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REVISÃO SISTEMÁTICA E SUA APLICABILIDADE NA ENFERMAGEM

REVISÃO SISTEMÁTICA E SUA APLICABILIDADE NA ENFERMAGEM. Míria Conceição Lavinas Santos Doutora em Enfermagem/UFC Profa./Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Ceará. REVISÃO SISTEMÁTICA E SUA APLICABILIDADE NA ENFERMAGEM.

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REVISÃO SISTEMÁTICA E SUA APLICABILIDADE NA ENFERMAGEM

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Presentation Transcript


  1. REVISÃO SISTEMÁTICA E SUA APLICABILIDADE NA ENFERMAGEM Míria Conceição Lavinas Santos Doutora em Enfermagem/UFC Profa./Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Ceará

  2. REVISÃO SISTEMÁTICA E SUA APLICABILIDADE NA ENFERMAGEM Revisão sistemática(sinônimos: systematic overview; overview; qualitative review) Revisão é um resumo de estudos primários que utiliza métodos explícitos de busca sistemática e análise crítica, e sintetiza a literatura mundial sobre um assunto específico.

  3. REVISÃO SISTEMÁTICA E SUA APLICABILIDADE NA ENFERMAGEM Objetivo / Revisão Sistemática • Responder a uma pergunta específica (incidência, prevalência, risco, diagnóstico, tratamento ou prognóstico) • Sintetizar informações sobre determinado tópico • Integrar informações de forma crítica para auxiliar as decisões • Ser um método científico reprodutível

  4. REVISÃO SISTEMÁTICA E SUA APLICABILIDADE NA ENFERMAGEM Objetivo / Revisão Sistemática 5. Determinar a generalização dos achados científicos 6. Permitir avaliar as diferenças entre os estudos individuais 7. Explicar as diferenças e contradições encontradas entre os estudos individuais 8. Refletir sobre a realidade 9. Evitar viés (tendenciosidade) e erro aleatório)

  5. REVISÃO SISTEMÁTICA E SUA APLICABILIDADE NA ENFERMAGEM Meta-análise, ou metanálise(sinônimos: quantitalive review;pooling; quantitative synthesis) É o método estatístico utilizado na revisão sistemática para integrar os estudos incluídos.de uma revisão sistemática.

  6. REVISÃO SISTEMÁTICA E SUA APLICABILIDADE NA ENFERMAGEM Quando não fazer metanálise? • Quando os resultados dos estudos não podem ser expressos em medidas de efeito ( como razão de odds ou diferença de risco) e portanto não podem ser combinados numa única estimativa • Quando não faz sentido combinar os resultados de estudos diferentes numa única estimativa (populações que receberam intervenções e desfechos medidos não são suficientemente semelhantes)

  7. REVISÃO SISTEMÁTICA E SUA APLICABILIDADE NA ENFERMAGEM Passos ou Etapas / Revisão Sistemática a) Cochrane Handbook (produzido pela Colaboração Cochrane) b) CDR Report (produzido pelo NHS Centre for Reviews and Dissemination, University of York).

  8. Formulação de uma pergunta (2) Localizção dos estudos (3) Seleção dos estudos (4) Coleta de dados (5) Análise e apresentação dos dados (6) Interpretação dos dados (7) Relatório final REVISÃO SISTEMÁTICA E SUA APLICABILIDADE NA ENFERMAGEM

  9. Aplicabilidade na Enfermagem Pesquisa Clínica Pesquisa Epidemiológica Pesquisa/ Administração Pesquisa/Gerenciamento REVISÃO SISTEMÁTICA E SUA APLICABILIDADE NA ENFERMAGEM

  10. OBJETIVO Verificar associação de eventos de vida produtores de estresse com a incidência primária do câncer de mama entre as mulheres.

  11. (1) PERGUNTA DA PESQUISA A mulher exposta a eventos de vida produtores de estresse tem risco maior de desenvolver câncer de mama?

