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Gabarito - Revisão parte I

gabarito dos exercícios de revisão parte I

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Gabarito - Revisão parte I

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Presentation Transcript


  1. Atividade de revisão Parte I 1) compare a conjuração mineira e a baiana nos quesitos: Tanto a Conjuração Baiana (1798) quanto a Inconfidência Mineira (1789) foram movimentos de contestação que ocorreram no final do período colonial, em um contexto de crise. Por vezes, chamamos esses movimentos de contestação de “emancipacionista” e esta é a primeira grande semelhança, mas temos outras: ambos foram influenciados pelo Iluminismo, pela independência dos Estados Unidos e pelas ideias republicanas; além disso, há também a questão dos altos impostos – cada movimento, à sua maneira, sofria com este problema. Entre as diferenças, podemos observar a orientação dos movimentos, a Inconfidência Mineira foi um movimento elitista, já a conjuração Baiana tinha um caráter popular; na Bahia falava-se em abolição da escravidão, algo que não era cogitado pelos inconfidentes de minas. Notamos, desse modo, que há muitas aproximações entre esses movimentos e isso pode ser entendido devido às diversas imposições da coroa portuguesa sobre a colônia, os problemas administrativos e intensa exploração dos colonos.

  2. 2) Explique os fatores que provocaram a vinda da família real portuguesa ao Brasil em 1808 Em 1806, Napoleão Bonaparte decretou o bloqueio continental determinando que os países europeus fechassem os portos para os navios da Inglaterra. Enquanto isso, negociou secretamente o Tratado de Fontainebleau (1807) com os espanhóis que permitiria os franceses atravessar a Espanha para invadir Portugal. Em troca, o reino espanhol poderia se apoderar de um pedaço do território português. Portugal não aderiu ao bloqueio continental devido à longa aliança política e comercial com os ingleses e, por este motivo, Napoleão ordenou a conquista, ocorrida em novembro de 1807. Antes disso, em 22 de outubro de 1807, o príncipe regente D. João e o rei da Inglaterra Jorge III (1738-1820) assinaram uma convenção secreta que transferia a sede monárquica de Portugal para o Brasil. Neste mesmo documento, ficava estabelecido que as tropas britânicas se instalariam na lha da Madeira temporariamente. Por sua parte, o governo português comprometeu-se em assinar um tratado comercial com a Inglaterra após fixar-se no Brasil. O príncipe regente, então, determinou que toda a família real seria transferida para o Brasil. Também viajariam os ministros e empregados, totalizando 15,7 mil pessoas que representavam 2% da população portuguesa. 3) Por que D. João ordenou a abertura dos portos brasileiros? O Decreto de Abertura dos Portos às Nações Amigasfoi uma carta régia promulgada pelo Príncipe-regente de Portugal Dom João de Bragança, no dia 28 de janeiro de 1808, em Salvador, na Capitania da Baía de Todos os Santos, no contexto da Guerra Peninsular. Foi a primeira Carta Régia promulgada pelo Príncipe-regente no Brasil, o que se deu apenas quatro dias após sua chegada, com a família real e a nobreza portuguesa, em 24 de janeiro de 1808. Esse foi o primeiro passo do processo de Independência do Brasil.

