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PUNÇÃO INTRAÓSSEA - - - Procedimento de enfermagem Técnica e materiais Cuidados de enfermagem Semiotécinca em Enfermagem 1
Aspectos básicos A via intraóssea (IO) é uma alternativa subutilizada, confiável e extremamente valiosa ao acesso venoso, podendo ser utilizado no trauma, em emergências, e em casos que necessitem de reposição volêmica 2
Aspectos básicos • O acesso intraósseo pode ser obtido em qualquer osso grande, e os dispositivos atuais permitem vários pontos específicos para realizar o acesso, incluindo o esterno. • Como os ossos não são compressíveis, o espaço intraósseo vai ficar patente, permitindo a obtenção de uma via prontamente disponível para infusão em casos de emergência. 3
Aspectos básicos A punção intraóssea não pode permanecer mais de 24 horas em cada ponto de acesso, sendo substituída por um cateter venoso central 5
Aspectos básicos • Existem podem ser usados vários dispositivos e locais que • Inserção de uma agulha IO é fácil de aprender, mas o sucesso depende de familiaridade com o equipamento e técnica correta 6
Aspectos básicos • Demonstrou-se que o plexo venoso dos ossos longos drena para a circulação central, em uma taxa comparável à do acesso venoso central. • Reposição de fluidos também pode ser conseguida por via IO, com taxas de fluxo respeitáveis de 1-3L/hora através do acesso tibial ou 5L/hora através do acesso umeral. 7
Punção intraóssea • É um procedimento emergencial que permite a administração da maioria dos medicamentos utilizados em emergências quando não se consegue um acesso venoso periférico, principalmente em casos de hemorragia e em situações de trauma (COREN-DF) 8
Sítios de punção Com o cotovelo dobrado, e a mão do paciente sobre o abdômen, palpar o colo cirúrgico do úmero para localizar o tubérculo maior. O local de inserção é aproximadamente 1 cm acima do colo cirúrgico e 2-3 cm lateral ao tendão do bíceps Cabeça umeral Scott Bradburn et al. 12
Sítios de punção 2 cm medial e 1-2 cm abaixo da patela, palpar a tuberosidade da tíbia e assegurar-se de que pode ser sentido o osso abaixo do tecido subcutâneo Tíbia proximal Scott Bradburn et al. 13
Sítios de punção ❑ Outros locais • Tíbia distal • Fêmur distal • Esterno Scott Bradburn et al. 14
Técnica de punção 1. Esterilização da pele no local de inserção da agulha 2. Estabilização manual do osso durante a inserção 3. Aspiração após a inserção da agulha para confirmar o posicionamento correto 4. No paciente acordado, a injeção de anestésico local (de preferência lidocaína) dentro da agulha IO, antes de sua utilização, pode reduzir a dor em infusões subsequentes 5. Assegurar-se de que a agulha é "lavada" com pelo menos 10 ml de fluido após a administração da medicação 6. Documentação do procedimento no prontuário do paciente 7. Avaliação frequente do acesso IO para sinais de extravasamento 15
Indicações • Choque fisiológico • Hipotermia • Múltiplos acessos intravenosos prévios • Uso de drogas intravenosas Scott Bradburn et al. 17
Contraindicações ❑ Absolutas • Trauma ósseo no local ou proximal ao local de acesso • Punção IO prévia no mesmo membro • Infecção sobre o ponto de inserção Scott Bradburn et al. 18
Contraindicações ❑ Relativas • Prótese no membro (artroplastia de joelho, haste tibial, placa umeral) • Rompimento da matriz óssea • Dificuldade na identificação de pontos anatômicos: nestes pacientes, dispositivos IO devem ser implantados com extrema cautela, uma vez que pode ser causado dano a estruturas subjacentes 19
Complicações Scott Bradburn et al. 20
Medicamentos • Todos os fármacos anestésicos e de reanimação podem ser administrados com segurança por via IO. • Drogas vasoativas, que normalmente são infundidas através de acesso central, também podem ser administradas com segurança. • O acesso IO é a via preferida para a administração de adrenalina quando o acesso IV não pode ser obtido dentro de 2 minutos. 21
Coleta de sangue • Embora gasometria seja possível, o uso de uma amostra IO vai danificar a maioria das máquinas analisadoras de gasometria 22
Cuidados de enfermagem • Disponibilizar as agulhas em calibres adequados ao peso do paciente; • Prover material asséptico; • Posicionar adequadamente o membro; • Garantir a analgesia quando o paciente estiver responsivo à dor; • Assegurar a permanência da agulha em posição reta sem suporte, estabilizando e fixando para prevenir a movimentação e possível deslocamento da mesma 24
Cuidados de enfermagem • Observar presença de resistência à infusão, infiltração e saída do fluído pelo local de inserção da agulha; • Garantir um bom gotejamento gravitacional da solução; • Observar se há refluxo de sangue após a punção; • Imobilizar o membro puncionado; e realizar curativo estéril. 25
Cuidados de enfermagem É circunferência do membro utilizado na punção intraóssea a cada 12 horas papel do enfermeiro medir a 26
Parecer técnico Art. 1º No âmbito da equipe de enfermagem, é Enfermeiro a realização da punção intraóssea, em situações de urgência e emergência, na impossibilidade de obtenção do acesso venoso periférico. privativo do 27
http://www.cofen.gov.br/wp-content/uploads/2020/09/RESOLUCAO-http://www.cofen.gov.br/wp-content/uploads/2020/09/RESOLUCAO- COFEN-No-648-2020.pdf LEITURA COMPLEMENTAR https://www.coren-df.gov.br/site/enfermeiro-e-habilitado-para- realizar-puncao-intraossea/ https://www.coren-df.gov.br/site/parecer-tecnico-coren-df-032017/
REFERÊNCIAS • Scott Bradburn et al. Entendendo e estabelecendo acessos intra-ósseos. Sociedade Brasileira de Anestesiologia [Internet]. • COFEN. Conselho Federal de Enfermagem. Resolução COFEN nº 648/2020. • JUNIOR, Israel Pinheiro et al. Punção e infusão intraóssea [Internnet]. Disponível em: http://www.ph.uff.br/artigos/intraossea.pdf