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FARMACOLOGIA • Raphaella Guimarães • Especialista Urgência e Emergência • Mestre em Enfermagem • 2024
Estudo da interação de drogas com organismo vivo; • Propriedades dos medicamentos e seus efeitos nos seres vivos; • É a ciência que as estuda interações entre os compostos químicos com o organismo vivo ou sistema biológico, resultando em um efeito maléfico (tóxico) ou benéfico (medicamento), reações adversas e efeito colateral. • Ciência relativamente nova, até os anos 1920 predominou o uso de produtos naturais principalmente originados de plantas (Fitoterapia). FARMACOLOGIA – PRINCÍPIOS BÁSICOS
FARMACOLOGIA – PRINCÍPIOS BÁSICOS • Farmacodinâmica: mecanismo de ação. • Farmacocinética: destino do fármaco.
CONCEITOS BÁSICOS • O QUE O CORPO FAZ COM A DROGA • Absorção • Distribuição • Metabolização • Excreção FARMACOCINÉTICA FARMACODINÂMICA • O QUE A DROGA FAZ NO CORPO • Mecanismos de Receptor • Curva dose-resposta • Desenvolvimento de tolerância, fenômenos de abstinência.
Farmacotécnica: arte do preparo e conservação do medicamento em formas farmacêuticas. • Farmacovigilância: controla a validade, concentração, apresentação, eficácia farmacológica, industrialização, comercialização, custo, controle de qualidade de medicamentos já aprovados e licenciados pelo Ministério da Saúde. FARMACOLOGIA – PRINCÍPIOS BÁSICOS
O QUE É INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA? É um evento clínico em que os efeitos de um fármaco são alterados pela presença de outro fármaco, alimento, planta, bebida ou algum agente químico ambiental, ou seja, eles podem interagir entre si, com aumento ou diminuição de efeito terapêutico ou tóxico de um ou de outro. Constitui causa comum de efeitos adversos.
Interação farmacêutica, também chamadas de incompatibilidade medicamentosa, ocorrem antes da administração dos fármacos no organismo, quando se misturam dois ou mais deles numa mesma seringa, equipo de soro ou outro recipiente. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS Devem-se a reações físico-químicas que resultam em: • Alterações organolépticas – evidenciadas como mudanças de cor, consistênciaturvação, formação de cristais, floculação • Diminuição da atividade de um ou mais dos fármacos originais. • Inativação de um ou mais fármacos originais. • Formação de novo composto (ativo, inócuo, tóxico). • Aumento da toxicidade de um ou mais dos fármacos originais. A ausência de alterações macroscópicas não garante a inexistência de interação medicamentosa.
Local: medicamento de uso externo agem no local onde são aplicadas. Ex: anti-sépticos, antibióticos tópicos, anestésicos locais. Sistêmico: necessitam cair na circulação geral e através desta atingir os órgãos, tecidos e células. Ex : antibióticos, analgésicos, anti-térmicos, etc.Local Geral: ação simultânea. Ex: epinefrina – mucosa nasal para epistaxe cai na corrente circulatória produzindo vasoconstrição. FARMACOLOGIA – CONCEITOS
CONCEITO A farmacologia é a ciência que estuda a utilização, aplicação e efeitos no organismo de substâncias utilizadas com intenção terapêutica ou profilática.
Conhecidos como “fármacos”, atuam no organismo vivo e são capazes de modificar parâmetros fisiológicos. • Muitas pessoas acabam ligando esses estudos ao campo da Farmácia, no entanto a farmacologia aplicada na Enfermagem, assim como em outras áreas da saúde, é bastante frequente.
Compreender melhor o funcionamento dos fármacos em cada quadro de saúde. • Conhecer a maneira correta de administrar a droga, bem como suas reações adversas possíveis.
Farmacologia na Enfermagem • Uma das atividades mais exercidas pelos profissionais de Enfermagem é a administração de medicamentos.
Farmacologia na Enfermagem • Por ser uma ação que exige bastante responsabilidade!!!!! • Para sua execução é necessária a aplicação de vários princípios técnicos e científicos que fundamentam a ação dos técnicos de enfermagem. • Esses conhecimentos possibilitam a execução de uma administração segura e eficiente.