  12. METODOLOGIA 1.2 Tipo de participante Mulher ≥ 18 anos com câncer de mama 1.3 Tipo de fator de risco estudado EVPE(divórcio, morte de marido e filho, doença de amigo, dificudade pessoal de saúde, mudança do estado civil, mudança do estado financeiro, morte de parentes próximos) 1.4 Tipo de desfecho Primeira ocorrência de câncer de mama

  13. METODOLOGIA 1.5 Critérios de inclusão dos estudos (a) Tipo de estudo: caso-controle e coorte (b) Tipo de amostra • estudo de coorte . primeira ocorrência de câncer de mama . tempo médio de seguimento(mínimo/10 anos) • estudo caso – controle . caso de mulheres com o aparecimento do primeiro câncer de mama . tempo médio de seguimentosem limite de período entre exposição e diagnóstico

  14. METODOLOGIA 1.6Tipo de variável: medida do estresse (EVPE) • quantitativa • escala numérica,checklist e questionário • categoria, frequência e intensidade do evento 1.7 Tipo de análise estatística • Risco relativo (RR) e Odds Ratio (OR) – primeiro episódio de câncer de mama em relação a variável estresse • Ajuste fatores de confusão – idade, uso de contraceptivo oral, qualquer tipo de reposição hormonal, menopausa, menarca, consumo de álcool e cigarro, nível sócioecnômico e história familiar de câncer de mama

  15. METODOLOGIA 1.8 Critérios de exclusão dos estudos →Estresse relacionado ao trabalho, pós-traumático; atividades diárias e estilo de vida ; →Associação de câncer de mama: tipo de personalidade, ansiedade, suporte social, psicológico, psicossocial; → Mulher com história psiquiátrica, recorrência de doença, outras doenças da mama, intervenção cirúrgica e clínica; → Artigos de revisão de literatura, editorial e atualização

  16. METODOLOGIA (2) LOCALIZAÇÃO DOS ESTUDOS • Período de busca – agosto/2006 a julho/2007 • Idioma- não houve restrição . Bases de dados eletrônicas . MEDLINE(1966/julho 2007, via Pubmed) . LILACS(1982/ julho 2007, via Bireme) . Biblioteca Cochrane(1982/julho 2007, via Biblioteca Virtual em Saúde) . Palavras-chave: stress, life events, adverse life events, breast, cancer, neoplasms, female, risk, stressful, change events, case-control studies, cohort study, prospective studies (Termos MeSH + DeCS)

  17. (3) SELEÇÃO DOS ESTUDOS

  18. ESTUDOS INCLUÍDOS Estudos caso-controle incluídos na revisão sistemática e metanálise CLASSIFICAÇÃO DAS EVIDÊNCIAS (Melny et al, 2005)

  19. ESTUDOS INCLUÍDOS Estudos caso-controle incluídos na revisão sistemática e metanálise CLASSIFICAÇÃO DAS EVIDÊNCIAS (Melny et al, 2005)

  20. ESTUDOS INCLUÍDOS Estudos de coorte incluídos na revisão sistemática e metanálise CLASSIFICAÇÃO DAS EVIDÊNCIAS (Melny et al, 2005)

  21. AVALIAÇÃO DA QUALIDADE METODOLÓGICA DOS ESTUDOS . . Instrumento Downs e Black (1998) → Checklist c/ 27 itens distribuido entre 05 sub-escalas 1.Comunicação (09 itens) – a informação do artigo foi suficiente para permitir detectar vieses nos resultados dos estudos. 2. Validade externa (03 itens) – os resultados dos estudos poderiam ser generalizados para a população da qual os sujeitos foram provenientes 3. Validade interna –viés (07 itens) – viés na medida da intervenção e no resultado 4. Validade interna-fator de confusão/viés de seleção (06 itens) – viés na seleção dos sujeitos 5. Poder do estudo (01 item) – saber se os achados negativos do estudo podem estar relacionados ao acaso .

  22. QUALIDADE METODOLÓGICA Avaliação da Qualidade Metodológica, segundo Downs e Black (1998)

  23. CATEGORIAS CATEGORIA VIUVEZ Ewertz (1986) – RR = 0,8 (0,7-1,0) Kvikstad et al (1994) – RR = 1,13 (0,94-1,36) Lillberg et al (2003) – RR = 1,64 (0,84-3,19) CATEGORIA DIVÓRCIO Ewertz (1986) – RR = 0,9 (0,7-1,2) Kvikstad et al (1994) – RR = 0,83 (0,75-0,92) Lillberg et al (2003) – RR = 2,07 (1,16-3,67) (4) COLETA DE DADOS

