1 / 32

REFORMA DO ESTADO, GESTÃO MUNICIPAL E GERÊNCIA PÚBLICA

REFORMA DO ESTADO, GESTÃO MUNICIPAL E GERÊNCIA PÚBLICA. PROFa . CARLA GIANI MARTELLI. POR QUE REFORMAR O ESTADO?. Anos 80: grande crise mundial Causa básica da crise : o Estado Estado cresceu demasiadamente e foi capturado por interesses particulares

sezja
Download Presentation

REFORMA DO ESTADO, GESTÃO MUNICIPAL E GERÊNCIA PÚBLICA

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. REFORMA DO ESTADO, GESTÃO MUNICIPAL E GERÊNCIA PÚBLICA PROFa. CARLA GIANI MARTELLI

  2. POR QUE REFORMAR O ESTADO? • Anos 80: grandecrisemundial • Causabásicadacrise: o Estado • Estado cresceudemasiadamente e foicapturadoporinteressesparticulares • Estado perdeautonomiarelativaem face do processo de globalizaçãodaeconomiamundial: • Crise do Estado-Nação • Redução dos custos dos transportes e das comunicações e consequenteaumento do comércio, das finanças, dos investimentosinternacionais: competitividade entre osestadosnacionais é crucial • Crise fiscal do Estado: umacrise do tipo de intervençãoestatal e umacriseda forma burocrática de administração do Estado • Se a proposta de um Estado mínimonão é realistae se o fatorbásicosubjacente a criseeconômica é a crise do Estado,então: A soluçãonão é provocar o definhamento do Estado, masreconstruí-lo, reformá-lo.

  3. MANIFESTAÇÕES DO IMOBILISMO DO ESTADO • Crise fiscal: crisedadívidaexterna;poupançapúblicatorna-se negativa; perda de créditopúblico e incapacidade do Estado realizarumapoupançapúblicaparafinanciarpolíticaspúblicas. • Crise do modo de intervenção: crise do welfare no primeiromundo; esgotamentodaindustrializaçãoporsubstituição de importaçõesnospaísesemdesenvolvimento; colapso do estatismonospaísescomunistas. • Crisedaburocracia: obsolescênciada forma burocrática de administrar o Estado; custoscrescentesdamáquinaestatal, baixaqualidade e ineficiência dos serviçosprestadosaoscidadãos. Resultado: crise de legitimidade

  4. ALIANÇAS SÃO FORMADAS PARA PENSAR O ESTADO • Aliança liberal: meados dos anos 80 • Plenocontroledaeconomiapelomercado • Reformasdirecionadaspara a redução do Estado aomínimo • Estado develimitar-se a garantir a propriedade e oscontratos; devedesvencilhar-se de todas as suasfunções de intervenção no planoeconômico e social • Políticamacroeconômicadevetercomoúnicoobjetivo o déficitpúblico zero e o controle do aumentodaquantidadedamoeda (e nenhumapolítica industrial e social) • Aliança social-liberal: início dos anos 90 • “Um Estado menor e melhor” • Recuperaçãodapoupançapública e superaçãodacrise fiscal • Redefinição das formas de intervenção no econômico e no social: contratação de organizaçõespúblicasnão-estatais • Reformapúblicagerencial

  5. PREMISSAS PARA REFORMAR O ESTADO • Marshall: Direitoscivis – século XVIII Direitospolíticos- século XIX Direitossociais- século XX • Bresser-Pereira: Direitosrepublicanosou públicos- segunda metade do século XX: • os direitos de que gozam todos os cidadãos, de que seja público o que de fato é público; o direito de que a propriedade do Estado seja pública, isto é, de todos e para todos, não apropriada por uns poucos . • Duas instituições criadas para proteger o patrimônio público: a democracia e a administração pública burocrática.

