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Programa de Atenção Integral à saúde da Mulher

Profª Vivian Zaboetzki Dutra. Programa de Atenção Integral à saúde da Mulher. O que é?. Programa do SUS voltado para a atenção da mulher. Isso porque: Mulheres são a maioria da população;

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Programa de Atenção Integral à saúde da Mulher

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Presentation Transcript


  1. Profª Vivian Zaboetzki Dutra Programa de Atenção Integral à saúde da Mulher

  2. O que é? Programa do SUS voltado para a atenção da mulher. Isso porque: Mulheres são a maioria da população; São as principais usuárias do SUS – frequentam em seu benefício, acompanham familiares, pessoas idosas, vizinhos e amigos.

  3. Existem agravos com as mulheres devido a discriminação nas relações de trabalho e a sobrecarga de responsabilidades com o trabalho doméstico. Variante como raça, etnia e situações de pobreza realçam ainda mais as desigualdades. As mulheres vivem mais do que homens, porém adoecem mais frequentemente.

  4. Saúde da Mulher um enfoque de gênero As desigualdades sociais, econômicas e culturais se revelam no processo de adoecer e morrer das populações e de cada pessoa em particular, de maneira diferenciada. As populações mais expostas a precárias condições de vida estão mais vulneráveis e vivem menos.

  5. O número de mulheres que vive em situação de pobreza é superior ao de homens. As mulheres trabalham mais que os homens, e pelo menos METADE do seu tempo é gasto em atividades não remuneradas, o que diminui o seu acesso aos bens sociais, inclusive aos serviços de saúde.

  6. Gênero se refere então ao conjunto de relações, atributos, papeis, crenças e atitudes que definem o que significa ser homem ou ser mulher.

  7. Evolução das políticas de atenção à saúde da mulher No Brasil, a saúde da mulher foi incorporda às políticas nacionais de saúde nas primeiras décadas do séc. XX, sendo limitada às demandas relativas à gravidez a ao parto. Os programas materno-infantis, de 30, 50 e 70, traduziam uma visão restrita sobre a mulher, baseada em sua especificidade biológica e seu papel social de mãe e doméstica, responsável pela criação, educação e cuidado dos filhos e familiares.

  8. No âmbito do movimento feminista, estes programas são criticados pela perspectiva reducionista que tratavam a mulher, mantendo-se sem assistência na maior parte da vida. As mulheres organizadas argumentavam que as desigualdades nas relações sociais entre gênero se traduziam em problemas de saúde.

  9. Em 1984, o MS elaborou o PAISM que incorporou os princípios de descentralização, hierarquização e regionalização dos serviços, bem como a integralidade e a equidade da atenção. O novo programa para a saúde da mulher incluía ações educativas, preventivas, de diagnóstico, tratamento e recuperação, englobando a assistência à mulher em clínica ginecológica, no pré-natal, parto e puerpério, climatério, em planejamento familiar, DST, câncer de colo uterino e de mama. Somente em 1998 o governo trata a saúde da mulher como prioridade.

  10. Situação Sociodemográfica Queda abrupta na taxa de fecundidade. A população fica mais velha e reduz o número de jovens. População maior parte em duas faixas etárias: 20 aos 29 anos – 16.524.472 50 anos e mais – 15.505.461 Exclusão da população: afrodescendente sendo 44,2%

  11. Diagnóstico da Situação da Mulher no Brasil

  12. Mortalidade Materna Bom indicador para avaliar as condições de saúde. Razão Mortalidade Materna (RMM) – elevada indica precárias condições de socioeconômicas, baixo grau de informações e escolaridade, dinâmicas familiares em que a violência esta presente e, sobretudo, dificuldades de acesso a serviços de saúde de boa qualidade. As principais causas da mortalidade materna são: a hipertensão arterial, as hemorragias, a infecção puerperal e o aborto.

  13. Precariedade da atenção Obstétrica A maior cobertura de pré-natal foi encontrada no Nordeste (75%) e a maior no estado do Rio de Janeiro (95%). Apesar do aumento do número de consultas de pré-natal, a qualidade dessa assistência é precária, o que pode ser atestado pela alta incidência de sífilis congênita, pelo fato das HAS ser a causa mais frequente de morte materna no Brasil, e também porque 41% das mulheres gestantes inscritas no programa de humanização no pré-natal e nascimento não completaram a vacinação antitetânica.

