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ESCRAVIDÃO NO BRASIL

ESCRAVIDÃO NO BRASIL. - RESISTÊNCIA E TRABALHO -. ANTECEDENTES DA IMPLANTAÇÃO DA ESCRAVIDÃO NO BRASIL. África: comércio de escravos entre as sociedades africanas Portugal no século XV: cultivo da cana-de-açúcar e refino do açúcar desenvolveram-se em Algarves e nas ilhas do Atlântico

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ESCRAVIDÃO NO BRASIL

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Presentation Transcript


  1. ESCRAVIDÃONO BRASIL - RESISTÊNCIA E TRABALHO -

  2. ANTECEDENTES DA IMPLANTAÇÃO DA ESCRAVIDÃO NO BRASIL • África: comércio de escravos entre as sociedades africanas • Portugal no século XV: • cultivo da cana-de-açúcar e refino do açúcar desenvolveram-se em Algarves e nas ilhas do Atlântico • penetração comercial de portugueses no litoral da África Ocidental: associação entre produção açucareira e escravidão negra foi se consolidando

  3. Colonização portuguesa: transferência da produção de açúcar e do trabalho escravo para o Brasil foi uma questão de tempo • Início da colonização: escravidão indígena • guias, coletores de ervas, lavoura da cana-de-açúcar • algumas dificuldades: • guerras entre nativos e colonos • proteção dos missionários jesuítas aos índios • baixa resistência do indígena às doenças de origem européia • difícil controle das fugas do indígena para os sertões • Opção pela mão-de-obra escrava negra – razões • tráfico negreiro: vantagens econômicas para comerciantes portugueses e para a Metrópole • Conheciam a agricultura, pecuária, técnicas de trabalho com o ferro. ESCRAVIZAÇÃO INDÍGENA CONTINUOU ATÉ O SÉCULO XVIII

  4. ENTRADA DE ESCRAVOS • duração das viagens: 40 a 60 dias • pelo menos 20% dos negros morriam durante a viagem

  5. DIVERSIDADE MARCAS TRIBAIS E CORTES DE CABELO Simbolismos acompanharam os africanos que vieram escravizados para o Brasil

  6. RESISTÊNCIA “ O HOMEM NEGRO NÃO QUERIA A ESCRAVIDÃO. DENTRO DELA, ENTRETANTO, NÃO SE TORNOU MERO FANTOCHE NAS MÃOS DE SEUS SENHORES. OS ESCRAVOS PORTAVAM LÓGICAS INDIVIDUAIS, COLETIVAS E ATIVAS DE RESPOSTAS AO CATIVEIRO.”

  7. RELAÇÕES ESCRAVO-SENHOR • paternalismo / patriarcalismo: senhor agia como pai que disciplinava, castigava e protegia os seus escravos. Estes deveriam retribuir com trabalho, obediência e fidelidade. • disciplina do trabalho • castigos físicos – garantir a obediência • uso de instrumentos de tortura • injustiças, humilhações, mutilações físicas e problemas psicológicos NÃO HÁ COMO NEGAR A NATUREZA VIOLENTA DA ESCRAVIDÃO

  8. INSTRUMENTOS DE TORTURA

  9. ACORDOS E CONFLITOS JOGO DE EQUILÍBRIOS: SENHORES MANIPULAVAM SEUS ESCRAVOS MAS TAMBÉM ERAM POR ELES MANIPULADOS • Alforrias: reconstruindo as pequenas histórias de libertação descobrimos que elas são cheias de enormes esforços por parte dos escravos • Acordos acertados entre escravos e proprietários

  10. ACORDOS E CONFLITOSJOGO DE EQUILÍBRIOS: SENHORES MANIPULAVAM SEUS ESCRAVOS MAS TAMBÉM ERAM POR ELES MANIPULADOS BRECHA CAMPONESA ... costumam alguns senhores de engenho distribuir, para cada escravo, as jeiras de terras de que ele necessita, com relação ao seu estado; feriando de cada semana, um até dois dias, para neles trabalhar cada um na sua roça; donde não só tiram os escravos da farinha, do milho, e o feijão de que se sustentam, eles, suas mulheres e seus filhos, nestes dias em que trabalham para si; mas também, pelos dois, três quatro ou cinco meses em que não moem os engenhos. E o caso é que, por experiência certa, não somente tiram os pretos das terras que lavram a farinha precisa para seu sustento; mas chegam a vender quase todos os gêneros de lavoura, além de muitas criações; até juntarem as somas com que se libertam, a si e seus filhos. FERREIRA, Alexandre. Estado presente da agricultura do Pará, 1784.

