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Avanços nos Métodos de Diagnóstico no Século XIX

Aula do Módulo "História da Medicina e da Bioética"

Rilva
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Avanços nos Métodos de Diagnóstico no Século XIX

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Presentation Transcript


  1. AVANÇOS NOS MÉTODOS DE DIAGNÓSTICO NO SÉCULO XIX Profa. Rilva Muñoz História da Medicina/DMI/CCM/UFPB

  2. Gravura do caricaturista escocês Isaac Cruikshank, 1803 “Time the Best Doctor”: sátira em que um grupo de médicos diagnosticam erroneamente o caso de uma mulher grávida - retrata as grandes dificuldades diagnósticas existentes entre os médicos antes do século XX

  3. Século XIX: AVANÇOS NOS MÉTODOS DE DIAGNÓSTICO PARALELOS ÀS TRANSFORMAÇÕES SOCIAIS •No século XIX, houve progressos admiráveis nas ferramentas e técnicas de diagnóstico clínico e de laboratório para auxiliar o médico no diagnóstico • O surgimento destas inovações coincide com o advento de grandes mudanças de ordem política, industrial e filosófica daquele século no mundo inteiro • A transformação das sociedades anteriormente dominadas pela aristocracia e pela Igreja deu espaço a grandes progressos industriais e profissionais (REZENDE, 2009; LACHMUND, 1999; BERGER, 1999)

  4. QUANDO SURGIU O TERMO DIAGNÓSTICO? Primeiros registros • Hipócrates foi o primeiro a usar a palavra “diagnóstico” • DIAGNÓSTICO (dia+gnosis): significa discernimento = discernir pelo conhecimento • A observação clínica - anamnese e exame físico - nasceu com Hipócrates • Hipócrates destacou a importância da observação clínica para o diagnóstico e o prognóstico e estabeleceu as diretrizes iniciais para a anamnese e o exame físico do paciente (TUBINO; ALVES, 2009)

  5. PRIMEIROS PASSOS DO DIAGNÓSTICO CLÍNICO • O exame físico preconizado por Hipócrates incluía a inspeção e a palpação, mas há referências, em seus relatos, a ruídos ouvidos no tórax • A temperatura era medida com a colocação das mãos sobre o tórax do paciente • “É necessário começar pelas coisas mais importantes e aquelas mais facilmente reconhecíveis. [...] É necessário estudar tudo aquilo que se pode ver, sentir e ouvir” (Hipócrates, apud Vieira, 2012) (VIEIRA, 2012; TUBINO; ALVES, 2009)

  6. PRIMEIROS PASSOS DO DIAGNÓSTICO CLÍNICO • A referência ao diagnóstico por Galeno foi na abordagem do diagnóstico-prognóstico no sentido da lógica aristotélica (raciocínio dedutivo) • Anamnese: Galeno interrogava seus pacientes e ouvia suas queixas • Galeno examinava seus pacientes observando os sinais (semeion – raiz que originou a palavra “semiologia”): observava leves mudanças na temperatura e coloração da pele, na respiração, expressão facial e, sobretudo, do pulso • Galeno examinava as secreções corporais em busca de sinais de desequilíbrio dos humores (MATTERN, 2011; BALLESTER, 1995)

  7. MÉTODOS DE DIAGNÓSTICO CLÍNICO – Técnicas iniciais Na Antiguidade, já se atribuía grande relevância ao exame do pulso, mas a explicação fisiológica só foi feita no século XVI Galeno examinando o pulso de uma paciente: irregularidade e frequência do pulso como um indício de diagnóstico Século XVII: William Harvey explicou pela primeira a geração da pulsação arterial, contradizendo Galeno (REZENDE, 2009; LACHMUND, 1999)

  8. Métodos de DIAGNÓSTICO: Antecedentes Inspeção da urina: Uroscopia • Inspeção da urina do paciente a olho nu • Método diagnóstico equivocado que teve uso generalizado e durante longo tempo, tendo sido, portanto, uma das práticas diagnósticas mais importantes na História da Medicina ocidental • Teve um papel importante no início da cultura médica moderna • Os médicos se tornaram mais céticos quanto à uroscopia com o passar do tempo (STOLBERG, 2015)