  3. Por esse diploma era autorizada a abertura dos portos do Brasil ao comércio com as nações amigas de Portugal, do que se beneficiou largamente o comércio britânico. Foi a primeira experiência liberal do mundo após a Revolução Industrial. Porém, ao contrário do que se generalizou, segundo Rubens Ricupero, em razão de erros de interpretação historiográfica, a abertura dos portos para todas as nações não foi ditada pelos ingleses. Ainda que a medida, na prática, tenha beneficiado o Reino Unido — devido à virtual inexistência de concorrentes enquanto durasse a guerra e o bloqueio dos portos na Europa —, o que os britânicos desejavam, e demandaram de Portugal, eram condições expressamente mais vantajosas para as naves com sua bandeira, conforme afirmou o encarregado de negócios do Reino Unido ao próprio Príncipe-Regente. A carta marcou o fim do Pacto Colonial, ou "Exclusivo Metropolitano", sistema de comércio mercantil que na prática obrigava todos os produtos das colônias a passarem antes pelas alfândegas da metrópole. Ou seja, no caso específico da América Portuguesa, os demais países não podiam vender produtos para o Brasil, nem de lá importar matérias-primas diretamente, de modo que eram forçados a fazer seus negócios necessariamente com a metrópole. Calcula-se que, no início do século XIX, cerca de 2/3 das exportações portuguesas eram, na verdade, reexportações de produtos brasileiros. 4) O que ficou estabelecido no Tratado de Comercio e navegação de 1810? O Tratado de Comércio e Navegação foi um acordo assinado entre Portugal e a Grã Bretanha em 19 de fevereiro de 1810, com a finalidade de "conservar e estreitar" as relações de aliança entre as duas monarquias. O Tratado era ilimitado: sua duração e as suas obrigações e condições eram perpétuas e imutáveis. Havia, entretanto, a possibilidade de revisão após quinze anos. Essa ressalva, excluía alterações por motivo de mudança de sede da monarquia para Portugal. Em 1810, D.João VI assinou vários tratados com a Inglaterra, sendo o de maior interesse o de Comércio e Navegação, cuja concessão essencial foi a permissão de entrada de mercadorias inglesas pagando apenas o direito de 15% ad valorem. As decisões dos decretos de 28 de janeiro e de 11 de junho de 1808 foram revogadas pelo Tratado de 1810, que estabelecia a taxa de 15% para os comerciantes lusos, sobre as mercadorias inglesas; mantinha os 16% sobre as mercadorias portuguesas; e 24% sobre as mercadorias de outras origens. Os ingleses dominaram o mercado brasileiro. Os direitos preferenciais dados pelo Tratado, no Brasil, eram estendidos para portos portugueses na Europa, Ásia e África.

  4. 5- Enumere 10 realizações e melhorias feitas por D. João no Brasil. Várias medidas tomadas por D. João VI no Brasil trouxeram importantes consequências de ordem econômica. Logo ao chegar, durante sua breve estadia na Bahia, Dom João decretou a abertura dos Portos às nações amigas (28 de janeiro de 1808). Esta medida encerrava o antigo pacto colonial que conduziu a dinâmica econômica do país até aquele momento. O contrabando sofreu uma significativa diminuição e os recursos arrecadados pela coroa também aumentaram. Ao mesmo tempo os produtos ingleses tomaram conta do país, impedindo o desenvolvimento de manufaturas no Brasil, as cidades portuárias, porém, tiveram notório desenvolvimento. No ano de 1810, os tratados de Aliança e Amizade e de Comércio e Navegação fixaram os interesses britânicos no mercado brasileiro. Este tratado além de estabelecer taxas alfandegarias firmava um compromisso em que o tráfico negreiro seria posteriormente extinguido. Além de trazer transformações no jogo econômico, o governo de Dom João VI empreendeu outras mudanças. No Rio de Janeiro, adotada como capital do Império, foram promovidas diversas modificações. Uma Biblioteca Real foi construída e o primeiro jornal do país foi criado. Novos prédios públicos foram criados como a Casa da moeda, Banco do Brasil, a Academia Real Militar e o Jardim Botânico. Em 1815, a administração Joanina elegeu o Brasil a condição de Reino Unido. Essa nova nomeação extinguiu politicamente a condição colonial do país e foi crucial para a insatisfação que os lusitanos vinham alimentando. Esta insatisfação provocou movimentos revolucionários como a Revolução do Porto. Dom João VI fez inúmeras obras na cidade carioca, então capital do império. Abaixo listamos várias delas: • Criação do Banco do Brasil • Fundação da academia militar • Fundação do hospital militar • Criação da Fábrica da Pólvora • Criação do Jardim Botânico do Rio de Janeiro

