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PROJETO DE PESQUISA BNDES-FECAMP – 2008/09 INSTITUIÇÕES EXECUTORAS: IE/UNICAMP E IE/UFRJ PERSPECTIVAS DA INDÚSTRIA FINANCEIRA BRASILEIRA E O PAPEL DOS BANCOS PÚBLICOS. SUBPROJETO: MERCADO DE TÍTULOS BRASILEIRO EQUIPE: IE/UFRJ COORDENAÇÃO: FERNANDO J. CARDIM DE CARVALHO (IE/UFRJ).
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PROJETO DE PESQUISA BNDES-FECAMP – 2008/09INSTITUIÇÕES EXECUTORAS: IE/UNICAMP E IE/UFRJPERSPECTIVAS DA INDÚSTRIA FINANCEIRA BRASILEIRA E O PAPEL DOS BANCOS PÚBLICOS SUBPROJETO: MERCADO DE TÍTULOS BRASILEIRO EQUIPE: IE/UFRJ COORDENAÇÃO: FERNANDO J. CARDIM DE CARVALHO (IE/UFRJ).
SEMINÁRIO / RELATÓRIO FINALCAPÍTULO IIIMercado de Ações Brasileiro (MAB):Síntese da Evolução Recente, Perspectivas e Papel dos Bancos Públicos EQUIPE: Jennifer Hermann; Paula Marina Sarno; Maria Isabel Busato; Mauro Santos Silva; Norberto Martins; Anna Carolina dos Reis.
1. APRESENTAÇÃO • Objetivo Geral do Sub-Projeto: Análise da evolução do MAB no período 1990-2008. • Objetivo específico: Análise das implicações da evolução recente e perspectivas do MAB para a atuação dos Bancos Públicos (BP) no Brasil. • Foco: Segmento primário do MAB e fase de expansão recente (2004-08).
1. APRESENTAÇÃO 1º Relatório Parcial • Descritivo: Principais tendências do MAB no período 1990-2008. 2º Relatório Parcial • Analítico: Causas e condicionantes da expansão de 2004-08. • Questão central: Caráter conjuntural x estrutural dessa expansão. • Condicionantes: Ambiente macro e financeiro doméstico e externo; ambiente institucional (regulação, política financeira); perfil de risco do MAB em 2004-08 (concentração, liquidez, volatilidade). Relatório Final • Síntese, perspectivas e implicações para os Bancos Públicos.
2. TENDÊNCIAS DO MAB (1990-2008) 1990-94: Previsível estagnação. Ambiente externo e institucional favoráveis; ambiente macro doméstico muito desfavorável. 1995-98: Forte expansão. Ambiente externo, institucional e macro favoráveis. 1999-2003: Previsível (e forte) retração. Avanço institucional (regulação de proteção contra riscos), mas ambiente externo e doméstico muito desfavoráveis; 2004-08: Expansão “espetacular”. Ambiente externo, doméstico e institucional altamente favoráveis.
2. TENDÊNCIAS / Perfil da Oferta (1999-2008) • Concentração em grandes empresas (100%) e setores (60% em extração mineral, construção civil, energia e bancos). • Destinação dos recursos: produção/investimento (60% em 2004-07, 38% em 1999-03) e reestruturação patrimonial (respectivamente, 30% e 60%). • IPOs: 54% em 2004-08 (21% em 1999-03). • “Novo Mercado”: 66% em 2004-08 (14% em 1999-03). • DRs: perfil anticíclico: % DR/Total = 362% em 2002-03 e 21% em 2006-08.
2. TENDÊNCIAS / Perfil da Demanda (2004-08) Tendências preocupantes: • Maiores compradores domésticos (fundos/clubes de investimento e pessoas físicas) reduziram participação no mercado. • Fundos de previdência e instituições financeiras: peso inexpressivo. • Crescente participação de investidores estrangeiros.
2. TENDÊNCIAS / Perfil de Risco (2004-08) Indicadores ambíguos: • Liquidez: sinais de melhora (aumento do volume negociado combinado a tendência de alta do Ibovespa). • Volatilidade (Ibovespa, 2001-08): redução modesta até 2007 (de 35% p/ 27%), reversão em 2008 (46%). • Concentração: aumento da concentração em investidores estrangeiros, empresas e setores (especialmente commodities) . • Estrangeiros: aparente impacto desfavorável sobre a volatilidade - fases de saída de capital coincidem com as de aumento da volatilidade.
