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Estudos Dirigidos sobre Espiritualidade.
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Estudos Dirigidos A Inspiração Vamos falar aqui sobre a Inspiração. pericliscb@outlook.com
MÉDIUNS INSPIRADOS 182. Todo aquele que, tanto no estado normal, como no de êxtase, recebe, pelo pensamento, comunicações estranhas às suas ideias preconcebidas, pode ser incluído na categoria dos médiuns inspira-dos. Estes, como se vê, formam uma variedade da mediunidade in-tuitiva, com a diferença de que a intervenção de uma força oculta é aí muito menos sensível, por isso que, ao inspirado, ainda é mais difícil distinguir o pensamento próprio do que lhe é sugerido. A espontaneidade é o que, sobretudo, caracteriza o pensamento deste último gênero. A inspiração nos vem dos Espíritos que nos influenciam para o bem, ou para o mal, porém, procede, principal-mente, dos que querem o nosso bem e cujos conselhos muito amiúde cometemos o erro de não seguir. Ela se aplica, em todas as circunstâncias da vida, às resoluções que devamos tomar. Sob esse aspecto, pode dizer-se que todos são médiuns, porquanto não há quem não tenha seus Espíritos protetores e familiares, a se esforça-rem por sugerir aos protegidos salutares idéias. Capítulo XV. Dos Médiuns Escreventes ou Psicógrafos CONTINUA
Se todos estivessem bem compenetrados desta verdade, ninguém deixaria de recorrer com frequência à inspiração do seu anjo de guarda, nos momentos em que se não sabe o que dizer, ou fazer. Que cada um, pois, o invoque com fervor e confiança, em caso de necessidade, e muito frequentemente se admirará das ideias que lhe surgem como por encanto, quer se trate de uma resolução a tomar, quer de alguma coisa a compor. Se nenhuma ideia surge, é que é preciso esperar. A prova de que a ideia que sobrevém é estra-nha à pessoa de quem se trate está em que, se tal ideia lhe existira na mente, essa pessoa seria senhora de, a qualquer momento, utilizá-la e não haveria razão para que ela se não manifestasse à vontade. Quem não é cego nada mais precisa fazer do que abrir os olhos, para ver quando quiser. Do mesmo modo, aquele que possui ideias próprias tem-nas sempre à disposição. Se elas não lhes vêm quando quer, é que está obrigado a buscá-las algures, que não no seu íntimo. Capítulo XV. Dos Médiuns Escreventes ou Psicógrafos CONTINUA
Também se podem incluir nesta categoria as pessoas que, sem serem dotadas de inteligência fora do comum e sem saírem do estado normal, têm relâmpagos de uma lucidez intelectual que lhes dá momentaneamente desabitual facilidade de concepção e de elocução e, em certos casos, o pressentimento de coisas futuras. Nesses momentos, que com acerto se chamam de inspiração, as ideias abundam, sob um impulso involuntário e quase febril. Parece que uma inteligência superior nos vem ajudar e que o nosso espírito se desembaraçou de um fardo. Capítulo XV. Dos Médiuns Escreventes ou Psicógrafos CONTINUA
183. Os homens de gênio, de todas as espécies, artistas, sábios, literatos, são sem dúvida Espíritos adiantados, capazes de compre-ender por si mesmos e de conceber grandes coisas. Ora, precisa-mente porque os julgam capazes, é que os Espíritos, quando que-rem executar certos trabalhos, lhes sugerem as ideias necessárias e assim é que eles, as mais das vezes, são médiuns sem o saberem. Têm, no entanto, vaga intuição de uma assistência estranha, visto que todo aquele que apela para a inspiração, mais não faz do que uma evocação. Se não esperasse ser atendido, por que exclamaria, tão frequentemente: meu bom gênio, vem em meu auxílio? As respostas seguintes confirmam esta asserção: Capítulo XV. Dos Médiuns Escreventes ou Psicógrafos a) Qual a causa primária da inspiração? “O Espírito que se comunica pelo pensamento.” CONTINUA