Farmacologia na Enfermagem • Um dos conhecimentos mais importantes da farmacologia aplicada à Enfermagem é a DOSAGEM adequada. • Tanto no momento do cálculo da quantidade do fármaco que será aplicado, quanto na hora da aplicação, envolvem responsabilidade, perícia e competência técnico-científica. • Para essa atividade são necessários conhecimentos como:
Farmacologia na Enfermagem • Do quadro de saúde do paciente e suas condições clínicas; • - Do medicamento a ser ministrado e suas possíveis reações; • - De identificar sinais e sintomas de ordem subjetiva; • - De interações medicamentosas, ambientais, pessoais e alimentares.
Objetivos • Conhecer a farmacologia básica: conceitos de medicamento, formas farmacêuticas, efeitos colaterais e/ou adversos. • Entender os fatores que modificam os efeitos das drogas. • Saber fazer cálculo de dosagem, administração, apresentação e estocagem dos produtos.
Objetivos • Conhecer farmacocinética: absorção, distribuição, biotransformação e excreção. • Identificar as diversas formas farmacêuticas dos medicamentos correlacionando-as e às diversas vias de administração e mecanismos de ação. • Dominar cálculos de medicamentos.
Objetivos • Identificar as formas farmacêuticas dos medicamentos correlacionando-as com as diversas vias de administração e mecanismos de ação. • Caracterizar a ação, atividade e os efeitos colaterais dos diferentes fármacos nos sistemas nervoso, circulatório, urinário, endócrino, digestório e respiratório. • Identificar e interpretar interação medicamentosa. • Caracterizar a ação, atividade e os efeitos do organismo aos medicamentos.
Habilidades • Caracterizar diferentes fármacos tais como antibióticos, antifúngicos, antivirais, antineoplásicos e medicamentos que interferem no metabolismo, em relação a sua ação, efeitos colaterais e respectiva atividade. • Executar práticas de identificação das características dos grupos farmacológicos, distinguindo os medicamentos de acordo com a sua indicação farmacológica. • Aplicar as normas de segurança do paciente e biossegurança no manuseio e preparo de medicamentos.
Referências • ASPERHEIM, Mary Kaye. Farmacologia para enfermagem.Riode Janeiro: Guanabara Koogan, 2003. • KATZUNG, B. Farmacologia básica e clínica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014. • SILVA, P. Farmacologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012. • BERNE, R.; LEVY, M. Fisiologia. São Paulo: Elsevier, 2004. HARVEY, R. Farmacologia Ilustrada. Porto Alegre: Artmed, 2002. RANG, H.P. Farmacologia. São Paulo: Elsevier, 2011.
Comprimidos : É a compressão de uma ou mais substâncias químicas na forma de pó ou grânulo. Podem ser: sublinguais/efervescentes/mastigaveis/revestidos/liberação prolongada. Drágeas são comprimidos recobertos por várias camadas de açúcar , amido e talco para melhorar a deglutição e aparência. Cápsulas É o armazenamento de uma ou mais substâncias químicas em recipientes de gelatina que pode ser mole (armazenando líquidos, semi-sólidos e sólidos) ou duro (armazenando sólidos). Pastilha: é um preparo sólido, com princípio ativo unido a um excipiente constituído por açúcar e excipientes para diluir lentamente na boca. FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS
Pomadas ou Unguentos: A substância química sólida é geralmente inserida em uma base oleosa. São usadas em regiões com poucos pelos por serem muito oleosas. Supositórios: são formas semi-sólidas que se fundem a temperatura corporal liberando a substância química. Emulsões ou cremes: preparações fluídas e leitosas. Podem ser óleo em água ou água em óleo. Utilizadas em regiões extensas do corpo e também com pêlos . Óvulos supositório vaginal: excipiente em geral de glicerina solidificada com gelatina. Possui ação local. FORMAS FARMACÊUTICAS SEMI SÓLIDAS
Soluções orais: São preparações em que há um ou mais fármacos dissolvidos em certa quantidade de solvente, normalmente água. As soluções orais, necessitam de componentes que dêem cor e sabor ao líquido para tornar o medicamento mais agradável ao paladar. Xaropes: preparações aquosas, onde são dissolvidos os medicamentos.Elixires: preparações líquidas hidroalcoólicas, açucaradas ou glicerinadas, destinadas a uso oral , contendo substâncias aromáticas e medicamentosas. Suspensões: As suspensões são preparações em que as substâncias químicas não estão totalmente dissolvidas no meio líquido. Geralmente têm baixa capacidade de dissolução, por isso depositam-se no fundo do recipiente. É essencial agitar antes de administrá-la. FORMAS FARMACÊUTICAS LÍQUIDAS
Indica o seu efeito no organismo • Os efeitos desejados • Os sintomas que são aliviados CLASSIFICAÇÃO DOS MEDICAMENTOS (POTTER e PERRY, 2019, p. 869) Ex: anti-histamínico, antidepressivos, hipoglicemiante, antI-inflamatórios, analgésicos, antibióticos e etc.
