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VÍRUS HERPÉTICOS

VÍRUS HERPÉTICOS. MIP 5213 – Virologia Básica e Clínica Profa. Cláudia Maria Oliveira Simões Departamento de Ciências Farmacêuticas/CCS UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA. Introdução. Infecções virais Problema de saúde mundial Morbidade e mortalidade Família Herpesviridae

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VÍRUS HERPÉTICOS

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Presentation Transcript


  1. VÍRUS HERPÉTICOS MIP 5213 – Virologia Básica e Clínica Profa. Cláudia Maria Oliveira Simões Departamento de Ciências Farmacêuticas/CCS UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

  2. Introdução • Infecções virais • Problema de saúde mundial • Morbidade e mortalidade • FamíliaHerpesviridae • + de 100 tipos de vírus • Caracterizados com base na estrutura do vírion • Latim herpes, grego herpein = to creep( = rastejar, réptil, se movimentar como as cobras, sorrateiramente)

  3. Histórico • 460/377 a.C. médico grego Hipócrates, herpes • 484/425 a.C. historiador grego Heródoto, herpes febrilis • 129/204 a.C. farmacêutico e médico grego Galeno, excretinas herpéticas • 1919, Lowenstein – natureza infecciosa das lesões: humanos – coelhos • 1968: Nahmias e Dowdle: 2 tipos de HSV

  4. Vírus herpéticos humanos Fonte: SANTOS; SILVA; PEREIRA JÚNIOR (2000)

  5. Classificação citolítico (lise das células infectadas) Alfa-herpesvírus crescimento lento infecções latentes em células neurais (nervos sensoriais) HSV-1, HSV-2 e VZV

  6. Classificação citomegálicos (aumento das células infectadas) Beta-herpesvírus crescimento lento infecções latentes nas glândulas secretórias e nos rins CMV, HHV-6 e HHV-7

  7. Classificação infectam células linfóides Gama-herpesvírus infecções latentes em células linfóides VEB e HHV-8

  8. Estrutura • 120 a 300 nm • Genoma DNA de fita dupla • Capsídeo - simetria icosaédrica • Tegumento com proteínas e enzimas virais • Envelope lipoproteíco com espículas de glicoproteínas

  9. Herpes viruses Nucleocapsid Envelope

  10. GENOMA

  11. gD HSV-1 - REPLICAÇÃO FASE IMEDIATA 2-4h PÓS-INFECÇÃO ICP0 – ICP4 – ICP22 ICP27 – ICP47 FASE PRECOCE 5-7h PÓS-INFECÇÃO DNA POLIMERASE VIRAL REPLICAÇÃO DNA VIRAL FASE TARDIA PROTEÍNAS ESTRUTURAIS DO VÍRUS FONTE: Fields Virology 4ª ed. (2001)

  12. Mecanismo de Latência dos HSV- 1 e HSV-2 • Após a infecção lítica nas células (mucosa ou epiderme – primoinfecção), os vírus penetram pelas terminações nervosas  axônio  gânglio sensorial • HSV-1: latência nos gânglios do nervo trigêmio • HSV-2: latência nos gânglios sacrais próximo a coluna

  13. Mecanismo de Latência Unlike love, herpes is forever!!!!

  14. HSV-1 e HSV-2: PATOGENIA E PATOLOGIAS PORTA DE ENTRADA REPLICAÇÃO LOCAL Disseminação hematogênica ou neurogênica mucosas, órgãos genitais e escoriações da pele propagação INFECÇÃO PRIMÁRIA

  15. INFECÇÃO PRIMÁRIA IP pode tb. ser assintomática! Manifestações Clínicas (alguns exemplos) Gengivoestomatite herpética Ceratoconjutivite herpética Meningoencefalite herpética Herpes neonatal Recuperação da infecção primária O vírus entra em estado de latência, podendo ser reativado Infecção secundária

  16. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 1. Doença orofaríngea ou gengivoestomatite herpética • A doença sintomática ocorre mais frequentemente em crianças (1-5 anos) e afeta a mucosa bucal e gengival • A doença clínica tem duração de 2-3 sem. - HSV-1 • Sintomas: febre, faringite, lesões vesiculares e ulcerativas, edema, gengivoestomatite, linfadenopatia submandibular, anorexia, mal-estar, etc. • A doença recorrente localiza-se na borda dos lábios, com dor no início e desaparece em ± 4-5 dias, com recidivas.

