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AULA 5 - Arte e cultura de massas

AULA 5 - Arte e cultura de massas. INDÚSTRIA CULTURAL Podemos falar em indústria cultural a partir do século XVII. Multiplicação dos jornais na Europa. O jornais divulgavam notícias, crônicas políticas e os chamados folhetins (precursores das telenovelas).

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AULA 5 - Arte e cultura de massas

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Presentation Transcript


  1. AULA 5 - Arte e cultura de massas

  2. INDÚSTRIA CULTURAL • Podemos falar em indústria cultural a partir do século XVII. • Multiplicação dos jornais na Europa. • O jornais divulgavam notícias, crônicas políticas e os chamados folhetins (precursores das telenovelas). • Desenvolvimento do capitalismo: urbanização, industrialização. • Criação e ampliação do mercado consumidor. • Lazer e arte se transformam em mercadorias. • Antes, eram integrados à rotina de vida e de trabalho das pessoas. • Surge, então, a indústria cultural.

  3. O QUE É INDÚSTRIA CULTURAL? Remete às idéias de produção em série, de comercialização e de lucratividade. Podemos imaginar, então, o estabelecimento de uma indústria produtora e distribuidora de jornais, livros, peças, filmes, em resumo, de “mercadorias” culturais. A indústria cultural produz mercadorias culturais para as massas; produz uma cultura para as massas, uma cultura de massas. Cultura de massa: cultura de uma sociedade de massas = multidões padronizadas e homogêneas, ou no máximo compartimentalizadas em setores com características semelhantes.

  4. O termo “indústria cultural” foi criado em 1947 por Theodor Adorno (1903-1969) e Max Horkheimer (1895-1973), membros de um grupo de filósofos conhecido como Escola de Frankfurt. Para eles, os meios de comunicação de massa funcionam como uma verdadeira indústria de produtos culturais, visando exclusivamente o consumo.

  5. Max Horkheimer (1895 – 1973) Theodor Adorno (1903-1969)

  6. Essa produção em série (por exemplo, os discos, as reproduções de pinturas, a música de concerto como pano de fundo de filmes de cinema) não chegou a democratizar a arte. Banalizou-a, descaracterizou-a, fazendo com que o público perdesse o senso crítico e se tornasse um consumidor passivo de todas as mercadorias anunciadas pelos mcm.

  7. Ex.: assobiar uma ópera que ouviu no rádio não significa compreensão profunda, crítica dessa obra; a pessoa a memorizou como faria com uma música romântica, sertaneja ou um jingle.

  8. Ao invés de libertar o Homem, o progresso da técnica acabou por escravizá-lo, alienando-o.

  9. A reprodutibilidade técnica retirou, tanto da cultura popular, como da cultura erudita, o seu valor real. O resultado, a indústria cultural, não conduz à experiência libertadora da fruição estética. O princípio da reprodução deformaria a obra, nivelando-a por baixo. Por exemplo: adaptações de livros a filmes, que são adocicadas para se tornar mais apetecíveis ao consumo.

  10. Popular x Erudito Foi a elite dominante quem decidiu o que seria chamado de cultural erudita e de cultura popular. A polarização cultura popular x cultura erudita é enganosa. Ex.: a escrita não é algo da cultura erudita, mas também da cultura popular.

  11. Cultura popular e cultura erudita: conflito e incorporação. - Inter-relações existentes entre cultura erudita e cultura popular (que podem manter a ordem, mas também provocar transformações). - Cultura erudita incorpora elementos da cultura popular – feijoada. - Cultura popular incorpora e reelabora elementos da cultura erudita – violino Na medida em que a cultura se transforma em mercadoria, deixamos de ter aquilo que se convencionou chamar de verdadeiramente popular ou erudito. Ex.: carnaval (mercadoria) – deixa de ser popular; fruição de obra de arte (obra passa a ser mercadoria) – deixa de ser erudito.

  12. Segundo Eclea Bosi, a cultura de massa não passa, na verdade, de um oceano de imposições ditadas pelos meios de comunicação, muitas vezes identicamente destinadas às mais diferentes regiões e povos. Não é por outro motivo que as massas, sejam da América, Europa ou Ásia, apreciam e produzem a mesma arte, vestem as mesmas roupas, gostam das mesmas comidas. Não é por razão diversa que os estilos, as maneiras, as tradições, enfim, a cultura peculiar de cada povo vem dando lugar, em larga medida, a uma triste vitrine universal (BOSI, 2000, p. 102). BOSI, Eclea.Cultura de massa e cultura popular. Rio de Janeiro: Vozes, 2000.

