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VENTILAÇÃO MECÂNICA EM PEDIATRIA CONCEITOS BÁSICOS Eduardo Hecht Março 2010

VENTILAÇÃO MECÂNICA EM PEDIATRIA CONCEITOS BÁSICOS Eduardo Hecht Março 2010. www.paulomargotto.com.br Brasília, 12/3/2010 Hospital Regional da Asa Sul/SES/DF. NO P. S. Você conseguiu intubar!!. Mas ...não tem vaga na UTI. E agora ....Preciso de um Ventilador mecânico!.

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VENTILAÇÃO MECÂNICA EM PEDIATRIA CONCEITOS BÁSICOS Eduardo Hecht Março 2010

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Presentation Transcript


  1. VENTILAÇÃO MECÂNICA EM PEDIATRIACONCEITOS BÁSICOS Eduardo HechtMarço 2010 www.paulomargotto.com.br Brasília, 12/3/2010 Hospital Regional da Asa Sul/SES/DF

  2. NO P. S.Você conseguiu intubar!!

  3. Mas ...não tem vaga na UTI...

  4. E agora ....Preciso de um Ventilador mecânico!...

  5. Doutor, vou conseguir um ventilador!!!

  6. Putz......Não sei usar...

  7. Assisto-Controlada? SIMV? PEEP? PI? Pressão de Suporte? Ciclagem? Relação I:E FiO² Hipercapnia permissiva?

  8. Chamem os universitários !!!!

  9. Que tal começar a aprender...

  10. Pra não passar vergonha

  11. O que é? • Aparelhos que intermitentemente insuflam as vias aéreas com volumes de ar(volume corrente) a uma determinada velocidade (fluxo inspiratório) gerando pressões positivas (inspiratória e expiratória) aliviando total ou parcialmente o trabalho respiratório do paciente. • Deve agir de forma cíclica, permitindo intervalos para que o volume inspirado seja exalado passivamente

  12. Fases da ventilação mecânica • Fase inspiratória: O ventilador insufla os pulmões, vencendo as propriedades elásticas e resistência do sistema respiratório • Mudança da fase inspiratória para a fase expiratória: o ventilador permite o início da fase expiratória=CICLAGEM • Fase expiratória: o ventilador permite o esvaziamento dos pulmões, geralmente de forma passiva • Mudança da fase expiratória para a fase inspiratória: esta transição pode ser desencadeada pelo ventilador ou pelo paciente e denomina-se Disparo

  13. Classificação: Ciclagem • Os ventiladores são classificados pelo mecanismo ou processo que provocam a ciclagem do aparelho, isto é, a mudança da fase inspiratória para a expiratória • Volume • Tempo • Fluxo • Pressão • Um dos fatores é controlado e funciona como variável independente. Os outros fatores são variáveis dependentes que devem ser ajustados adequadamente

  14. Características • A maior parte dos aparelhos para a ventilação em crianças permitem a realização de ventilação ciclada a tempo e limitada a pressão(TCLP) (Pressão controlada) • Vantagens: menor ocorrência de barotrauma • Desvantagem :volume corrente variável. Uma deterioração da mecânica respiratória resultará em diminuição do volume inspirado • Ventiladores ciclado a tempo e volume controlado: • Proporciona a utilização de volume corrente constante, menor resistência das vias aéreas, mas com maior risco de barotrauma.

  15. Conceitos: Constante de tempo (CT) • Medida que expressa a velocidade com que uma unidade alveolar atinge um equilíbrio pressórico ,ou seja, tempo necessário para encher ou esvaziar totalmente os pulmões • Seu conceito pode ser aplicado tanto na inspiração quanto na expiração mas na VM serve principalmente como parâmetro do Tempo inspiratório a ser ajustado. • Seu cálculo leva em consideração a resistência e a complacência pulmonar • Durante a ventilação, o tempo para a inspiração ou expiração devem ser de 3 a 5 vezes a CT. • Valores normais: 0,15 seg (RN e lactentes) e 0,2 seg (crianças maiores)ou seja o tempo inspiratório adequado para um RN e criança varia de 0,45-1seg

  16. Modos de ventilação

  17. Modo controlado • Todas as respirações são fornecidas pelo aparelho de ventilação, a uma frequência, pressão, fluxo inspiratório e tempo inspiratório predeterminados.A ciclagem será sempre determinada pelo ventilador e o seu término leva em conta parâmetro de tempo, volume ou pressão. • Indicações • Lesões do SNC:Doenças neuromusculares como a polirradiculoneurite, secção de medula ou TCE grave, durante anestesia ou pós operatório imediato • Crianças curarizadas Pode levar a fraqueza da musculatura e atrofia Necessita de monitorização gasométrica rigorosa para correção de distúrbios ácido-básicos que normalmente seriam corrigidos pela respiração espontânea do paciente.

