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“Só os pássaros voam, e os anjos,. e os homens quando sonham...”. José Saramago em Memorial do Convento. Quais os sonhos que povoam o mundo?. A jovem mãe nutre os mais tenros sonhos para o seu filho recém-nascido. Que possa crescer e acolher o mundo
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“Só os pássaros voam, e os anjos, e os homens quando sonham...” José Saramago em Memorial do Convento
Quais os sonhos que povoam o mundo?...
A jovem mãe nutre os mais tenros sonhos para o seu filho recém-nascido.
Que possa crescer e acolher o mundo à sua volta com sensibilidade.
Que possa sentir alegria, bem como levar alegria a outros. Pois esta é a razão pela qual vivemos...
Que possa atravessar os seus dias com sensibilidade, inteligência e bondade.
“Dorme, meu filhinho, Dorme sossegado. Dorme, que a teu lado Cantarei baixinho. O dia não tarda... Vai amanhecer: Como é frio o ar!..”
“O anjinho da guarda Que o Senhor te deu, Pode adormecer, Pode descansar, Que te guardo eu.” Manuel Bandeira
O professor nutre o sonho de ver crescerem em seus alunos o gosto e a paixão pelo saber.
O dedicado mestre sabe que ensinar é um exercício de imortalidade.
Aquele que ensina, de alguma forma, continua a viver naqueles cujos olhos aprenderam a ver o mundo pela magia da sua palavra.
O professor, assim, não morre jamais.
“O conhecimento é a luz que nos faz ver.” Rubem Alves
“O brilho do Sol, no lado de dentro da gente, se chama ‘sonho’.” Rubem Alves
O médico nutre o sonho da cura.
“Mens sana in corpore sano”, já diziam os antigos. Uma mente sã num corpo são.
Uma alma sã e um coração são também se fazem imprescindíveis.
Devemos cuidar do corpo, que é o templo do espírito.
Devemos cuidar do espírito, reorientando-o para o essencial.
Num mundo confuso, tão saturado por códigos e informações, Reservar um tempo para avaliar os nossos sonhos mais sinceros, As inclinações da nossa alma.
Em meio à embriaguez da velocidade, Reservar um tempo para meditação, para contemplação.
Revistar o que fizemos e fomos, E também o que podemos vir a ser. Ter em mente que a Eternidade já faz parte do tempo presente.
“Você vive hoje uma vida que gostaria de viver por toda a Eternidade?" Nietzsche
“A vida que não é examinada não vale a pena ser vivida.” Sócrates
Embora estejamos mergulhados no tempo, Conhecemos apenas os efeitos de sua passagem.
Passa-se um ano, outro e outro mais. Como o arado rasga a terra, essas passagens deixam sulcos no rosto.
Do tempo conhecemos apenas as marcas deixadas pela sua passagem...
Assim como o tempo, não temos mais do que uma vaga idéia do que seja o amor.
Ninguém sabe por que ama. O que nos leva a amar as pessoas que amamos?
O amor, assim como o tempo... Indefinível, incompreensível, inacessível, inexplicável.
O amor não passa pela razão. Amor que se explica pelo raciocínio não é amor, é conveniência dissimulada.
No dia em que a razão conseguir definir o amor, tornando-o compreensível, acessível, explicável, não haverá mais nada na Terra...
O amor é pura subjetividade, Passa pelo desejo, mas não passa pela razão; Passa pela admiração, mas não pela explicação.
Ama-se, deseja-se, e isso é tudo.
Tema musical: Chanter la vie, interpretado por Nana Mouskouri Formatação: um_peregrino@hotmail.com
O texto da parte final desta apresentação foi adaptado do livro “Urgente é a Vida”, do escritor Alcione Araújo.
Sugestão de leitura para os que se interessam por temas como o tempo, o amor, e outros mistérios que nos cercam e acompanham desde que nascemos.