  14. 9,43% realizam as 6 consultas de pré-natal e consulta de puerpério. A atenção ao parto e nascimento é marcada pela intensa medicalização, pelas intervenções desnecessárias e potencialmente iatrogênicas e pela prática abusiva da cesariana. Ocorre ainda o isolamento da gestante de seus familiares, a falta de privacidade e o desrespeito à sua autonomia. Tudo isso contribuindo para o aumento dos riscos maternos e perinatais.

  15. Abortamento 20% são abortos clandestinos realizados por profissionais médicos em clínicas e 50% são abortos domiciliares realizados pela própria mulher ou por “curiosas” apresentando diversas complicações. É causa de discriminação e violência institucional contra as mulheres nos serviços de saúde. Mulheres que tiveram complicações de aborto estão entre as pacientes mais negligenciadas quanto aos cuidados de promoção da saúde reprodutiva e nem são encaminhadas a serviços e profissionais capacitados.

  16. Precariedade da Assistência em Anticoncepção Observa-se uso quase exclusivo somente de 2 métodos contraceptivos, a laqueadura tubária e a pílula, demonstrando pouco conhecimento quanto aos diversos métodos existentes. Início precoce da puberdade Existe uma redução da taxa da fecundidade total, mas aumento entre os 15 e 19 anos.

  17. O estímulo à participação e a inclusão dos homens e adolescentes nas ações de planejamento familiar limita-se a experiências isoladas de alguns serviços ou organizações não- governamentais. Solução

  18. DST/HIV/AIDS Mais de 10 milhões de novas infecções de transmissão sexual que podem evoluir para doenças sintomáticas. Os danos mais graves a saúde causados por DSTs, exceto HIV, são em mulheres e RNs. A epidemia de HIV/AIDS é uma realidade mundial que vem se alastrando de modo mais expressivo nas regiões mais pobres do planeta e contribui para o agravamento da pobreza e para o endividamento dos países.

  19. Entre as mulheres cresceu consideravelmente e a transmissão heterossexual passou a ser a forma principal. A faixa etária de 20 a 39 anos tem sido a mais atingida e apresenta maior risco de se infectar.

  20. Violência doméstica e sexual É um dos principais indicadores de discriminação de gênero contra as mulheres. Dentre as mulheres agredidas as principais queixas foram: dor ou desconforto severo, problemas de concentração e tontura, além de que, também foi mais comum a tentativa de suicídio e maior frequência do uso do alcool.

  21. Pesquisa em Curitiba (2002) mostra que na maioria dos casos as mulheres tinham até 29 anos. As crianças agredidas sexualmente, com até 12 anos, sendo que a maioria os agressores eram pais, padrastos, parentes próximos, amigos ou conhecidos.

  22. A saúde da mulher adolescente Adolescente – 10 aos 19 anos. É importante nessa fase ações educativas e de redução de vulnerabilidade das adolescentes aos agravos à saúde sexual e reprodutiva. Abordar a sexualidade com informações claras e científicas, introduzindo gênero, classe social e as diferenças culturais de iniciação da vida sexual e reprodutiva.

  23. Apoiar os adolescentes em suas relações de autocuidado. O consequente decréscimo na idade da menarca, a capacidade reprodutiva se instala mais cedo e a competência social para a constituição de família acontece mais tarde. Exposição a maternidade antes dos 20 anos. No âmbito da saúde sexual e reprodutiva é importante pontuar a ocorrência de DST/AIDS, uma vez que os adolescentes e jovens estão na linha de frente da epidemia.

  24. Saúde da Mulher no Climatério e Menopausa Climatério é a fase de transição entre o período reprodutivo e o não reprodutivo da vida da mulher, estendendo-se até os 65 anos. Menopausa é o marco da fase, correspondendo ao último mês de menstruação reconhecido passado 12 meses da sua ocorrência, idade média 50 anos.

