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Memória – Modelos , Estruturas e Processos

Memória – Modelos , Estruturas e Processos. Memória . É o meio pelo qual uma pessoa recorre às suas experiências passadas a fim de usar essas informações no presente.

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Memória – Modelos , Estruturas e Processos

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Presentation Transcript


  1. Memória – Modelos , Estruturas e Processos George de Souza Alves

  2. Memória É o meio pelo qual uma pessoa recorre às suas experiências passadas a fim de usar essas informações no presente. Nas palavras de Iván Isquierdo, professor do Instituto de Ciências Biomédicas da UFRGS, em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo: “Tudo no cérebro funciona através da memória. Caminhamos, falamos e nos comunicamos, porque nos lembramos de fazê-lo. O cérebro manda secretar um ou outro neuro-transmissor ou hormônio quando estamos tristes ou alegres, ou quando sentimos medo ou prazer, porque se recorda em fazê-lo”. MEMÓRIA E REPRESENTAÇÃO DO CONHECIMENTO

  3. Sumário • Memória Excepcional; • Tarefas para Avaliar a Memória; • Modelos de Memória; • Estruturas da Memória; • Processos de Memória. MEMÓRIA E REPRESENTAÇÃO DO CONHECIMENTO

  4. Memória Excepcional • Memória Deficiente: Amnésia ou perda grave de memória. • Tipos de Memória Deficiente: • (a)Amnésia Anterógrada: Dificuldade que uma pessoa apresenta para lembrar-se de eventos ocorridos a partir de um fato que aconteceu num dado momento, porém tendo lembrança completa de eventos que ocorreram antes deste evento. MEMÓRIA E REPRESENTAÇÃO DO CONHECIMENTO

  5. Memória Excepcional – Exemplo de Amnésia Anterógrada. No filme americano Amnésia (“Memento”) , dirigido por Cristopher Nolan, Leonard, o personagem principal, se recorda de tudo que aconteceu em sua vida até a noite do ataque no qual sua mulher foi morta e ele sofreu golpes na cabeça que o deixaram com danos cerebrais. Desde então, ele não consegue reter suas memórias. MEMÓRIA E REPRESENTAÇÃO DO CONHECIMENTO

  6. Memória Excepcional • (b) Amnésia Retrógrada: Neste caso as pessoas perdem sua memória intencional para eventos anteriores a seja qual for o trauma que induz à perda de memória. • (c)Amnésia Infantil: Incapacidade que quase todas as pessoas apresentam para evocar eventos ocorridos quando eram muito jovens. Em geral, uma pessoa pode lembrar pouco ou nada o que aconteceu antes da idade aproximada de 5 anos. MEMÓRIA E REPRESENTAÇÃO DO CONHECIMENTO

  7. Memória Excepcional • Memória Notável ou Mnemonista: Capacidade de memória extraordinariamente aguçada. Em geral, baseada no uso de uma técnica especial para a intensificação da memória. • Pessoas mnemonistas normalmente evocam sua memória devido a um raro fenômeno psicológico denominado “sinestesia”, no qual elas experimentam sensações em uma modalidade sensorial diferente do sentido que era fisicamente estimulado. (sýn=ação conjunta, aísthesis= sensação e ía=qualidade). MEMÓRIA E REPRESENTAÇÃO DO CONHECIMENTO

  8. Memória Excepcional – Comentários: • Os pesquisadores estudam os pacientes com amnésia em parte para obter insight sobre o funcionamento da memória, comparando, por exemplo, memória temporária com memória de curto prazo, processos de memória procedural versus declarativa e memória explícita versus memória implícita. • Os estudos com mnemonistas mostraram o valor da imaginação na memória para informações concretas, bem como a importância de descobrir ou formar conexões significativas entre os itens a serem lembrados; MEMÓRIA E REPRESENTAÇÃO DO CONHECIMENTO