b) A revelação das grandes coisas não é que constitui o objeto único da inspiração? “Não, a inspiração se verifica, muitas vezes, com relação às mais comuns circunstâncias da vida. Por exemplo, queres ir a alguma parte: uma voz secreta te diz que não o faças, porque correrás perigo; ou, então, te diz que faças uma coisa em que não pensavas. É a inspiração. Poucas pessoas há que não tenham sido mais ou menos inspiradas em certos momentos.” Capítulo XV. Dos Médiuns Escreventes ou Psicógrafos CONTINUA
c) Um autor, um pintor, um músico, por exemplo, poderiam, nos momentos de inspiração, ser considerados médiuns? “Sim, porquanto, nesses momentos, a alma se lhes torna mais livre e como que desprendida da matéria; recobra uma parte das suas faculdades de Espírito e recebe mais facilmente as comunicações dos outros Espíritos que a inspiram.” MÉDIUNS DE PRESSENTIMENTOS 184. O pressentimento é uma intuição vaga das coisas futuras. Algumas pessoas têm essa faculdade mais ou menos desenvolvida. Pode ser devida a uma espécie de dupla vista, que lhes permite entrever as consequências das coisas atuais e a filiação dos aconte-cimentos. Mas, muitas vezes, também é resultado de comunicações ocultas e, sobretudo neste caso, é que se pode dar aos que dela são dotados o nome de médiuns de pressentimentos, que constituem uma variedade dos médiuns inspirados. Capítulo XV. Dos Médiuns Escreventes ou Psicógrafos FIM
Em uma residência, iria começar uma palestra espírita... Acercou-se do médium e imantou-o com energias superiores. O sensitivo percebeu a presença da Entidade amiga e, solicitando permissão ao seu anfitrião (ao dono da casa), explicou que era chegada a hora da reunião, que deveria começar por uma oração que ele proferiria, acompanhado, em silêncio, pelos presentes. Todos se recolheram à introspecção, enquanto o médium, visivel-mente inspirado, proferiu comovida súplica de amparo para todos, após o que deu início à sua alocução. Capítulo 19 A palavra era-lhe fácil, escorrendo-lhe dos lábios com encantamento e segurança, sob o edificante controle mental da venerável Irmã Angélica. A sua forma simples de expressar o pensamento que lhe era transmitido enriquecia-se, não poucas vezes, de beleza cristalina... FIM
Durante uma ocorrência, a explicação do Instrutor Alexandre sobre a intuição, ou melhor, na transmissão do pensamento. Como ocorreu o processo... 1ª situação (...) Sem perda de tempo, colocou a destra na fronte da menina, manten-do-a sob vigoroso influxo magnético e transmitindo-lhe suas ideias gene-rosas. Reparei que aquela mão protetora, ao tocar os cabelos encara-colados da jovem, expedia luminosas chispas, somente perceptíveis ao meu olhar. A menina, a seu turno, pareceu mais nobre e mais digna em sua expressão quase infantil e respondeu firmemente: (...) (A garota fala sob a influência do Instrutor.) Capítulo 5. Influenciação. 2ª situação Nesse momento, Alexandre colocou novamente a destra sobre a fronte da jovem, que lhe traduziu o pensamento, em tom de respeito e carinho: (...) (Se repete a mesma situação onde a garota fala sob a influência do Instrutor.) CONTINUA
As dúvidas de André Luiz... Em virtude de o instrutor haver interrompido a operação magnética e porque me encontrasse perplexo ante a facilidade com que a menina lhe recebia os pensamentos, quando observara tanta complexidade nos serviços de psicografia, expus ao orientador amigo as indagações que me assaltavam o espírito. A explicação do Instrutor Alexandre sobre a intuição, ou melhor, na transmissão do pensamento. Capítulo 5. Influenciação. Sem titubear, Alexandre explicou: – Aqui, André, observa você o trabalho simples da transmissão mental e não pode esque-cer que o intercâmbio do pensamento é movimento livre no Universo. Desencarnados e encarnados, em todos os setores de atividade terrestre, vivem na mais ampla permuta de ideias. Cada mente é um verdadeiro mundo de emissão e recepção e cada qual atrai os que se lhe assemelham. Os tristes agradam aos tristes, os ignorantes se reúnem, os criminosos comungam na mesma esfera, os bons estabelecem laços recíprocos de trabalho e realiza-ção. CONTINUA
