1 / 27

Poesia

Poesia. http://nanamada.blogspot.com/2007/01/criao-de-ado-michelangelo.html. Carlos Drummond de Andrade

neva
Download Presentation

Poesia

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. Poesia http://nanamada.blogspot.com/2007/01/criao-de-ado-michelangelo.html

  2. Carlos Drummond de Andrade Sua obra atravessa todas as possibilidades da poesia. Os problemas do mundo, a saudade de Minas Gerais, a existência, repetições propositais, cotidiano, questionamento crítico, o apelo social. Alguma poesia; José; A Rosa do Povo; Claro Enigma; Poesia Completa; Confissões de Minas; Auto-retrato e outras crônicas; Quadrilha “João amava Teresa que amava Raimundoque amava Maria que amava Joaquim que amava Lilique não amava ninguém.João foi para o Estados Unidos, Teresa para o convento,Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandesque não tinha entrado na história.”

  3. ÀS MÃES Suas  Mãos Aquele doce que ela faz quem mais saberia fazê-lo? Tentam.  Insistem, caprichando. Mandam vir o leite mais nobre. Ovos de qualidade são os mesmos, manteiga, a mesma, iguais açúcar e canela. É tudo igual.  As mãos (as mães?) são diferentes.

  4. Cecília Meireles Corrente espiritualista (neo-simbolista), intimismo, misticismo, introspecção, viagem interior, sonho, fantasia, solidão. Efemeridade e fugacidade. Redondilhas menores e/ou maiores. Passado, natureza, beleza física, a vida. Espectros; Baladas para El-Rei; Vaga Música; Romanceiro da Inconfidência; Antologia Poética; “Eu não dei por esta mudança tão simples, tão certa, tão fácil. - Em que espelho ficou perdida a minha face?” (Retrato)

  5. MOTIVO Eu canto porque o instante existe e a minha vida está completa. Não sou alegre nem sou triste: sou poeta. Irmão das coisas fugidias, não sinto gozo nem tormento. Atravesso noites e dias no vento. Se desmorono ou se edifico, se permaneço ou me desfaço, – não sei, não sei. Não sei se fico ou passo. Sei que canto. E a canção é tudo. Tem sangue eterno a asa ritmada. E um dia sei que estarei mudo: – mais nada.

  6. Vinicius de Moraes Sensualismo erótico, “carpe diem”, Classicismo (sonetos), poesia social, MPB (Bossa Nova), Teatro (Orfeu da Conceição), música infantil. Forma e Exegese; Poemas, Sonetos e Baladas; Livro de Sonetos; A Arca de Noé; “De tudo ao meu amor serei atento Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto Que mesmo em face do maior encanto Dele se encante mais meu pensamento.” (Soneto de Fidelidade)

  7. SONETO DE SEPARAÇÃO De repente do riso fez-se o pranto Silencioso e branco como a bruma E das bocas unidas fez-se a espuma E das mãos espalmadas fez-se o espanto. De repente da calma fez-se o vento Que dos olhos desfez a última chama E da paixão fez-se o pressentimento E do momento imóvel fez-se o drama. De repente, não mais que de repente Fez-se de triste o que se fez amante E de sozinho o que se fez contente. Fez-se do amigo próximo o distante Fez-se da vida uma aventura errante De repente, não mais que de repente. FELICIDADE Tristeza não tem fim Felicidade sim... A felicidade é como a pluma Que o vento vai levando pelo ar Voa tão leve Mas tem a vida breve Precisa que haja vento sem parar. A felicidade do pobre parece A grande ilusão do carnaval A gente trabalha o ano inteiro Por um momento de sonho Pra fazer a fantasia De rei, ou de pirata, ou jardineira E tudo se acabar na quarta-feira.

  8. Os textos dialogam • Amor é fogo que arde sem se ver,é ferida que dói, e não se sente;é um contentamento descontente,é dor que desatina sem doer.É um não querer mais que bem querer;é um andar solitário entre a gente;é nunca contentar-se de contente;é um cuidar que ganha em se perder.É querer estar preso por vontade;é servir a quem vence, o vencedor;é ter com quem nos mata, lealdade.Mas como causar pode seu favornos corações humanos amizade,se tão contrário a si é o mesmo Amor?  Luis Vaz de Camões

  9. A CRIAÇÃO DE ADÃO Michelangelo

  10. I Coríntios 13 1 Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.2 E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.3 E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.4 O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.5 Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;6 Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;7 Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.8 O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá;9 Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos;10 Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado.11 Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.12 Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido.13 Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor.