  9. Tarefas para Avaliar a Memória Tarefas de Evocação versus Reconhecimento: • Tarefas de Evocação: Neste tipo de tarefa a pessoa deve produzir um fato, uma palavra ou outro item de memória. Ex.: Testes de preenchimento de lacuna exigem que uma pessoa evoque itens de memória. “O filme ____________ relata a história de um sujeito com amnésia anterógrada.” • (a) Tarefas de evocação em série: quando uma pessoa deve repetir itens de uma lista na ordem exata em que foram apresentados. Ex: O número de um telefone. • (b) Tarefas de evocação livre: quando uma pessoa deve repetir os itens de uma lista em qualquer ordem na qual possa lembrá-los. Ex: Uma pequena lista de compras: sabonete, desodorante, batata, abóbora, leite e queijo. MEMÓRIA E REPRESENTAÇÃO DO CONHECIMENTO

  10. Tarefas para Avaliar a Memória • (c) Tarefas de evocação insinuada: quando uma pessoa deve memorizar uma lista de itens emparelhada e depois quando lhe for dado um item de um par a pessoa deve evocar outro item daquele par. Ex: tempo – cidade , neblina – papel, Flamengo – campeão, crédito – dia, punho – nuvem, número – galho. • Tarefas de Reconhecimento: a pessoa seleciona ou identifica um item como sendo um que aprendeu previamente. Ex: O termo para as pessoas com graves problemas de memória é: (a) vascaínos; (b) amnésicos; (c) impressionistas; (d) mnemonistas. MEMÓRIA E REPRESENTAÇÃO DO CONHECIMENTO

  11. Tarefas para Avaliar a Memória Comentários: • A memória de reconhecimento geralmente é muito melhor do que a de evocação; • As diferentes tarefas de memória indicam diferentes níveis de aprendizagem, sendo que as tarefas de evocação trazem à luz níveis mais profundos do que as de reconhecimento. MEMÓRIA E REPRESENTAÇÃO DO CONHECIMENTO

  12. Tarefas para Avaliar a Memória Tarefas de Memória Explícita x Tarefas de Memória Implícita: • Tarefas de Memória Explícita:são as tarefas que exigem que uma pessoa tenha uma recordação consciente, isto é, que evoque ou reconheça palavras, fatos ou figuras a partir de um prévio conjunto de itens específicos. Portanto, as tarefas de evocação e reconhecimento são de memória explícita. • Tarefas de Memória Implícita: quando a realização da tarefa é auxiliada pelas experiências anteriores que, inconscientemente e sem intenção, uma pessoa tenta rememorar. Ex: Preencha a lacuna: ME__ __ __ __ __ Palavras cruzadas Quando um professor fala o início de uma palavra e a interrompe para os alunos completarem. MEMÓRIA E REPRESENTAÇÃO DO CONHECIMENTO

  13. Tarefas para Avaliar a Memória Comentários: Comparando o desempenho da memória em tarefas explícitas com o desempenho em tarefas implícitas, os psicólogos cognitivos encontraram evidências de sistemas ou de processos de memória diferentes governando cada tipo de tarefa: as vítimas de amnésia, que se desempenham muito mal na memória de tarefas de memória, mostram desempenho normal ou quase normal em tarefas de evocação insinuada (Warrington & Weiskrantz, 1970) e de completar palavras (Baddeley, 1989). No entanto, no segundo caso, quando estas pessoas eram perguntadas se tinham visto anteriormente a palavra que acabaram de completar, é improvável que recordassem a experiência específica de terem visto a palavra (Graf, Mandler & Hadden, 1982, Tulving, Schacter & Stark, 1982). MEMÓRIA E REPRESENTAÇÃO DO CONHECIMENTO

  14. Tarefas para Avaliar a Memória Tarefas envolvendo Conhecimento Procedural x Tarefas envolvendo Conhecimento Declarativo: • Tarefas envolvendo Conhecimento Procedural:quando a pessoa deve lembrar habilidades e comportamentos automáticos aprendidos. Ex: (a) mostrar como usar habilidades para montar um quebra-cabeça; (b) mostrar o que se lembra sobre a habilidade para andar de bicicleta ou para verificar o extrato no caixa eletrônico de um banco. • Tarefas envolvendo Conhecimento Declarativo: quando a pessoa deve lembrar fatos, eventos, seqüência de fatos e eventos, pessoas, conceitos, idéias, etc. Ex: lembrar fatos sobre a história da geometria. MEMÓRIA E REPRESENTAÇÃO DO CONHECIMENTO