  6. DEMOCRACIA E BUROCRACIA • Democracia e administração pública burocrática: principais instituições que visavam a proteger o patrimônio público contra a privatização do Estado. • Características dos governos nas sociedades pré-capitalistas e pré-democráticas: privatização do Estado, ou a interpermeabilidade dos patrimônios público e privado. • PATRIMONIALISMO: significa a incapacidade ou a relutância de o príncipe distinguir entre o patrimônio público e seus bens privados. • A administração do Estado pré-capitalista: administração patrimonialista. • Surgimento do capitalismo e da democracia: distinção clara entre res publica e bens privados. • Instituições em crise: Estado em crise • Democracia: deve se tornar mais participativa ou mais direta • Administração pública burocrática: deve ser substituída por uma administração pública gerencial.

  7. QUAL PAPEL DO ESTADO? • Estado liberal do século XVIII e XIX: • Estado pequeno dedicado à proteção dos direitos de propriedade; Estado que só precisava de um Parlamento para definir as leis, de um sistema judiciário e policial para fazer cumpri-las, de forças armadas para proteger o país do inimigo externo, e de um ministro das Finanças para arrecadar impostos. Para este Estado, a administração pública burocrática (que surge no século XIX e é amplamente estudada por Weber), em substituição às formas patrimonialistas de administrar o Estado, foi um grande progresso: o protegeu da corrupção e do nepotismo, dois traços inerentes à administração patrimonialista. • Século XX: • Outras funções do Estado: provedor de educação pública, de saúde pública, de cultura pública, de seguridade social, de incentivos à ciência e à tecnologia, de investimentos em infra-estrutura, de proteção ao meio-ambiente. Para este Estado, a administração pública burocrática se tornava cara, lenta e ineficiente. Não basta à nova administração pública ser efetiva em evitar o nepotismo e a corrupção: ela tem de ser eficiente ao prover bens públicos e semipúblicos, que cabe ao Estado diretamente produzir ou indiretamente financiar e tem de proteger os direitos públicos.

  8. O QUE É REFORMA GERENCIAL? • Surgiu na segunda metade do século XX : para quê? • resposta à crise do Estado • enfrentar a crise fiscal • estratégia para reduzir o custo e tornar mais eficiente a administração dos imensos serviços que cabiam ao Estado • proteção do patrimônio público contra os interesses privados ou da corrupção aberta. • Características básicas: • Orientadapara o cidadão e obtenção de resultados • Pressupõequepolíticos e funcionáriospúblicossãomerecedores de grau de confiançalimitado • Serve-se dadescentralização e do incentivo à criatividade e à inovação • Contrato de gestãocomoinstrumento de controle dos gestorespúblicos.

  9. ORIENTAÇÃO PARA RESULTADOS • Administraçãopúblicaburocrática: atentaparaosprocessos • Constróiobstáculosparanepotismo e corrupção • Define procedimentosparacontratação de pessoal e compra de bens e serviços • Controlessãopreventivos; vêma priori • Aoinvés de punirosdesvios, prefereprevenir • Controle de procedimentos • Administraçãopúblicagerencial: atentaparaosresultados • Descentralização • Delegação de autoridade e de responsabilidadeaogestorpúblico • Rígidocontrolesobre o desempenho (aferidomedianteindicadoresacordados e definidosporcontrato) • Controle de resultados

  10. ORIENTAÇÃO PARA O CIDADÃO • Administraçãopúblicaburocrática: auto-referente • Promoveseuprópriointeresse • Interesseemafirmar o poder do Estado (distinção entre patrimôniopúblico e privado) • Administraçãopúblicagerencial: orientadapara o cidadão • “A agênciaburocráticaconcentra-se emsuasprópriasnecessidades e perspectivas; a agênciaorientadapara o consumidorconcentra-se nasnecessidades e perspectivas do consumidor”(Barzelay, 1992). • Serviçopúblicodeve se orientarpelaidéia “serviçoaocidadão” (‘serviçopúblico’ é público; é para o cidadão).

