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Parágrafos de Introdução. Prof. Alexandre Marques. O que é uma boa introdução?.
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Parágrafos de Introdução Prof. Alexandre Marques
O que é uma boa introdução? • Uma boa introdução é aquela que faz uma ponte entre a questão proposta para debate e a visão de mundo do autor, tornando o tema e as posições defendidas pelo enunciador claros e acessíveis ao leitor. Assim o leitor reconhece a relação do texto com a proposta e é estimulado a prosseguir na leitura do texto.
... (muito) antes da Introdução • leitura atenta da proposta e o planejamento do texto; • decidir aonde se pretende chegar e quais são os passos para atingir esse objetivo; • apreender com clareza a questão polêmica a respeito da qual se deve refletir; • formular uma tese defensável, considerando o repertório cultural e os valores éticos coletivos.
Objetivos da Introdução • Etimologicamente, a palavra “introdução” significa “levar para dentro de casa”, “apresentar”. No nosso caso, é conduzir para o interior do texto, dando pistas sobre sua organização, a sua orientação geral. • Possibilitar ao leitor identificar o tema em discussão.
Como atrair a atenção do leitor? • Criar expectativas e despertar curiosidade, revelando apenas aquilo que se julga importante, de modo que o leitor tenha uma noção geral do que trata o texto. Trata-se de um jogo de mostrar e esconder.
O que uma introdução deve mostrar? • Uma introdução deve mostrar o suficiente para situar o leitor, levando-o a prosseguir na leitura, para isso, deve conter os seguintes elementos: • Explicitação do tema; • Problematização do tema; • Tese, que expresse a visão de mundo do escritor.
O que uma introdução deve esconder? • Progressão Temática: a introdução deve esconder pelo menos um argumento significativo, garantindo que o leitor, à medida que prossegue na leitura, perceba um acréscimo na carga de informação transmitida.
1proposta, 4 possíveis estratégias de introdução • (Fuvest 2000) Recentemente, o Deputado Federal Aldo Rebelo (PC do B - SP), visando proteger a identidade cultural da língua portuguesa, apresentou um projeto de lei que prevê sanções contra o emprego abusivo de estrangeirismos. Mais que isso, declarou o Deputado, interessa-lhe a criação de um “Movimento Nacional de Defesa da Língua Portuguesa”.
Introdução por Contextualização • Situar a questão sob debate no interior de um universo mais amplo, do ponto de vista histórico, geográfico ou ideológico. A questão sobre a proteção da língua portuguesa tem gerado acalorados debates na opinião pública nacional. Em um extremo, sustenta-se a defesa intransigente de nossa língua, afastando-se qualquer hipótese de absorção de palavras de outros idiomas. No outro, admite-se a entrada irrestrita de termos estrangeiros. É da conjugação dessas duas vertentes antagônicas que melhor se poderá vislumbrar a preservação da língua portuguesa.
A língua portuguesa é um dos maiores patrimônios culturais do país. Hoje 75% de todos os lusófonos do planeta são brasileiros. No passado o idioma atuou como um dos protagonistas da unidade e da integridade territoriais e da criação de uma identidade nacional brasileira. Por isso, o idioma precisa ser valorizado, promovido e, em alguns casos, protegido; sem contudo, desconsiderar seu dinamismo e sua evolução histórica.
Introdução Questionadora • Consiste em lançar interrogações a respeito da questão que será analisada e respondida no desenvolvimento do texto. A utilização de palavras e expressões estrangeiras é muito comum atualmente. O estrangeirismo deriva das relações comerciais e da importação de tecnologia. Mas essa prática é mesmo prejudicial à nossa língua? Estamos sendo vítimas de dominação estrangeira através desse processo? Podemos desencorajá-lo?
Introdução Provocativa • Consiste em atacar as opiniões difundidas pelo senso comum. Requer maior empenho argumentativo O projeto do deputado Aldo Rebelo, a despeito da simpatia que possa despertar, revela-se fruto de extrema ingenuidade e de má compreensão do que seja a língua de um povo.
Introdução Insinuante • Consiste em despertar a atenção do leitor por meio da narração de uma caso ilustrativo e figurado. A língua é fluida. Como um curso d’água, a língua refaz seu leito de acordo com as circunstâncias. Como um rio, na época da seca, a língua pode interromper sua vazão para, na estação das cheias, retomá-la e sobrepujar seu leito, inundando que estiver em seu caminho. Qualquer iniciativa que pretenda conter ou expandir a vazão de uma língua deve partir de sua nascente: a cultura de seus falantes.