1 / 61

INOCÊNCIA

INOCÊNCIA. Visconde de Taunay. INOCÊNCIA. Autor Alfredo d’ Escragnolle Taunay  (1843-99) nasceu no Rio de Janeiro . Bacharel em Ciências e Letras pelo Colégio Pedro II, cursou Ciências Físicas e Matemáticas na Escola Militar .

Download Presentation

INOCÊNCIA

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. INOCÊNCIA Visconde de Taunay

  2. INOCÊNCIA • Autor • Alfredo d’EscragnolleTaunay (1843-99) nasceu no Rio de Janeiro. • Bacharel em Ciências e Letras pelo Colégio Pedro II, cursou Ciências Físicas e Matemáticas na Escola Militar. • Recebeu educação familiar de espírito e gosto, que lhe deu destaque em nosso meio literário, artístico e social. • Fez carreira militar e ingressou no curso de Engenharia militar, mas teve de interromper para participar da Guerra do Paraguai.

  3. INOCÊNCIA • Autor • Recebeu várias promoções, mas passou a ser reconhecido quando recebeu a “missão” de escrever o Diário do Exército (relato oficial dos militares). • Cenas da vida brasileira(1868), seu primeiro livro, surgiu de sua experiência na Retirada da Laguna (1867). Trata-se de um relato historiográfico que traz os fatos do episódio e as emoções de um narrador-participante.

  4. INOCÊNCIA • Autor • Ao retornar da guerra, publicou seu primeiro romance: A mocidade de Trajano(1870). O livro vai além dos moldes românticos da época, pois nele há também a preocupação política, principalmente com o problema da escravidão, já que a participação dos negros na guerra foi decisiva na derrota dos paraguaios. • É em Inocência (1872), sua obra-prima, que sua carreira como escritor é consolidada.

  5. INOCÊNCIA • Autor • Devido a sua grande experiência de guerra e sertão, reproduziu com precisão o cenário sertanejo, com seus tipos humanos e normas rígidas de comportamento social e familiar, equilibrando ficção e realidade, valores da realidade bruta do sertão e dos românticos, linguagem culta e regional. • Mesmo com um enredo sentimental, Inocência apresenta traços da prosa realista ao documentar, com a sensibilidade de um pintor documentalista e de espírito naturalista, a realidade presente nos sertões de MT.

  6. INOCÊNCIA • Autor • Nesse ponto Taunay critica a postura de Alencar, afirmando que o romancista cearense falava da natureza mais relembrando o que havia lido do que presenciado.

  7. INOCÊNCIA • Principais obras • Romances • A mocidade de Trajano (1870); • Inocência (1872); • Lágrimas do coração, o manuscrito de uma mulher (1873); • Ouro sobre azul (1875); • O encilhamento (1894); • No declínio (1899).

  8. INOCÊNCIA • Principais obras • Contos • Histórias brasileiras (1874); • Narrativas militares (1878); • Ao entardecer (1900) – Obra póstuma.

  9. INOCÊNCIA • Autor x Obra • Visconde de Taunay tinha um senso agudo de observação e análise, que somado ao seu conhecimento sobre a paisagem e a História do Brasil, transformou-o em um renomado escritor. • Destacou-se dentre os romancistas devido sua experiência do interior brasileiro. Ele escreveu sobre o que conheceu. • Taunay foi um dos primeiros prosadores brasileiros a fazer uso da linguagem coloquial e regionalista em suas obras.

  10. INOCÊNCIA • Autor x Obra • Inocência foi publicado em 1872. • Em 1871, foi aprovada a Lei do Ventre Livre, na qual todos os filhos de negros que nascessem à partir daquela data seria livre da escravidão brasileira. • Taunay revela com muita sinceridade seu relacionamento com uma jovem que conheceu no Mato Grosso, fato que nos leva a perceber a origem mais íntima da personagem central de Inocência, modelo da mulher sertaneja imaginada pelo autor.

  11. INOCÊNCIA • Autor x Obra • O narrador nos mostra o choque de duas concepções de mundo extremamente diferentes. Pereira, homem do sertão, preso a padrões estritos de comportamento, mantém sua bela filha Inocência reclusa. • Nesse romance, o rigor do observador militar que percorreu os sertões mistura-se à capacidade imaginativa do ficcionista. O resultado é um belo equilíbrio entre a ficção e a realidade, raramente alcançado na literatura brasileira até então.