  18. Modo assisto/controlado • Paciente recebe ventilações mandatórias determinadas(controlado) e/ou ventilações mandatórias disparada pelo seu esforço (assistida) • Se o paciente não inicia esforço inspiratório após parâmetros pré-determinados serem atingidos o ventilador inicia a ventilação. • Os ciclos assistidos são iniciados pelo paciente, mas controlados e finalizados pelo ventilador. • O início do ciclo assistido (disparo) se dá pelo reconhecimento do esforço respiratório do paciente pelo ventilador. Este reconhecimento pode se dar basicamente por pressão ou fluxo. • Está indicada em situações em que a criança tenha um esforço inspiratório normal, contudo com uma musculatura respiratória incapaz de realizar todo o trabalho respiratório para manter uma ventilação adequada. • Permite ao paciente controlar sua FR • O sistema de disparo do ventilador deve ser muito sensível • Possibilidade de hiperventilação devido a dor, ansiedade levando a alcalose respiratória.

  19. Modo Assisto/Controlado. O que pode acontecer?? • Você programou 12 ciclos por minuto (ciclagem a cada 5 segundos) mas o paciente inicia inspiração espontânea a cada 3 segundos, gerando uma ciclagem assistida pelo ventilador, ocasionando 20 ciclos assistidos, ou seja, 8 ciclos acima dos 12 ciclos programados HiperventilaçãoAlcalose Metabólica • Situações possíveis: Dor, ansiedade, distúrbios neurológicosSedação

  20. Ventilação Mandatória Intermitente • O aparelho libera um número determinado de ventilações mandatórias(Controladas ou assistidas), mas permite que o paciente tenha ventilações espontâneas com frequência, pressão, volume e tempo inspiratório determinados por ele, em que o ventilador não vai interferir.

  21. Ventilação mandatória Intermitente Sincronizada (SIMV) • De modo semelhante a IMV, foi incorporado um sistema de temporização que permite ventilações mandatórias (assistidas ou controladas) e espontâneas, porém faz com que algumas respirações mandatórias sejam sincronizadas periodicamente com o esforço respiratório espontâneo do paciente, ou seja, permite intercalar ciclos assistidos com ciclos espontâneos a intervalos regulares

  22. Modo SIMV. O que acontece? • Neste modo evita-se que uma ventilação espontânea do paciente coincida com um ciclo de respirador em um curto período de tempo. Se o paciente realiza uma respiração espontânea imediatamente antes da ciclagem do aparelho, este retarda o seu ciclo por um período de tempo dando tempo para o paciente exalar o ar antes de disparar

  23. Assisto-Controlada

  24. IMV / SIMV

  25. SIMV com pressão de suporte • O aparelho fornece uma “mãozinha” durante a ventilação espontânea do paciente, garantindo nível pressórico mais adequado, já pré-determinado, à ventilação própria do paciente. • O paciente mantém controle da sua FR

  26. Indicações de Ventilação • PCR • Apnéia • Insuficiência respiratória (DMH, pneumonia) • Fadiga • Coma (ECG< 8) • Hipertensão intracraniana(diminuir a PIC por hiperventilação) • Doenças neuromusculares • Parâmetros gasométricos • PaO² < 50 em FiO² > 50% • PaCO² > 60 ou subindo 5-10 mmHg/hora

  27. Objetivos da VM • Aliviar o desconforto e a fadiga respiratória • Reverter a hipoxemia • Reverter a acidose, mantendo pH> 7,2 • PaCO² entre 50-65= Hipercapnia permissiva- realizada através de pequenas PI e volumes correntes a fim de evitar lesão pulmonar induzida pelo ventilador.(edema pulmonar). • Uso controverso, exige experiência e deve ser hipercapnia gradativa. Ideal é manter níveis entre 40-50 mmHg • Saturação ideal entre 90-92%, mas pode-se tolerar em torno de 85%, desde que se diminua o consumo de oxigênio (sedação e analgesia) • Parâmetros para evitar doença pulmonar crônica ou iatrogenia pelo uso de oxigênio