Através da história é possível verificar um grande avanço na indústria farmacêutica, com o desenvolvimento de medicamentos cada vez mais eficazes e com cada vez menos efeitos colaterais. • Observa-se o aumento no uso da medicação, ao mesmo tempo em que estudos mostram o uso irracional de diversas classes medicamentosas. FARMACOLOGIA – CONCEITOS
CONCEITOS BÁSICOS • O QUE O CORPO FAZ COM A DROGA • Absorção • Distribuição • Metabolização • Excreção FARMACOCINÉTICA • A absorção à partir da via de administração; • A via de adm é o caminho que a droga é colocada no organismo; • Via oral, parenteral, ocular, sublingual, nasal, retal, tópica etc; • As vias de adm tem objetivos específicos, apresentando vantagens e desvantagens.
CONCEITOS BÁSICOS • O QUE O CORPO FAZ COM A DROGA • Absorção • Distribuição • Metabolização • Excreção FARMACOCINÉTICA • Após a via de administração estar determinada e a absorção ter acontecido, o princípio ativo é distribuído no organismo ( corrente sanguínea ). • A distribuição é caracterizada como a passagem do fármaco da corrente sanguínea para os órgãos e tecidos (sítio de ação).
CONCEITOS BÁSICOS • O QUE O CORPO FAZ COM A DROGA • Absorção • Distribuição • Metabolização • Excreção FARMACOCINÉTICA • Também chamada de biotransformação, é a alteração química que o fármaco sofre no organismo (fígado, sangue, rins, TGI), por meio das reações enzimáticas. • Existem fatores que podem alterar a metabolização, como a idade, peso.
CONCEITOS BÁSICOS • O QUE O CORPO FAZ COM A DROGA • Absorção • Distribuição • Metabolização • Excreção FARMACOCINÉTICA • Os rins são os principais órgãos para excreção de substâncias solúveis em água. O sistema biliar contribui para a excreção até o ponto em que o fármaco não é reabsorvido do TGI. • Vias secundárias de excreção: fluídos (suor, secreção nasal, saliva).
FARMACOCINÉTICA A absorção é mais rápida quando o fármaco é administrado em jejum com quantidade suficiente de líquido (250 ml). Fármacos LIPOSSOLÚVEIS quando ingeridos com refeições rica em gordura tem sua absorção aumentada.
FARMACOCINÉTICA MEDICAÇÕES QUE ULTRAPASSAM A BARREIRA PLACENTÁRIA - TERATOGÊNICAS • Drogas Lipossolúveis • Ex: álcool, sedativos, hipnóticos, nicotina. • TOXICIDADE SOBRE O FETO: • Talidomida – membros deformados; • Antigoagulante: Hemorragia Fetal e Neonatal • Sulfonamidas: Icterícia Neonatal
CONCEITOS BÁSICOS FARMACODINÂMICA • O que o medicamento faz no organismo, sendo assim o MECANISMO DE AÇÃO DO PRINCÍPIO ATIVO. • Estuda as interações entre os medicamentos e o organismo, os quais por uma série de eventos, resultam em uma resposta farmacológica.
CONCEITOS BÁSICOS FARMACODINÂMICA • Existem várias maneiras de ocorrer a ligação fármaco receptor, para produzir o efeito terapêutico. • Os sítios de ação podem acontecer por: • SELETIVIDADE: específico de um receptor; • AFINIDADE: grau de atração com o receptor; • CANAIS IÔNICOS: bloqueio e liberação de canais, para ligação do fármaco. • ENZIMAS: enzimas podem ser bloqueadas, potencializando alguns neurotransmissores. • PROTEÍNAS DE TRANSPORTE: transportam neurotransmissores através da membrana plasmática, psicofármacos podem bloquear ou inibir esse transporte.