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FILOSOFIA MODERNA IV

FILOSOFIA MODERNA IV. A tradição racionalista pós-cartesiana. Carla G. Meassi Colégio Kuarup - 2010. PASCAL.

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FILOSOFIA MODERNA IV

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  1. FILOSOFIA MODERNA IV A tradição racionalista pós-cartesiana Carla G. Meassi Colégio Kuarup - 2010

  2. PASCAL • Blaise Pascal produziu polêmica e profunda obra filosófica. Desenvolveu experimentos que propiciaram saltos significativos no mundo científico, especialmente no campo da matemática e da física.          • física, Pascal contribuiu no campo da hidrostática, desenvolvendo importantes estudos que tiveram como inspiração as descobertas do italiano Evangelista Torricelli sobre a pressão atmosférica que reanimou a velhíssima controvérsia sobre o "horror ao vácuo" • Pascal, então, escreve um texto Prefácio ao tratado sobre o vácuo, no qual trata da questão da Ciência e da tradição. Neste texto Pascal divide o conhecimento humano em dois tipos: um baseado na autoridade e na tradição, sendo seu melhor exemplo a teologia; outro, na experiência e na razão sendo a física um modelo: • "Mas o campo em que a autoridade tem a força principal, é o da teologia, pois ela é inseparável da verdade e somente pela autoridade, conhecemos a verdade: de modo que para obter certeza plena nas matérias mais incompreensíveis para a razão, basta mostrar que estão nos livros sagrados... Já o mesmo não ocorre com as matérias que caem no âmbito dos sentidos ou do raciocínio: aí, a autoridade é inútil e esses conhecimentos dependem só da razão. Razão e autoridade têm seus direitos delimitados: aqui prevalece uma; lá, reina a outra..." (Pieper, 1997)

  3. Depois de participar de grupos dados à "libertinagem" e aos jogos de azar, o gênio Pascal experimentou uma revolução em sua vida. Em 1654, escapou da morte em um acidente de carruagem numa das pontes de Paris. Logo depois, em um êxtase espiritual, decidiu dedicar-se com fervor à militância religiosa e depois à contemplação e à oração. Após a conversão, documentada de forma comovente em Memorial, Pascal faz grandes progressos na vida espiritual como se pode ver também pela Oração para pedir a Deus a graça de fazer bom uso das enfermidades, escrito edificante e perene. "À conversão segue-se o reatamento de relações, cada vez mais frequentes e intensas com Port-Royal, que por esta época, tinha recebido dentro de seus muros um pequeno grupo de leigos, desejosos de uma vida de penitência e de santificação." (Mondin, 1981) • Pascal converteu-se, naquela época, ao jansenismo, uma corrente religiosa nascida no catolicismo. "O movimento teve início com o bispo holandês Cornélio Jansênio (1585-1638), que protestava contra o racionalismo supostamente exagerado da teologia escolástica." (Falceta, 1998d). • "Em 1656 foi chamado a Port-Royal em auxílio de Arnauld ameaçado de excomunhão por causa de suas posições jansenistas, e para defender o jansenismo dos ataques dos jesuítas

  4. Pascal atendeu ao convite e escreveu as Cartas Provinciais, que fez circular anônimas, nas quais, com dialética habilíssima e com ironia ora sutil, ora dura, abordava os aspectos discutíveis da Companhia de Jesus. •           Mais tarde veio-lhe a ideia de escrever uma Apologia da Religião Cristã, projeto que não pôde realizar em virtude de sua morte prematura. Os fragmentos desta obra foram reunidos no volume intitulado Pensées (Pensamentos). • "Para uns é um livro de fé; para outros, um livro em que uma alma humana se revela com maior naturalidade e verdade do que alhures; para todos uma obra prima sem igual na língua francesa".(Granges,1966). • Blaise Pascal foi exceção em sua época. Enquanto a maioria dos filósofos viviam quase exclusivamente de herança de Descartes, o autor que defendia o racionalismo e a especulação lógica, fria, clara e precisa aplicados a toda e qualquer forma de ciência, seja ela exata ou humana, Pascal moveu, então, uma guerra encarniçada contra esses conceitos.

  5. Espinoza • Espinoza defendeu que Deus e Natureza eram dois nomes para a mesma realidade, a saber, a única substância em que consiste o universo e do qual todas as entidades menores constituem modalidades ou modificações. Ele afirmou que Deus sive Natura ("Deus ou Natureza" em latim) era um ser de infinitos atributos, entre os quais a extensão (sob o conceito atual de matéria) e o pensamento eram apenas dois conhecidos por nós. • A sua visão da natureza da realidade, então, fez tratar os mundos físicos e mentais como dois mundos diferentes ou submundos paralelos que nem se sobrepõem nem interagem, mas coexistem em uma coisa só que é a substância. Esta formulação é uma solução muitas vezes considerada um tipo de panteísta e de monismo. • Spinoza também propunha uma espécie de determinismo, segundo o qual absolutamente tudo o que acontece ocorre através da operação da necessidade. Para ele, até mesmo o comportamento humano seria totalmente determinado, sendo então a liberdade a nossa capacidade de saber que somos determinados e compreender por que agimos como agimos. • Deste modo, a liberdade para Spinoza não é a possibilidade de dizer "não" àquilo que nos acontece, mas sim a possibilidade de dizer "sim" e compreender completamente por que as coisas deverão acontecer de determinada maneira.