  17. HERPES ORO-FARÍNGEO

  18. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 2. Ceratoconjuntivite • A infecção inicial por HSV-1 pode ocorrer nos olhos, produzindo ceratoconjuntivite grave. • Lesões oculares recorrentes são comuns (úlcera de córnea e vesículas nas pálpebras) podem levar à cegueira

  19. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 3. Herpes Genital (HG) • Habitualmente causada por HSV-2, mas também por HSV-1 • Infecções genitais primárias podem ser graves e durar cerca de 3 semanas • Lesões vesículo-ulcerativas no pênis ou no colo uterino, vulva, vagina e períneo • HG pode estar associado à febre, mal-estar, disúria e linfadenopatia inguinal

  20. HERPES GENITAL

  21. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 4. Infecções Cutâneas • A pele intacta é resistente aos HSV • Contaminação ocorre via escoriações • São quase sempre graves e potencialmente fatais quando ocorrem em indivíduos com distúrbios cutâneos, como eczema ou queimaduras, que permitem a extensa replicação e disseminação do vírus.

  22. HERPES CUTÂNEA

  23. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 5. Encefalites • Lesão do lobo temporal • Presença de pleiocitose (>>>>>linfócitos no líquido cefalorraquidiano) • Diagnóstico definitivo - isolamento do vírus por biópsia ou post-mortem • Alta taxa de mortalidade ou deixa sequelas neurológicas residuais

  24. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 6. Herpes Neonatal • A infecção por HSV pode ser adquirida in utero, durante o parto normal ou após o nascimento • 1 em 5.000 partos por ano • Recém-nascidos: baixa imunidade - doença grave • Taxa de mortalidade da doença não tratada = 50% • Lesões: olhos, pele e boca; encefalite; e doença disseminada em múltiplos órgãos. + comum (75%), opção pela cesariana

  25. HERPES NEONATAL

  26. Infecções em indivíduos imunocomprometidos • Alto risco de infecções graves • Pacientes HIV+/AIDS • Pacientes com alto grau de desnutrição • Pacientes submetidos a tratamento antineoplásico • Na maioria dos casos, a doença reflete a reativação de infecção latente por HSV.

  27. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL • Manifestações clínicas do HSV-1 são muito características, tal como o herpes labial recorrente.

  28. Manifestações clínicas do HSV-2 são muito características, tal como o herpes genital. Usualmente, confirmação laboratorial não é requerida!

  29. Outras manifestações não tão claras necessitam de confirmação laboratorial! • Exs. lesões atípicas, vesículas não visíveis (encefalite herpética, ceratoconjuntivite, herpes genital confinado ao cérvix, traqueobronquite, doença disseminada (HIV +), etc.)

  30. Amostras clínicas: fluido vesical, fluido cerebroespinhal, esfregaços do trato genital, garganta, olhos, reto, pele, mucosas, lavados do trato respiratório, etc. • Isolamento em cultura de células –gold standard - método de escolha se o material for coletado precocemente, colocado num meio adequado para transporte, mantido em gelo e transferido rapidamente para o laboratório

  31. Fibroblastos humanos ou células VERO são permissivas à infecção pelo HSV • Efeito citopático aparece em 2 a 7 dias – característico em cachos de uva

  32. Diagnóstico confirmatório em 24h por imunofluorescência • Diferenciação entre HSV-1 e HSV-2: não é relevante para o tratamento - somente em casos de estudos epidemiológicos • Uso de anticorpos monoclonais específicos, kits disponíveis no mercado – distinção entre os dois tipos

  33. Rapidez é crucial em situações onde o paciente necessita se beneficiar logo do tratamento • Por ex., teste de escolha para o diagnóstico da encefalite herpética – deve ser rápido, mas é difícil- uso do PCR para amplificar o DNA do HSV no fluido cerebroespinhal é conveniente, por ser muito mais rápido e mais sensível do que o isolamento viral em cultura de células. • A biópsia cerebral é muito invasiva e não é mais usada!