  13. A indústria cultural vende Cultura. Para vendê-la, deve seduzir e agradar o consumidor. Para seduzi-lo e agradá-lo, não pode chocá-lo, provocá-lo, fazê-lo pensar, fazê-lo ter informações novas que o perturbem, mas deve devolver-lhe, com nova aparência, o que ele já sabe, já viu, já fez.

  14. A função da arte ideal é servir à necessidade do espírito. • Mas ela serve a indústria cultural. • A arte e os bens culturais são submetidos aos interesses do mercado, não passam de negócios como qualquer produto.

  15. Cinema • Uma grande vitrine para vender mercadorias. • Automóveis, roupas, cigarros, refrigerantes...

  16. Walter Benjamin (1892-1940)= defendia a posição de que a arte dirigida às massas poderia ser entendida como importante instrumento de politização, na medida em que possibilitava um processo de democratização da cultura, ou seja, tornava o acesso as obras de arte um direito universal, deixando de ser um privilégio de uma elite. Reprodução técnica das obras de arte promove a democratização da cultura e das artes.

  17. A AURA ARTÍSTICA : Referência que cada obra de arte tem, na medida em que é Única. A sua visão implica ver na reprodução técnica uma possibilidade de democratização estética, da originalidade e está à disposição de uma elite que manipula aqueles que não possuem acesso aos originais.

  18. ADORNO E HORKHEIMER: A arte liberta-se da religião, mas torna-se serva do capitalismo. Perdida a aura, a arte não se democratizou, massificou-se para consumo rápido no mercado da moda e nos meios de comunicação de massa, transformando-se em propaganda e publicidade, sinal de status social, prestígio político e controle cultural. A arte, de mítica passa a material de consumo rápido e fácil, ditado por uma questão de moda volátil, mera propaganda e publicidade.

  19. Ao se massificar (mas sem se democratizar), a arte perde suas características principais: • De expressivas, acabam como reprodutivas e repetitivas; • De criação, acabam como evento de consumo rápido e fácil.

  20. Cultura de Massa • Banalização • Infantilização • Redução da realidade a condição de espetáculo • Dispersão da atenção

  21. Umberto Eco (1932 - ) diz que, vários autores, ao pensarem a indústria cultural, assumem posturas apocalípticas (só criticam os mcm) ou integradas (só os elogiam).  Umberto Eco (1932 - )

  22. ·posturas apocalípticas: veiculação de uma cultura homogênea (que desconsidera as diferenças culturais e padroniza o público); é um desestímulo à sensibilidade; estímulo publicitário (criando, no público, novas necessidades de consumo); a padronização do gosto gerada por eles funciona como um elemento unificador das sensibilidades dos diferentes grupos sociais.

  23. posturas integradas: mcm – instrumentos fundamentais para a manutenção e a expansão de todas as sociedades democráticas.

  24. Para Eco, os apocalípticos estão equivocados, pois a cultura de massas não é ruim só porque é industrial. Quanto aos integrados, estes esquecem que a cultura de massa é produzida por grupos de poder econômico com fins lucrativos e ideológicos.

  25. É possível enxergar nos mcm uma forma de expandir o consumo de bens culturais a um público normalmente distante deles e confiar no desenvolvimento da sua capacidade crítica, obtida por meio dos elementos fornecidos pelos próprios mcm. Assim, poderíamos considerá-los, simultaneamente, reprodutores e questionadores da ordem social.

  26. THOMPSON, J. B. A mídia e a modernidade. Petrópolis, RJ: Vozes, 1999 • Polemiza o conceito de “massa”. • Produto destinado às massas: não significa que toda essa “massa” ou “massas” comprará esse produto; significa apenas que tal produto está disponível a uma grande pluralidade de destinatários. John B. Thompson

  27. A “massa” não é um amontoado de gente inerte e indiferenciada. Os conteúdos são recebidos por pessoas específicas, situadas em contextos sociais específicos. Assim, a recepção e a interpretação desses conteúdos presentes nas mercadorias culturais são diferenciadas. Cada espectador lhe dá um sentido subjetivo.

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