  25. Uma fase da vida e não doença, pode passar por ela sem apresentar queixas e sem necessitar de medicamentos. Sensação do “ninho vazio”, momento da saída dos filhos de casa, separação, morte do companheiro. Agir no combate ao sedentarismo reduzindo a incidência de doenças crônico-degenerativas.

  26. A atividade física adequada aliada a uma dieta saudável, controle do peso, não tabagismo, disponibilidade de tempo ao lazer, convivência com familiares e amigos e a dedicação a uma atividade produtiva – são orientações para melhora na qualidade de vida. - terapia de reposição hormonal; - comparada a adolescência quanto as transformações e mudanças.

  27. Saúde Mental e Gênero As mulheres sofrem duplamente com os transtornos mentais, dadas as condições sociais, culturais e econômicas em que vivem. Desigualdade gera “stress” que acarreta em tempo prolongado, depressão, transtornos...

  28. Fatores prejudiciais: Ganhar menos; Profissões mais desvalorizadas; Sofrem mais violência (moral, sexual, física, doméstica e emocional); Dupla/tripla jornada de trabalho; Vulgarização do corpo. Ocorre aumento de internações de mulheres acometidas do sofrimento causada pelos transtornos de humor. Aumento do uso de substâncias psicoativas entre mulheres.

  29. Doença Crônico-degenerativa e Câncer Ginecológico Principais causas de morte na população feminina; Mudança no perfil epidemiológico feminino, por mudança na: alimentação, tabagismo, sobrecarga de responsabilidade, aumento das mulheres chefes de família, competitividade, assédio moral e sexual.

  30. HAS e DM principais fatores de risco para doenças cardiovasculares. AVC – 1ª causa de morte Aumento no número de câncer (útero e mama)

  31. Saúde das Mulheres Lésbicas Mudança do enfoque de vida sexual ativa para as mulheres somente heterossexual – também homossexual. CA de útero acomete mulheres lésbicas. Vulnerabilidade pela exposição de DST/AIDS. Expostas a violência intrafamiliar, quando expulsas do lar ou sofrem violência sexual. Inseminação assistida – direito à maternidade voluntária.

  32. Saúde das Mulheres Negras A grande maioria das mulheres encontra-se abaixo a linha de pobreza e a taxa de analfabetismo é o dobro quando comparada à mulheres brancas. Menor acesso a serviços de saúde de qualidade.

  33. Maior incidência de RN com baixo peso ao nascer. • RN com escores de APGAR =1 • Maior proporção de nascimento menor número de consultas pré-natais. • Maior frequência de DMII, miomas, HAS e anemia falciforme. • CA de útero 2x mais frequente.

  34. Saúde das Mulheres Indígenas Atenção a saúde nas tribos ainda é precária e os dados epidemiológicos insuficiente.

  35. Saúde da Mulher Residente e Trabalhadora Rural Dificuldade de acesso, mobilidade espacial dos acampamentos e assentamentos. Baixa escolaridade; Pobreza; Situações de violência; Relações de trabalho e de gênero. Maior vulnerabilidade à enfermidades

  36. O nível de instrução afeta o comportamento reprodutivo, uso de anticoncepção, bem como, cuidados com higiene, saúde e alimentação. Realização de partos domiciliares aumenta o índice de complicações e óbito. Exposição a agrotóxicos. Hiperplasia pulmonar na lavoura de fumo – (RS)

  37. Saúde da Mulher em Situação de Prisão Grande exposição à doenças infectocontagiosa (DST/AIDS, tuberculose, pneumonias, dermatoses, hepatites, diarreias infecciosas). Além de HAS e DM, traumas, transtornos mentais. Visitas íntimas – sem proteção; Apoio aos filhos; Atenção a desvios psicossociais.

  38. Humanização e Qualidade: Princípios A qualidade da atenção deve estar referida a um conjunto de aspectos que englobam as questões psicológicas, sociais, biológicas, sexuais, ambientais e culturais. Humanizar e qualificar a atenção em saúde é aprender a compartilhar saberes e reconhecer direitos. É um processo continuo que demanda reflexão.

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