  11. Renato RussoMonte Castelo

  12. Murilo Mendes Guerra, realidade social, religiosidade, poemas-piada, humor Poemas; A poesia em pânico; As Metamorfoses; Mundo Enigma; Poesia Liberdade; “A poesia não pode nem deve ser um luxo para alguns iniciados: é pão cotidiano de todos, aventura simples e grandiosa.” “Mamãe vestida de rendas tocava piano no caos. Uma noite abriu as asas Cansada de tanto som, Equilibrou-se no azul, De tonta não mais olhou Para mim, para ninguém! Caiu no álbum de retratos.” (Pré-história)

  13. O FARRISTA Quando o almirante Cabral Pôs as patas no Brasil O anjo da guarda dos índios Estava passeando em Paris. Quando ele voltou da viagem O holandês já está aqui. O anjo respira alegre: "Não faz mal, isto é boa gente, Vou arejar outra vez." O anjo transpôs a barra, Diz adeus a Pernambuco, Faz barulho, vuco-vuco, Tal e qual o zepelim Mas deu um vento no anjo, Ele perdeu a memória... E não voltou nunca mais. POEMA ESSENCIALISTA A madrugada de amor do primeiro homem O retrato da minha mãe com um ano de idade O filme descritivo do meu nascimento A tarde da morte da última mulher O desabamento das montanhas, o estancar dos rios O descerrar das cortinas da eternidade O encontro com Eva penteando os cabelos O aperto de mão aos meus ascendentes O fim da idéia de propriedade, carne, tempo E a permanência no absoluto e no imutável.

  14. Jorge de Lima Verso livre, descritivo, prosa em verso (narrativa), poesia social, religiosa, Material X Espiritual; XIV Alexandrinos; Tempo e Eternidade; Poemas Negros; O Anjo; “Ora, se deu que chegou (isso já faz muito tempo) no bangüê dum meu avô uma negra bonitinha chama negra Fulô. Essa negra Fulô! Essa negra Fulô!.”

  15. O ACENDEDOR DE LAMPIÕES Lá vem o acendedor de lampiões da rua! Este mesmo que vem infatigavelmente, Parodiar o sol e associar-se à lua Quando a sombra da noite enegrece o poente! Um, dois, três lampiões, acende e continua Outros mais a acender imperturbavelmente, À medida que a noite aos poucos se acentua E a palidez da lua apenas se pressente. Triste ironia atroz que o senso humano irrita: — Ele que doira a noite e ilumina a cidade, Talvez não tenha luz na choupana em que habita. Tanta gente também nos outros insinua Crenças, religiões, amor, felicidade, Como este acendedor de lampiões da rua.

  16. Mário Quintana A morte, a desilusão, o pessimismo, a angústia, realidade imprecisa, amargura: dissolvidos em névoas na cidade que adotara, Porto Alegre. Melhores Poemas; Caderno H; “Quando eu for, um dia desses, poeira ou folha levada no vento da madrugada, serei um pouco do nada invisível, delicioso” (O Mapa) “Antes, todos os caminhos iam. Agora, todos os caminhos vêm. A casa é acolhedora, os livros poucos. E eu mesmo preparo o chá para os fantasmas.” (Envelhecer)

  17. O AUTO-RETRATO No retrato que me faço - traço a traço - às vezes me pinto nuvem, às vezes me pinto árvore... às vezes me pinto coisas de que nem há mais lembrança... ou coisas que não existem mas que um dia existirão... e, desta lida, em que busco - pouco a pouco - minha eterna semelhança, no final, que restará? Um desenho de criança... Terminado por um louco! Dos Leitores Há leitores que acham bom o que a gente escreve. Há outros que sempre acham que poderia ser melhor. Mas, na verdade, até hoje não pude saber qual das duas espécies irrita mais. Biografia Era um grande nome — ora que dúvida! Uma verdadeira glória. Um dia adoeceu, morreu, virou rua... E continuaram a pisar em cima dele.

  18. Modernismo 2a Geração - Prosa

  19. MODERNISMO2a Geração (1930 – 1945) – PROSA • CARACTERÍSTICAS GERAIS • Romance regionalista e social • Destino do homem • Prosa regionalista • Prosa urbana • Prosa psicológica ou intimista

  20. Graciliano Ramos Homem/meio natural, homem/meio social, o mundo interior do personagem, autobiografia, ausência de sentimentalismo, brevidade, concisão (só diz o que é necessário). Caetés; São Bernardo; Angústia; Memórias do Cárcere; Vidas Secas; “Fabiano, sua mulher, dois filhos, a cachorra Baleia e o papagaio saem à procura de sobrevivência, sofrendo com a sede e a fome. Matam, então, o papagaio para saciar a fome daquele dia. Procuram um lugar onde pudessem levar uma vida honesta. Mas, em função da seca, nada encontravam. Fabiano era revoltado com a sociedade, sentindo enganado por aqueles que falavam bem (sonhava em falar como o Seu Tomás). Sinhá Vitória cuida dos filhos e leva a vida pobre, sonhando em ter uma cama de couro, como a de Seu Tomás. Mal se instalavam, logo arrumavam as coisas e partiam em busca de nova vida. A vida entrara num círculo vicioso: seca, morta.” (enredo central de Vidas Secas)

