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Estudo de Caso-Controle

Estudo de Caso-Controle. Enfª Liana Mara Rocha Teles Doutoranda em Enfermagem – UFC Lara Leite Ac. Enf. UFC – Bolsista PET/SESU. Estudo Caso-Controle. Observacionais; Retrospectivos; Busca diferenças nas variáveis preditoras que possam ou não justificar a ocorrência do desfecho;

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Estudo de Caso-Controle

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Presentation Transcript


  1. Estudo de Caso-Controle Enfª Liana Mara Rocha Teles Doutoranda em Enfermagem – UFC Lara Leite Ac. Enf. UFC – Bolsista PET/SESU

  2. Estudo Caso-Controle • Observacionais; • Retrospectivos; • Busca diferenças nas variáveis preditoras que possam ou não justificar a ocorrência do desfecho; • Compara-se a prevalência de fatores de risco em uma amostra de sujeitos com a doença e outro desfecho de interesse (casos) com a prevalência em uma amostra sem essas condições clínicas (controles).

  3. Aplicações • Para provar relação causa-efeito (temporalidade) • Avaliação de etiologia das doenças; • Identificação de fatores prognósticos; • Avaliação de impacto de intervenções terapêuticas ou diagnósticas. • Alternativa aos estudos de coorte.

  4. Estudo Caso-Controle População com a doença Fator de risco presente Fator de risco ausente CASOS Fator de risco ausente Fator de risco presente CONTROLES População sem a doença

  5. Cálculo Amostral e Análise dos DadosExemplo1

  6. Ex. Fumo e CA de Pulmão • CASOS: pacientes com CA de pulmão; • CONTROLE: indivíduos saudáveis OU portadores de outras patologias, exceto CA de pulmão.

  7. Estudo Caso-Controle • A COMPARAÇÃO DAS CHANCES de exposição entre casos e controles é a forma de avaliar a associação entre exposição e desfecho. • Razão de chances ou Odds Ratio

  8. Voltando ao exemplo...

  9. Voltando ao exemplo... 200/300 = 0,67 100/400 = 0,25 0,67/0,25 = 2,68 Fumantes apresentam 2,68 mais chances de desenvolverem CA de pulmão do que os não fumantes.

  10. Análise

  11. Exemplo 2

  12. Determinantes da mortalidade neonatal: estudocaso-controle em Fortaleza, Ceará, Brasil • CASOS: recém-nascidos que morreram antes de completar 28 dias de vida; • CONTROLES: aqueles que permaneceram vivos. • CRITÉRIOS DE INCLUSÃO: não gemelares, com peso ao nascer maior que 500g, nascidos de parto hospitalar em Fortaleza e de mães residentes neste município. • CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO: foram excluídos os recém-nascidos gemelares, anencéfalos, com peso inferior a 500g, partos domiciliares, nascidos em outros municípios e de mães não residentes em Fortaleza.

  13. Determinantes da mortalidade neonatal: estudocaso-controle em Fortaleza, Ceará, Brasil • SELEÇÃO DOS CASOS • SIM da SMS de Fortaleza, dos óbitos ocorridos entre 1/1/09 e 31/12/2009 = 378 óbitos – 113 (critérios de exclusão) – 9 (recusas) = 265 óbitos. • SELEÇÃO DOS CONTROLES • Sorteio aleatório (2 controles para cada caso) entre as crianças nascidas nas datas próximas ao caso e que sobreviveram ao 28º dia de vida. A listagem para sorteio dos controles foi ordenada por data de nascimento e obtida no banco de dados do SINASC da SMS de Fortaleza, na qual constavam 37.645 registros; não houve perda ou recusa.

  14. Determinantes da mortalidade neonatal: estudocaso-controle em Fortaleza, Ceará, Brasil • CÁLCULO AMOSTRAL • Poder do estudo (1-β): 85%; • Erro alfa: 5%; • Razão de 1:2 (caso-controle); • Frequência mínima de 10% de exposição ao fator de risco entre os controles e de 25% entre os casos; • Tamanho mínimo da amostra estimado: 131 casos e 262 controles. • O número final de casos (óbitos neonatais) incluídos nessa casuística foi de 132 casos e 264 controles (sobreviventes).

  15. Determinantes da mortalidade neonatal: estudocaso-controle em Fortaleza, Ceará, Brasil • Fatores associados ao óbito neonatal: • Raça materna com efeito protetor para raça parda/negra (OR = 0,23; IC95%: 0,09-0,56); • Tempo gasto entre o deslocamento de casa ao hospital ≥ 30 minutos (OR =3,12; IC95%: 1,34-7,25); • Tempo < 1h ou ≥ 10h entre a internação e o parto (OR = 2,43; IC95%: 1,24-4,76); • Pré-natal inadequado (OR = 2,03; IC95%: 1,03-3,99); • Baixo peso ao nascer (OR = 14,75; IC95%: 5,26-41,35); • Prematuridade (OR = 3,41; IC95%: 1,29-8,98); • Sexo masculino (OR = 2,09; IC95%: 1,09-4,03).