  15. Tarefas para Avaliar a Memória Comentários: • Alguns exemplos de memória implícita envolvem o efeito priming de memória, no qual uma experiência recente (dentro de, no máximo, duas horas), com um estímulo, parece facilitar a lembrança subseqüente desse estímulo ou o acesso a ele; • Um dos insights gerais obtidos pelo estudo de paciente com amnésia focaliza a distinção entre memória explícita e a implícita (por exemplo, efeitos de priming). Parece que a capacidade de refletir conscientemente sobre experiências anteriores (tarefa de memória explícita sobre conhecimento declarativo) difere, em alguns aspectos, da capacidade para demonstrar a aprendizagem evocada num modo aparentemente automático, sem recordação consciente dessa aprendizagem; • Embora a distinção entre as memórias implícita e explícita seja facilmente observada em amnésicos, tanto estes últimos como as pessoas normais revelam a presença da memória implícita. MEMÓRIA E REPRESENTAÇÃO DO CONHECIMENTO

  16. Modelos de Memória O Primeiro Modelo: Em 1965, Nancy Waugh e Donald Norman propuseram um modelo distinguindo duas estruturas de memórias: Memória primária:nela são mantidas as informações temporárias comumente em uso. Memória secundária:nela são mantidas permanentemente as informações ou, no mínimo, por um longo período de tempo. MEMÓRIA E REPRESENTAÇÃO DO CONHECIMENTO

  17. Modelos de Memória O Modelo Tradicional: • Em 1968, Richard Atkinson e Richard Shiffin apresentaram um metáfora alternativa que conceituava a memória em termos de três armazenamentos de memória: armazenamento sensorial, armazenamento de curto prazo e armazenamento de longo prazo. • Eles distinguiam as estruturas que denominavam armazenamentos , das informações armazenadas nas estruturas, às quais denominavam memória . • Atualmente os psicólogos cognitivos descrevem usualmente os três armazenamentos como memória sensorial (MS), memória de curto prazo(MCP) e memória de longo prazo (MLP). MEMÓRIA E REPRESENTAÇÃO DO CONHECIMENTO

  18. Modelos de Memória – O Modelo tradicional • Memória Sensorial (MS): Capaz de estocar quantidades relativamente limitadas de informação por períodos de tempo muito breves. Repositório inicial das muitas informações que, posteriormente ingressam na memória de curto prazo e na memória de longo prazo. • Memória de Curto Prazo (MCP): Capaz de armazenar informações por períodos de tempo um pouco mais longos, mas também de capacidade relativamente limitada. • Memória de Longo Prazo (MLP): Capaz de estocar informações durante períodos de tempo muito longos, talvez até indefinidamente. MEMÓRIA E REPRESENTAÇÃO DO CONHECIMENTO

  19. Modelos de Memória –O Modelo Tradicional MEMÓRIA SENSORIAL (MS) MEMÓRIA DE CURTO PRAZO (MCP) MEMÓRIA DE LONGO PRAZO (MLP) MEMÓRIA E REPRESENTAÇÃO DO CONHECIMENTO

  20. Modelos de Memória –O Modelo Tradicional Comentário: Para Atkinson e Shiffin os três armazenamentos não eram estruturas fisiológicas diferentes. Eles são, na verdade, constructos hipotéticos, mas que servem como modelos mentais para compreender-se como um fenômeno psicológico, tal como a memória, funciona; MEMÓRIA E REPRESENTAÇÃO DO CONHECIMENTO

  21. Modelos de Memória OUTROS MODELOS: • Memória de Trabalho: Este modelo postula que uma fração da memória pode considerada como uma parte especializada da MLP. A memória de trabalho mantém apenas a fração ativada mais recentemente de MLP e transfere esses elementos ativados para dentro e para fora da MCP. MEMÓRIA E REPRESENTAÇÃO DO CONHECIMENTO

