1 / 35

Luciano Nascimento Corsino Leandro Pedro de Oliveira Luiz Sanches Neto

SCHIAVON, L. M.; NISTA-PICCOLO, V. L. DESAFIOS DA GINÁSTICA NA ESCOLA. IN: MOREIRA, E. C. (ORG.) EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: DESAFIOS E PROPOSTAS 2. JUNDIAÍ: FONTOURA, 2006. Luciano Nascimento Corsino Leandro Pedro de Oliveira Luiz Sanches Neto. Resumo. Tema: Ginástica;

gabi
Download Presentation

Luciano Nascimento Corsino Leandro Pedro de Oliveira Luiz Sanches Neto

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. SCHIAVON, L. M.; NISTA-PICCOLO, V. L. DESAFIOS DA GINÁSTICA NA ESCOLA. IN: MOREIRA, E. C. (ORG.) EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: DESAFIOS E PROPOSTAS 2. JUNDIAÍ: FONTOURA, 2006. Luciano Nascimento Corsino Leandro Pedro de Oliveira Luiz Sanches Neto

  2. Resumo • Tema: Ginástica; • Melhor formação de professores; • Tratar o tema a partir das três dimensões de conteúdo; • Atualmente falta conhecimento para os professores; • Os aspectos de estrutura física não são o maior problema para o trato deste tema; • Tratar do tema de uma maneira pedagógica; • Dividir a atividade em partes; • Do simples para o complexo (ação facilitadora – ação dificultadora).

  3. DESAFIOS DA GINÁSTICA NA ESCOLA • O artigo apresenta uma discussão atual sobre a aplicação da Ginástica no ambiente escolar a partir de pesquisas que abordam esse tema; • Utilizou-se de relatos de alguns professores, expressos na pesquisa de Schiavon (2003), apontando as dificuldades encontradas no trabalho com Ginástica Artística (GA) e Ginástica Rítmica (GR) na escola; • Atualmente, a ginástica, como conteúdo de ensino, praticamente não existe mais na escola (AYOUB, 2003, p. 81).

  4. Alguns autores apontam a falta de materiais específicos, a deficiência de espaço adequando a essas práticas e falhas na formação profissional, como as principais razões da Ginástica não ser contemplada na escola (p.35); • Nista-Piccolo (1988), ao realizar uma pesquisa em escolas Municipais, Estaduais e Particulares, com o objetivo de investigar sobre o conhecimento dos professores e as condições das escolas para a prática da Ginástica, constatou que haviam materiais, mas os professores não desenvolviam a modalidade.

  5. Polito (1998), reproduzindo a pesquisa de Nista-Piccolo (1988), ao investigar as dificuldades de aplicação da Ginástica, declara que a justificativa da não utilização da ginástica, centrava-se mais na falta de conhecimento dos professores em relação à Ginástica do que em falta de materiais; • Ayoub (2003, p. 82), ressalta que a imagem do alto nível competitivo das modalidades gímnicasesportivizadas pode desmotivar os professores a ensinar percebid como uma execução extremamente difícil.

  6. Não se pode exigir que todos os alunos tenham um desempenho equivalente àquele expressado no alto nível competitivo, com precisão na execução de seus elementos, requerendo posições corporais distantes das ações cotidianas, habilidades diferentes como são as acrobacias e os manejos de aparelhos. (p. 36-37)

  7. A iniciação e vivência da modalidade, quando tratada de maneira pedagógica adequada, vão enfatizar as movimentações básicas da criança, como os movimentos fundamentais locomotores, manipulativos e estabilizadores, o que é possível para crianças a partir de 2 anos segundo Gallahue (2001). (p.37)

  8. As autoras constatam que os professores não conseguem compreender a Ginástica além do ambiente esportivo, levando a pensar na existência de possíveis falhas na formação profissional (p.38); • Um possível fator que contribui para esta situação é a formação muitas vezes equivocada dos graduandos (futuros professores), devido à visão tecnicista de seus docentes (p. 39); • O que falta é conhecimento sobre o tema.

  9. “O que falta na escola, muitas vezes, não é material, é criatividade. Ou melhor, falta o material mais importante. Essa tal de criatividade nunca é ensinada nas escolas de formação profissional” (Freire, 2004, p.67); • Em muitos cursos de graduação falta a prática pedagógica, a vivência do “ensinar Ginástica” para crianças e adolescentes, de modo que se pudesse reconhecer as reais dificuldades em trabalhar com o conteúdo gímnico. • Exemplo de aproximação com a realidade escolar: • Projeto de extensão com as crianças da comunidade (p.41)

  10. As reais dificuldades do desenvolvimento das aulas de ginástica Com o objetivo de propor atividades gímnicas adequadas à realidade do professor na escola, foi realizada uma pesquisa (Schiavon, 2003) na região de Campinas, o intuito era verificar as dificuldades durante o desenvolvimento de aulas de GA e GR.