“Aqui temos o fenômeno intuitivo, que, com maior ou menor intensidade, é comum a todas as criaturas, não só no plano construtivo, mas também no círculo de expressões menos elevadas. Temos, sob nossos olhos, uma velha irmã e seu filho maior completamente ambientados na exploração inferior de amigos desencarnados, presas de ignorância e enfermidade, estabelecendo perfeito comércio de vibrações inferiores. Falam sob a de-terminação direta dos vampiros infelizes, transformados em hóspedes efetivos do continente de suas possibilidades fisicopsíquicas. Permanece também sob nossa análise uma jovem que, presentemente, atingiu de-zesseis anos de nova existência terrestre. Suas disposições, contudo, são bastante diversas. Ela consegue receber nossos pensamentos e traduzi-los em linguagem edificante. Não está propriamente em serviço técnico da mediunidade, mas no abençoado trabalho de espiritualização.” Capítulo 5. Influenciação. E indicando a mocinha, cercada de maravilhoso halo de luz, acrescentou: CONTINUA
– Conserva, ainda, o seu vaso orgânico na mesma pureza com que o rece-beu dos benfeitores que lhe prepararam a presente reencarnação. Ainda não foi conduzida ao plano de emoções mais fortes, e as suas possibilida-des de recepção, no domínio intuitivo, conservam-se claras e maleáveis. Suas células ainda se encontram absolutamente livres de influências tóxicas; seus órgãos vocais, por enquanto, não foram viciados pela male-dicência, pela revolta, pela hipocrisia; seus centros de sensibilidade não sofreram desvios, até agora; seu sistema nervoso goza de harmonia invejável e o seu coração, envolvido em bons sentimentos, comunga com a beleza das verdades eternas, através da crença sincera e consoladora. E, além disso, não tendo débitos muito graves do pretérito, condição que a isenta do contacto com as entidades perversas que se movimentam na sombra, pode refletir com exatidão os nossos pensamentos mais íntimos. Vivendo muito mais pelo espírito, nas atuais condições em que se encontra, basta a permuta magnética para que nos traduza as ideias essenciais. Capítulo 5. Influenciação. – Isto significa – perguntei – que esta jovem é bastante pura e que continuará com semelhantes facilidades, em toda a existência? CONTINUA
Alexandre sorriu e observou: – Não tanto. Ela ainda conserva os benefícios que trouxe do plano espiritual e as cartas da felicidade ainda permanecem nas suas mãos para extrair as melhores vantagens no jogo da vida, mas dependerá dela o ganhar ou perder, futuramente. A consciência é livre. – Então – continuei perguntando – não seria difícil prepararem-se todas as criaturas para receberem a influenciação superior? Capítulo 5. Influenciação. – De modo algum – esclareceu ele – todas as almas retas, dentro do espírito de serviço e de equilíbrio, podem comungar perfeitamente com os mensageiros divinos e receber-lhes os programas de trabalho e iluminação, independentemente da técnica do mediunismo que, presentemente, se desenvolve no mundo. Não há privilegiado na Criação. Existem, sim, os trabalhadores fiéis, compensados com justiça, seja onde for. FIM