  22. Modelos de Memória –Outros modelos MEMÓRIA E REPRESENTAÇÃO DO CONHECIMENTO

  23. Modelos de Memória –Outros modelos • Estrutura dos níveis de tratamento:Este modelo postula que a memória não compreende qualquer número específico de armazenamentos separados, ao contrário do modelo tradicional. Aqui quanto mais profundo o nível de tratamento, mais alta a probabilidade de que um item possa ser recuperado. • Modelo dos Sistemas Múltiplos de Memória:Este modelo postula que podem existir sistemas de memória separados para organizar e armazenar a informação com um referencial de tempo característico (memória episódica) em comparação à informação que não tem um referencial de tempo específico (memória semântica). MEMÓRIA E REPRESENTAÇÃO DO CONHECIMENTO

  24. Estruturas da Memória Estruturas da Memória Semântica: • A memória semântica trabalha com conceitos – idéias às quais uma pessoa pode associar várias características e com as quais ela pode conectar várias outras idéias; • A estrutura da memória semântica não é considerada uma estrutura fisiológica real. Por enquanto, ela é uma estrutura hipotética descrita pelos psicólogos cognitivos para descrever uma estrutura cognitiva para organizar conceitos associados, baseada em experiências anteriores; • Em 1969, Allan Collins e Ross Quillian publicaram os resultados de seu estudo referencial que sugeria uma estrutura organizada na hierarquia de categorias; • Em 1974, Edward Smith, Edward Shoben e Lance Rips propuseram um modelo alternativo baseado na comparação de aspectos semânticos. MEMÓRIA E REPRESENTAÇÃO DO CONHECIMENTO

  25. Estruturas da Memória: Processamento Distribuído em Paralelo (PDP) – Um Perspectiva Conexionista: • De acordo com este modelo, a chave para a representação do conhecimento encontra-se nas conexões entre nós, não em cada nó individual; • Este modelo harmoniza-se com a noção de memória de trabalho; • Muitos psicólogos cognitivos que sustentam essa concepção integrada sugerem que parte da razão pela qual nós, humanos, somos tão eficientes no processamento da informação é porque podemos manipular muitas operações ao mesmo tempo; • Algumas pesquisas indicam que este modelo explica eficientemente os efeitos de priming, memória procedural e vários outros fenômenos da memória, porém até agora este modelo não conseguiu fornecer predições e explicações claras da evocação e da memória de reconhecimento, que ocorrem imediatamente a um único episódio ou a uma única exposição à informação semântica. MEMÓRIA E REPRESENTAÇÃO DO CONHECIMENTO

  26. Processos de Memória • Leia o texto abaixo: “O procedimento é realmente muito simples. Primeiramente, você organiza os itens em diferentes grupos. Naturalmente, uma coluna pode ser suficiente, dependendo de quanto há para fazer. Se você tiver de ir a outro lugar; devido à falta de recursos, esse é o próximo passo; do contrário, você está razoavelmente preparado. É importante não exagerar as coisas. Isto é, é melhor fazer pouquíssimas coisas ao mesmo tempo de que demais. A curto prazo, isso pode não parecer importante, mas facilmente podem surgir complicações. Um engano também pode ser dispendioso. A princípio, o procedimento total parecerá complicado. Logo, entretanto, se transformará apenas em outra faceta da vida. É difícil prever algum limite à necessidade dessa tarefa no futuro imediato, mas, por outro lado, nada se pode afirmar. Depois de completado o procedimento, organizam-se novamente os elementos em diferentes grupos. Então, podem ser colocados sem seus devidos lugares. Finalmente, serão usados uma vez mais e o ciclo total terá, então, de ser repetido. Entretanto, isso faz parte da vida”. • Tente, agora, evocar cada passo. MEMÓRIA E REPRESENTAÇÃO DO CONHECIMENTO

  27. Processos de Memória – As três operações • A codificação refere-se ao modo como uma pessoa transforma a entrada de uma informação física e sensorial em uma espécie de representação que pode ser colocada na memória. • O armazenamento refere-se à maneira como a pessoa mantém a informação codificada na memória. • A recuperaçãorefere-se ao modo como a pessoa obtém acesso à informação armazenada na memória. • Estes processos interagem reciprocamente e são interdependentes. • Por exemplo, ao tentar codificar a informação no texto apresentado, você pode ter achado complicado para codificar, dificultando também o armazenamento e a recuperação da informação. Entretanto um rótulo verbal pode facilitar a codificação e, por conseguinte, o armazenamento e a recuperação. A maioria das pessoas aceita melhor o trecho se lhes for dado seu título “Lavagem de roupas”. MEMÓRIA E REPRESENTAÇÃO DO CONHECIMENTO