  11. POLÍTICOS E FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS: CERTO GRAU DE CONFIANÇA • Administraçãoburocrática: confiança zero (Bresser-Pereira) • Sistemas de baixaconfiança: taylorismo e fordismo = intensavigilância (Giddens) • Administraçãogerencial: certograu de confiança • Confiançacontroladaporresultados • Grau de confiançaquepermitedelegação: gestorpúblico tem liberdade de escolherosmeiosmaisapropriadosaocumprimento das metasprefixadas • Sistemas de altaconfiança – pós-fordismo , a partirdadécada de 70 (Giddens) • Produçãoflexível • Produçãoemgrupo • Trabalhoemequipe • Habilidademúltiplas dos funcionários • Treinamentosconstantes

  12. AS ORGANIZAÇÕES EM TRANSFORMAÇÃO ADMINISTRAÇÃO BUROCRÁTICA ADMINISTRAÇÃO GERENCIAL Indivíduosdiferenciados Educaçãocontínua Interdisciplinaridade Criatividade Trabalhoemequipe Incentivo à cooperação Processodecisóriodemocrático Compartilhamento Responsabilidadesamplas Dirigenteslideram Controlepordesempenho Resultados Comunicaçõesampliadas Redes • Indivíduosindiferenciados • Escolarização • Especializaçãofuncional • Disciplina • Tarefasisoladas • Incentivo à competição • Processodecisóriopiramidal • Separaçõeshierárquicas • Responsabilidadesrestritas • Dirigentesordenam • Controleporsanção • Normas e processos • Comunicaçõesreduzidas • Informação vertical

  13. REFORMA GERENCIAL E NEOLIBERALISMO • Enfoque gerencial da administração pública: Grã-Bretanha, 1979, governo Thatcher; e EUA, 1980, governo Reagan. • Também na Nova Zelândia, na Austrália e na Suécia: governos socialdemocratas • O que ocorre: • as técnicas de gerenciamento são introduzidas ao mesmo tempo em que se implantam programas de ajuste estrutural para enfrentar a crise fiscal do Estado; • identificação de ajuste fiscal com conservadorismo ou neoliberalismo pode ter uma explicação histórica, mas não tem explicação lógica; • o neoliberalismo surgiu de uma reação contra a crise fiscal do Estado e por isso passou a ser identificado com cortes nos gastos e com o projeto de reduzir o ‘tamanho’ do Estado. Mas, as administrações socialdemocratas (contrárias, portanto, ao neoliberalismo) entenderam que o ajuste fiscal não era proposta de cunho ideológico, mas condição necessária para qualquer governo forte e efetivo; • isso, aliado à superioridade da administração pública gerencial sobre a burocrática, levou governos de diferentes orientações ideológicas a empreenderem reformas administrativas; • visam a duas metas: a redução dos gastos públicos a curto prazo e o aumento da eficiência mediante uma orientação gerencial, a médio prazo.

  14. NEOLIBERAIS: DIREITO CIVIS E CONCEITO DE LIBERDADE NEGATIVA • Direitoscivissãoconsideradosnegativos: • A liberdade e a propriedade do cidadãonãodeve ser ferida. • O cidadão tem a liberdadenegativa de nãosofrerrestriçõesouinterferênciasemrelação a seusdesejoslegítimos. • Direitospolíticos, sociais e republicanossãopositivos: • Requeremumaaçãopositiva do Estado. • Os cidadãostêm a liberdadepositivaparaparticipar do governo, partilhar a riqueza social e garantirque o quêfoidecidido ser público de fato o seja. • Neoliberaispensamcidadania a partirapenas de direitoscivis e do conceito de liberdadenegativa • Cidadaniasó se completaquandoosquatrodireitossãoconquistados.

  15. TRÊS DIREITOS REPUBLICANOS • Direito do patrimônioambiental • Maioresdefensores: biólogos e ambientalistas • Direitoaopatrimôniohistórico-cultural • Maioresdefensores: intelectuais, professores, artistas • Direitoaopatrimônioeconômicopúblico, à res publicaou “coisapública” • Maioresdefensores: Economistas, filósofospolíticos e sociais e juristas Aoscritérioseconômicos é necessárioacrescentaroscritériosmoraisrelacionados com osdireitoshumanos.