  5. • • • • • • • • • • Criação da Academia Imperial de Belas Artes Criação da Academia de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro Criação da Biblioteca Real Criação dos Correios Criação do Museu Real Criação da Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios Criação da Impressão Régia Inauguração do Teatro Real de São João Criação de fábricas de tecido Pavimentação das ruas cariocas Reforma dos portos 6- Explique as causas, objetivos e desfecho da Revolução Pernambucana de 1817. O que foi A Revolução Pernambucana foi um movimento social (revolta) de caráter emancipacionista ocorrido em Pernambuco no ano de 1817. É considerado um dos mais importantes movimentos de caráter revolucionário do período colonial brasileiro. Causas - Insatisfação popular com a chegada e funcionamento da corte portuguesa no Brasil, desde o ano de 1808. O questionamento maior era com relação a grande quantidade de portugueses nos cargos públicos; - Insatisfação com impostos e tributos criados no Brasil por D. João VI a partir da chegada da corte portuguesa ao Brasil; - Influência dos ideais iluministas, principalmente os que criticavam duramente as estruturas políticas da monarquia absolutista. Os ideais da Revolução Francesa, “liberdade, igualdade e fraternidade”, ecoavam em solo pernambucano, principalmente entre os maçons; -Significativa crise econômica que abatia a região, atingindo, principalmente, as camadas mais pobres da população pernambucana. A crise era provocada, principalmente, pela queda nas exportações de açúcar, principal produto da região;

  6. - Fome e miséria, que foram intensificadas com a seca que atingiu a região em 1816. Objetivo O movimento social pernambucano tinha como objetivo principal a conquista da independência do Brasil em relação a Portugal. Queriam implantar um regime republicano no Brasil e elaborar uma Constituição. Como foi a revolta Ao saber da organização da revolta, o governador de Pernambuco ordenou a prisão dos envolvidos. Porém, os revoltosos resistiram e prenderam o governador. Após dominar a cidade de Recife, os revoltosos implantaram um governo provisório. Para conquistar o apoio popular, o governo provisório abaixou impostos, libertou presos políticos e aumentou o salário de militares. Os rebeldes enviaram emissários para outras províncias do norte e nordeste para derrubar os governos e ampliar a revolução. Porém, sem apoio popular significativo, estes movimento não avançaram. Repressão do governo e fim da revolta Preocupado com a possibilidade de ampliação da revolta para outras províncias, D.João VI organizou uma forte repressão militar contra os rebeldes de Pernambuco. As tropas oficiais cercaram Recife. Os embates duraram 75 dias, resultando na derrota dos revoltosos. Os líderes foram presos e condenados à morte. 7) Quais os objetivos e as consequências da Revolução Liberal do Porto. O que foi A Revolução Liberal do Porto foi um movimento político, ocorrido em Portugal no ano de 1820, de caráter liberal e anti absolutista. Ele foi importante, pois teve consequências tanto em Portugal, quanto no Brasil. Foi organizado por políticos liberais e militares portugueses, tendo o Levante do Porto (24 de agosto de 1820) seu momento de início. Contou também com a participação de integrantes do clero, da nobreza e de pessoas do povo. Teve a cidade do Porto como ponto de partida, porém, rapidamente ganhou força em Lisboa e chegou a outras cidades portuguesas. Em 28 de setembro de 1820, os governos de Lisboa e Porto uniram forças – foi formada uma Junta Provisória - para dar início a organização das eleições para formar as Cortes Constituintes, que teve a missão de formular a primeira Constituição de Portugal.