Outra situação... As palavras do suicida, bem como a doce inflexão de sua voz, surpre-endiam-me as observações. (O esposo conversava com sua mulher que estava em desdobramento parcial do corpo, enquanto dormia) Raul demonstrava um potencial de delicadeza e finura psicológica, que até aí não revelara a meus olhos. Foi então que, aguçando a percepção visual, notei que fios tenuíssimos de luz ligavam a fronte de Alexandre ao cérebro dele e compreendi que o instrutor lhe ministrava vigoroso influxo magnético, amparando-o na difícil situação. Capítulo 11. Intercessão. E mais adiante... Notei que o interpelado mostrou no olhar terrível angústia, ante a indagação inesperada. (a esposa perguntara se havia sido um assassinato ou um suicídio) Quis, talvez, confessar a verdade, fazer luz em torno de suas experiências extintas, mas o socorro magnético de Alexandre não se fez esperar. Jato de intensa luminosidade partiu da mão do orientador, que, a essa altura da conversação, mantinha sobre a fronte do suicida a destra protetora. Transformou-se-lhe a expressão fisionômica, restabelecendo-se-lhe a serenidade e a cora-gem. Novamente calmo, Raul falou à companheira: (...) FIM
O homem vulgar ignora que toda manifestação de ordem, no mundo, procede do plano superior. A natureza agreste transforma-se em jardim, quando orientada pela mente do homem, e o pensamento humano, selvagem na criatura primitiva, transforma-se em potencial criador, quando inspirado pelas mentes que funcionam nas esferas mais altas. Nenhuma organização útil se materializa na crosta terrena, sem que seus raios iniciais partam de cima. Capítulo 8 Organização de Serviços FIM
– Como se caracteriza a linguagem entre os Espíritos? – Incontestavelmente, a linguagem do Espírito é, acima de tudo, a ima-gem que exterioriza de si próprio. Isso ocorre mesmo no plano físico, em que alguém, sabendo refletir-se, necessitará poucas palavras para definir a largueza de seus planos e sentimentos, acomodando-se à síntese que lhe angaria maior cabe-dal de tempo e influência. Cap. 2 Segunda parte Linguagem dos Desencarnados Círculos espirituais existem, em planos de grande sublimação, nos quais os desencarnados, sustentando consigo mais elevados recursos de riqueza interior, pela cultura e pela grandeza moral, conseguem plasmar, com as próprias idéias, quadros vivos que lhes confirmem a mensagem ou o ensi-namento, seja em silêncio, seja com a despesa mínima de suprimento verbal, em livres cir-cuitos mentais de arte e beleza, tanto quanto muitas Inteligências infelizes, treinadas na ciência da reflexão, conseguem formar telas aflitivas em circuitos mentais fechados e ob-sessivos, sobre as mentes que magneticamente jugulam. CONTINUA
De acordo com o mesmo princípio, Espíritos desencarnados, em muitos casos, quando controlam as personalidades mediúnicas que lhes ofere-cem sintonia, operam sobre elas à base das imagens positivas com que as envolvem no transe, compelindo-as a lhes expedir os conceitos. Nessas circunstâncias, expressa-se a mensagem pelo sistema de refle-xão, em que o médium, embora guardando o córtex encefálico aneste-siado por ação magnética do comunicante, lhe recebe os ideogramas e os transmite com as palavras que lhe são próprias. Cap. 2 Segunda parte Linguagem dos Desencarnados Todavia, não obstante reconhecermos que a imagem está na base de todo intercâmbio entre as criaturas encarnadas ou não, é forçoso observar que a linguagem articulada, no chamado espaço das nações, ainda possui fundamental importância nas regiões a que o homem comum será transferido imediatamente após desligar-se do corpo físico. CONTINUA
Por isso mesmo, na esfera seguinte à condição humana, temos o espaço das nações, com as suas comunidades, idiomas, experiências e inclina-ções, inclusive organizações religiosas típicas, junto das quais funcio-nam missionários de libertação mental, operando com caridade e dis-crição para que as ideias renovadoras se expandam sem dilaceração e sem choque. Cap. 7 Segunda parte Vida Social dos Desencarnados FIM
