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VII SEMANA CIENTÍFICA DO CURSO DE TURISMO DA FAVA

VII SEMANA CIENTÍFICA DO CURSO DE TURISMO DA FAVA. RESPONSABILIDADE SÓCIO-AMBIENTAL. CONCEITOS LIGADOS À RESPONSABILIDADE SOCIAL

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VII SEMANA CIENTÍFICA DO CURSO DE TURISMO DA FAVA

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  1. VII SEMANA CIENTÍFICA DO CURSO DE TURISMO DA FAVA RESPONSABILIDADE SÓCIO-AMBIENTAL

  2. CONCEITOS LIGADOS À RESPONSABILIDADE SOCIAL Muito tem se falado sobre “empresas social e ambientalmente responsáveis”. Entretanto, percebemos um perigoso hiato entre os conceitos existentes e as práticas efetivas. Para que se busque alguma luz sobre essa questão, a partir de agora, vamos discutir dentro do espaço que o tempo nos permite, os conceitos de “Responsabilidade Sócio-ambiental”. Temos que buscar respostas, primeiramente, para saber as diferenças entre “o que se diz” e “o que se faz”.

  3. Em primeiro lugar devemos considerar questão: “O que é e como surgiu a Responsabilidade Sócio-ambiental Empresarial”? Podemos dizer que “Responsabilidade Social Empresarial” é um processo contínuo e progressivo de envolvimento e desenvolvimento de competências cidadãs da empresa, com a assunção de responsabilidades sobre questões sociais e ambientais relacionadas a todos os públicos com os quais ela interage: o corpo de colaboradores diretos (público interno), sócios e acionistas, fornecedores, clientes e consumidores, mercado e concorrentes, poderes públicos, imprensa, comunidade e o próprio meio ambiente (ESG). Durante séculos ações de responsabilidade se atinham a fatores emocionais, ou seja, levadas pela comiseração de situações anômalas. Vejamos esses conceitos: CONCEITOS LIGADOS À RESPONSABILIDADE SOCIAL

  4. CONCEITOS LIGADOS À RESPONSABILIDADE SOCIAL • FILANTROPIA CARIDADE, ALTRUÍSMO  REMETE A AÇÕES EXTERNAS DAS ORGANIZAÇÕES EMPRESARIAIS, EM BENEFÍCIO DE DETERMINADA COMUNIDADE OU GRUPO SOCIAL. É UM TERMO CADA VEZ MAIS EM DESUSO, POIS É FREQÜENTEMENTE ASSOCIADO ÀS ANTIGAS PRÁTICAS DE RELACIONAMENTO COM A COMUNIDADE, ONDE NÃO RARO O QUE SE FAZIA ERAM AÇÕES PONTUAIS E NÃO PROJETOS DE LONGO PRAZO, BASEADOS EM DIAGNÓSTICOS DE REAIS NECESSIDADES E CONSTANTE PROCESSO DE AVALIAÇÃO A FIM DE CORRIGIR RUMOS E APRIMORAR AS TECNOLOGIAS SOCIAIS. “A FILANTROPIA É APENAS PARTE DA RESPONSABILIDADE SOCIAL. MAS NÃO ADIANTA PROMOVER UMA AÇÃO SOCIAL ISOLADA, SE O LIXO É LANÇADO AO RIO OU SÉ É CONIVENTE COM ATOS DE CORRUPÇÃO”. • RESPONSABILIDADE SOCIAL TEM UM OBJETIVO ESTRATÉGICO E ESTÁ, NECESSARIAMENTE, INCORPORADA À CADEIA DE NEGÓCIOS DA EMPRESA • MARKETING SOCIAL O SEU PRINCIPAL OBJETIVO É ALAVANCAR OS NEGÓCIOS DA EMPRESA ATRAVÉS DA DIVULGAÇÃO DE UMA IMAGEM POSITIVA PERANTE A OPINIÃO PÚBLICA E O CONSUMIDOR. • ENTIDADE FILANTRÓPICA TRATA-SE DE UMA SOCIEDADE SEM FINS LUCRATIVOS (ASSOCIAÇÃO OU FUNDAÇÃO), CRIADA COM O PROPÓSITO DE PRODUZIR O BEM, TAIS COMO: ASSISTIR À FAMÍLIA, À MATERNIDADE, À INFÂNCIA, À ADOLESCÊNCIA, À VELHICE, PROMOVENDO AINDA A HABILITAÇÃO E REABILITAÇÃO DAS PESSOAS PORTADORAS DE DEFICIÊNCIA E INTEGRAÇÃO AO MERCADO DO TRABALHO. PARA SER RECONHECIDA COMO FILANTRÓPICA PELOS ÓRGÃOS PÚBLICOS, A ENTIDADE PRECISA COMPROVAR TER DESENVOLVIDO, NO MÍNIMO PELO PERÍODO DE TRÊS ANOS, ATIVIDADES EM PROL DOS MAIS DESPROVIDOS, SEM DISTRIBUIR LUCROS E SEM REMUNERAR SEUS DIRIGENTES.

