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Parasitologia Medicina veterinaria. Msc . Cléber Cardeal Centro universitário Dinâmica das Cataratas. FILO ARTHROPODA. CLASSE: INSECTA Sexo (Macho e Fêmea – Separados) Desenvolvimento Fertilização Ovos ou Larvas (estádios larvais) Pupa ou Ninfa Adultos. Insetos.
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ParasitologiaMedicina veterinaria Msc. Cléber Cardeal Centro universitário Dinâmica das Cataratas
FILO ARTHROPODA • CLASSE: INSECTA • Sexo (Macho e Fêmea – Separados) • Desenvolvimento • Fertilização • Ovos ou Larvas (estádios larvais) • Pupa ou Ninfa • Adultos
Insetos insetos holometabólico.
Importância na veterinária • Principal : produtor gado • Qualidade sanitária • Garantia de exportação • Controle adequado
ectoparasitas • grandes perdas na produção animal • potencial risco de veiculação de patologias que podem ser introduzidas nos rebanhos
Dípteras, tanto os produtores de miíases, hematófagos ou foréticos, são ectoparasitas que merecem especial destaque no manejo sanitário de sistemas pecuários, uma vez que atuam como vetor mecânico e biológico de diversos patógenos, além da parasitemiaque determinam.
Sinantropia • dípteras sinantrópicos: Muscadomestica, a Chrisomya spp e a Lucilia spp. • Os dípteras simbovinos: Stomoxyscalcitranse Haematobiairritans.
Dípteras produtores de miíases: • Dermatobiahominis • Cochliomyiahominivorax.
Dípteras de interesse veterinário • Muscídeos • Muscadomestica • Espécie cosmopolita • Grande adaptação • Urbana • Rural: vetor biológico e mecânico forético para os ovos de D. homonis
transmissão de mais de 60 categorias de patógenos para o homem, animais domésticos e silvestres. • Se desenvolve em todo tipo de matéria orgânica
Zonas rurais: • Fezes de eqüinos, bovinos e suínos. • Produtos das granjas de aves poedeiras, restos de ração animal
Zonas urbanas : • Fezes humanas. • Fossas abertas. • Aterros sanitários.
Família Muscidae • Moscas hematófagas • Haematobiairritans Mosca-dos-chifres (“hornfly”) • Stomoxyscalcitrans Mosca-dos-estábulos (“stablefly”) • Moscas sinantrópicas lambedoras • Muscadomestica • Transmissão de patógenos: regurgitação alimentar e veiculação mecânica
Família Calliphoridae • Cochliomyiahominivorax(“primaryscrew-worm”) • Cochliomyiamacellaria(“secondaryscrew-worm”) Moscas varejeiras (miíase primária e secundária) • Chrysomyaspp. Moscas varejeiras (miíase secundária)
Família Oestridae • Dermatobiahominis Berne (“humanbotfly”) • Gasterophilusspp. Parasitose de equideos (“horsebotflies”) • Oestrusovis Bicho-da-cabeça (“sheepbotfly”)
Família Sarcophagidae Fêmas são vivíparas – matéria orgânica em decomposição, cadáveres, feridas necrosadas; Miíase facultativa; veiculação de patógenos
Mosca-dos-chifres (“horn-fly”) • Ocorre em regiões tropicais e subtropicais - até 20.000 moscas/animal • Se agrupam ao redor do chifre (comportamento observado somente em regiões de clima temperado) • Ataca mais comumente bovinos, ovinos e caprinos, eventualmente parasitando equinos. Este último é bastante sensível à picada da mosca • Zebuínos são menos infestados do que taurinos e terneiros, antes do desmame, também são menos infestados • Há preferência por animais machos (especialmente touros) relacionada com a atividade das glândulas sebáceas • As moscas adultas medem de 2 – 3 mm de comprimento, de coloração preta
Permanece no animal hospedeiro dia e noite, de preferência no dorso, lado do tórax, abdômen, ao redor da cabeça e cupim (zebuínos). Só abandonam o animal para se acasalar e depositar os ovos • animal, sempre dirige sua cabeça em direção ao solo, mantendo as asas semi-abertas • Geralmente as moscas se acumulam em hospedeiros com pelagem escura ou nas manchas escuras dos animais • Horas mais quentes - regiões ventrais do hospedeiro, retornando às partes altas em condições climáticas favoráveis • Hábitos hematófagos intermitentes, repasto sanguíneo pode ocorrer de: • Cerca de 25 vezes/dia (machos) • Cerca de 40 vezes/dia (fêmeas) • Quando perturbadas, fazem um vôo vertical, simultâneo, retornando imediatamente ao hospedeiro
Ação sobre o hospedeiro: • Perda de sangue • Picada dolorosa • Intensa irritação • Queda nos índices de produtividade • Machos: diminuição da libido e baixo desempenho reprodutivo • Vetor: Habronemaspp. (equinos), Anaplasmamarginale(bovinos) • Considerada como uma das mais importantes pragas do rebanho bovino nas Américas • Nos E.U.A: prejuízos atribuídos à H. irritansao redor de US$ 700 milhões/ano.
H. irritanse os touros • Os bovinos machos são os mais atacados pelas moscas (até 20.000 moscas), porque: • As moscas são atraídas pelo nível de testosterona; • Seus pescoços grossos não lhes permitem desalojar as moscas e também as dimensões do animal.
Normalmente os adultos da H. irritanspreferem os animais escuros, mas podem ser encontrados em qualquer raça ou pelagem.
Adultos da H. irritans • Foi observado que as moscas dos chifres se alimentam nas marcas do ferro quente, e quando as populações são elevadas elas descansam, sem se alimentar, em outras espécies de animais.