  11. Foi oferecido um curso de atualização para os professores (p. 41); • Antes de iniciar o curso, foram realizadas entrevistas, investigando quais eram as expectativas dos professores em relação ao curso, 58% das respostas apontavam para a falta de conhecimento para ensinar os conteúdos da Ginástica (p. 41); • Durante a pesquisa foi constatado que os professores conseguem iniciar o ensino dos movimentos básicos, mas não conseguem elaborar procedimentos que possam facilitar o aprendizado dos elementos fundamentais da Ginástica (p. 42).

  12. Um outro problema encontrado estava relacionado ao conteúdo, foi a dificuldade de estabelecer uma hierarquia na aprendizagem dos elementos (p.42); • No decorrer da pesquisa, foi constatado que muitos professores reproduziam os procedimentos aprendidos em seus cursos de formação profissional, nos quais eram enfatizadas as práticas desportivizadas (p.43); • Os PCN, Brasil (1998, p. 75), abordam os conteúdos curriculares de uma forma mais ampla, ressaltando a importância de ir além dos conteúdos procedimentais, assim, abordando os conteúdos atitudinais e conceituais (p. 43-44).

  13. Percebemos ainda, nessa pesquisa, que além da formação de professores estar vinculada à visão competitiva das modalidades esportivas, ela não consegue oferecer conteúdo técnico mais aprofundado de várias modalidades esportivas, ou seja, os professores só ensinam o que sabem ensinar, não o que os alunos precisam aprender; • O professor deve ser um mediador (p. 45).

  14. Conteúdos procedimentais: • Ao ensinar o rolar, é possível oferecer um amplo conhecimento sobre as diferentes possibilidades de rolar, é preciso permitir que a criança explore as diferentes maneiras de rolar o seu corpo a partir das dicas que vão sendo propostas, ultrapassando as formas características de algumas modalidades, como rolar para frente e de costas em devidas posturas. (p. 46)

  15. Conteúdos Conceituais • Podem ser trabalhados simultaneamente com os conteúdos procedimentais, pois assim o aluno pode compreender o conceito do tema proposto durante o próprio desenvolvimento das aulas. Dessa forma, terá possibilidades de criar diferentes ações sobre o tema. Se um professor pretendo ensinar o “Rolar”, ele pode iniciar o tema perguntando às crianças “sobre as coisas que rolam”. (p. 46)

  16. Conteúdos Atitudinais: • Com temas da Ginástica no contexto escolar, conforme o método utilizado, é possível desenvolver atitudes cooperativas e de respeito aos diferentes alunos. O professor deve respeitar o diferente nível de habilidade dos alunos, proporcionando atividades mais complexas para os que possuem maior nível e menos complexas para os que possuem menor nível de habilidade. (p. 47)

  17. A partir do curso oferecido, muitos professores de todos aqueles que se dispuseram a participar do estudo, resolveram aplicar a Ginástica em seus conteúdos curriculares, nas escolas em que atuavam (p.47); • Mesmo com todos os problemas relacionados à formação insuficiente dos profissionais, foi possível observar o desenvolvimento das Ginásticas sendo ensinado para muitas crianças; • Foram feitas observações em relação às dinâmicas desenvolvidas nas aulas, bem como dos acontecimentos em relação às dificuldades que ali emergiam. (p. 48)

  18. Este estudo permitiu perceber que a baixa frequência de conteúdos da GA e da GR nas escolas deve-se não apenas à falta de condições físicas, como espaço adequado, falta de materiais etc. Mas sim, o que os impede é o medo de machucar as crianças por não saberem a forma correta de segurar nas acrobacias, por não terem vivenciado estes fundamentos em suas trajetórias acadêmicas. (p. 48); • Muitos professores manifestaram a importância da Universidade propor diferentes cursos de atualização, enfatizando o prazer que lhes deu ter participado dessa pesquisa.

  19. A partir da manifestação dos profissionais, foram apresentadas sugestões para a implantação da GA e da GR nas aulas de Educação Física como diretrizes de ação pedagógica, surgindo alternativas em relação a três tópicos no conteúdo dessas modalidades: conteúdos desenvolvidos em cada aula, objetivos propostos para os conteúdos de cada aula e educativos para o aprendizado dos exercícios (48-49).