Transmissão do pensamento, através da inspiração... O Dr. Emir saudou-os jovialmente (a vários outros médicos para uma reunião, do plano físico), enquanto solicitou a um auxiliar que fosse buscar o prontuário que houvera deixado sobre o seu móvel, quando fora chamado para socorrer o paciente em crise. Atendido, sentou-se, por sua vez, à cabeceira, e após ligeiros comentários, foi iniciada a reunião sem mais delongas. Capítulo 13. O Dr. Ximenes (Espírito) acercou-se-Ihe, envolveu-o em fluidos enriquecedores de paz e, praticamente tomando-lhe o comando do raciocínio, facultou-lhe iniciar os estudos reservados para aquele dia. E o Dr Emir começa a sua explanação... Mais adiante, em uma pausa... O expositor calou-se por pouco, organizando as ideias, em razão da complexidade do tema e mais sintonizando com o Mentor, logo dando continuidade: (...) Terminado a explanação... Observara como o jovem assimilara o pensamento do seu Instrutor que, por sua vez, en-contrara nele o material indispensável para a explanação. Concomitantemente, a irradia-ção de segurança e de veracidade impressa nas suas palavras, procedente do Mentor, muito houvera contribuído para o entendimento e aceitação da tese exposta. FIM
Em uma casa espírita, numa palestra... Visivelmente inspirado, o amigo dos infelizes ergueu-se, e após sal-dação afetuosa, iniciou a sua peroração (discurso breve)... E mais adiante, no atendimento aos necessitados... Sempre inspirado pelo seu Guia espiritual, era visível a perfeita iden-tificação existente entre ambos. Capítulo 16. Em outra casa espírita, e em outra palestra... De imediato, a palavra foi passada a um jovem orador, que visivel-mente inspirado pelo seu Mentor e pelo Guia Espiritual da Casa, abordou com propriedade e alto senso de equilíbrio o tema sobre a Caridade. FIM Capítulo 18.
Chamou-me a atenção o comentário de uma dama desencarnada, que narrava a outra que lhe estava ao lado: – Hoje é-me um dia muito gratificante, pois que consegui trazer meu filho, que está enveredando pelo abismo do alcoolismo. Através de um amigo, a quem se afeiçoou, inspirei-o a conduzi-lo até aqui, a fim de que ouça a palestra, que espero lhe penetre o coração, desper-tando-o para os deveres do lar e da família, que vêm sendo descui-dados. Capítulo 18. FIM
(...) A esse tempo, Nemésio enlaçara a enfermeira, qual se voltasse, de improviso, aos arrebatamentos da juventude. Amimava-lhe as mãos miúdas e os cabelos sedosos, reportando-se ao futuro. (...) Apaixonado, procurava convencer-se de que se via correspondido, cravando a aten-ção nos olhos enigmáticos da companheira, a quem se reconhecia ima-nizado por intensa atração. (...) Marina retribuía, como quem se deixava querer bem; no entanto, apresentava o fenômeno singular da emoção jungida a ele e o pensa-mento voltado ao outro (outra pessoa), empenhando-se, por todos os meios, a encontrar nesse outro o incentivo necessário a essa mesma emoção. Capítulo 4. (...) Isso tudo era dito num jogo de manifestações carinhosas em que a sinceridade prevalecia num lado e o cálculo no outro. Assinalei, porém, estranha ocorrência. CONTINUA
Ele e ela comunicavam-se, entre si, as mais ternas expansões de encan-tamento recíproco, sem ser dissoluto, e pareciam aderir, automática-mente, às impressões que esboçávamos, de vez que acompanhávamos os mínimos gestos dos dois, com aguçada observação, prejulgando-lhes os desígnios com o fundo de nossas próprias experiências inferiores já superadas. Semelhantes registros que formulamos, com absoluta imparcialidade, são dignos de nota, porquanto, atento qual me achava ao estudo, vimo- nos obrigados a reconhecer que a nossa expectativa maliciosa, aliada ao espírito de censura, estabelecia correntes mentais estimulantes da turvação psíquica de que ambos se viam acometidos, correntes essas que, partindo de nós na direção deles, como que lhes agravava o apeti- te sensual. Capítulo 4. A súbitas, venerando amigo espiritual penetrou a câmara. Ocorreu, em seguida, algo de inusitado. CONTINUA
