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Arquidiocese de São Salvador Bahia

Arquidiocese de São Salvador Bahia Paróquia Nossa Senhora de Nazaré Curso Bíblico “Toda Escritura é inspirada por Deus, e útil para ensinar, para refutar, para corrigir, para educar na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito, preparado para toda boa obra” (2Tm 3,16-17).

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Presentation Transcript


  1. Arquidiocese de São Salvador Bahia Paróquia Nossa Senhora de NazaréCurso Bíblico“Toda Escritura é inspirada por Deus, e útil para ensinar, para refutar, para corrigir, para educar na justiça, a fim de que o homemde Deus seja perfeito, preparado para toda boa obra” (2Tm 3,16-17).

  2. História de Israel II: De Moisés ao Pós-exílio

  3. Moisés • Moisés é um dos maiores personagens da História da Salvação; • A sua história começa a ser narrada no livro do Êxodo: após a morte de José, filho de Jacó, sobe ao trono do Egito um novo faraó: este preocupado com o crescimento do povo hebreu em suas terras, submete-os à escravidão e ordena que sejam mortos todos os recém-nascidos do sexo masculino; • É nesse contexto que nasce Moisés: Filho de hebreu, escapa da morte segundo o que nos diz o êxodo e é adotado pela filha do Faraó, portanto, cresce no meio da Realeza; • Na idade adulta, conhece a situação de sofrimento e escravidão do povo hebreu, após matar um egípcio, foge para o deserto, casa-se com uma das filhas do sacerdote Jetro, chamada Séfora.

  4. Moisés e a Sarça Ardente • O Ex 3 descreve a vocação de Moisés: é chamado pelo Senhor para libertar o povo hebreu da escravidão Egípcia; • Moisés, auxiliado por seu irmão Aarão, vai ao encontro do Faraó; • Moisés após realizar os prodígios (pragas do Egito), celebra a páscoa (libertação) de forma antecipada e, após o último sinal (morte dos primogênitos), atravessa o mar Vermelho; • Os hebreus iniciam a sua grande caminhada (40 anos) rumo a terra prometida. IHWH acompanha o seu povo (de dia na coluna de nuvem e à noite numa coluna de fogo) e o alimenta com o Maná.

  5. O nome de Deus • No episódio da sarça ardente, Moisés pergunta ao Senhor o seu nome, a fim de que os Israelitas creiam na missão de Moisés. À pergunta de Moisés Deus responde: “EU SOU O EU SOU”; • Em hebraico esse nome é composto por quatro consoantes: yod, he, wav e he, ou seja, IHWH; • O nome de Deus não pode ser pronunciado como o nome das demais divindades vizinhas, por isso, se entende o segundo mandamento. O nome de Deus é na verdade impronunciável, pois Deus nunca pode ser 100% conhecido; • Podemos afirmar com segurança dizer que o nome de Deus é EU SOU, significa que Deus é um Deus próximo que acompanha seu povo.

  6. Moisés, a Lei e o Senhor. • Moisés é quem recebe das mãos do Senhor os mandamentos que nortearão a vida do povo de Israel, a fim de que este sempre se mantenha livre, pois a lei visa manter a liberdade adquirida pelo êxodo. • A liberdade vem da fidelidade a IHWH.

  7. Moisés, a Lei e o Senhor. • Moisés é um grande profeta como nunca existiu em Israel: o Deuteronômio diz que “em Israel nunca mais surgiu um profeta como Moisés a quem IHWH conhecia face a face” (Deut 34,10); • A grandeza de Moisés não está baseada em primeira instância nas grandes obras que ele realizou, mas na sua intimidade com o Senhor, que lhe fala como a um amigo (Ex 33,11); • Apesar da sua grande Intimidade com o Senhor, não é permitido a Moisés contemplar a sua face (Ex 33,18-23), além disso, este não entra na terra prometida, mas apenas a vislumbra (Deut 34, 1-5); • O Deuteronômio traz em si uma grande promessa: “IHWH Seu Deus fará surgir dentre seus irmãos um profeta como Eu em seu meio e vocês o ouvirão” (Deut 18,15).