  28. Codificação da Informação • Os pesquisadores mostraram, através de estudos, que as pessoas parecem codificar as letras pelo modo como elas soam e não pela maneira como se parecem. Os experimentos mostram a importância de um código acústico, em vez de um código visual na MCP; • Posteriormente também foi mostrado que alguma codificação semântica aparecia na MCP; • A informação armazenada na MLP parece ser basicamente codificada semanticamente, isto é, codificada por meio dos significados das palavras. MEMÓRIA E REPRESENTAÇÃO DO CONHECIMENTO

  29. Armazenamento da Informação – Esquecimento da Informação • Segundo a Teoria da Interferência, o esquecimento ocorre porque uma nova informação interfere na antiga e finalmente a desloca, na MCP; • Há pelo menos dois tipos de interferência que aparecem na teoria e na pesquisa psicológica: a interferência retroativa (causada pela atividade que ocorre depois que a pessoa aprende alguma coisa, mas antes de ela ser solicitada a evocar essa coisa) e a interferência proativa (quando o conteúdo interferente atua antes, não depois da aprendizagem do conteúdo a ser lembrado); • Segundo a Teoria da Deterioração, a informação é esquecida porque desaparece gradualmente, com o passar do tempo, e não porque ela foi deslocada por outra informação. MEMÓRIA E REPRESENTAÇÃO DO CONHECIMENTO

  30. Armazenamento da Informação – Transferência da Informação • Consolidação:Um método para realizar a transferência da informação no qual deliberadamente presta-se atenção à informação a fim de compreendê-la. Faz-se isto integrando os novos dados aos esquemas já existentes da informação armazenada. Muito utilizado na transferência para a MLP. • Repetição: Método através do qual é feita uma recitação repetida de um item. A repetição pode ser aberta quando a recitação é em voz alta e óbvia a qualquer pessoa que estiver observando, ou oculta quando a recitação é silenciosa e escondida; • Herman Ebbinghauss (1885), apoiado mais tarde por Harry Bahrick e Elizabeth Phelps (1987) observaram que as pessoas tendem a lembrar-se da informação por mais tempo quando a adquirem pela prática distribuída (aprendizagem na qual várias sessões são espaçadas ao longo do tempo) do que na prática aglomerada (com sessões apinhadas, todas juntas). Quanto maior a distribuição das experiências de aprendizagem ao longo do tempo, mais elas as lembravam durante longos períodos de tempo; MEMÓRIA E REPRESENTAÇÃO DO CONHECIMENTO

  31. Armazenamento da Informação – Transferência da Informação • Arthur Glenberg (1977,1979) estudou o efeito do espaçamento e ele e outros associaram este efeito ao processo pelo qual as memórias são consolidadas na MLP. Uma pessoa evocará a informação por mais tempo, em média, se distribuir sua aprendizagem do assunto em questão e variar o contexto para codificação, em vez de tentar aglomerar ou apinhar tudo num curto período de tempo; • De acordo com a hipótese de tempo total, a quantidade de tempo despendido em repetir a matéria, sem levar em consideração como esse tempo é dividido entre as experiências em qualquer sessão. Porém, há pelo menos duas restrições a esta hipótese: (a) o tempo distribuído para a repetição deve realmente ser usado para esse propósito; (b) para alcançar os objetivos, a repetição deve incluir alguns dos vários de elaboração ou de estratégias mnemônicas que podem melhorar a evocação MEMÓRIA E REPRESENTAÇÃO DO CONHECIMENTO