Nemésio e Marina transferiram-se, de repente, a novo campo de espírito. Confirmei a impressão de que a nossa curiosidade enfermiça e a revolta que dominava Neves até então haviam funcionado ali por estímulos ao magnetismo animal a que se ajustavam os dois enamorados, que nem de leve desconfiavam da minuciosa observação a que se viam sujeitos, porquanto bastou que o irmão Félix lhes dirigisse compassivo olhar para que se modificassem, incontinenti. Embora confessando a mim mesmo, com indisfarçável remorso, a impropriedade da atitude que assumira, momentos antes, prossegui estudando a metamorfose espiritual que se processava. Capítulo 4. Marina passou a revelar benéfica reação, como se estivesse admiravelmente conduzida em ocorrência mediúnica, de antemão preparada. Recompôs-se, do ponto de vista emotivo, patenteando integral desinteresse por qualquer forma de entretenimento físico, e falou, com delicadeza, da necessidade de voltar aos cuidados que a doente exigia. Nemésio, a refletir-lhe a renovada posição interior, não ofereceu qualquer embargo, acomodando-se em poltrona próxima, enquanto a jovem se retirava, tranquila. FIM
Estava acontecendo o Evangelho no Lar. Após a leitura de uma passagem bíblica... Observei, então, um fenômeno curioso. Um amigo espiritual, que reconheci de nobilíssima condição, pelas vestes resplandecentes, colocou a destra sobre a fronte da generosa viúva. Antes que lhe perguntasse, Aniceto explicou em voz quase imper-ceptível: Cap. 35 Culto doméstico – Aquele é o nosso irmão Fábio Aleto, que vai dar a interpretação espiritual do texto lido. “Os que estiverem nas mesmas condições dele, poderão ouvir-lhe os pensamentos; mas, os que estiverem em zona mental inferior, receberão os valores interpretativos, como acontece entre os encarnados, isto é, teremos a luz espiritual do verbo de Fábio na tradução do verbo materializado de Isabel.” Nosso mentor não poderia ser mais explícito. Em poucas palavras fornecera-me a súmula da extensa lição. CONTINUA
Notei que a viúva de Isidoro entrara em profunda concentração por alguns momentos, como se estivesse absorvendo a luz que a rodeava. Em seguida, revelando extraordinária firmeza no olhar, iniciou o co-mentário: (...) E quando terminou... Reparei que Fábio retirou a mão da fronte da viúva e observei que ela entrava a meditar, como quem sentira o afastamento da ideia em curso. Cap. 35 Culto doméstico FIM
André Luiz observando durante uma prece feita por um encarnado... Sorriu, calmo e conformado. Até ali, via-se bem que era Fábio o expositor exclusivo das palavras. Expressava-se em voz correntia, mas sem calor entusiástico, dada a sua situação de extrema fraqueza. Findo intervalo mais longo, o genitor (desencarnado)descansou a des-tra em sua fronte, mantendo-se na atitude de quem ora com profunda devoção. Reparei, surpreso, que luminosa corrente se estabelecera no organismo débil, desde a massa encefálica até o coração, inflamando as células nervosas, então semelhando a minúsculos pontos de luz conden-sada e radiante. Capítulo 16 Exemplo Cristão Os olhos de Fábio, pouco a pouco, adquiriram mais brilho e a sua voz fez-se ouvir, de novo, com diferente inflexão. Dirigindo à esposa e aos filhinhos o olhar terno, agora otimista e percuciente, passou a dizer, inspirado: (...)(e conversa com eles sob inspiração) FIM Ao final da conversa André Luiz observa que... O genitor retirou a destra da fronte de Fábio, desaparecendo a corrente fluídico-luminosa que o ajudara a pronunciar aquela impressionante alocução de amor acrisolado.