  16. Transferências maternas de uma casa de parto para o hospital: estudo caso-controle • OBJETIVO: identificar os fatores de risco para transferência materna de uma casa de parto para o hospital. • CASOS: todas as mulheres transferidas da Casa de Parto Sapopemba (CPS) para o Hospital Estadual de Vila Alpina entre março de 2002 e dezembro de 2009 (124 mulheres). • CONTROLES: mulheres não transferidas que deram a luz na CPS no mesmo ´período (456): 4 controles para cada caso.

  17. Transferências maternas de uma casa de parto para o hospital: estudo caso-controle • VARIÁVEL DEPENDENTE: transferência materna (sim ou não). • VARIÁVEIS INDEPENDENTES: • Sociodemográficas: idade materna, escolaridade, estado marital, ocupação materna, área de abrangência, sistema de saúde e tabagismo. • Assistência pré-natal: nuliparidade, IG, número de consultas, problemas na gestação, dilatação cervical na admissão, condição das membranas, adequação entre altura uterina e IG. • Assist, durante o TP: tipo de rotura, ocitocina, peso do RN.

  18. Transferências maternas de uma casa de parto para o hospital: estudo caso-controle • ANÁLISE ESTATÍSTICA • Transferências maternas intra-parto • Teste do Qui-Quadrado; • Análise Múltipla (variáveis com p<0,02); • Modelo de Regressão Logística (significantes se p<0,05). • Transferências maternas pós-parto. • Análise descritiva simples.

  19. Transferências maternas de uma casa de parto para o hospital: estudo caso-controle • FATOR DE PROTEÇÃO • Adequação entre AU e IG (OR 0.3, 95% CI 0.2-0.6) • FATORES DE RISCO INDEPENDENTES • Nuliparidade (OR 5.6, 95% CI 2.9 to 10.9); • Idade materna >35 (OR 5.0, 95% CI 2.0 to 12. 7); • Não ter companheiro (OR 2.7, 95% CI 1.4 to 5.1); • Admissão CPS com dilatação cervical de 3 cm (OR 2.0, 95% CI 1.1-3.4); • Número de consultas 5-12 CPS (OR 3.3, 95% CI 1.6 to 6.7); • Peso do RN 4000-4600 g (OR 3.5, 95% CI 1.1 to 11.2) 

  20. Amostra não pareada Amostra pareada

  21. Amostra não pareada Amostra pareada

  22. n – tamanho da amostra (para cada subgrupo); • nP – número de pares; • Zα/2 – valor do erro α, usualmente: 1,96 (5%); • Zβ – valor do erro β, usualmente: 0,84 (20%); • d – diferença mínima entre as médias; • Sa e Sb – desvio padrão da variável em cada grupo; • Sd – desvio padrão da diferença entre os pares; • D: média da diferença entre os pares; • p1 e p2 – proporção de resultados favoráveis no subgrupo 1 ou 2 ; • q1 e q2 – proporção de resultados desfavoráveis no subgrupo 1 ou 2; • pa – proporção de pares discordantes para grupo 1; • qa – proporção de pares concordantes para o grupo 1; • pd – soma da proporção dos pares discordantes dos dois grupos.

  23. Outros tipos de análise • Comparações categorizadas • Qui-quadrado para homogeneirdade – dados não pareados; • Qui-quadrado de McNemar – dados pareados; • Qui-quadrado de Manterl-Haenszel – quando tem confundimento e não identifiquei no início para parear; • Teste Q de Cochran – compara proporções em mais de uma amostra, onde cada variável é dicotômica. • Diferenção de Média • Teste t pareado

  24. Pontos Positivos e Limitações

  25. Pontos Positivos • Eficiência para DESFECHOS raros; • Eficiência para DESFECHOS crônicos; • Tende a requerer tamanho amostral menor; • Curta duração e custo relativamente mais baixo; • Utilidade na geração de hipóteses.

  26. Limitações • Não estima incidência, prevalência ou risco; • Não estabelece um sequência clara de eventos; • Ineficiente para EXPOSIÇÃO rara; • Somente permite estudar um desfecho por vez; • Grande susceptibilidade a vieses; • Pode apresentar informações menos acuradas.

  27. Limitações • Não estima incidência, prevalência ou risco; • Não estabelece um sequência clara de eventos; • Ineficiente para EXPOSIÇÃO rara; • Somente permite estudar um desfecho por vez; • Grande susceptibilidade a vieses; • Pode apresentar informações menos acuradas. O viés de medição diferencial pode ser reduzido pela obtenção de medições históricas da variável preditora e pelo cegamento dos sujeitos e dos objetos.

  28. Estratégias para a amostragem de controles • Controles hospitalares ou ambulatoriais • Uma estratégia para compensar o possível viés de seleção causado pela obtenção dos casos em hospital ou ambulatório é selecionar os controles no mesmo local. • Uso de uma amostra de casos de base populacional • Útil para doenças que possuem registros em amplas bases de dados. • Ex. Casos: todos os casos de câncer diagnosticados em uma cidade em determinado período; Controles: amostra aleatória da população da cidade.