  7. Causas principais - Queda nos lucros dos comerciantes portugueses, que viram seus negócios declinarem no Brasil, após Dom João VI decretar a Abertura dos Portos as Nações Amigas (1808), que beneficiou os comerciantes britânicos. - Crise econômica em Portugal, que gerou forte descontentamento popular, pois aumentou o desemprego e a pobreza. - A ausência da corte em Portugal, que ficou na condição de protetorado do Reino Unido. - Descontentamento dos militares portugueses com o controle das forças militares de Portugal pelo Reino Unido. Havia também forte ingerência britânica nos assuntos políticos e econômicos do Portugal. Objetivos principais - Forçar o retorno da corte, que estava no Brasil desde 1808, para Portugal. - Diminuir a influência britânica em Portugal. - Adotar medidas para recolonizar o Brasil, restabelecendo o Pacto Colonial (Brasil deveria voltar a comercializar exclusivamente com Portugal). - Enfraquecer o movimento pró-independência que crescia a cada dia no Brasil. - Substituir o regime absolutista pela monarquia constitucional, com uma Constituição de caráter liberal. Consequências: - Retorno, em 1821, da corte para Portugal. Porém, D. Pedro I ficou no Brasil como príncipe regente. - Fim do governo absolutista em Portugal e instalação de um regime político constitucional com preponderância política do poder legislativo. - Os portugueses colocaram em prática o plano para recolonizar o Brasil, tentando fazer com que D. Pedro I fosse para Portugal. A tentativa foi frustrada em 7 de setembro de 1822, quando ocorre a Proclamação da Independência do Brasil. - Em 23 de setembro de 1822, foi promulgada a Constituição Portuguesa, que acabou com o absolutismo e implantou em regime baseado na monarquia constitucional. Ela foi de grande importância para a implantação da democracia em Portugal.

  8. 8) Faça a sequência cronológica dos fatos ocorridos em 1822 que antecederam a proclamação da independência. 1808 – Chegada de D. João à Bahia, dando início ao PERÍODO JOANINO (1808/21). Carta-régia determina a abertura dos portos brasileiros “a todas as nações amigas”. Fim do “exclusivo” metropolitano e enfraquecimento do Pacto Colonial. Passagem do Brasil para a órbita direta do capitalismo industrial inglês, em substituição ao anacrônico colonialismo mercantilista português. – Alvará de Liberdade Industrial, revogando as proibições impostas por D. Maria I em 1785. Medida de pouco alcance prático, dada a falta de tecnologia e de capitais no Brasil. – Instalação da Imprensa Régia e publicação do primeiro jornal brasileiro. – Criação de escolas de Medicina (primeiros cursos superiores instalados no Brasil) no Rio de Janeiro e em Salvador. 1810 - Início da pressão inglesa para extinção do tráfico negreiro no Brasil. 1815 - Elevação do Brasil à categoria de Reino Unido ao de Portugal e Algarves. 1817 – Revolução Pernambucana. Último movimento emancipacionista e o único que chegou ao estágio da luta armada. 1818 - O príncipe regente torna-se rei, com o título de Dom João VI. Criada a colônia suíça de Nova Friburgo, no Rio de Janeiro. 1820 - Chega ao Brasil a notícia da Revolução do Porto. 1821 – Fim do absolutismo no Brasil. D. João VI aceita submeter-se à autoridade das Cortes. Juntas Provisórias de Governo substituem os governadores das províncias (nova denominação das capitanias) nomeados pelo rei. – Por pressão das Cortes de Lisboa, D. João VI retorna a Portugal, deixando o príncipe-herdeiro D. Pedro como regente do Brasil. – As Cortes exigem o retorno de D. Pedro a Portugal. 1822 – Dia do Fico (9 de janeiro) - D. Pedro recusa-se a obedecer às Cortes e decide permanecer no Brasil. A partir daí, acelera-se o processo da Independência. 1822 – Dom Pedro proclama a independência do Brasil. (7 de setembro)