  9. Métodos de DIAGNÓSTICO: Antecedentes •A uroscopia foi utilizada entre a Baixa Idade Média e o final do século XVIII • A importância da uroscopia tornou-se exagerada até o ponto de os médicos exigirem apenas a presença do frasco com a urina, e não do próprio paciente, para o diagnóstico • 1637 - Thomas Brian liderou um movimento contra o uso da uroscopia e publicou o “Pisse Prophet”, livro que criticava este tipo de inspeção da urina como meio de diagnóstico (STOLBERG, 2015)

  10. MÉTODOS DE DIAGNÓSTICO CLÍNICO – Técnicas iniciais •Século XVIII: percussão do tórax • Leopold von Auenbrugger: primeiro a usar a percussão do tórax no diagnóstico em 1754, em Viena • Auenbrugger desenvolveu suas observações com comprovações de necrópsias e publicou o livro “Inventum novum” na Áustria • O texto despertou pouco interesse inicialmente, mas ganhou aceitação depois de ser traduzido para o francês por Jean Nicolas Corvisart em 1808, passando a ser incorporado ao exame clínico (WALKER, 1990)

  11. SÉCULO XIX: SURGIMENTO DE NOVOS MÉTODOS DE DIAGNÓSTICO • No início do século XIX, os médicos dependiam apenas dos relatos dos pacientes sobre seus sintomas e de observações superficiais de exame físico para fazer diagnósticos • Na década de 1850, uma série de novos instrumentos, incluindo o estetoscópio, oftalmoscópio e expandir os poderes sensoriais do médico no exame do paciente laringoscópio começaram a • Novas ferramentas complementares de diagnóstico também foram criadas: raios-X, testes bioquímicos e bacteriológicos e máquinas de avaliação de condições fisiológicas do paciente (espirômetro, eletrocardiograma) (BERGER, 1999; WALKER, 1990)

  12. SÉCULO XIX: SURGIMENTO DE NOVOS MÉTODOS DE DIAGNÓSTICO • O características da "medicina hospitalar" parisiense do início do século XIX • Embora a origem destas técnicas remonte a um período anterior ao século XIX, foi apenas com o surgimento da anatomia patológica que o diagnóstico físico tornou-se uma prática clínica mais acurada • Em contraste com a tradição clínica da medicina do século XVIII, médicos franceses procuraram refundar a medicina com base na anatomia patológica diagnóstico físico é uma das realizações mais (BERGER, 1999; WALKER, 1990)

  13. DESENVOLVIMENTO DO DIAGNÓSTICO NO SÉCULO XIX • Portanto, a visão moderna do método clínico começou com a escola francesa • O novo conceito de "clínica" levou a uma nova maneira de olhar para o doença •O filósofo francês Michel Foucault nomeou esta mudança epistemológica de “O Nascimento da Clínica"

  14. SÉCULO XIX: SURGIMENTO DE NOVOS MÉTODOS DE DIAGNÓSTICO • O grande salto do conhecimento do método clínico que ocorreu na primeira metade do século XIX nos hospitais de Paris mudou o local de produção do conhecimento médico, que se centrou no corpo do doente, primeiro em enfermarias hospitalares e, em segundo, em salas de necropsias • Passou observação do paciente à beira-do-leito (dados de percussão e ausculta) com os achados de necropsias a se estabelecer uma correlação entre a (PANCRÁCIO, 2015; BERGER, 1999;LACHMUND, 1998)

  15. AUSCULTA CARDÍACA: DIAGNÓSTICO ANTES DO ESTETOSCÓPIO A ausculta do tórax foi feita de forma imediata até a instrumentalização do médico no século XIX com a invenção do estetoscópio por Laennec em 1816 (ausculta mediata)

  16. AUSCULTA CARDÍACA: A INVENÇÃO DO ESTETOSCÓPIO Ausculta Mediata: o primeiro estetoscópio consistia em um tubo de madeira Invenção do estetoscópio: René Laënnec (1816) - Laënnec também foi pioneiro na descrição dos sons pulmonares e de achados anátomo-patológicos de doenças pulmonares (FERRAZ et al., 2011)

  17. Origem e evolução do Estetoscópio AUSCULTA CARDÍACA: A EVOLUÇÃO DO ESTETOSCÓPIO Evolução do estetoscópio até o formato flexível e biauricular usado atualmente O estetoscópio acabou se tornando o símbolo dos clínicos

