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MOTA: A.E.: A Nova Fábrica de Consensos, cortez ed. p. 45-69, cap. 2, 2008

A Cultura da Qualidade nos anos 90: a flexibilização do trabalho na indústria petroquímica da Bahia. MOTA: A.E.: A Nova Fábrica de Consensos, cortez ed. p. 45-69, cap. 2, 2008. O modelo japonês nos anos 90 no Brasil.

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MOTA: A.E.: A Nova Fábrica de Consensos, cortez ed. p. 45-69, cap. 2, 2008

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  1. A Cultura da Qualidade nos anos 90: a flexibilização do trabalho na indústria petroquímica da Bahia. MOTA: A.E.: A Nova Fábrica de Consensos, cortez ed. p. 45-69, cap. 2, 2008

  2. O modelo japonês nos anos 90 no Brasil • No Brasil, o modelo japonês tem em comum com os outros países: heterogeneidade de forma setorial e regional e difusão de forma gradual; • Variáveis: condições mais gerais da política e da economia do país, posição de cada setor no mercado nacional e internacional, relações políticas entre técnicos e empresários, características do processo de produção; • No Brasil ocorre inicialmente no processo automotivo; • Primeira fase: décadas de 70-80 nos Círculos de Controle de Qualidade, resposta à recessão dos anos 80.

  3. O modelo japonês nos anos 90 no Brasil • Segunda fase nos anos 80: Resistência dos sindicatos e das empresas (cultura das gerências);Just-in-tim (JIT) e CEP controle estatístico de processos; • Anos 90: terceiro período; década da qualidade; • Governo Collor: modernização do Brasil: Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade (PBQB): produtividade e competitividade da economia brasileira; aumentam o número de empresas de consultorias na área de qualidade;epidemia de competitividade;

  4. O modelo japonês nos anos 90 no Brasil • Condicionantes como determinantesda nova cultura de qualidade:Abertura da economia e Política recessiva; • Programas de Qualidade e Terceirização do processo de trabalho (áreas periféricas e nucleares); • Globalização dos mercados; novas práticas de gestão; enfrentamento da crise econômica e recessão

  5. Debate sobre o modelo japonês • Estudos sobre o modelo japonês • Consensos: para responder à competitividade; sobreviver à crise e a instabilidade econômica; • Determinação externa: reestruturação produtiva internacional; • Determinação interna: esgotamento do Estado em relação ao financiamento (políticas de subsídio ao setor privado); • Movimento operário resistente; • Desestruturação do movimento coletivo, estímulo à concorrência,buscam cooperação dos empregados, forte conteúdo ideológico;

  6. Debate sobre o modelo japonês • Duas preocupações da adaptação do modelo japonês no Brasil:1) autoritarismo da cultura empresarial brasileira (referência Japão e democracia com destruição de sindicatos; autoritarismo; família); 2) Abuso em que as formas nacionais do modelo assumem 9aspectos negativos e positivos do modelo no Brasil e Japão); • Empresas em que houve envolvimento dos trabalhadores: política de benefícios, prêmios e compensações; • Democratização das relações industriais;câmaras setoriais – reconhecimento dos sindicatos; • Incorporação individual do trabalhador para esvaziar as iniciativas coletivas;

  7. Debate sobre o modelo japonês • Contradição na aplicação dos modelos; • Resistência dos sindicatos (Convenções Coletivas descumpridas pelas empresas); • Discussão de novas práticas sindicais: referenciais políticos; • Externalização de atividades pelas empresas: contrato domiciliar, contrato de terceiros;”cascatas de subcontratação” • Treinamento com a lógica de envolvimento do trabalhador de forma cooperativa onde cada trabalhador é um parceiro. Trabalhador com receios de perder o emprego.

  8. Debate sobre o modelo japonês • Anos 90 o caráter mais ideológico dos programas em relação aos anos 80: desintegração da força de trabalho, enfraquecimento, dispersão da classe trabalhadora, precarização do trabalho e da vida,terceirização que estabelece novas relações entre patrões e empregados; • Necessidade do trabalhador “mostrar serviço”;

  9. Flexibilização do trabalho e a reestruturação produtiva na Bahia • Surto da competitividade e da qualidade; • Recuperar a competitividade internacional a qualquer preço; • Redução de custos e de novas tecnologias; • Protecionismo do Estado e compra de pacotes tecnológicos; • A flexibilização então é no trabalho e não nosinstrumentos/equipamentos: na gestão e organização do trabalho, escolhendo para tal o modelo japonês; • Modelo japonês como escolha do empresariado; • Reestruturação produtiva: movimento do capital e escolha do empresariado.

  10. Flexibilização do trabalho e a reestruturação produtiva na Bahia • Objetiva destruir a resistência operária e sindical através do desmantelamento, desintegração e individualização dos coletivos de trabalhadores; • Limitação da socialização do trabalho implicando em precarização da força de trabalho, emprego e condições de vida; • Objetiva redução do número de trabalhadores: demissões e terceirizações;

  11. Qualidade Total nas Empresas do Pólo Petroquímico de Camaçari 1. Círculo de Controle de Qualidade: - Aplicados em 49% das empresas (63% no período 1990/93); 2. Controle Estatístico de Produção - Existem em 545 das empresas (mesmo período); 3. Just-in-time -Aplicados em 15% das empresas; 4. Motivos para implantação da qualidade total: Produtividade, redução de custos, racionalização do trabalho (todos em 82%);ISO 9000 (74%); 5. Manual padrão seguido pelas empresas;

  12. Qualidade Total nas Empresas do Pólo Petroquímico de Camaçari • “Sistemas de Qualidade da Empresa” 1. Política de qualidade; 2. Gestão de qualidade; 3. Controle de Processo; 4. Inspeção de estágios; 5. Controle de Produtos não conforme; 6. Auditorias internas; 7. Ação corretiva; 8. Treinamentos e Técnicas estatísticas; • Produção pelas empresas de cartilhas, cartazes, folhetos.Campanhas de mobilização; • Modernização empresarial com os trabalhadores como parceiros.

  13. Qualidade Total nas Empresas do Pólo Petroquímico de Camaçari • Método Deming – ciclo PFCA (planejar, fazer, checar e agir). Sistema de controle e fiscalização do trabalho; • Auditorias internas para adquirir o ISSO 9000 com apuração das responsabilidades no caso de erros, desvios; • Busca de mudanças na cultura empresarial e nas cultura do trabalho; • Ênfase no espírito de equipe; • Empresa enxuta, competitiva e com relações de trabalho competitivas;

  14. As implicações da Qualidade Total nas Fábricas:deteriorização das condições de trabalho • Crítica da implantação da qualidade total: deteriorização das condições de trabalho, salário e vida dos trabalhadores; • Denúncias nos meios de comunicação e comunicação interna das empresas pelos sindicatos; • Crítica à polivalência; • Proposta dos trabalhadores: melhores condições de salários, de vida e de cidadania;

  15. Considerações finais • Reafirmam o taylorismo e fordismo no que eles têm de pior: imposição autoritária da forma de trabalho e separação entre o trabalho prescrito e o trabalho real; • Processo de descaracterização do taylorismo e fordismo. Quebra do seu aspecto fabril; • Não distribuição dos lucros; • Perdas salariais; • Recuo na própria história do trabalho; • Redução do espaço de sociabilidade.

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