  9. 9) Onde e por quais motivos ocorreram as lutas pela independência? Contexto histórico O processo de independência do Brasil não foi pacífico. Após o 7 de setembro de 1822, ocorreram várias manifestações, em território nacional, contrárias à Independência. Este movimento de resistência era composto, principalmente, por militares portugueses que moravam no Brasil. Dom Pedro I precisou reagir rapidamente para não colocar em risco a recém-conquistada liberdade com relação a Portugal. Seu objetivo era expulsar do país as tropas portuguesas. Foi entre os anos de 1822 e 1825, que grande parte destes conflitos pós-independência ocorreu. Como o Brasil não possuía um exército nacional, D. Pedro I precisou formar milícias e contratar militares ingleses e franceses para combater os movimentos de resistência à Independência. O comando ficou nas mãos de militares estrangeiros como, por exemplo: os britânicos Lord Cochrane e John Taylor, além do francês Pierre Labatut. Locais onde ocorreram as guerras de independência Embora tenham ocorrido conflitos em várias regiões do território nacional, eles foram mais intensos nas províncias do Pará, Bahia, Maranhão, Cisplatina (atual Uruguai) e Piauí. Causas principais: - Não reconhecimento da independência do Brasil por parte dos militares portugueses que moravam no Brasil. - Intenção dos portugueses em restaurar a colonização do Brasil. - Não aceitação da independência por parte de comerciantes e funcionários públicos portugueses que atuavam no Brasil. - Necessidade de D. Pedro de pacificar o país no pós-independência para colocar em vigor seu governo em todo território nacional. Desta forma, poderia fortalecer seu poder, consolidando-se como monarca brasileiro. Como terminaram D. Pedro I saiu vitorioso nas guerras pela independência do Brasil. Muitos opositores, principalmente militares portugueses, foram presos e expulsos do Brasil. Em 1825, Portugal reconheceu a emancipação política do Brasil e o imperador brasileiro conseguiu manter a unidade territorial. Curiosidades: - As milícias estrangeiras, contratadas por D. Pedro I, contaram, em algumas províncias brasileiras, com a ajuda de populares para expulsar os portugueses do Brasil. - Para contratar militares estrangeiros e comprar navios de guerra para as guerras de independência, D. Pedro I aumentou os impostos e contou com a doação de recursos de ricos agricultores brasileiros.

  10. 10) Como foi o processo de reconhecimento da nossa independência por parte: A- EUA B- Portugal C- Inglaterra - Os EUA foram motivados pela Doutrina Monroe (“a América para os americanos”), a primeira nação que reconheceu a independência do Brasil. Este reconhecimento ocorreu no mês de maio de 1824. - A Grã-Bretanha, muito interessada no mercado consumidor brasileiro, intermediou o reconhecimento de Portugal, através do Tratado luso-brasileiro de reconhecimento. Este tratado, assinado em agosto de 1825, impôs algumas condições para o Brasil. A principal delas foi à indenização que o Brasil teve que pagar para Portugal no valor de dois milhões de libras esterlinas. Este valor foi emprestado pelos britânicos, dando início a dívida externa brasileira. - No mesmo ano, 1825, a Grã-Bretanha reconheceu a independência brasileira. 11- Caracterize a constituição de 1824

  11. Descontente, em novembro de 1823, D. Pedro I dissolveu a Constituinte, pois a Constituição que estava sendo elaborada pelos deputados limitava o poder do imperador. Então, D. Pedro I convocou seis ministros e alguns políticos de sua confiança para redigir a nova Constituição Brasileira. D. Pedro I também participou da redação do texto constitucional, garantindo assim a manutenção de seu poder de imperador. A primeira Constituição brasileira foi outorgada, por D. Pedro I, em 25 de março de 1824. Principais características da Constituição de 1824: - Concentrava poderes nas mãos do imperador, através do poder moderador. - Só os ricos podiam votar, pois o voto era baseado em renda. Este sistema eleitoral excluiu a maioria da população brasileira do direito de escolher seus representantes. - Igreja subordinada ao Estado. - Manutenção do sistema que garantia os interesses da aristocracia. O que ficou determinado pela Constituição de 1824: - O Brasil seguiria o regime político monárquico, sendo que o poder seria transmitido de forma hereditária. - O poder moderador, exercido pelo imperador, estava acima dos outros poderes. Através deste poder, o imperador poderia controlar e regular os outros poderes. Assim, o imperador tinha o poder absoluto sobre todas as esferas do governo brasileiro. - Voto censitário, ou seja, para poder votar e se candidatar a pessoa deveria comprovar determinada renda. - Estabeleceu os quatro poderes: executivo, legislativo, judiciário e moderador. - Estabeleceu a Igreja Católica como religião oficial do Brasil. A Igreja ficou subordinada ao Estado. - Criação do Conselho de Estado, composto por conselheiros escolhidos pelo imperador. - Poder executivo exercido pelo imperador e ministros de Estado. - Deputados e senadores seriam os responsáveis pela elaboração das leis do país, que seriam executadas pelo poder executivo. - Manutenção da divisão territorial nacional em províncias. - O imperador tinha o direito de não responder na justiça por seus atos. - Estabelecimento de garantias e direitos individuais.