2. TENDÊNCIAS / Risco Gráfico II.17 – Evolução do Ibovespa x Índice de Commodities
2. TENDÊNCIAS / Risco Gráfico II.19 – Volatilidade Mensal Anualizada do Ibovespa x Fluxo de Capital Estrangeiro em Bolsa Mensal Anualizado – 2004-2008
3. A EXPANSÃO DE 2004-08 Condicionantes:
3. 2004-08 / Análise Mudança estrutural ou apenas conjuntura favorável? • Condições estruturais contribuíram para sustentar, mas não desencadearam, a expansão: • Mudanças estruturais são muito anteriores a 2004. • Boom só foi possível sob conjuntura muito favorável. • Fatores conjunturais favoráveis em sinergia: • Crescimento e liquidez internacional → melhora das contas externas no Brasil. • Contas externas → estabilidade monetária, corte dos juros, retomada do crescimento no Brasil. • Crescimento → estímulo à oferta e demanda por ações. • Juros em queda, porém altos→ vantagem comparativa.
4. PERSPECTIVAS DO MAB Herança de 2004-08: • Elevado peso de fatores conjunturais reduz probabilidade de extensão desse cenário. Maior risco: • Elevado peso do ambiente externo: • Ambiente externo extremamente favorável está na raiz da melhora da conjuntura doméstica que permitiu a expansão. • Peso de investidores estrangeiros no MAB é preocupante: dinâmica do mercado é exógena. • Nessas condições, abertura financeira (estrutural) tem efeitos ambíguos: eleva demanda, liquidez e volatilidade no MAB.
4. PERSPECTIVAS / Conclusão Perspectivas: • Baixa probabilidade de retorno aos níveis de 2004-08, na ausência de (novo) cenário externo tão favorável. • Crise financeira internacional recente (2008-09) sugere baixa probabilidade de repetição de tal cenário externo. • Avanço anterior da regulamentação, bons resultados recentes do MAB e crescimento com estabilidade monetária podem sustentar nova fase expansiva, porém, menos espetacular.
5. IMPLICAÇÕES PARA OS BP FEDERAIS Relações BP-MAB: • Influência dos BP sobre o MAB, via: • atuação dos BP no MAB; • atuação dos BP no mercado de crédito (concorrência ou complementaridade). • Influência do MAB sobre os BP, via: • perda de market share pelos BP no mercado de crédito.
5. IMPLICAÇÕES / Análise Atuação dos BP no MAB (RP1): • Nula participação como ofertantes e intermediários (1999-2008). • Fraca atuação como demandantes, exceto BNDES (ações = 60% do ativo do BNDESPAR em 2004-08). • Baixo peso relativo do BNDESPAR no mercado enfraquece sua influência no MAB. Relações BP- MAB via mercado de crédito (RP2): • BB + CEF + BNDES: crédito pró-cíclico em relação ao MAB. • BB: trajetória semelhante à dos canais privados de financiamento. • CEF: contínua perda de market share, por razões alheias ao MAB. • BNDES: atuação anticíclica frente ao MAB e ao mercado de crédito: expansão em 1999-03 e crescimento menor em 2004-08.
5. IMPLICAÇÕES / Conclusão ... • Expansão do crédito público (BB e BNDES) não “roubou” mercado ou impediu a expansão do MAB. • Se alguma influência houve, esta se deu na direção oposta, do MAB para os BP – mais especificamente, para o BNDES. • Perda de market share de BP para agentes privados não é, em si, um problema; pode ser uma solução. • Mas mercado de capitais e de crédito privado são “incompletos” frente às necessidades de financiamento do desenvolvimento econômico. • Desenvolvimento financeiro não é ameaça letal para BP, apenas exige que se “reinventem” periodicamente.
5. IMPLICAÇÕES / Conclusão Espaços para “reinvenção” dos BP no Brasil: No MAB: • Como ofertantes: só BB tem condições objetivas para isso (Cia. Aberta do Novo Mercado), mas requer cautela: função de BP pode conflitar com interesses de acionistas. • Como demandantes: risco de mercado e funções de BP desaconselham, inclusive como market maker. • Como intermediários: atuação mais indicada, dado o baixo risco. No mercado de crédito: • Foco nos “novos” grupos racionados ou excluídos: reduz incompletude do mercado e evita concorrência com segmento privado.