  32. Armazenamento da Informação – Transferência da Informação MEMÓRIA E REPRESENTAÇÃO DO CONHECIMENTO

  33. Recuperação da Informação Diferenças no Processo Metacognitivo: • De acordo com estudos realizados por diversos pesquisadores, as crianças mais novas carecem não só do conhecimento de estratégias, mas também da tendência a usá-las quando as conhecem; • As crianças mais velhas sabem que, para reter a MCP, precisam repeti-las; as crianças mais novas não; • As crianças com deficiência mental são muito menos prováveis de repetirem espontaneamente do que as de inteligência normal; • Cultura, experiência e demandas ambientais também afetam o uso de estratégias para aumentar a memória. Por exemplo, crianças ocidentais utilizam mais as estratégias de repetição, enquanto que aborígenes australianos são mais adeptos às estratégias mnemônicas da localização espacial e em arranjos de objetos. MEMÓRIA E REPRESENTAÇÃO DO CONHECIMENTO

  34. Recuperação da Informação • Um problema que surge quando se estuda a memória é o de entender porque, às vezes, algumas pessoas têm dificuldade em recuperar a informação; • Os psicólogos cognitivos têm freqüentemente dificuldades em encontrar um meio para distinguir entre disponibilidade(informação armazenada permanentemente na MLP) e acessibilidade (grau que se tem acesso à informação disponível). O desempenho da memória depende da acessibilidade da informação a ser lembrada. MEMÓRIA E REPRESENTAÇÃO DO CONHECIMENTO

  35. Recuperação da Informação Tratamento em paralelo x Tratamento em série: • O tratamento em paralelo refere-se à manipulação simultânea de múltiplas operações; quando aplicados à MCP, os itens armazenados seriam recuperados todos juntos, não um de cada vez. Tempo de resposta Número de itens da lista MEMÓRIA E REPRESENTAÇÃO DO CONHECIMENTO

  36. Recuperação da Informação O tratamento em sérierefere-se a operações que são feitas uma após a outra. Neste caso, os itens são recuperados em sucessão, em vez de em conjunto. Tempo de resposta Número de itens da lista MEMÓRIA E REPRESENTAÇÃO DO CONHECIMENTO

  37. Recuperação da Informação O processamento seriado da informação possui duas formas de obter-se acesso aos estímulos: (a) Tratamento seriado exaustivo: o sujeito sempre deve checar o dígito-teste contra todos os dígitos na série positiva, mesmo se um dígito igual for encontrado a meio caminho de toda a lista. Tempo de resposta Posição dos símbolos na lista MEMÓRIA E REPRESENTAÇÃO DO CONHECIMENTO

  38. Recuperação da Informação (b) Tratamento seriado autoterminante ou autodelimitante: nesta situação o sujeito sempre deve verificar o dígito-teste contra todos os dígitos na série positiva, até o ponto em que ela encontre um dígito igual. Tempo de resposta Posição dos itens na lista MEMÓRIA E REPRESENTAÇÃO DO CONHECIMENTO

  39. Processos de Construção da Memória • Frederico Bartlett (1932) reconheceu a necessidade de estudar-se a recuperação da memória para textos associados e não apenas para séries não-relacionadas de dígitos; • Ele sugeriu que, nestes casos, as pessoas trazem para uma tarefa de memória seus esquemas já existentes que às vezes levam à interferência ou à distorção e, outras vezes, à intesificação dos processos de memória; • Experimentos também mostraram uma grande suscetibilidade das pessoas para a distorção em relatos de testemunho ocular, evidenciando que elas podem facilmente ser levadas a construir uma memória que é diferente do que realmente aconteceu; • Outros fatores que interferem na eficácia da recuperação da memória são: (a) a existência de esquemas mais elaborados em especialistas quanto à sua área de atuação, (b) clareza percebida da experiência e seu contexto, (c) a intensidade emocional de uma experiência. MEMÓRIA E REPRESENTAÇÃO DO CONHECIMENTO

  40. ReferênciaPrincipal: George de Souza Alves

  41. Outras referências: MEMÓRIA E REPRESENTAÇÃO DO CONHECIMENTO

  42. MEMÓRIACarlos Drummond de Andrade Amar o perdidodeixa confundidoeste coração.Nada pode o olvidocontra o sem sentidoapelo do Não.As coisas tangíveistornam-se insensíveisà palma da mão.Mas as coisas findas,muito mais que lindas,essas ficarão. MEMÓRIA E REPRESENTAÇÃO DO CONHECIMENTO

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