  12. 12) O que foi a chamada Confederação do Equador? O que foi A Confederação do Equador foi um movimento político e revolucionário ocorrido na região Nordeste do Brasil em 1824. O movimento teve caráter emancipacionista e republicano. Ganhou este nome, pois o centro do movimento ficava próximo a Linha do Equador. A revolta teve seu início na província de Pernambuco, porém, espalhou-se rapidamente por outras províncias da região (Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba). Em Pernambuco, centro da revolta, o movimento teve participação das camadas urbanas, elites regionais e intelectuais. A grande participação popular foi um dos principais diferenciais deste movimento. Causas principais - Forte descontentamento com centralização política imposta por D. Pedro I, presente na Constituição de 1824;

  13. - Descontentamento com a influência portuguesa na vida política do Brasil, mesmo após a independência; - A elite de Pernambuco havia escolhido um governador para a província: Manuel Carvalho Pais de Andrade. Porém, em 1824, Dom Pedro I indicou um governador de sua confiança para a província: Francisco Paes Barreto. Este conflito político foi o estopim da revolta. Objetivos da revolta - Convocação de uma nova Assembleia Constituinte para elaboração de uma nova Constituição de caráter liberal; - Diminuir a influência do governo federal nos assuntos políticos regionais; - Acabar com o tráfico de escravos para o Brasil; - Organizar forças de resistências populares contra a repressão do governo central imperial; - Formação de um governo independente na região. Reação do governo e fim do movimento - Sob o comando do almirante britânico Thomas Cochrane, as forças militares do império atuaram com rapidez e força para colocar fim ao movimento emancipacionista. Um dos principais líderes, Frei Caneca, foi condenado ao fuzilamento. Padre Mororó, outra importante liderança, foi executado a tiros. Outros foram condenados à prisão como foi o caso do jornalista Cipriano Barata. Muitos revoltosos fugiram para o sertão e tentaram manter o movimento vivo, porém o movimento perdeu força no mesmo ano que começou. 13) Caracterize a situação econômica brasileira no primeiro reinado A economia brasileira não se altera com sua independência política: mantém-se agrário-exportadora e baseada no trabalho escravo. Livre do colonialismo português, o país passa inteiramente para a esfera econômica da Inglaterra.