  12. INOCÊNCIA • Estrutura da obra • Trinta capítulos e um epílogo. • Poucos personagens se movem. E esses podem ser agrupados de acordo com a sua posição no desenrolar da obra • A qualidade de Inocência resulta do equilíbrio alcançado pela verossimilhança – ficção e realidade, linguagem culta e linguagem regional, adequação dos valores românticos à realidade bruta do nosso Sertão.

  13. INOCÊNCIA • Temática da obra • Trama amorosa. • Choque de valores entre Pereira e Meyer, um naturalista alemão que se hospedara na casa de Pereira à procura de borboletas, evidenciando as contradições entre o meio rural brasileiro e o meio urbano europeu.

  14. INOCÊNCIA • Temática da obra • Sofrimento –o sertanejo em busca de seus objetivos caminha por longas distâncias, sendo que no percurso, existe a dificuldade do abrigo. • Simplicidade– observada por meio do comportamento e dos diálogos entre as personagens típicas. • Contradições–Pereira e Meyer.

  15. INOCÊNCIA • Temática da obra • Amor impossível –amor tão puro e verdadeiro que por falta de condições de existência preferiu a morte, ou pelo menos, foram levados a ela. • Honra– Pereira, em nome da honra, sacrifica sua própria filha, pois sua palavra está acima de tudo. • Beleza– por meio da paisagem do sertão e da Inocência. • Escravidão – Maria Conga e outros.

  16. INOCÊNCIA • Espaço • Confluência dos Estados de: • - Mato Grosso; • - Minas Gerais; • - Goiás; • - São Paulo.

  17. INOCÊNCIA • Foco Narrativo • Narrador onisciente – aquele cujo ponto de vista é externo. • Este tipo de narrador era tendência no século XIX, ele focaliza a vida, os costumes e os valores sociais. • Neste modelo narrativo tudo é apresentado a partir de um único ponto, com onisciência e onipresença.

  18. INOCÊNCIA • Personagens • Inocência:tem cabelos longos e pretos, nariz fino, olhos matadores, beleza deslumbrante e incomparável, faces mimosas, cílios sedosos, boca pequena e queixo admiravelmente torneado. Enfim, jovem de beleza deslumbrante e incomparável. Simples, humilde, meiga, carinhosa, indefesa e eternamente apaixonada. Moça tão bonita e de traços tão delicados, que nem parece moça do sertão – fato fundamental no despertar da paixão entre ela e Cirino, bem como na compreensão da atitude que ela tomará mais tarde, pois, de algum modo, Inocência não era uma típica moça do sertão.

  19. INOCÊNCIA • Personagens • Cirino Ferreira de Campos: de olhos negros e bem rasgados, barbas e cabelos cortados quase à escovinha, tinha mais ou menos 25 anos. De presença agradável, era prático de farmácia e se autopromoveu a médico ambulante. Era tão inteligente quanto decidido. "Doutor" Cirino era caridoso, bom doava a própria vida em defesa do amor. • Manecão: Homem rude, mas decente, trabalhador, sério e acumulou fortuna, era dotado também de uma certa macheza. Alto, forte, pançudo e usava bigode. Enfim, vaqueiro bruto do sertão. Pessoa fria que matava, se fosse preciso, em defesa de sua honra.Martinho dos Santos Pereira (Pereira): Homem de mais ou menos 45 anos, gordo, bem disposto, cabelos brancos, rosto expressivo e franco. Pessoa honesta, hospitaleiro, severo e não trocava a sua palavra nem pela vida. Condensa em si desconfiança e ingenuidade, além de ser durão e conservador.Tico: Anão que vivia na fazenda, mudo, mas que foi capaz de entregar lnocência ao pai. Ele a vigiava e detinha profundo respeito e admiração pela mesma. Guardião de Inocência. Mudo, raquítico, esperto e fez por um momento, o papel de fofoqueiro.Meyer: Um naturalista, que teve a sinceridade de elogiar Inocência, acabou por ser vigiado por Pereira, mas era muito dedicado a profissão que exercia, portanto viajava muito.Maria Conga: Escrava de Pereira que cuidava dos afazeres domésticos. Escura, idosa e malvestida. Usava na cabeça um pano branco de algodão.Major Martinho de Melo Taques: Homem que merecia influência na vila de Santana do Parnaíba: Juiz de paz e servia de juiz municipal. Participou da Guerra dos Farrapos no Rio Grande do Sul. Era comerciante e gostava de contar casos, ou seja, "prosear".Antônio Cesário: Padrinho de Inocência. Homem respeitado, de palavra, honesto e justo. Fazendeiro do sertão.Guilherme Tembel Meyer: Alto, rosto redondo, juvenil, olhos claros, nariz pequeno e arrebitado, barbas compridas, escorrido bigode e cabelos muito louros. Pessoa de boa índole, esperto em sua função e simples ao pronunciar as sua palavras. Admirador da natureza e da beleza de Inocência.José Pinho (Juque): Ajudante de Meyer. Era muito intrometido em conversas alheias. Pessoa boa e de confiança de seu patrão.