Estratégias de Controle • Objetivo: redução da infestação em níveis toleráveis, minimizando os prejuízos econômicos • Inicialmente: determinar o nível populacional máximo aceitável de moscas/animal • Calcular a relação custo/benefício: infestação x tratamento (varia para cada tipo de criação, região, manejo, alimentação, etc..)
Definir a estratégia de controle: • Não fazer o tratamento • Tratar somente aqueles animais portadores de 70% da população de moscas (“distribuição agregada”) • Realizar o tratamento quando há prejuízo decorrente da parasitose • Como consequência, se evita o uso indiscriminado de inseticidas e retarda a resistência da mosca aos inseticidas
Importância econômica de H. irritans • Importância econômica e nível de dano ainda são discutíveis. • Maior impacto é na produção do leite, e por consequência, no peso dos bezerros desmamados. • H. irritansé vetor do nematódeo Stephanofilariastilesi.
Controle químico bolo de reguladores de crescimento de insetos Liquido pulverizado brinco Pouron
Os brincos • O melhor controle químico das moscas dos chifres começou com a introdução dos brincos com inseticidas tópicos dentro de uma base plástica, distribuindo-se pela superfície do corpo dos animais. • Nos últimos anos o maior problema foi o desenvolvimento e expansão da resistência aos brincos nas moscas dos chifres, especialmente os brincos feitos com piretróides.
Recomendações para retardar a resistência aos brincos • Atrasar o tratamento até a população das moscas dos chifres exceder 200 moscas por animal. • Usar só o número de brincos/animal recomendado, normalmente 2. • Colocar brincos em todos os bovinos adultos do rebanho. • Tirar os brincos velhos, quando estes não estão ativos. • Se a ineficácia for óbvia, usar outra forma de controle.
Controle físico das moscas dos chifres Armadilhas “Tipo Túnel” Originalmente apresentado por Bruce em 1938 Agora usado comercialmente, na produção leitera
Controle biológico da mosca dos chifres • Besouros coprófagos foram recomendados como controle biológico nas pastagens, para destruir os bolos fecais. • Existe preocupação com o impacto das lactonasmacrocíclicas (especialmente avermectinas) nas larvas abaixo do solo
Moscas Varejeiras • Dípteros de tamanho grande (4 – 16 mm) • Geralmente azulados, esverdeados ou violáceos • Abdômen com reflexos metálicos • Família apresenta dois gêneros de maior importância: • Cochliomyia– parasitas obrigatórios (miíases primárias e secundárias) • Chrysomya– parasitas facultativos (miíases secundárias)
Cochliomyiamacellaria: larvas se desenvolvem no lixo, cadáveres, tecidos necrosados (larvas necrobiontófagas) e outros tipo de matéria orgânica em decomposição. Causam miíase secundária • Cochliomyiahominivorax: mais importante mosca produtora de miíases das Américas (larvas biontófagas) • Parasita todos os animais de sangue quente, particularmente bovinos, ovinos, eqüinos, caninos e suínos. Também parasita o homem. • Qualquer ferimento pode ser alvo da infestação • Causa uma miíase traumática grave (bicheira) - conjunto de larvas se instala em qualquer corte, ferimento, abrasão, fístula ou ulceração da pele ou mucosa de vertebrados, alimentando-se exclusivamente de tecidos vivos
Diversos fatores afetam a prevalência das varejeiras: • Ciclo de Vida Parasitário – não é afetado por condições climáticas e dura de 6 – 8 dias; • Ciclo de Vida Livre: • •Período com duração variável de acordo com as condições climáticas; • •Como a larva de último estádio cai ao solo, entrando na etapa de pé-pupa, são capazes de recorrer distâncias de vários metros e enterrar-se até 25 cm chão adentro à procura de umidade; • •O período de pupa pode atrasar seu desenvolvimento e eclosão em baixas temperaturas e escassa umidade, variando entre 7 – 54 dias; • •Temperatura – em regiões temperadas, as temperaturas de final de primavera e início de verão, estimulam pupas hibernantes a completar seu ciclo, aparecendo a 1ª onda de varejeiras adultas;
Cochliomyiamacellaria Coloração metálica azul ou azul-esverdeada Olhos vermelho-amarelados Cabeça amarelada
Cochliomyiahominivorax Moscas adultas possuem de 8 – 10 mm Na face dorsal do tórax (mesonoto) possuem três faixas longitudinais escurecidas. Apresentam pêlos pretos na extremidade inferior da parafrontália. Cabeça de coloração amarelo-alaranjada Larvas parasitam obrigatoriamente tecidos vivos (biontófagas) e podem invadir orifícios naturais (nasal, ocular, auricular, oral, vaginal, anal..) Fêmeas depositam de 200 a 300 ovos nas bordas das feridas ou ferimentos recentes Se não controladas podem causar alta mortalidade
Chrysomya spp. • No tórax, possui uma faixa escura transversal • Olhos avermelhados
A diferenciação das larvas destas 3 principais espécies, faz-se por: • Presença ou não de processos espinhosos ao longo do corpo • •Chrysomyaspp. • Pigmentação dos tubos traqueais • •Cochlyomyiahominivorax – tubos traqueais pigmentados até os últimos 3 anéis • •Cochlyomyiamacellaria – tubos traqueias pigmentados somente no último anel • •Chrysomyaspp. • Chrysomyaspp. Cochlyomyiahominivorax • Cochlyomyiamacellaria
Chrysomya spp. Cochlyomyiahominivorax
Danos ao Hospedeiro • Danos diretos: • Animais - inquietude, dor, feridas que sangram • Importantes parasitas dos umbigos dos terneiros recém-nascidos e dos ovinos • Infecções secundárias • Controle • Estados Unidos – erradicação com utilização de machos estéreis
Tratamento • Tratamento