  5. SOLIDARIEDADE AUXÍLIO MÚTUO; LIGAÇÃO RECÍPROCA ENTRE PESSOAS OU COISAS INDEPENDENTES. • VOLUNTARIADO É A ATIVIDADE PRESTADA EM PROL DE UM BEM SOCIAL, SEM A EXPECTATIVA DE QUALQUER CONTRAPARTIDA FINANCEIRA, PODENDO OU NÃO SER PRATICADA POR INTERMÉDIO DE UMA ENTIDADE BENEFICENTE. ATUAÇÃO CONTRA A MISÉRIA, AS MÁS CONDIÇÕES DE EDUCAÇÃO, DE MORADIA, DE CULTURA, ETC. SENTIMENTO QUE LEVA UM GRUPO DE PESSOAS A SE UNIR PARA SE AUTO-AJUDAR, PIEDADE, DÓ • VOLUNTÁRIO É QUEM, MOVIDO POR VALORES DE SOLIDARIEDADE E RESPONSABILIDADE, DOA SEU TEMPO, TRABALHO E TALENTO PARA AÇÕES QUE BENEFICIAM OUTRAS PESSOAS E MELHORAM A VIDA DE TODOS. O VOLUNTÁRIO NÃO PODE SER REMUNERADO, APENAS PODE SER RESSARCIDO DAS DESPESAS QUE COMPROVADAMENTE REALIZAR NO DESEMPENHO DAS ATIVIDADES VOLUNTÁRIAS, TAIS COMO: LOCOMOÇÃO E REFEIÇÃO. • COMPAIXÃO • INDIGNAÇÃO

  6. A aplicação desses conceitos a setores localizados e às leis ambientais, não são, na verdade, atitudes suficientes para empresas que querem ampliar seu leque de atividades. “Atualmente, o mercado exige das instituições cada vez mais ações em prol do meio ambiente, cobrando não apenas os tradicionais balanços econômicos, como também os sociais”. Sintetizando, o consumidor, o investidor, enfim, o público alvo de seu produto exige mais.

  7. O mundo empresarial não concebe decisões ou ações, por menor que sejam, calcadas em conceitos emocionais. Hoje, com o processo de globalização que o mundo atravessa, a competitividade fez com que o setor se deparasse com verdadeiro quadro de guerra. Aprimorando a sistemática de participação de mercado, as empresas voltaram seus olhos para uma ação que despertasse nas pessoas uma ótica diferente, que angariasse a simpatia de todos os setores. O alvo foi, então, ações de responsabilidade sócio-ambientais.

  8. Diante dessa realidade, tornou-se imprescindível para as organizações promoverem projetos que possibilitam a melhoria na qualidade de vida da comunidade e que reduzam o impacto sobre o meio ambiente. Surgiu então a responsabilidade sócio-ambiental. Nasceu de forma profissional e metódica, transformando o enfoque emocional das ações assistenciais em atitudes bem ordenadas, organizadas e eficientes.

  9. RESPONSABILIDADE SÓCIO-AMBIENTAL A Responsabilidade Sócio-ambiental corresponde a um compromisso de empresas que atuam na vanguarda, atendendo à crescente conscientização da sociedade, principalmente nos mercados mais maduros. Diz respeito à necessidade de revisar os modos de produção e padrões de consumo vigentes de tal modo que o sucesso empresarial não seja alcançado a qualquer preço, mas ponderando-se os impactos sociais e ambientais decorrentes da atuação administrativa e negocial da empresa.

  10. RESPONSABILIDADE SÓCIO-AMBIENTAL Desde que o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Kofi Annan, lançou, em 1999, a idéia (concretizada em 2000) do Pacto Mundial – um conjunto de princípios que dá forma ao conceito de “cidadania corporativa” –, surgiram inúmeras iniciativas nessa direção. Responsabilidade empresarial, investimento sustentável, respeito aos acionistas e aos vários públicos de interesse da empresa (os stakeholders, ou seja, clientes, fornecedores, trabalhadores, comunidade, governos). Ação segundo normas éticas e legais são expressões que vêm se impondo gradativamente no dia-a-dia e na estratégia das organizações.