  8. Moisés, a Lei e o Senhor. • Os evangelistas, sobretudo Mateus, sempre aproximaram em seus escritos as figuras de Moisés e de Jesus, isso por que, viam na figura de Jesus este profeta como Moisés que fora prometido em (Deut 18,15). Por isso, no Novo testamento Jesus é apresentado como o Novo Moisés; • Jesus é aquele que fala face a face com Deus, não apenas como a um amigo, mas como um filho que fala com seu Pai, nesse aspecto, ele é infinitamente maior que Moisés. Assim como ele foi perseguido em sua infância, passou pelo Egito e também constantemente subia ao monte para falar com o seu Abbá(Paizinho). Ele e o Pai são um.

  9. A entrada na terra prometida • A Morte de Moisés faz com que Josué assuma a liderança do povo e o conduza a terra prometida; • A posse da terra não se afigura como sendo uma realidade fácil, pois esta já era ocupada pelos Cananeus, povo mais desenvolvido que os hebreus; • Nesse período os juízes ocupam um papel fundamental, são eles que conseguem reunir as tribos para a realização de uma ação em comum (através deles o pequeno Israel vence os seus grandes inimigos).

  10. A Monarquia: Saul, o primeiro rei • Entre os séculos XIII e XII, o povo de Israel passa por sérias dificuldades: há problemas de guerra e luta por conquista de território, mas, apesar disso, é um momento de forte crescimento econômico e desenvolvimento social; • É nesse contexto que surge em Israel a monarquia: é importante saber que há duas opiniões acerca da necessidade da monarquia: uma favorável (I Sm 9-10,16) e uma narrativa que se mostra contrária a monarquia (I Sm 10,17-27); • IHWH se mostra contrário a idéia de um rei para Israel, mas aceita a vontade do seu Povo. Este, por sua vez, nunca deve se esquecer de que o Senhor é o verdadeiro Rei de Israel e que todo o rei lhe é submisso; • Saul é eleito como primeiro rei de Israel e é ungido pelo grande profeta Samuel

  11. A Monarquia: Saul, o primeiro rei • O reinado de Saul transcorre em guerra contra os filisteus e contra outros povos. O seu reinado encontra muitas dificuldades, sobretudo por ser o primeiro monarca a reinar sobre Israel; • O profeta Samuel será um grande opositor do rei Saul, mas apesar de todas as dificuldades encontradas por Saul, este será um período de esperança e organização para Israel; • O fim do governo de Saul é trágico: ele apresenta instabilidade psíquica. Davi surge como um novo líder carismático e isso faz com que Saul sinta-se ameaçado e comece a perseguí-lo. Logo após este fato, Saul morre.

  12. O Rei Davi Ilustração da Idade Média.

  13. O Reinado de Davi • Com a morte de Saul, este não deixa para Israel nenhum sucessor válido a não ser seu fraco filho Isbaal, com isso, Davi com a permissão dos filisteus, povo ao qual Davi estava submetido, torna-se líder das tribos do Sul (Judá), segundo o que nos conta II Sm 2,1-4; • Com a morte de Isbaal, Davi é aclamado rei das tribos do norte por todo o Povo (II Sm 5,1-5); • Em seguida, ele conquista Jerusalém, cidade jebuséia situada no sul, e faz dela a sua cidade. Assim, Davi consegue uma união, ainda que frágil, dos vários grupos israelitas; • Davi vence os filisteus e, além disso, derrota e domina muitos outros povos das regiões vizinhas como os amonitas, moabitas, arameus, etc...

  14. O Reinado de Davi • É no reinado de Davi que o maior processo de expansão territorial, ou seja, é nesse período da história que Israel apresenta seu maior território; • Jerusalém é a casa de Davi e o centro político – religioso de todo o Reino. Para lá é levada a arca da aliança. Davi manifesta o desejo de construir um templo para IHWH, mas Deus o proíbe; • Davi mostra-se ainda como grande administrador, além disso, organiza a vida militar do Reino; • Todas as realizações davídicas vão fortalecendo a unidade entre as tribos. Davi é, por fim, considerado por muitos como o maior rei de Israel e reina por 39 anos. • No fim do seu reinado, há uma disputa entre seus filhos para lhe suceder no trono.

  15. O Rei Salomão • Diante do problema de sucessão (Adonias X Salomão – Filho de Bersabéia), este último é ungido pelo sacerdote Sadoc e recebe apoio do profeta Natã; • No período de Salomão, há estabilidade política, econômica e desenvolvimento cultural; • Salomão mostra-se ainda como um bom chefe das relações diplomáticas internas e externas; • Durante o seu, muitos homens são obrigados ao trabalho forçado e à corvéia (trabalho gratuito realizado para o estado), além disso, se tem notícia de que durante o seu governo tenha se utilizado o regime escravocrata.