  16. OFENSAS À COISA PÚBLICA • Políticas de Estado quepretendem ser políticaspúblicas, masatendem a interessesparticulares: • Corrupção e nepotismo • Políticaseconômicasqueprotegemempresas e indivíduos com subsídios, renúnciasfiscais, empréstimossemcorreção etc. • Políticaspretensamentesociaisqueprotegem ,indevidamente ,indivíduos e grupos • Políticasadministrativasqueprotegem, indevida e desequilibradamente, outodososfuncionáriospúblicos, oudeterminadosgrupos de servidorespúblicos, inviabilizandoque se cobre deles trabalho e remunerando-os de forma desproporcional à suacontribuiçãoao Estado. “A transparênciaefetivadacoisapública e de suagestão é a garantiamaisconcretadademocraciaparticipativa contra a violação dos direitosrepublicanos e a privatizaçãoda res publica”.

  17. INIMIGOS DA COISA PÚBLICA • O patrimonialismo e suas formas contemporâneas – o clientelismo e o fisiologismo. • A democracia e administração pública burocrática: os dois instrumentos fundamentais de combate ao nepotismo e à corrupção patrimonialista. • No século XX , uma nova forma de apropriação privada da coisa pública: o corporativismo. • Enquanto no patrimonialismo se confunde o patrimônio público com o da família, no corporativismo o patrimônio público é confundido com o patrimônio do grupo de interesse ou corporação (e por isso é perverso, porque esconde ou minimiza os interesses particulares representados, pretendendo afirmar interesses gerais).

  18. TRÊS DIMENSÕES DA REFORMA • Institucional-legal; • Modificar a Constituição, as leis, osregulamentos. • Cultural • Sepultar de vez o patrimonialismo. • Transitardaculturaburocráticapara a gerencial. • Co-gestão • Colocaremprática as novas idéiasgerenciais e oferecer à sociedade um serviçopúblicomaisbarato, maisbemcontrolado e de melhorqualidade. • Criação de agênciasautônomas(para as atividadesexclusivas do Estado). • Criação de organizaçõessociais, no setorpúbliconão-estatal.

  19. SETORES DO ESTADO • Núcleoestratégico: • Legislativo, Judiciário, Presidência, Cúpula de Ministérios • São definidas as leis e as políticaspúblicas • Atividadesexclusivas: • Polícia, forças armadas, regulamentação, fiscalização, fomento, seguridade social básica • Exercido o “poder de Estado”, o poder de legislar e tributar • Serviçosnão-exclusivosoucompetitivos: • Universidades, hospitais, centros de pesquisa, museus • São serviçosrealizadosousubsidiadospelo Estado porseremconsiderados de altarelevânciaparaosdireitoshumanos, ouporenvolveremeconomiasexternas • Produção de bens e serviçospara o mercado: • Empresasestatais

  20. TIPOS DE PROPRIEDADE • Formas de propriedaderelevantes no capitalismocontemporâneo: • Propriedadeprivada: voltadapara a realização de lucro (empresa) ou de consumoprivado (família). • Propriedadepúblicaestatal: a instituiçãoquedetém o poder de legislar e tributar; a propriedadequeintegra o aparelho do Estado, sendoregidapelodireitoadministrativo. • Propriedadepúblicanão-estatal: as instituições de direitoprivadovoltadaspara o interessepúblico e nãopara o consumoprivado. “O públiconão se confunde com o estatal. O espaçopúblico é maisamploque o estatal, jáquepode ser estatalounão-estatal” (Bresser-Pereira, p.261)

  21. SETORES DO ESTADO, FORMAS DE PROPRIEDADE E DE ADMINISTRAÇÃO • Núcleoestratégico e atividadesexclusivas de Estado: • Propriedadeestatal • Instrumentos: aprovação de leis, definição de políticaspúblicas, emissão de sentenças e contrato de gestão • Agênciasautônomassão as entidadesexecutoras • Administraçãoburocrática e gerencial: segurança e efetividade • Serviçosnão-exclusivos: • Propriedadepúblicanão-estatal • Qualidade das entidades: organizaçõessociais • Administraçãogerencial : requisitodaeficiência • Setor de bens e serviçospara o mercado: • Propriedadeprivada • Administraçãogerencial: requisitodaeficiência