  14. Os ingleses tornam-se os únicos compradores dos produtos primários brasileiros e os principais fornecedores de bens manufaturados. A partir do século XIX, o café começa a ser plantado na região Sudeste do país e desenvolve-se rapidamente no Rio de Janeiro, sudeste de Minas e em São Paulo. Entre 1820 e 1830, já é responsável por 43,8% das exportações brasileiras, o equivalente a uma venda anual de cerca de 3 milhões de sacas de 60 kg. O vale do rio Paraíba, em São Paulo e Rio de Janeiro, torna-se o principal centro da produção cafeeira: formam-se as grandes fazendas trabalhadas por escravos e as imensas fortunas dos “barões do café”, um dos pilares de sustentação do Império até 1889. Crise econômica Apesar do desenvolvimento da economia cafeeira, o país é abalado por uma forte crise econômica, que já se anunciara antes mesmo da independência. A partir de 1820, começam a cair preços do algodão, do cacau e do açúcar no mercado internacional e os ingressos com o café não são suficientes para superar os déficits da balança comercial. O tabaco perde seu principal mercado, a África, em consequência das pressões inglesas para o fim do tráfico de escravos. Para contornar o problema, o governo desvaloriza a taxa cambial e faz empréstimos no exterior, principalmente na Inglaterra. Em 1828, o Banco do Brasil abre falência e, no ano seguinte, é liquidado oficialmente. A crise econômica prolonga-se até 1840. Rombos do orçamento Os rombos no orçamento são constantes durante todo o reinado de dom Pedro I. As revoltas e sublevações das Províncias e a oposição ao centralismo imperial levam os governos locais a não enviar os impostos arrecadados ao Rio de Janeiro. O imposto territorial, que poderia ser uma grande fonte de recursos, normalmente não é cobrado para não contrariar os grandes proprietários. Para agravar o quadro, o governo tem gastos elevados com as guerras da independência e repressão s rebeliões internas. 14)Explique o que foi a questão Cisplatina? A Banda oriental, disputada por brasileiros e castelhanos, é incorporada ao Império em 1821 como Província Cisplatina. Em 1825, líderes separatistas locais, comandados por Fructuoso Rivera, proclamam a independência da região. O Brasil declara guerra à Argentina, que também reivindica a posse

  15. da Província, em 10 de outubro de 1825. É derrotado na batalha de Passo do Rosário em 20/2/1827. A diplomacia britânica intervém e os dois países desistem da região. Um tratado de paz cria a República Independente do Uruguai, em 27 de agosto de 1828. 15)Qual a relação existente entre a sucessão do trono português e o reinado de D. Pedro I? Após a morte de seu pai D. João VI , em 1826, Dom Pedro envolveu-se crescentemente na questão sucessória em Portugal. Para os portugueses, era o herdeiro da Coroa. Para os brasileiros, o imperador não deveria ter vínculos com a antiga metrópole pois, ao proclamar a Independência, havia renunciado à herança lusitana. Depois de muita discussão, o imperador formalizou sua renúncia e abdicou do trono de Portugal em favor de sua filha D. Maria da Glória. Mesmo assim a questão nunca deixaria de ser uma das grandes bandeiras da oposição liberal brasileira. No fim da década de 1820, a oposição crescia. D. Pedro I procurou então apoio nos setores portugueses que instalara no Brasil na burocracia civil-militar e no comércio das principais cidades. 16)Porque D. Pedro I abdicou ao trono brasileiro em 1831? Fatores que levaram à abdicação de Dom Pedro I * Dissolução da Assembleia Constituinte, decreto da Constituição de 1824 que garantia a centralização de seu poder. * Crise econômica:

  16. 1) Apesar do aumento da exportação de alguns produtos ao longo da década de 1820, houve queda de preço de algumas commodities (algodão, couro, cacau, fumo e café) – as rendas do governo, dependentes em grande medida dos impostos sobre as importações, caíram. 2) Crise do Banco do Brasil (Dom João VI retirou todo o ouro depositado no banco antes de retornar a Portugal; Dom Pedro I optou pela emissão de moeda, o que gerou “inflação” – naquela época ainda não se empregava o termo). 3) Gastos com a guerra contra as Províncias Unidas do Rio da Prata por causa da incorporação dessas com o Uruguai agravaram a crise. * A elite política se dividia entre liberais (acreditavam que a liberdade constitucional garantiria a ordem e a propriedade) e absolutistas (defensores da ordem e da propriedade, garantidas por um imperador que precisava ser forte e respeitável). Muitos membros da elite brasileira apoiaram Dom Pedro (em troca de benefícios, obviamente), mas a situação foi mudando após o surgimento de outros fatores. * O Exército foi afastando-se do Imperador (descontentamento com as derrotas militares e a presença de oficiais portugueses em postos de comando). * Sentimento antiluso (antiPortugal) decorrente da suspeita que Dom Pedro I voltaria à Portugal para assumir também o trono português após a morte de seu pai, em 1826. * Noite das garrafadas.

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