  28. Conceitos • Pressão Inspiratória(PIP) • Seu uso adequado faz o pulmão se expandir • PIP baixa=Hipoventilação • PIP alta=Escape de ar, barotrauma e aumento da resistência vascular pulmonar

  29. Conceitos • PEEP (Pressão Expiratória final Positiva): gera uma pressão de distensão que mantém o alvéolo aberto no final da expiração • Recupera alvéolos pérvios • Redistribui a água pulmonar, melhorando a troca gasosa • Promove recrutamento alveolar homogêneo evitando áreas de atelectasia • Aumenta a capacidade residual funcional • Melhora da complacência pulmonar. • Melhora da oxigenação e diminui toxicidade pelo oxigênio • CUIDADO: PEEP muito alta pode deixar o pulmão hiperinsuflado, maior escape de ar e elevação da resistência vascular pulmonar

  30. Conceitos • Tempo Inspiratório (Ti) • Relacionado a Constante de Tempo • Ti curto=Hipoventilação e Hipercapnia • Ti longo=Escape pulmonar e doença pulmonar crônica • Tempo expiratório(Te) • Não é definido diretamente no aparelho, depende do ajuste da Ti e FR • Te muito curto não permite esvaziamento adequado dos pulmões= auto PEEP

  31. Conceitos • Relação I:E • Resulta do ajuste da FR e do Ti • De um modo geral, utiliza-se a relação mais próxima da fisiológica (1:1,5 a 1:3)

  32. Parâmetros iniciais • Pressão Inspiratória(PI): é o primeiro parâmetro a ser ajustado. Varia em função da patologia de base. A pressão ideal deve promover expansão torácica adequada;inicia-se com valores de 15-20 cm H²O. Em doenças obstrutivas pode-se chegar a valores de 30-40 cm H20 • Frequência respiratória: de acordo com a faixa etária ou necessidade de hiperventilar

  33. Parâmetros iniciais • Tempo inspiratório : entre 3-5 constante de tempo • 0,45-0,75 seg RN e lactentes (0,35 em RN prematuros) • 0,6-0,75 seg crianças pequenas • 0,8-1 seg crianças mais velhas • 1 seg adolescentes e adultos jovens • Relação I:E =1:2 • FiO2(Concentração de oxigênio no ar inspirado) Logo após a intubação devemos iniciar com uma Fi elevada (até 100%); Em cerca de 1 hora devemos abaixar gradativamente, baseada na oximetria de pulso;o objetivo ideal é atingir uma Fi de 50% com PaO2 > 60 mmHg ou uma saturação entre 90-92%

  34. Parâmetros • PEEP: Pressão Expiratória Final Positiva • PEEP fisiológico= 3 a 5 cmH²0 • Prevenção e tratamento do colapso pulmonar. Em pacientes com Pa02<60 mmHg (Sat < 90%) em FiO2 > 50% a PEEP está indicada para melhorar a oxigenação com uma FiO2 menor • Aumenta-se geralmente para valores em torno de 8-10 cmH2O nestes casos

  35. Sedoanalgesia do paciente em VM • Midazolan: 0,1-0,5 mg/kg/h • Fentanila: 1-10 mcg/kg/h • Ketamina: 10-15 mcg/kg/min • Curare:Só deve ser utilizada quando não conseguimos sedar um paciente que está “brigando” com a ventilação e necessitando altos parâmetros do VM • Rocurônio 0,5 mg/kg/h

  36. Medidas Gerais • Exame físico: Inspeção e ausculta • Raios X de tórax • Posição do tubo • Pneumotórax • Edema pulmonar • Atelectasias • Oximetria de pulso • Capnografia

  37. Medidas gerais • Necessidades hídricas: 80% das necessidades basais (umidificador fornece 20%) • Nutrição enteral(sonda por infusão contínua) ou parenteral • Profilaxia do sangramento digestivo: Omeprazol • Gasometrias • Aspirar secreções, controle de fixação do TOT • Mobilização ativa e passiva no leito

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