e oferta Introdução Função da procura Função da oferta Equilíbrio da oferta e da procura Tópicos para discussão

  44. IntroduçãoA oferta e a procura na determinação do preço da gasolina

  45. IntroduçãoA teoria da oferta e da procura • A teoria da oferta e da procura demonstra como as preferências dos consumidores determinam a procura dos bens, enquanto que os custos das empresas são a base da oferta. • Do equilíbrio entre a oferta e a procura resulta o preço e a quantidade transaccionada de cada bem.

  46. 1. A Função da Procura Existe uma relação definida entre o preço de mercado de um bem e a quantidade procurada desse bem, mantendo-se o restante constante. Esta relação entre o preço e a quantidade comprada é designada a função da procura. P(€) 0,80 0,60 0,40 0,20 0 2 4 6 8 Q (Unidades)

  47. Função da procuraCurva da procura. Exemplo Função da procura • A relação existente entre o preço de um bem e a quantidade comprada desse bem é designada função da procura ou curva da procura

  48. 1. A Função da Procura É uma função decrescente. Quando o preço de uma mercadoria aumenta (mantendo-se o restante constante) os compradores tendem a consumir menos dessa mercadoria. De forma similar, quando o preço baixa, mantendo-se o restante constante, aumenta a quantidade procurada P(€) D P P Q Q (Unidades) Q

  49. Função da procuraLei da inclinação negativa da procura Lei da inclinação negativa da procura • Quando o preço de um bem aumenta, mantendo-se tudo o resto constante, os compradores tendem a consumir menos desse bem. • De forma similar, quando o preço de um bem diminui, mantendo-se tudo o resto constante, a quantidade procurada desse bem aumenta.

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