  18. AUSCULTA CARDÍACA: A EVOLUÇÃO DO ESTETOSCÓPIO • Três anos depois, em 1819, Laennec publicou seu tratado inovador ”De l’Auscultation Médiate”: descreveu, com detalhes sem precedentes, os sons anormais do tórax e como deveriam ser interpretados, chegou a inventar o estetoscópio “Em 1816, fui consultado por uma mulher jovem com sintomas de doença cardíaca, e, no caso, a percussão era de pouca serventia, em virtude do seu grande grau de adiposidade. A escuta direta, inadmissível, dado o constrangimento de colocar o ouvido no seio de uma mulher” (Prefácio de De l'Auscultation Médiate, LÄENNEC, 1819) além de como “A parte mais importante de uma arte é ser capaz de observar adequadamente” (LÄENNEC, 1819) Laënnec RTH. De l’Auscultation Médiate ou Trait du Diagnostic des Maladies des Poumon et du Coeur. 1st ed. Paris: Brosson & Chaudé; 1819.

  19. DESENVOLVIMENTO DO DIAGNÓSTICO NO SÉCULO XIX [...] a medicina moderna fixou sua própria data de nascimento em torno dos últimos anos do século XVIII [...] No início do século XIX, os médicos descreveram o que, durante séculos, permanecera abaixo do visível e do enunciável (FOUCAULT, 2003, p. X) • O médico se aproximou do doente pela valorização do método clínico trouxe e de ferramentas de exame complementar, como estetoscópio, oftalmoscópio, termômetro, esfigmomanômetro. • Mas a anatomia patológica também se tornou importante pela de alterações visíveis na profundidade que o estado de doença produzia nos órgãos do corpo humano (FOUCAULT, 1998)

  20. MEDICINA CLÍNICA MODERNA: Sec. XIX • Século XIX: descrição de sintomas e sinais característicos de muitas doenças e idealização de manobras e técnicas especiais de exame •Centenas de sinais de doenças foram descritos = denominados pelos nomes de seus descobridores - epônimos – Sinal de Claude Bernard-Horner,sinal de Musset, Espaço de Traube, bola de Bichat

  21. MEDICINA CLÍNICA MODERNA: FRANÇA – primeira Paris: centro mundial da Medicina 1800-1850 metade do século XIX Pierre-Charles Alexandre Louis • Importante precursor da epidemiologia clínica moderna no século XIX •Introdutor da análise estatística na pesquisa médica •Trabalho comprovando, por método quantitativo, que as sangrias faziam mais mal que bem (1835) (REZENDE, 2009;BEST; NEUHAUSER, 2005)

  22. AVANÇOS NO DIAGNÓSTICO: Século XIX •Para que o diagnóstico clínico pudesse progredir ainda mais, as causas e mecanismos das doenças precisavam ser investigadas • As investigações desses mecanidmos dependiam de progresso nas ciências médicas e biológicas fundamentais: bioquímica, patologia, fisiologia, patologia experimental, bacteriologia, farmacologia

  23. AVANÇOS NO DIAGNÓSTICO: Século XIX •Na segunda metade do século, o centro do desenvolvimento da medicina moderna passou da França para a Alemanha, onde o foco foi o uso de métodos experimentais

  24. AVANÇOS NO DIAGNÓSTICO: Século XIX •Os novos conhecimentos médicos descobertos pela abordagem laboratorial ainda era pequeno e sem grandes inovações •Mas, pela primeira vez na Alemanha, as causas das doenças passaram a ser investigadas (REZENDE, 2009; PANCRÁCIO, 2015)

  25. AVANÇOS NO DIAGNÓSTICO: Século XIX • Cerca de 15.000 médicos americanos foram para a Alemanha, Suíça ou Áustria para estudar entre 1870 e 1914 • Muitos médicos americanos que foram estudar na Alemanha e na França voltaram para transmitir os ideais da Europa à medicina nos EUA • A ascensão da Alemanha como potência científica ocorreu pelas universidades alemãs: havia 20 ou mais universidades em todo o país, incluindo Medicina (PANCRÁCIO, 2015;REZENDE, 2009; BEST; NEUHAUSER, 2005)