  20. Ginástica Artística: • Na GA essa divisão em ações é pautada nas 12 ações motores básicas dessa modalidade pensadas por Leguet (1987, p. 13):

  21. Aterrissar, equilibras-se Saltar Girar sobre si mesmo Volteio Balancear em apoio Primeiros passos para a atividade Balancear em suspensão Abertura e fechamento Passar pelo apoio invertido Passagem pelo solo (ou trave Equilibrar-se Passar pela suspensão invertida Deslocar-se bipedicamente

  22. Cada ação básica apontada por esse autor possibilita uma infinidade de outras ações, trabalhadas de forma isolada ou combinada, explorando ou direcionando cada ação nos diferentes aparelhos dessa modalidade, dependendo da faixa etária e dos conhecimentos anteriores dos alunos. (p. 49)

  23. Ginástica Rítmica • A GR é baseada nas ações que aparelhos dessa modalidade possibilitam e foram sistematizadas, conforme apresentação abaixo, por Toledo (1995, p. 26-30): • Arco: rotar, rolar, lançar, arrastar (ação complementar), movimentar em oito, pensar (ação complementar), circundar, passar sobre, balancear, passar por dentro, quicar (ação complementar). • Bola: lançar, quicar, rolar, equilibrar, prensar (ação complementar), movimentos em oito, circundar. • Corda: saltar, quicar, (ação complementar), saltitar, arrastar (ação complementar), movimentos em oito, pegadas e solturas, envolver o corpo (ação complementar), dobrar (ação complementar) circundar, balancear, formar figuras (ação complementar), lançar, girar. • Fita: espiral, impulsos, escapadas, envolver no corpo (ação complementar), segurar a ponta da fita (ação complementar), lançar, movimentar em oito, circundar, serpentina. • Maças: molinetes, rotar, lançar, circundar, bater, pequenos círculos, rolar (ação complementar), balancear. (p. 49-50)

  24. Algumas ações de manejo da GR são comuns a todos os aparelhos específicos da modalidade como, por exemplo: circundar, balancear, movimentos em oito e lançar, sendo estas, as ações mais básicas de manejo da GR, pois podem ser encontradas em manejos de quaisquer dos cinco aparelhos: arco, bola, fita, corda e maça (p.50); • Todas essas ações podem ser ensinadas de maneira lúdica, desenvolvidas por meio de muitas brincadeiras com a intenção de conquistar os alunos à prática (p.50).

  25. Ações básicas da Ginástica Artística e da Ginástica Rítmica numa mesma aula • As ações básicas podem ser encontradas em ambas modalidades gímnicas apresentadas nesse texto, e por essa razão podem acontecer numa mesma aula (p. 50-51). • Exemplo: • Rolar, tanto o corpo pode rolar em diferentes materiais e locais e de diferentes formas e posicionamentos como pode-se rolar algum material como o Arco, a Maça, a Bola ou ainda rolar o corpo e rolar o aparelho ao mesmo tempo (p. 51)

  26. Os conteúdos podem ser organizados de maneira que nas séries iniciais sejam exploradas as ações de forma isolada, com diferentes materiais locais, e, a cada novo ciclo ou série, possa ser aumentado o nível de complexidade das ações, combinando umas com as outras. (p. 51)

  27. A definição dos objetivos de cada aula • É importante no planejamento que os objetivos de cada aula estejam claros e que sejam possíveis de serem atingidos (p. 51); • Ao final da aula, há o momento da tomada de consciência sobre o que foi aprendido, neste momento, o professor pode verificar se o objetivo foi alcançado, caso não tenha sido alcançado, o objetivo pode ser retomado em outras aulas, de formas diferentes daquelas que foram trabalhadas (p. 51).

  28. Educativos para o aprendizado dos exercícios • Os educativos servem como processo do aprendizado de movimentos em diferentes modalidades esportivas, sendo importantes para: • Dividir o exercício em partes e facilitar o aprendizado dele, ensinando cada parte do movimento de forma separada; • Utilização do espaço com materiais que facilitem a ação proposta – “ação facilitadora”. • Utilização do espaço com materiais que dificultem a ação – “ação dificultadora”.

  29. Organização das aulas • Organizar o TEMA, os MATERIAIS, os OBJETIVOS e os DIRECIONAMENTOS oferecidos em cada aula para facilitar seu plano, de forma mais detalhada (p. 53); • Organização das aulas de GA e GR com as ações motoras a serem desenvolvidas durante o decorrer das aulas (p.53).