  21. José Lins do Rego Romance autobiográficos, cana-de-açúcar, cangaço, misticismo; Menino de Engenho; Fogo Morto; Doidinho; Pedra Bonita; Riacho Doce; “O Coronel Lula de Holanda pouco conversava, as danças iam até tarde, e não havia rapaz que tivesse coragem de tirar a moça do Santa Fé para dançar. Ficava de lado, indiferente à alegria das quadrilhas, como um fantasma, branca, de olhos fundos, de cabelos penteados como velha.” (Fogo Morto)

  22. Jorge Amado Problemas sociais (idealismo partidário); lendas, crenças, tipos humanos, realidade e sonho; ciclo do cacau. O país do carnaval; Cacau; Capitães de Areia; Terras do Sem Fim; Gabriela, cravo e canela; Dona Flor e seus dois maridos; Tenda dos Milagres; Tieta do Agreste; “Centrada num grupo de garotos abandonados que tinham por líder Pedro Bala. A sobrevivência é sua meta diária. Volta-Seca vira cangaceiro; Sem-pernas morre ao fugir da polícia; Gato vira gigolô. Os demais conseguem recuperar-se, motivados por seu líder, Pedro.” (Capitães de Areia)

  23. Rachel de Queiroz A temática da seca no Ceará, linguagem simples, social, conflitos psicológicos. O Quinze; João Miguel; Caminho de Pedras; As Três Marias; Dora Doralina; “Realmente a vaca já fedia, por causa da doença. Toda descamada, formando um grande bloco sangrento, era uma festa para os urubus vê-la, lá de cima, lá da frieza mesquinha das nuvens. E para comemorar o achado, executavam no ar grandes rodas festivas, negrejando as asas pretas em espirais descendentes.” (O Quinze)

  24. Érico Veríssimo Linguagem simples, direta, beirando o lugar comum, porém, de grande valor a um contador de histórias. 1o Ciclo: Romances Urbanos: Porto Alegre; problemas morais e espirituais; conflitos existenciais; aspectos sociais: ricos X pobres. Imigrantes. Guerra Espanhola. Morte (suicídio). - Clarissa; Um lugar ao sol; Saga; O resto é silêncio;

  25. Érico Veríssimo • 2o Ciclo: Romances Históricos: investigação do passado histórico do Rio Grande do Sul. Guerras na fronteira; missões jesuíticas, estâncias, colonos, espanhóis. Federalistas X Republicanos. Coragem, lealdade, tradição. • O Tempo e o Vento: O Continente, O Retrato, O arquipélago; • – Ora vai-te à merda! – exclamou Rodrigo entesando bruscamente o busto. – Não atiraste no tenente porque eras amigo dele, porque tinhas dezenove anos... porque não é fácil matar um homem. Mas não me venhas com Freud. Ah, essa não! A troco de que santo havias de desejar a morte do teu pai? • 3o Ciclo: Romances Sociais: discriminação racial, ditadura, perseguição política, autodeterminação; capitalismo X comunismo. • O Senhor Embaixador; O Prisioneiro; Incidente em Antares; • – A julgar pelas palavras do prefeito municipal e do promotor público, nossa presença é indesejável na cidade, incômoda aos seus habitantes. Em suma, nosso desaparecimento foi plenamente aceito por todos, o que vem confirmar a minha teoria de que se por um lado o homem jamais se habitua à idéia da própria morte, por outro aceita sempre, e com admirável facilidade, a morte alheia. Vossa repulsa e vossa má vontade para com nossos corpos nos outorga a liberdade de dizer o que realmente pensamos de vós.

  26. José Américo de Almeida Ricos X pobres; exploração humana; seca; jagunços; retirantes; espírito de honra do nordestino: seus valores, sua dignidade, sua vida. A Bagaceira; Meninotas, com as pregas da súbita velhice, careteavam torcendo as carinhas decrépitas de ex-voto. Os vaqueiros másculos, como titãs alquebrados, em petição de miséria. Pequenos fazendeiros, no arremesso igualitário, baralhavam-se nesse atônito aniquilamento. Mais mortos do que vivos. Vivos, vivíssimos só no olhar. Uns olhos espasmódicos de pânico, como se estivessem assombrados de si próprios. Agônica concentração de vitalidade faiscante. Fariscavam o cheiro enjoativo do melado que lhes exacerbava os estômagos jejunos. E, em vez de comerem, eram comidos pela própria fome numa autofagia erosiva.

More Related