  11. TRATADO PROPOSTO À MANOEL DA SILVA FERREIRA PELOS SEUS ESCRAVOS DURANTE O TEMPO EM QUE SE CONSERVARAM LEVANTADOS, C.1789 [Engenho de Santana, Recôncavo da Bahia, século XVIII]* Meu senhor, nós queremos paz e não queremos guerra; se meu senhor também quiser, nossa paz há de ser nesta conformidade, se quiser estar pelo que nós quisemos a saber [...] Em cada semana nos há de dar os dias de sexta-feira e sábado para trabalharmos para nós, não tirando um destes dias por causa de dia santo. Para podermos viver nos há de dar rede, tarrafa e canoas [...] Os atuais feitores não os queremos, faça eleição de outros com a nossa aprovação [...] Poderemos plantar nosso arroz onde quisermos e em qualquer brejo, sem que para isso peçamos licença, e poderemos cada um tirar jacarandás ou qualquer outro pau sem darmos parte para isso. A estar por todos ,os artigos acima, e conceder-nos estar sempre de posse da ferramenta, estamos prontos para servirmos como dantes, porque queremos seguir os maus costumes dos mais engenhos. Poderemos brincar, folgar e cantar em todos os tempos que quisermos sem que nos impeça e nem seja preciso licença. * Este documento foi encontrado em arquivos portugueses e publicado originalmente em: SCHWARTZ, Stuart B. "Resistance and Accommodation in Eighteenth-Century Brazil: The Slaves view of Slavery". HISPANIC AMERICAN HISTORICAL REVIEW, Volume 57, número 1, pp. 69-81.

  12. No dia-a-dia: • desobediência • diminuição deliberada do ritmo de trabalho • sabotagem • pequenos roubos de mantimentos, bebidas, roupas e animais domésticos • Formas declaradas de resistência: • rebeliões • autodestruição por suicídio • abortos • matança de filhos recém-nascidos • ataques físicos contra senhores e seus familiares, administradores e feitores • fuga individual ou coletiva • participação nas irmandades leigas

  13. “Um dos expedientes largamente usados foram os intercursos sexuais mantidos com os senhores ou com outros proprietários. Estratégia quase exclusiva das mulheres, a intimidade amorosa sofreu variações e resultou em situações bastante diversas. Os contatos foram efêmeros, ocorreram periodicamente ou transformaram-se em uniões duradouras; foram mantidos em segredo ou assumidos pelos parceiros; caracterizaram-se pela presença de filhos e ensejaram um número de alforrias, das mães e dos rebentos bastardos. Eles podiam propiciar, também, uma vivência menos penosa no período de cativeiro”. (PAIVA, Eduardo França. Escravos e libertos em Minas Gerais do século XVIII. São Paulo, Annablume, 1995)

  14. TRABALHO ESCRAVO

  15. ESCRAVISMO ASSOCIADO À AGRICULTURA DE EXPORTAÇÃO • No engenho, intenso ritmo de trabalho: • 6 meses do ano (fev-jul): plantar canaviais, cortar lenha a ser usada na produção do melaço; • consertos diversos; • pequenas plantações de alimentos; • durante a safra, o engenho funcionava 24 horas por dia.

  16. ESCRAVISMO ASSOCIADO A OUTRAS ATIVIDADES E À MINERAÇÃO • Fumo • Farinha e cereais • Mineração • Abastecimento da região mineradora – presença do trabalho escravo.

  17. DIVERSIDADE DE ATIVIDADES • Salvador - escravos mais numerosos que livres: escravos domésticos, de aluguel e de ganho • Carregadores • Pescadores • Estivadores • Vendedoras • Barqueiros • Serviços domésticos • Ofícios artesanais: aprendizes, ajudantes e mestres • Rio de Janeiro, Olinda e Recife e nas regiões da mineração (Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás) apresentaram o mesmo quadro.

  18. E MAIS ... • construção de navios negreiros – indústria naval do século XVII; • pesca e refino do óleo de baleia; • mulheres escravas produziam panos em roupas – indústria doméstica; • Minas Gerais: indústria do ferro; • Rio de Janeiro do século XIX – setor manufatureiro: • luvas, meias, chapéus, cerâmicas e charutos

  19. ESCRAVOS TRABALHANDO PARA SI • Meio rural: “ brecha camponesa” - concessão de dias livres foi acompanhada pelo plantio de pequenas roças; excedentes entravam nos mercados locais; • Centros urbanos: escravos de ganho estavam livres para embolsar a renda excedente; • Minas Gerais – século XVIII: mineradores escravos trabalhavam aos domingos e encontravam os veios mais ricos de ouro.

  20. ESCRAVOS DE GANHO • Nos núcleos urbanos: • escravos artesãos e prestadores de serviços entregavam uma quantia fixa aos seus senhores • escravos e escravas estiveram envolvidos com atividades comerciais – convívio com pessoas livres, alforriadas e escravas

  21. ANÁLISE ICONOGRÁFICA

  22. NA BIBLIOTECA • LIBBY, Douglas C. e PAIVA, Eduardo França. A escravidão no Brasil: relações sociais, acordos e conflitos. São Paulo, editora Moderna, 2000. (coleção “Polêmica”) • MAESTRI,Mário. O escravismo no Brasil. São Paulo, editora Atual, 1994. (coleção “Discutindo a História do Brasil”) • NEVES, Maria de Fátima R. das. Documentos sobre a escravidão no Brasil. São Paulo, ed. Contexto, 1996. (coleção “Textos e Documentos”; 6) • QUEVEDO, Júlio e ORDOÑEZ, Marlene. Escravidão no Brasil: trabalho e resistência. São Paulo, ed. FTD, 1999. (coleção “Para conhecer melhor”) • TREVISAN, Leonardo. Abolição: um suave jogo político? São Paulo, editora Moderna, 1988. (coleção “Polêmica”

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