  22. ESTADO–REDE E A REFORMA DA ADMINISTRAÇÃO Princípiospara a Reforma: 1)Subsidiaridade • Executarampladescentralização : transferirpoder e recursosaosníveismaispróximosaoscidadãos e aosseusproblemas. 2) Flexibilidade • Num mundo de empresa-rede e de Estado-rede, a administraçãotambémdeveassumirumaestrutura reticular e umageometriavariávelemsuaatuação. 3)Coordenação • Estabelecermecanismospermanentes de cooperação com as administraçõeslocais, regionais, nacionais e supranacionais de todas as instituiçõespresentesnaredeoperadapelo Estado. 4) Participaçãocidadã • Funcionamaiseficazmenteemnível local, masosnovosdispositivostecnológicospodemampliarformas de consulta e de co-decisão a todososâmbitos do Estado.

  23. 5) Transparênciaadministrativa • Controlesinternos do Estado e controlesexternos, ancoradosnasociedade. 6) Modernizaçãotecnológica • requerinvestimentoemequipamento e emcapacitação de recursoshumanos, alfabertizaçãoinformática dos cidadãos e o redesenho das instituições do Estado (paraquesejamcapazes de absorver o funcionamentodaredeaberta). 7) Transformação dos agentesdaadministração • Elevadonívelprofissional e boa remuneração. 8) Retroaçãonagestão • Processo de prova, erro e correção (flexibilidade é fundamental).

  24. CIDADES: ATORES POLÍTICOS RELEVANTES DA REFORMA • Atores políticos que atuam como elo de articulação entre a sociedade civil, a iniciativa privada e diferentes instâncias do Estado. • Governos locais: equacionar problemas centrais como os de transporte, infra-estrutura, saúde, educação, segurança, defesa ambiental etc. • Palco de manifestação e da articulação de conflitos socioeconômicos e culturais. • Constituem-se novos pólos de articulação de interesses e abrigam novos atores da regulação econômica e da promoção do desenvolvimento econômico.

  25. INSTRUMENTOS DE INDUÇÃO DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO DAS CIDADES • Concessão de vantagensfiscais: • Santos: apoioaoturismo • Recife: lei especial de incentivo fiscal paraáreas de revitalização de antigosespaçosurbanos • Adoção de sistemas de parceria com a iniciativaprivada e com órgãospúblicos de outrasesferas: • Porto Alegre: pareceriaenvolvendo a cooperação de outrospaíses, França, EUA, Alemanha • Recife: sistema de “adoção” das praçasporempresas • Criação de instâncias de participação e negociação de políticaspúblicas: • Santos: criação do FórumdaCidade (com 80 integrantes de váriossegmentossociais) e do Conselho de Empresáriospara o DesenvolvimentoEconômico (com representantesdaconstrução civil, comércio, turismo e comunicação) • Porto Alegra: organizandodois “CongressosdaCidade” e diversosconselhos • Recife: Conselho de DesenvolvimentoUrbano

  26. Recursoaofinanciamento de ações de promoçãodacidade: • Santos e Fortaleza paraestimular o turismo • Adoção de medidasdesburocratizantesou de flexibilizaçãodalegislaçãourbana: • Santos: estimular a construção civil e instalação de equipamentosligadosaoturismo • Criação de Instituição de CréditoComunitário sob a forma de entidadesem fins lucrativosemnível local: • Porto Alegre: criaçãodaPortosolem 1995 paraimplementarPrograma de CréditoComunitário; de 3 a 5 pequenosempreendedoresassumemsolidariamente o crédito global: “fiançasolidária” (montadapelopoder municipal emparceria com o governoestadual, associaçõesempresariais, instituiçõesinternacionais com aporte do BNDES)

  27. Adoção de política fiscal especialmentevoltadaparaviabilizar o financiamento das ações do poderpúblico local: • Ações fortes e competentes de combate à sonegação, revisão de isenções e benefícios, cobrançadadívidaativa e estímuloaocontribuintepelademocratização do orçamento e usotransparente do dinheiropúblico. • Investimento no reconhecimentointernacional: • Santos: promover e divulgar a cidadenagrandemídia; elevaçãoda auto-estimadapopulaçãosantista; ampliação do sentimento de identidade e de pertencimento. • Porto Alegre: foiescolhidapela ONU paratersuaexperiência de gestãoapresentada no Habitat II ( emIstambul, Turquia, em 1996).