  16. O Rei Salomão • Entre os grandes feitos de Salomão, é necessário evidenciar a construção do templo; • Salomão é um rei de excessivos gastos, além disso, o fim do seu governo é marcado pela grande estrutura burocrática que acarreta altos impostos para os Israelitas; • Sendo monarca de grandes construções, gera maior dívida que capital arrecadado.

  17. A divisão do Reino: Judá e Israel Com a morte de Salomão, é proclamado rei em Judá o seu filho Roboão, este vai ao reino do norte a fim de ser lá aclamado, mas o povo faz uma exigência: é preciso que ele reduza as pesadas taxas e leis impostas sobre o povo por seu pai Salomão. Segue o texto de I Reis que retrata este problema: • "Disseram assim a Roboão: 'Teu pai tornou pesado o nosso jugo; agora, alivia a dura servidão de teu pai e o jugo pesado que ele nos impôs e nós te serviremos' (...) O rei Roboão consultou os anciãos que haviam auxiliado seu pai Salomão durante sua vida, e perguntou: 'Que me aconselhais a responder a este povo?' Eles lhe responderam: 'Se hoje te sujeitares à vontade deste povo, se te submeteres e dirigires boas palavras, então eles serão para sempre teus servidores'. Mas ele rejeitou o conselho que os anciãos lhe deram e consultou os jovens que foram seus companheiros de infância e o assistiam. Perguntou-lhes: 'Que aconselhais que se responda a este povo' (...) Os jovens, seus companheiros de infância, responderam-lhe: 'Eis o que dirás a este povo (...); eis o que lhes responderás; 'Meu dedo mínimo é mais grosso que os rins de meu pai! Meu pai vos sobrecarregou com um jugo pesado, mas eu aumentarei ainda o vosso jugo; meu pai vos castigou com açoites, e eu vos açoitarei com escorpiões!' " (1Rs 12,3-11).

  18. A divisão do Reino: Judá e Israel Roboão na aceita a proposta feita pelas tribos do Norte e o Reino se divide: o reino do norte é chamado Israel, o reino do Sul, por sua vez é chamado Judá. • O Reino do Norte é chamado ISRAEL, Samaria ou ainda Efraim; • Composto por Dez tribos; • Governado por Jeroboão, da tribo de Efraim e inimigo de Salomão. • A capital do Reino será mais tarde a Samaria; • Rejeição do templo de Jerusalém e das grandes peregrinações, bem como ativação dos templos de Dan e Betel; • O reino do norte é marcado por forte instabilidade política. • O Reino de JUDÁ não passa por tantas instabilidades políticas como Israel; • Problema relacionados ao culto: à IHWH e à divindades outras como Baal; • Conflitos contra as tribos do Norte se intensificam; • Assalto ao templo de Jerusalém pelas tropas do norte; • Diante das ameaças externas e contra a vontade do profeta Isaías, Acaz se alia à Assíria e fica submetido a este país, tronando-se infiel a vontade do IHWH;

  19. A divisão do Reino: Judá e Israel • Ezequias, filho de Acaz, é a grande esperança de Judá. Ele é a garantia da continuidade da dinastia davídica; • Sobe ao trono muito jovem e inicia uma reforma religiosa e social que visa amenizar a grande crise; • Senaquerib, rei assírio domina quarenta e seis cidades de Judá; • Manassés sucessor de Ezequias é um dos piores reis de Judá. A reforma de Ezequias perde o rumo e surgem muitos cultos idolátricos; • Josias, filho de Amom, inicia uma grande reforma religiosa em Judá. O Cenário internacional mostrava-se tranqüilo, fato que favorece a reforma. • O núcleo do Deuteronômio trazido do reino do norte pelos refugiados é reencontrado e promulgado por Josias como Lei do Estado. • Além dos grandes problemas políticos, marcado por instabilidade, surgem os problemas religiosos: proliferação do culto a Baal combatido pelo profeta Elias (Acab é rei neste período); • Elias é o grande símbolo de fidelidade a IHWH. A rainha Jezabel o persegue, pois este aponta para a idolatria como a raiz de todo o mal; • Jerobão sobe ao trono e este é um período de forte crescimento para os dois reinos. Período de expansão territorial, pois Jeroboão mostra-se bom militar. • Nova crise política, desigualdade social e problemas de idolatria. Neste período fazem fortes denúncias os profetas Amós e Oséias.