  29. Estratégias para a amostragem de controles • Pareamento: pretende garantir que casos e controles sejam comparáveis em relação a fatores importantes que estão relacionados à doença mas que, nesse estudo, não sejam de interesse para o investigador. • Pares por idade – diferença de idades de até 2 anos • Homem de 44 anos de idade – CASO • Homem de 42 a 46 anos de idade – CONTROLE • Pareamento por frequência – mesmo grupo etário para CASO e CONTROLE.

  30. Estratégias para a amostragem de controles • Uso de dois ou mais grupos-controle • Utiliza controles selecionados de diferentes formas. • Ex. Em estudo sobre a Síndrome de Reye e sua associação ao uso de medicamentos, foram utilizados quatro tipos de controle: • Controles de serviços de emergência; • Controles hospitalares (interandos); • Controles escolares (frequentam mesma escola ou creche que o caso); • Controles comunitários (discagem aleatória).

  31. Delineamentos Semelhantes

  32. Estudos de Caso-Controle Aninhados • Estudo de caso-controle aninhado a um estudo de coorte; 1) Define o desfecho de interesse; 2) Define os indivíduos na coorte que desenvolveram esse desfecho (casos); 3) Amostra dos sujeitos que tb fazem parte da coorte, mas que não desenvolveram o desfecho de interesse (controle); 4) Para aumentar o poder do estudo – dois ou três controles para cada caso; 5) Pareamento.

  33. Ex. Caso-Controle Aninhado • Para determinar se níveis elevados de hormônios sexuais estão associados a um aumento do risco de câncer de mama. Cauley e colaboradores conduziram um estudo de caso-controle aninhado.

  34. Ex. Caso-Controle Aninhado • Identificação de uma coorte com amostras armazenadas: usaram soros e dados do Study of Osteoporotic Fractures, uma coorte prospectiva de 9.704 mulheres ou mais; • Identificação dos casos no final do período de seguimento: identificaram 97 sujeitos que desenvolveram uma primeira manifestação de CA de mama durante 3,2 anos de seguimento; • Seleção dos controles: amostra aleatória de 244 mulheres da coorte que não desenvolveram CA de mama; • Medição dos preditores nas amostras basais dos casos e dos controles.

  35. Ex. Caso-Controle Aninhado • Mulheres com níveis elevados de estradiol ou testosterona apresentaram um risco três vezes maior de vir a ter diagnóstico subsequente de CA de mama do que mulheres com níveis muito baixos desses hormônios.

  36. Coorte Retrospectiva • Os sujeitos já foram reunidos; • As aferições basais já foram feitas; • O período de seguimento já foi encerrado.

  37. Ex. Coorte retrospectiva • Para descrever a história natural de aneurismas da aorta torácica e os fatores de risco para ruptura desses aneurismas, foram analisados os dados dos registros médicos de 133 pacientes com aneurismas.

  38. Ex. Coorte retrospectiva 1) Foram estudados todos os 133 diagnósticos feitos entre 1980 e 1995 em determinada cidade; 2) Variáveis preditoras: registros sobre sexo, idade, tamanho do aneurisma, fatores de risco, etc. 3) Desfechos subsequentes: se houve ruptura do aneurisma ou reparo cirúrgico deste. Os investigadores constataram que o risco de ruptura em cinco anos era de 20% e que mulheres tinham uma probabilidade 6,8 vezes maior de ruptura que homens.

  39. Resumo

  40. Resumindo!!! • Etapas para o estudo de caso-controle: • Determinação da exposição; • Definição dos casos; • Definição dos controles; • Cálculo amostral; • Pareamento; • Cegamento; • Análise.

  41. REFERÊNCIAS • SILVA, Flora Maria Barbosa da. Transferências maternas de uma casa de parto para o hospital: estudo caso-controle. 2011. Tese (Doutorado em Cuidado em Saúde) - Escola de Enfermagem, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2011. Disponível em: <http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7141/tde-24012012-111043/>. Acesso em: 2012-06-04. • NASCIMENTO, R.M.; LEITE, A.J.M.; ALMEIDA, N.M.G.S.; ALMEIDA, P.C.; SILVA, C.F. Determinantes da mortalidade neonatal: estudo caso-controle em Fortaleza, Ceará, Brasil. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 28(3):559-572, mar, 2012. • HULLEY, S.B.; CUMMINGS, S.R.; BROWNER, W.S; GRADY, D.; HEARST, N.; NEWMAN, T.B. Delineando a pesquisa clínica: uma abordagem epidemiológica. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008. • POLIT, D.F.; BECK, C.T. Fundamentos da pesquisa em enfermagem: avaliação de evidências para a prática de enfermagem. 7. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2011. • MIOT, H.A. Tamanho da amostra em estudos clínicos e experimentais. J Vasc Bras 2011, Vol. 10, Nº 4.

  42. Obrigada!

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