  11. RESPONSABILIDADE SÓCIO-AMBIENTAL Antes segmentado e dirigido a objetivos específicos, esse comportamento vai ganhando abrangência, partindo do setor produtivo e invadindo com vigor a seara das instituições financeiras. De tal sorte, que ganha agora o mundo inteiro a sigla ESG (Environment, Society, Governments), que são os fatores ambientais, sociais e de governança corporativa. Ouviremos falar, e muito, ainda desse amplo guarda-chuva que acolhe todos os aspectos da responsabilidade sócio-ambiental.

  12. RESPONSABILIDADE SÓCIO-AMBIENTAL Há várias iniciativas nesse campo: • Fundos globais de investimento que têm a sustentabilidade sócioambiental ou a responsabilidade corporativa lato sensu como critério de aplicação de recursos (ABN, Itaú, Unibanco, por exemplo, no Brasil) • Índices como o Dow Jones Sustainability Index (DJSI), que tem empresas brasileiras listadas, como Aracruz, Banco Itaú, Bradesco e Cemig. • Índice sócioambiental de empresas de energia da Goldman Sachs (que lista a Petrobras), cujos nomes falam por si só.

  13. RESPONSABILIDADE SÓCIO-AMBIENTAL • Os Princípios do Equador, formulados pela International Finance Corporation (IFC), braço do Banco Mundial para o setor privado, estabelecem critérios ambientais e de responsabilidade social para concessão de créditos a projetos de valor superior a US$ 50 milhões (a eles já aderiram Bradesco, Banco do Brasil, Itaú, Itaú-BBA e Unibanco) • Os Princípios para o Investimento Responsável (PRI, na sigla em inglês), destinados a nortear a ação dos fundos de pensão.

  14. RESPONSABILIDADE SÓCIO-AMBIENTAL A iniciativa mais recente, mais ampla, mais ambiciosa e formulada para abarcar todas as personagens do mercado financeiro nasceu há um ano e meio e já começa a mostrar a que veio. Trata-se do programa que americanos e europeus batizaram de Who Cares Wins - “quem se preocupa com as coisas do mundo vai ganhar” (lá na frente) -. Ele pretende abrir o foco para as questões ESG, que vinham sendo tratadas de certa forma isoladamente, como, por exemplo, pelas gerências de meio ambiente das empresas.

  15. RESPONSABILIDADE SÓCIO-AMBIENTAL Deseja levá-las à alçada das diretorias e dos Conselhos, tornando-as componente intrínseco da estratégia das companhias – incrustando-as no núcleo central da tomada de decisões. Em outras palavras, deixariam de ser um apêndice, um anexo, um algo mais, nos documentos / relatórios das empresas , para transformar-se em sua própria razão de ser.

  16. RESPONSABILIDADE SÓCIO-AMBIENTAL Seu argumento central define a proposta com clareza. “As instituições que apóiam este relatório estão convencidas de que, num mundo mais globalizado, interdependente e competitivo, o modo como são geridas as questões ambientais, sociais e de governança corporativa é parte integrante da própria administração geral da companhia e isso é necessário para competir com sucesso”, diz o documento.

  17. RESPONSABILIDADE SÓCIO-AMBIENTAL “Companhias de melhor desempenho nesse campo podem aumentar seu valor para os acionistas, por exemplo, administrando adequadamente os riscos, antecipando ações nos marcos regulatórios ou tendo acesso a novos mercados, contribuindo ao mesmo tempo para o desenvolvimento sustentável das sociedades nas quais operam”. Em suma: “Mais que tudo, essas questões podem ter forte impacto na reputação e nas marcas, um item crescentemente importante na agregação de valor para a companhia”.

  18. RESPONSABILIDADE SÓCIO-AMBIENTAL Infelizmente, porém, a ambição desmedida da maioria das empresas, desvirtuaram os princípios de RSA. Vejamos: segundo a reportagem de capa da edição 839 da revista EXAME, intitulada “A Vergonha do Lucro”, 90% dos programas de RSA são geridos pelos departamentos de marketing das empresas. Esse dado revela que, a rigor, a “Responsabilidade Social” nada mais é do que um mero instrumento, utilizado para impulsionar campanhas de promoção da imagem de empresas e das marcas de seus produtos. Isso poderá trazer sérios problemas de descrédito num futuro bem próximo, porque talvez tenhamos uma competição voltada para as ações de Responsabilidade Sócio-ambiental e a guerra travada no mercado, irá também para os bastidores e terão como protagonistas a miséria, o analfabetismo, a fome e a degradação ambiental. Quem vencerá essa batalha?

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