  20. INOCÊNCIA • Personagens • Manecão: Homem rude, mas decente, trabalhador, sério e acumulou fortuna, era dotado também de uma certa macheza. Alto, forte, pançudo e usava bigode. Enfim, vaqueiro bruto do sertão. Pessoa fria que matava, se fosse preciso, em defesa de sua honra.

  21. INOCÊNCIA • Personagens • Martinho dos Santos Pereira (Pereira): Homem de mais ou menos 45 anos, gordo, bem disposto, cabelos brancos, rosto expressivo e franco. Pessoa honesta, hospitaleiro, severo e não trocava a sua palavra nem pela vida. Condensa em si desconfiança e ingenuidade, além de ser durão e conservador.

  22. INOCÊNCIA • Personagens • Tico: Anão que vivia na fazenda, mudo, mas que foi capaz de entregar lnocência ao pai. Ele a vigiava e detinha profundo respeito e admiração pela mesma. Guardião de Inocência. Mudo, raquítico, esperto e fez por um momento, o papel de fofoqueiro. • Meyer: Um naturalista, que teve a sinceridade de elogiar Inocência, acabou por ser vigiado por Pereira, mas era muito dedicado a profissão que exercia, portanto viajava muito.

  23. INOCÊNCIA • Personagens • Maria Conga: Escrava de Pereira que cuidava dos afazeres domésticos. Escura, idosa e malvestida. Usava na cabeça um pano branco de algodão. • Major Martinho de Melo Taques: Homem que merecia influência na vila de Santana do Parnaíba: Juiz de paz e servia de juiz municipal. Participou da Guerra dos Farrapos no Rio Grande do Sul. Era comerciante e gostava de contar casos, ou seja, "prosear".

  24. INOCÊNCIA • Personagens • Antônio Cesário: Padrinho de Inocência. Homem respeitado, de palavra, honesto e justo. Fazendeiro do sertão. • Guilherme Tembel Meyer: Alto, rosto redondo, juvenil, olhos claros, nariz pequeno e arrebitado, barbas compridas, escorrido bigode e cabelos muito louros. Pessoa de boa índole, esperto em sua função e simples ao pronunciar as sua palavras. Admirador da natureza e da beleza de Inocência.

  25. INOCÊNCIA • Personagens • José Pinho (Juque): Ajudante de Meyer. Era muito intrometido em conversas alheias. Pessoa boa e de confiança de seu patrão.

  26. INOCÊNCIA • Enredo • O acaso no meio do caminho • Cirino não tinha um destino certo quando enveredou pela estrada que ligava a vila de Santana do Parnaíba aos campos de Camapuã, sul da província de Mato Grosso, fronteira de Goiás, Minas Gerais e São Paulo. • A única certeza dele é que devia seguir “curando maleitas e feridas brabas”(p.22), em lugares esquecidos, no sertão.

  27. INOCÊNCIA • Enredo • O acaso no meio do caminho • Era igualmente levado pelo desejo de conhecer terras novas, lugares perdidos nos mais diversos pontos do interior da província. • Por isso, não hesitou em acompanhar o falante Sr. Pereira. • Pereira seguia o mesmo caminho, voltava para casa depois da frustrada tentativa de conseguir remédio para a filha doente.

  28. INOCÊNCIA • Enredo • O acaso no meio do caminho • O encontro casual de Pereira com Cirino lhe trouxe tanto um parceiro de prosa quanto o remédio que procurava. • Pereira, apesar da gravidade da doença, demorou para conduzir o médico até o quarto da filha. • Hospitaleiro, ofereceu a Cirino comida farta e pouso. • Depois, com muita hesitação, dirigiu-se ao médico em sinal de alerta:

  29. INOCÊNCIA • Enredo • O acaso no meio do caminho • “- Sr. Cirino, eu cá sou homem muito bom de gênio, muito amigo de todos, muito acomodado e que tenho o coração perto da boca, como vosmecê deve ter visto...” • “Por certo, concordou o outro.” • “- Pois bem, mas... tenho um grande defeito; sou muito desconfiado. Vai o doutor entrar no interior da minha casa e... deve portar-se como... (p.35)”

  30. INOCÊNCIA • Enredo • O acaso no meio do caminho • Martinho dos Santos Pereira vivia só, com a filha, no mais calado sertão. • Guardava a jovem dos olhos dos viajantes, pois já havia dado sua palavra que Inocência seria mulher do tropeiro Manecão. • Manecãoviajava negociando gado e cuidado dos papéis para o casamento.