  26. AVANÇOS NO DIAGNÓSTICO: Século XIX • 1850: Hermann von Helmholtz, físico e médico alemão, inventou o oftalmoscópio durante seus trabalhos sobre óptica fisiológica; comunicou sua invenção à Sociedade Médica de Berlim em 1951 • ANTECEDENTES: 1847, o matemático inglês Charles Babbage realizou a primeira tentativa de projetar um dispositivo para a visualização do fundo do olho através de um espelho • Helmholtz criou seu oftalmoscópio sem conhecer este antecedente e, ao contrário de seu predecessor, publicou sua descoberta (GÜEMEZ-SANDOVAL, 2008)

  27. AVANÇOS NO DIAGNÓSTICO: Século XIX Carl Wunderlich: termometria, 1871 •Médico alemão fundador da termometria clínica moderna - medição da temperatura corporal na medicina clínica • ANTECEDENTES: 1714, Gabriel Fahrenheit: inventou o termômetro a álcool e escala de temperatura; 1614, Sanctorio Sanctorius: propôs o termômetro para a medida da temperatura corporal; 1593, Galileu Galilei: idealizou um termômetro rudimentar de água, que permitia observar apenas as variações da temperatura

  28. Diagnóstico Sec. XIX AVANÇOS NO DIAGNÓSTICO: Século XIX Evolução dos procedimentos de medida da pressão arterial até a invenção da medida indireta no século XIX

  29. AVANÇOS NO DIAGNÓSTICO: Século XIX •Medida indireta da pressão arterial ✓1896: Riva-Rocci, médico italiano, substituiu a bolsa por um manguito de borracha e a água pelo ar: PAS ✓9 anos depois: medida da PAD, Nikolai Korotkov, médico russo, descobriu os sons produzidos durante a descompressão da artéria

  30. AVANÇOS NO DIAGNÓSTICO: Século XIX •O aperfeiçoamento do microscópio proporcionou o nascimento da microbiologia, permitindo identificar os agentes causadores de muitas doenças • A microscopia trouxe ainda a revelação da estrutura celular dos seres vivos e a identificação das alterações patológicas dos tecidos produzidas pelas doenças

  31. AVANÇOS NO DIAGNÓSTICO: Século XIX •Rudolf Virchow: fundador da Patologia celular •Após os trabalhos de Virchow – 1864 - a teoria dos humores, que orientou o pensamento médico por mais de 2.000 anos - foi substituída pela teoria da patologia celular

  32. DIAGNÓSTICO: Século XIX Carl von Rokitansky: o representante mais proeminente da anatomia patológica nos países de língua alemã •Por influência de Rokitansky, o Imperador Francisco I decretou que todos os que morressem no hospital geral de Viena deveriam ser submetidos a exames pós-morte • Rokitansky foi responsável por mais de 60.000 autópsias: recebeu entre 1500 e 1800 cadáveres anualmente e foi responsável por mais de 60.000 autópsias, das quais pelo menos 33.000 foram realizadas diretamente por ele, e as demais, sob sua supervisão (PAI-DHUNGAT; PARIKH, 2015)

  33. DESENVOLVIMENTO DA ELETROFISIOLOGIA NO SÉCULO XIX • Ao longo do século XIX, a eletrofisiologia surgiu e se desenvolveu • 1842-1856: demonstrou-se que as contrações cardíacas eram acompanhadas por corrente elétricas e se descreveu o potencial de ação (Itália e Alemanha) • 1870-1878: invenção do eletrômetro capilar na França e descoberta de duas fases do ciclo cardíaco – a despolarização e a repolarização na Inglaterra (AL-GHATRIF M, LINDSAY, 2011; GIFFONI; TORRES, 2010)

  34. DESENVOLVIMENTO DA ELETROFISIOLOGIA NO SÉCULO XIX • Willem Einthoven: Invenção do eletrocardiógrafo • A construção do eletrocardiógrafo de Einthoven representou a síntese de várias ideias desenvolvidas ao final do século XIX • 1892: Einthoven registrou o primeiro eletrocardiograma na Europa, usando o eletrômetro • 1902: Einthoven realizou o primeiro registro eletrocardiográfico obtido através de um galvanômetro modificado (GIFFONI; TORRES, 2010)