  6. A filosofia de Espinoza tem muito em comum com o estoicismo, mas difere muito dos estóicos num aspecto importante: ele rejeitou fortemente a afirmação de que a razão pode dominar a emoção. Pelo contrário, defendeu que uma emoção pode ser ultrapassada apenas por uma emoção maior. A distinção crucial era, para ele, entre as emoções ativas e passivas, sendo as primeiras aquelas que são compreendidas racionalmente e as outras as que não o são. • Em sua obra mais importante, "Ética", o filósofo demonstrou, à maneira dos geômetras, a inteligibilidade de Deus. Segundo ele, espírito e matéria seriam apenas dois atributos da substância única, divina, de infinitos atributos

  7. Leibniz • Ao contrário de Descartes e Espinoza, Leibniz tinha uma formação universitária completa na filosofia. Sua carreira começou, ao longo de uma influência escolar e aristotélica traindo a forte influência de um de seus professores de Leipzig, Jakob Thomasius, que também supervisionou a sua tese de Licenciatura em Filosofia. • Os métodos de Leibniz e suas preocupações, muitas vezes anteciparam a lógica e a analítica, assim como a filosofia da linguagem do século 20. • Liberdade x determinação: Leibniz admitia uma série de causas eficientes a determinar o agir humano dentro da cadeia causal do mundo natural. Essa série de causas eficientes dizem respeito ao corpo e seus atos. Contudo, paralela a essa série de causas eficientes, há uma segunda série, a das causas finais. As causas finais poderiam ser consideradas como uma infinidade de pequenas inclinações e disposições da alma, presentes e passadas, que conduzem o agir presente. • Nesse sentido, todas as escolhas feitas tornam-se determinantes da ação. Cai por terra a noção de arbitrariedade ou de ação isolada do contexto. Parece também cair por terra a noção de ação livre, mas não é o que ocorre. Leibniz acredita na ação livre, se ela for ao mesmo tempo 'contingente, espontânea e refletida'.

  8. A Contingência: A contingência opõe-se à noção de necessidade, não a de determinação. A ação é sempre contingente, porque seu oposto é sempre possível. • A Espontaneidade: A ação é espontânea quando o princípio de determinação está no agente, não no exterior deste. Toda ação é espontânea e tudo o que o indivíduo faz depende, em última instância, dele próprio. • A Reflexão: Qualquer animal pode agir de forma contingente e espontânea. O que diferencia o animal humano dos demais é a capacidade de reflexão que, quando operada, caracteriza uma ação como livre. Os homens têm a capacidade de pensar a ação e saber por que agem. A contribuição mais importante de Leibniz para a metafísica é a sua teoria sobre as mônadas, expostas em sua obra Mônadologia.As mônadas equivalem, para a realidade metafisica, ao que os átomos equivalem para os fenômenos físicos. As mônadas são os elementos máximos do universo.As mônadas são "formas substancias do ser com as seguintes propriedades: elas são eternas, indecompostas, individuais, sujeita as suas próprias leis, sem interação mútua, e cada uma refletindo o próprio universo dentro de uma harmonia pré-estabelecida . • Mônadas são centros de forças; substância é força, enquanto o espaço, extensão e movimento são meros fenômenos.

  9. A doutrina leibniziana da harmonia preestabelecida sustenta que Deus cria as mônadas como se fossem relógios, organiza-os com perfeição de maneira a marcarem sempre a mesma hora e dá-lhes corda a partir do mesmo instante, deixando em seguida que seus mecanismos operem sozinhos. • Ao mesmo tempo, Deus escolhe o melhor dos mundos dentre todos aqueles que se apresentam como possíveis. Coloca-se então a questão: como explicar a presença do mal no mundo? • Leibniz tentou responder a esse problema, afirmando inicialmente que o mal se manifesta de três modos: metafísico , físico e moral. O mal metafísico seria a fonte do mal moral, e deste decorreria o mal físico. O mal metafísico é a imperfeição inerente à própria essência da criatura, pois se ela não fosse imperfeita, seria o próprio Deus • O mal metafísico é a raiz do mal moral, pois aquilo que é perfeito pode contemplar o Bem, sem possibilidade de erro, mas uma substância imperfeita não é capaz de aprender o todo, tem percepções inadequadas e se deixa envolver pelo confuso • O mal físico é entendido por Leibniz como consequência do mal moral, podendo ser considerado, ao mesmo tempo, uma consequência física da limitação original e uma consequência ética, isto é, punição do pecado. • A teoria do Mal, formulada por Leibniz, concluiria assim sua tentativa de síntese sistemática de uma filosofia que concebe o mundo como rigorosamente racional e como o melhor dos mundos possíveis.

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