  30. A pesquisa teve como principal meta elaborar diretrizes do trabalho de Ginástica na escola a partir da realidade encontrada (p.58); • Pôde-se perceber que o maior problema é quanto à capacitação e não problemas de estrutura física (p.58); • Quando o professor sabe o conteúdo a ser ensinado e como deve ensiná-lo, pode transformar suas ideias numa prática possível, inclusive criando outras alternativas para problemas de estrutura física na escola. (NISTA-PICCOLO, 1998; POLITO, 1998).

  31. Portanto, é necessário capacitar mais profissionais, não só oferecendo conhecimentos técnicos, relacionados aos conteúdos dos diferentes temas da Educação Física escolar, mas criando possibilidades de transformação do conhecimento para a escola.(p. 58)

  32. Para o ensino da Ginástica Artística e da Ginástica Rítmica Desportiva na escola, Schiavon e Nista-Piccolo (2006) sugerem a combinação de alguns procedimentos didáticos. Assinale a alternativa que expressa, corretamente, a sequência da aplicação de tais procedimentos quando se trata do ensino de educativos para o aprendizado de exercícios ginásticos. (A) Ensinar o exercício de forma global; utilizar o espaço e materiais explorando-os em ações dificultadoras; utilizar o espaço e materiais explorando-os em ações facilitadoras. (B) Ensinar o exercício parte por parte; utilizar o espaço e materiais explorando-os em ações facilitadoras; utilizar o espaço e materiais explorando-os em ações dificultadoras. (C) Ensinar o exercício de forma global; utilizar o espaço e materiais explorando-os sempre em suas ações dificultadoras. (D) Utilizar o espaço e materiais explorando-os em ações dificultadoras; utilizar o espaço e materiais explorando-os em ações facilitadoras; ensinar o exercício de forma global.

  33. Schiavon e Nista-Picollo, ao falarem sobre as dificuldades de se ensinar a Ginástica Artística e a Ginástica Rítmica na escola, acreditam que quando os conceitos não são compreendidos por parte dos alunos, partindo a aula diretamente para a realização dos movimentos, suas descobertas, provavelmente, ficam limitadas. Assim, partem do exemplo de que se o professor pretende ensinar o movimento de “Rolar”, ele pode iniciar sua aula perguntando a seus alunos sobre “as coisas que rolam”. E, em função dos conhecimentos que trazem sobre os objetos que rolam é que se vai construindo o conceito de rolar. A partir daí os alunos podem começar a experimentar rolar com os seus próprios corpos, fazendo ou não uso de materiais. Nesse exemplo evidencia-se que (A) os conceitos atitudinais podem ser trabalhados com os conteúdos procedimentais. (B) os conceitos atitudinais independem de ser trabalhados com os conteúdos procedimentais e com os conteúdos conceituais (C) os conteúdos conceituais devem ser trabalhados independentemente dos conteúdos procedimentais. (D) os conteúdos conceituais podem ser trabalhados simultaneamente com os conteúdos procedimentais. (E) os conteúdos procedimentais podem ser trabalhados independentes dos conteúdos conceituais

  34. O estudo realizado por Schiavon e Nista-Picollo identificou que a baixa frequência de conteúdos da Ginástica Artística e da Ginástica Ritmica nas escolas não se deve apenas à falta de condições físicas para o seu desenvolvimento, mas, fundamentalmente (A) à falta de conhecimento dessas modalidades, o que remete a certo medo de as crianças se machucarem por não haver o domínio da forma correta de segurá-las nas acrobacias, uma vez que não vivenciaram tais práticas na sua formação profissional. (B) à falta de exigência da direção das escolas em cobrar do professor de educação física o desenvolvimento de todas as modalidades esportivas pertencentes ao conteúdo esporte. (C) à falta de recursos materiais e a inadequação das instalações físicas. (D) ao desinteresse por parte dos alunos em realizarem tais práticas, uma vez que estes concentram seus interesses em outras práticas. (E) ao desinteresse por parte do professor em não considerar tais conteúdos esportivos importantes e necessários para a formação do aluno, uma vez que desconhece a importância do ensino da ginástica artística e da ginástica rítmica.

  35. Pode-se afirmar que o aprendizado do manejo de diferentes aparelhos da Ginástica Rítmica Desportiva pode ser promovido concomitantemente porque existem ações que são básicas e comuns a todos os aparelhos específicos da modalidade. Essas ações são (A) balancear; quicar; lançar; recuperar. (B) circundar; balancear; quicar; realizar movimentos em oito. (C) circundar; balancear; lançar; realizar movimentos em oito. (D) lançar; recuperar; equilibrar; realizar movimentos em oito. (E) quicar; recuperar; equilibrar; realizar movimentos pendulares.

More Related