  34. Diagnósticos mais rápidos: detecção dos antígenos de HSV em células de lesões – detecção por imunofluorescência ou por detecção colorimétrica com imunoperoxidase • Ensaios imunoenzimáticos ou radioimunoensaios também podem ser usados para detectar IgM anti-HSV em fluido cerebroespinhal • Sorologia só é usada atualmente para estudos epidemiológicos - Kits específicos para diferenciar os 2 tipos

  35. EPIDEMIOLOGIA • Homem: único hospedeiro • Distribuição mundial • Transmissão por contato com secreções infectadas • 90% das primo infecções são inaparentes (assintomáticas) • SBD (2011): 94% população infectada pelo HSV-1 HSV-1 • É provável que seja o vírus mais constantemente encontrado em humanos (>>>metade da população +) • HSV-1: contato com saliva - primeiro contato de 6 meses a 3 anos • Estabelece um estado de portador por toda a vida ! HSV-2 • Contato sexual, ou quando a mãe infectada passa para o feto pelo parto, transplacentária • DST: 500.000 novos casos por ano • Abortos espontâneos em mães com 20 semanas de gestação

  36. HHV-3 Vírus da Varicela-Zoster (VZV)

  37. Vírus da Varicela-Zoster • Família Herpesviridae • Subfamília: Alphaherpesvirinae • Gênero: Varicellovirus • Latência - neurônios • Causa: varicela ou catapora & herpes zoster ou cobreiro

  38. Patogênese • Porta de entrada: vias respiratórias, raramente - conjuntiva ou pele • Multiplicação do vírus no local de contaminação • Disseminação hematogênica e linfática - fígado e baço • Viremia secundária (após 11-13 dias) disseminando-se por todo o corpo e pele - exantema vesículo-pustular dérmico, febre e sintomas sistêmicos –Varicela (= CATAPORA)

  39. Varicela ou catapora

  40. Patogênese • Após infecção primária - permanece latente • Pode haver reativação em adultos (traumas físicos ou psíquicos) ou em pacientes com imunidade comprometida • O vírus migra das vias neurais para a pele - erupção vesicular - Herpes zoster (= cobreiro) • Podem causar lesão nervosa, diminuição da visão, paralisia, e dor intensa.

  41. Herpes zoster

  42. Epidemiologia e prevenção • A transmissão é por via respiratória ou pelo contato com vesículas cutâneas • Os pacientes são contagiosos antes e durante os sintomas • Lesões são fonte de vírus para indivíduos não imunizados • Varicela - surtos epidêmicos - inverno e início primavera • Varicela - gestante – feto (1 a 4 semanas antes nascimento) - catapora grave ou fatal

  43. HHV-4 Vírus Epstein-Barr - VEB -

  44. Vírus Epstein - Barr • Família Herpesviridae • Subfamília: Gamaherpesvirinae • Gênero: Lymphocriptovirus • Latência - linfócitos B • Vírus oncogênico • Causa: • Mononucleose infecciosa • Neoplasia de origem linfóide: linfoma de Burkitt (carcinoma nasofaríngeo) • Quadros cutâneos • Pacientes HIV+ /AIDS - leucoplasia oral pilosa

  45. Epidemiologia • + de 90% dos indivíduos infectados - eliminam o vírus durante toda a vida • Populações carentes, infância • Transmissão: saliva sobre dedos ou fômites • Populações economicamente diferenciadas: início da idade adulta, rota usual : beijo • Ocorre no outono, inverno e primavera • Não existe tratamento nem formas de controle da doença. • Infecção produz imunidade por toda vida

  46. Patogênese – Mononucleoseinfecciosa • Porta de entrada: orofaringe - saliva • Infecção das células epiteliais da orofaringe e das glândulas salivares • Disseminação para sistema linfático - cél. B • Disseminação por viremia ou pelos linfócitos infectados - fígado e baço • Produção de Ac IgM contra Ag do capsídeo viral (poucos meses) e AC IgC (toda a vida)

  47. Mononucleose causa: Febre Fadiga Faringite Edema linfonodos • Rash cutâneo e alterações hematológicas (infecção aguda)

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