  20. O fim do Reino do Norte • Com a morte de Jeroboão II, todo o progresso conseguido por Israel fica desmoronado; • A Assíria ambiciona a região de Israel pelos seus recursos naturais e por estar localizada em posição geográfica estratégica; • Israel estava já demasiado submisso a Assíria, pois lhe precisava pagar tributos. Pecah, rei de Israel é anti-assírio, este fato faz com que o exército assírio comece a devastar Israel e seus aliados; • Este período de destruição é amenizado o rei Oséias sobe ao trono e se submete a assíria. Em seguida, oséias, com a morte do rei assírio, muda de posição e se coloca contra a Assíria unindo-se ao Egito. Este fato é o marco do fim de Israel; • Sargão II, exila toda a população de Israel e instala neste território povos outros (722 a.C).

  21. O Fim do Reino do Sul • - Morte do Rei Josias que defende o seu território dos Egípcios; • Joacaz, filho de Josias, lhe sucede o trono e precisa enfrentar os Egípcios. Joacaz é deposto e lhe sucede Joaquim que se rebela contra o rei babilônio. Após uma morte súbita, joaquin, irmão do falecido rei, é deportado pelos babilônios, com todos os dirigentes de Judá em 587 (Primeira deportação). • Sedecias é colocado no trono pelos babilônios. Judá encontra-se arruinada com muitas cidades destruídas. Jerusalém é ocupada pelos babilônios; • Sedecias foge, mas é capturado pelo rei Nabucodonosor e assiste a morte de seus filhos, é cegado e exilado, onde morre. • Por fim, em 586 o templo de Jerusalém é destruído, os intelectuais, sacerdotes e dirigentes são exilados e muitos são executados. A população mais pobre é deixada no país.

  22. Exílio na Babilônia Imagem que expressa a beleza dos Jardins suspensos da Babilônia

  23. Exílio na Babilônia • O período do exílio babilônico que começa no ano de 586 e termina em 538 fará com que Israel passe por transformações tão profundas que nunca mais será a mesma. O exílio começou com a invasão e destruição de todo o reino do sul por parte dos babilônios, ou seja, até as cidades mais fortificadas e o templo foram completamente arrasados pelo exército inimigo; • Os judeus exilados nas terras mesopotâmicas, próximas a cidade da Babilônia, constituíam como que a nata da sociedade de Judá, ou seja, a elite política, eclesiástica e intelectual que, no futuro, no pós-exílio, darão início a nova Israel, ou seja, criarão uma nova estrutura política, religiosa e social em torno da qual os que retornam do exílio se organizarão; • A situação dos deportados não parece ser de tortura, opressão ou realidades subumanas como no Egito, mas a população exilada vivia relativamente bem, no sentido de que, não sofriam maiores penas do que aquelas que lhes eram impostas pela sua própria condição de exilados.

  24. Exílio na Babilônia • A dura experiência do Exílio faz com que a promessa da sucessão de Davi seja repensada: o povo se pergunta: onde estará Deus? Terá Ele nos abandonado? • “Havia uma ameaça geral de perda da Fé. Esta ameaça agravou-se quando os Judeus, arrebatados de sua terra natal, entraram em contato direto com os grandes centros de cultura da época, a maioria deles pela primeira vez... Tendo diante dos olhos riquezas nunca sonhadas e poderes quase ilimitados, com templos magníficos de deuses pagãos em toda a parte, deve ter ocorrido a muitos deles a dúvida de que Iahweh, o Deus soberano de um pequeno Estado que Ele parecia incapaz de proteger, fosse realmente, afinal de contas, o único e supremo Deus” (Braight); • A Observância da Lei, sobretudo do sábado e da circuncisão serão os pontos-chaves sobre os quais os exilados se apoiarão para se manterem fiéis a IHWH.

  25. Exílio na Babilônia • É no exílio que surgem as primeiras sinagogas, ou seja, a palavra de Deus passa a ocupar um lugar fundamental na vida dos Judeus exilados; • Nasce um forte sentimento de esperança no coração dos exilados: a intervenção dos profetas faz com que nasça a convicção de que Deus não abandonou o seu povo, que cumprirá sua promessa e reconduzirá Israel a sua terra; • O fim do exílio se dá no período do rei, persa, Ciro que vence os babilônios em 538, liberta os exilados e financia a reconstrução do templo que ficará pronto em 515.

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