  31. INOCÊNCIA • Enredo • O acaso no meio do caminho • Era grande a responsabilidade de Pereira, já que, no seu entender, as mulheres eram frágeis, inconstantes e incapazes de seguir leis da razão. • Para ele, todos os homens representavam um grande risco à sua doce e bela Nocência. • Seus cuidados faziam-se ainda maiores porque Inocência era dotada de beleza incomum.

  32. INOCÊNCIA • Enredo • O acaso no meio do caminho • Por isso, Pereira dividia com Tico, um anão mudo, a tarefa de guardar a filha. • - Orgulhava-se o homúnculo de ser “uma espécie de cachorro de Nocência” (p.41). • Contudo, quando Cirino entra no quarto escuro para examinar Inocência e, com a ajuda de uma vela, vê a moça, fica profundamente desconcertado.

  33. INOCÊNCIA • Enredo • O acaso no meio do caminho • Mesmo doente, a jovem demonstrava uma beleza impressionante. • Na mesma noite da chegada de Cirino, um naturalista alemão, Meyer, e seu camarada, pedem abrigo na fazenda de Pereira. • O entomologista trazia uma coleção de insetos e muitas cartas de recomendação.

  34. INOCÊNCIA • Enredo • O acaso no meio do caminho • Entre elas, uma, assinada por Francisco dos Santos Pereira, irmão esquecido do Sr. Pereira. • Esse feliz acaso foi suficiente para o bom matuto perder a cabeça de alegria e se colocar totalmente à disposição do alemão. • “Esta carta vale, para mim, mais que uma letra do Imperador que governa o Brasil” (p.59), diz, emocionado, o matuto.

  35. INOCÊNCIA • Enredo • O acaso no meio do caminho • Como prova de sua satisfação, promete apresentar-lhe a filha Inocência assim que ela se recupere. • Os remédios de Cirino logo trazem a saúde de volta ao corpo de Inocência e, com ela, os traços vitais de sua beleza. • Um dia, após o almoço na casa de Pereira, Inocência é apresentada a Meyer.

  36. INOCÊNCIA • Enredo • O acaso no meio do caminho • Diferentemente de Cirino, Meyer não consegue se controlar e faz muitos elogios a Inocência. • Enquanto o alemão fala, enrolando a língua, Pereira e Cirino não conseguem disfarçar o mal-estar causado pelo discurso de Meyer. • Um momento patético, que abala a todos. • Tornou-se Pereira pálido [...]. • Inocência enrubesceu quem nem uma romã.

  37. INOCÊNCIA • Enredo • O acaso no meio do caminho • Cirino sentiu um movimento impetuoso, misturado de estranheza e desespero, e, lá da sua pele de tamanduá-bandeira, ergueu-se meio apavorado o anão. (p.65) • Sem poder voltar atrás com sua palavra, Pereira enfiou na cabeça que Meyer queria se aproveitar de Inocência. • Passa a vigiar e a controlar os mínimos gestos e palavras de Meyer, deixando a filha aos cuidados de Tico e do doutor.

  38. INOCÊNCIA • Enredo • Doutor enfeitiçado sem remédio para seu mal • Cirino percebe rapidamente que, à medida que cura Inocência, torna-se ele enfermo, acometido pelo mal grave e incurável da paixão. • Resolve retomar seu caminho, mas o bom Pereira protesta. • É que, quanto mais Pereira suspeitava de Meyer, mais confiava em Cirino.

  39. INOCÊNCIA • Enredo • Doutor enfeitiçado sem remédio para seu mal • Em nenhum momento percebe que o doutor está perdidamente apaixonado por sua filha, embora o ache meio abatido às vezes. • Para evitar que Cirino vá embora, Pereira arranja-lhe muitos doentes. • Quanto mais Cirino cura os males alheios, mais se conscientiza de seu triste destino.