  24. INTENSIDADE auto-percebida frequência de eventos) Protheroe et al (1999) – escala de 4 pontos . Leve [ 1 -2 ] – . Severo [ 3- 4 ] – RR= 0,91 (0,47 – 1,78) Helgesson et al (2003) -variável dicotômica . Sem estresse – RR= 0,9 (0,7 – 1,2) . Com estresse – RR= 2,1 (1,2 – 3,7) (4) COLETA DE DADOS

  25. (4) COLETA DE DADOS INTENSIDADE • Chen et al (1995) – 4 graus de intensidade . Pouco ou nenhum – RR= 0,41 (0,07 – 2,51) . Leve – RR= 1,32 (0,51 – 3,47) . Moderada – RR= 4,17 ( 1,41 – 11,86) . Grande - RR= 7,08 (2,31 – 21, 65) • Ginesberg et al (1996) – 4 quartil . 10 Quartil [ 0-70] – RR= 1,0 . 20 Quartil [ 71- 140] – RR= 1,30 (0,60 – 2,84) . 30 Quartil [ 141-210] – RR= 1,49 (0,64 – 3,42) . 40 Quartil [> 210] – RR= 2,24 (0,92 – 5,44)

  26. (4) COLETA DE DADOS INTENSIDADE • Robert et al (1996) – n0 de eventos – escore médio entre casos e controles . Grupo de caso [ 2,4 ] . Grupo de controle [2,6 ] RR= 0,9 (0,78 – 1,05) • Lillberg et al (2003) - n0 de eventos . Nenhum evento – RR= 2,07 (1,16 – 3,67) . Um evento – RR= 1,00 . Dois eventos – RR= 1,29 (0,89 – 1,87) . Três ou mais eventos – RR= 1,97 (1,23 – 3,17)

  27. (5) ANÁLISE ESTATÍSTICA E APRESENTAÇÀO DOS DADOS • Programa Stata, versão 9.0 • Heterogeneidade – teste Q • Modelo de efeito randômico (random – effects model)→ cálculo de efeito combinado, ou seja, o RR da metanálise • Análises de sensibilidade e viés não foram realizadas →número pequeno de estudos

  28. RESULTADOS

  29. METANÁLISE (6) INTERPRETAÇÃO DOS DADOS Heterogeneidade → teste Q ♦Fator de risco – viuvez(Q = 7,634; p = 0,020) ♦Fator de risco – divórcio(Q = 9,591; p = 0,008) ♦Fator de risco – Intensidade do estresse (Q = 24,698; p< 0,001)

  30. CATEGORIA VIUVEZ

  31. CATEGORIA DIVÓRCIO

  32. INTENSIDADE

  33. (7) RELATÓRIO FINAL • A METANÁLISE MOSTROU A NÃO ASSOCIAÇÃO ENTRE OS EVENTOS DE VIDA PRODUTORES DE ESTRESSE E O CÂNCER DE MAMA FEMININO. • VALE DESTACARA CORRELAÇÃO QUASE SIGNIFICANTE NA ANÁLISE DO FATOR DE RISCO PELO GRAU DE INTENSIDADE (P= 0,059)

  34. CONCLUSÃO ESTE ACHADO REFORÇA: • OS PRINCIPAIS FATORES DE RISCO DO CÂNCER DE MAMA TÊM SIDO O FIO CONDUTOR DA ABORDAGEM PROFILÁTICA E/OU DO DIAGNÓSTICO PRECOCE • DIRECIONAR A NOSSA PRÁTICA CLÍNICA, NO SENTIDO DE ESTABELECER ESTRATÉGIAS DE ENFERMAGEM NO MONITORAMENTO DOS FATORES DE RISCO CLARAMENTE COMPROVADOS • OS FATORES SECUNDÁRIOS, COMO ESTRESSE, PODERIAM TER ASSOCIAÇÃO MENOS PRONUNCIADA, E POR ESTA RAZÃO NÃO SER IDENTIFICADO EM ESTUDOS PRIMÁRIOS • A IMPORTÂNCIA DE FUTUROS ESTUDOS COMO O NOSSO, NA INVESTIGAÇÃO DE EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS DO ESTRESSE PELO GRAU INTENSIDADE NA POPULAÇÃO FEMININA BRASILEIRA

  35. Obrigada !!! mlavinas@fortalnet.com.br

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