  28. CARACTERÍSTICAS DE GESTÕES LOCAIS BEM-SUCEDIDAS • Visãoestratégicadaatuação do governoemtermospolíticos, administrativos e econômicos. • Redefinição das funções do Executivo municipal, priorizando o interessepúblico, substituindo o clientelismoporestratégiasmaismodernas de legitimação. • Reconhecimentodaimportânciadapromoção de umaimagemfavoráveldacidade e daadministração. • Uma nova concepção de democracia: • Ênfasenadescentralização, naparticipação popular e nasparcerias do poderpúblico com diferentesagentessociais.

  29. DESAFIOS DAS CIDADES BRASILEIRAS • Alterarseuesvaziamentoeconômico e demográfico (para as maiores) • Reabilitar e ampliarosserviçospúblicos, sobretudoàquelesmaispobres • Mobilizar as forçasvivasdacomunidadeurbana: abrirespaços de debate e negociação entre ossetoresorganizadosdasociedadeurbana e compartilharpoder de decisão com essessetores • Desafiopolítico: comotornar a democraciaparticipativa? • Como garantir a participação dos menosfavorecidos (menosorganizados)?

  30. “Assiste-se, nosúltimosanos, a um processode transição de umaadministraçãoultracentralizada e extremamenteexcludentepara novas formas de gerenciamento do poderpúblico local, onde a descentralização e a participação cidadã aparecem como o caminho para revigorar um Estado insuficientemente irrigado pela legitimidade democrática” (Soares e Gondim apud Soares; Caccia-Bava, 2002, p.90-1). “Reconstruir o sentido de cidade (e de cidadania), ampliar o sentimento de pertencimento a um ‘local’ (com umahistória, um conjunto de valores etc.) – numaépoca de globalizaçãoativa, de perdade consciência dos limites e possibilidadesdamanutenção de identidadesnacionais, de tendências homogeneizadoras e massificantes – pode ser um estimulanteprojetocoletivoqueajudará a construir novas formasde convivência social”(GuimarãesNeto; Araujó, apud Soares ; Caccia-Bava, 2002, p.56).

  31. “Pensar o poder local como um caminhopara um novo modelo de regulação entre Estado, mercado e sociedade” “Semperder de vista que o conceito de cidadãoestáligado à constituição do Estado moderno e que se é cidadão de um país e não de umacidade, parece, cadavezmaisevidente, que no mundoatual as autoridadeslocais, duplamentelegitimizadas, porsuarepresentatividadepolítica e porsuaproximidade com osproblemassociais, culturais e com oscidadãosem particular, sãomaiscapazes e sensíveisparacontemplar um conjunto de direitos e deveresqueformam um conceitomaisamplo de cidadaniacontemporânea” (Soares e Caccia-Bava, 2002, p.92-93).

  32. “A constituição é apenasresponsávelporuma parte do modocomo um país é governado. De nada serve ou serve muitopouco, portanto, chorarsobreumaConstituiçãoquenão é cumpridaouque é traída, como de pouco serve pensaremreformasouretoquesconstitucionaisquando se tem a ilusão de quebastamudar a roupaparamudar o temperamentodaqueleque a veste” (Bobbio, 1998, p.191). “Boas leis (e boas técnicas) nãomovemmontanhas, nemdispensam a presençaativa de bonshomens e bonsgovernantes” (Nogueira, 1998, p.220) “A reforma do Estado é o prolongamento de umareformadaprópriasociedade, tantoquanto é a remodelação das relações entre Estado e sociedade civil” “A sociedade civil tem que se organizar e fazer com que o Estado trabalheparaela”

More Related