  40. INOCÊNCIA • Enredo • Doutor enfeitiçado sem remédio para seu mal • Pereira jamais voltará atrás com a palavra dada a Manecão e, para isso, gasta todo o seu tempo embrenhado na mata com o naturalista, que vai aumentando, a cada dia, sua coleção de espécies raras de insetos. • Num desses dias, como fosse sair muito cedo com Meyer e Juca para a mata, Pereira encarrega Cirino de medicar Inocência na hora certa.

  41. INOCÊNCIA • Enredo • Doutor enfeitiçado sem remédio para seu mal • O doutor passa a manhã contando todos os segundo até a hora de poder ver a moça. • Enquanto Tico vai chamar a criada para preparar café, Cirino conversa apaixonadamente com Inocência. • Ainda que não se declare abertamente, dá mostras mais que evidentes de seu sentimento. Inocência demonstra igualmente um certo envolvimento. • Depois disso, torna-se cada vez mais difícil para Cirino encontrar-se com ela.

  42. INOCÊNCIA • Enredo • Doutor enfeitiçado sem remédio para seu mal • Apesar do cerco fechado em que vive a moça, Cirino, tomado pelo desespero, bate a sua janela numa noite de luar e dá voz a sua paixão. • Conversam os dois quase num sussurro e, sem muito esforço, descobre que é amado por Inocência. • A paixão já não é mais segredo para eles.

  43. INOCÊNCIA • Enredo • O perigo está muito perto • A ira de Pereira atinge o grau máximo no dia em que Meyer, vasculhando a mata perto de seu roçado, cai em grande euforia ao descobrir uma borboleta de uma espécie totalmente desconhecida. • Pulando “como um cabrito” (p.103), anuncia que dará o nome de Inocência a seu achado.

  44. INOCÊNCIA • Enredo • O perigo está muito perto • Pereira recebe a notícia como uma grande ofensa: “Vejam só... o nome de Nocência numa bicharada!... Até parece mangação...” (p.104). • Depois do grande achado, Meyer, exultante e vitorioso, decide partir, deixando Pereira duvidoso quanto ao excesso de suas desconfianças:

  45. INOCÊNCIA • Enredo • O perigo está muito perto • “- [...] Quem sabe se tudo que eu parafusei não foi abusão cá da cachola? [...] Hoje estou convencido que o tal alamão era bom e sincero... Olhou para a menina... achou-a bonitinha... e disse aquele despotismo de asneiras sem ver a mal... Em pessoa que não guarda o que pensa, é que os outros se podem fiar... Às vezes o perigo vem donde nunca se esperou... (p.111-2)”.

  46. INOCÊNCIA • Enredo • O perigo está muito perto • E a vida de Pereira retoma seu curso. • Sem nenhuma esperança, Inocência e Cirno se encontram mais uma vez às escondidas. • No laranjal, numa noite de luar, pensam numa solução para suas vidas. • Cirino propõe-lhe fuga. • Inocência recusa com medo de tornar uma mulher perdida, amaldiçoada pelo pai.

  47. INOCÊNCIA • Enredo • O perigo está muito perto • Diante do pranto de Cirino, Inocência lembra de seu padrinho Antônio Cesário. • Seu pai lhe devia dinheiro e respeitava sua vontade; se Cirino conseguisse convencê-lo a falar com Pereira, talvez eles estivessem salvos. • Enquanto se abraçavam felizes e esperançosos, ouvem um assobio seguido de uma gargalhada. • Cirino pega Inocência nos braços e a leva para casa.

  48. INOCÊNCIA • Enredo • O perigo está muito perto • Ao voltar ao laranjal, sente algo cair sobre seus pés, pensa ser assombração. • Aterrorizado, ouve um tiro disparado por ordem de Pereira, que vistoriava o pomar junto com um escravo. • Cirino corre de volta para seu alojamento, aonde consegue chegar antes de Pereira. • Finge não saber de nada.

  49. INOCÊNCIA • Enredo • O perigo está muito perto • Nesse mesmo dia, parte em busca da ajuda de Antônio Cesário. • Manecãoretorna com os documentos prontos para o casamento. • Inocência se assusta quando o encontra. • Enfrenta o pai e noivo, desafia a palavra que tinha força de lei.

  50. INOCÊNCIA • Enredo • O perigo está muito perto • “- Eu?... Casar com o senhor?! Antes uma boa morte!... Não quero... não quero... Nunca... Nunca...” • Manecãobambaleou. • Pereira quis pôr-se de pé, mas por instantes não pôde. • “- Está doida, balbuciou, está doida.”

More Related