  35. DIAGNÓSTICO: Século XIX •Marco inicial da era tecnológica: descoberta dos raios-X em 1895 pelo físico alemão Wilhelm Roentgen • Em seu Laboratório de Física, Roentgen obteve a primeira radiografia da história: Rx dos ossos da mão de sua esposa – primeira imagem impressa de uma estrutura interna do corpo humano (MARTINS, 2005)

  36. DIAGNÓSTICO: Século XIX • John Hutchinson inventou o espirômetro em 1846 •Adaptação do gasômetro de Lavoisier • Seus registros da função pulmonar através do espirômetro para medir a capacidade vital incluíram mais de 4.000 pessoas – grande contribuição à compreensão da prevenção e tratamento de pacientes com doença pulmonar

  37. DIAGNÓSTICO: Século XIX – O Laboratório Para Claude Bernard, não bastava observar um fato, era preciso estudá-lo sob as condições controladas de um laboratório “... o laboratório é o templo da ciência da medicina”. • Claude Bernard, médico e fisiologista francês de grande renome, foi considerado um dos fundadores da medicina experimental ou laboratorial, que se tornou importante ao lado da medicina anátomo-clínica • O destaque de Claude Bernard deve-se à sua forma de pensar, de que não basta observar um fato, era preciso estudá-lo sob as condições controladas de um laboratório

  38. DIAGNÓSTICO: Século XIX – O Laboratório • Claude Bernard propôs o conceito de "meio interno” (milieu intérieur) em 1859 - uma época em que Pasteur e Koch identificavam e descreviam os microrganismos • Para Bernard, as células do organismo humano possuem a propriedade autorreguladora de manter o estado de equilíbrio de suas variáveis internas essenciais • A noção dinâmica de constância do meio interno se tornou fundamental na medicina (Walter Cannon desenvolveria o conceito de homeostase nas primeiras décadas do século XX) • Responsável pela descoberta da função glicogênica do fígado

  39. DIAGNÓSTICO: Século XIX – O Laboratório • A destituindo crescente de testes laboratoriais úteis foi descoberto na segunda metade do século XIX, e na virada do século medicina laboratorial a anatomia ganhou patológica: o primeiro Um plano, número • Testes doenças emergiu rapidamente químicos e bacteriológicos específicos para • Na tuberculose, cólera, febre tifoide e difteria foram isolados, e em meados da década de 1890, testes de laboratório foram introduzidos para detectar essas doenças década de 1880, os organismos responsáveis pela (BERGER, 1999)

  40. DIAGNÓSTICO: Século XIX WILLIAM OSLER • Sir William Osler fez grandes contribuições à clínica médica e revolucionou o ensino de medicina • Sua habilidade em diagnosticar era legendária • Conhecido como o “pai da medicina moderna”, considerado o melhor médico do seu tempo

  41. DIAGNÓSTICO: Século XIX O IDEAL OSLERIANO •Os ideais humanísticos de William Osler transformaram a prática da medicina no século XIX • Os grandes vultos da Medicina são em geral, lembrados por suas descobertas científicas - Osler foi uma exceção – seu destaque se deveu à valorização da observação clínica e do tratamento compreensivo dos doentes (LOPES; LICHTENSTEIN, 2007)

  42. DIAGNÓSTICO: Século XIX • Osler é lembrado na História da Medicina por sua vocação humanística na prática médica: era capaz de se comunicar de maneira clara e profunda com seus pacientes • Criou uma verdadeira “escola” de pensamentos e atitudes na medicina (“Oslerian Tradition”) • Osler pôs grande ênfase na escuta do paciente e no seu exame físico detalhado • “Se você ouvir o paciente com atenção, ele lhe dirá o diagnóstico” (Osler) – Essa máxima permanece fundamental ao diagnóstico, mesmo com toda a tecnologia médica disponível atualmente (LUZ; DECÓURT, s.d.)

  43. William Osler e a medicina à beira do leito Quando estudantes perguntaram ao célebre Sir William Osler sobre o papel do médico naquela época, ele respondeu: “Diagnosticar, diagnosticar e diagnosticar". Low JA. The doctor's bag in 1911. CMAJ. 2012;184(1):E100-2

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