Em um templo católico... (...) Não longe, fixei a atenção numa senhora que acompanhava o sacer-dote com o manifesto desejo de receber a bênção celestial; os olhos úmidos e os tênues raios de luz, que se lhe projetavam da mente, diziam da sincera aspiração ávida superior que, naquele instante, lhe banhava o pensamento devoto; entretanto, dois transviados da esfera inferior, percebendo-lhe a esperança construtiva, tentavam anular-lhe a atenção e, segundo o que me foi permitido verificar, lhe sugeriam reminiscências de baixo teor, inutilizando-lhe a tentativa. Capítulo 9 Perseguidores Invisíveis FIM
(...) A conversação ia a meio, quando uma entidade, evidentemente bem intencionada, compareceu. Viu-nos e demonstrou compreender-nos a posição, porque fixou em nós cauteloso olhar sem dizer palavra, acercando-se do médico (psiquiatra), solicitamente, qual se lhe fora dedicado enfermeiro. (...)observei que a entidade espiritual recém-chegada e que o assistia, com desvelo, pousou a destra em sua fronte, como se desejasse trans-mitir-lhe algum alvitre (conselho, sugestão) providencial. Capítulo 10 Em Aprendizado O médico relutou bastante, mas ao cabo de alguns minutos, constran-gido por sugestão exterior que não saberia compreender exatamente, convidou Gabriel a um dos ângulos do quarto e lembrou: – Porque não tenta o Espiritismo? Conheço ultimamente alguns casos intrincados que vão sendo resolvidos, com êxito, pela psicoterapia... (a esposa estava muito doente sem um diagnóstico preciso) FIM
(...) Gabriel entrou no aposento e abeirou-se da esposa, desalentada e abatida. Gúbio agora, senhor da situação, aproximou-se do rapaz, sem alarde, e colocou sobre a fronte dele a destra paternal, dominando-lhe, no cérebro, as zonas diretas da inspiração, dando curso, naturalmente, a forças magnéticas suscetíveis de inclinar o problema de assistência a solução favorável. Reparei que o esposo de Margarida, sob a influência renovadora, passou a contemplar a companheira, enternecidamente. Tomou-lhe as mãos com sincera ternura e falou, espontâneo: Capítulo 15 Finalmente, o Socorro – Margarida, dói-me ver-te assim, sob desânimo tão profundo. Pequena pausa pesou sobre ambos; contudo, ao cabo de alguns momentos, tornou o marido de olhos iluminados por indefinível esperança: – Ouve! Uma ideia súbita me brotou no pensamento. Desde muitos dias estamos atrope-lados por remédios violentos e medidas drásticas que não te socorreram com a eficiência precisa. Consentes em que eu peça, em nosso favor, o concurso de algum amigo interessado em Espiritismo Cristão? FIM No slide anterior eles procuraram a ajuda, mas em local errado, e desta vez eles são ajudados.
(...) Penetramos o aposento em que a criança gemia semi-asfixiada, no instante preciso em que o médico da família efetuava meticuloso exame. Clarêncio passou a reparar-lhe todos os movimentos. Passado algum tempo... O instrutor meneou a cabeça, como se fora defrontado por insolúvel enigma, e colocou a destra na fronte do facultativo, compelindo-o (obri-gando, forçando) a refletir com a maior atenção. Capítulo 31 Nova Luta (...) Após longo silêncio, o clínico voltou-se para a dona da casa, afirman-do: – Creio devamos procurar um colega imediatamente. Enquanto a senhora telefona para o marido, chamando-o da oficina, trarei comigo um pedia-tra. (...) FIM
Em uma reunião de agradecimento do casamento realizado... Na salinha estreita e lotada, um velho tio da noiva levantou-se e dispôs-se à oração. Clarêncio abeirou-se dele e afagou-lhe a cabeça que os anos haviam encanecido, e seus engelhados lábios, no abençoado calor da inspiração com que o nosso orientador lhe envolvia a alma, pronunciaram comovente rogativa a Jesus, suplicando-lhe que os auxiliasse a todos na obediência aos seus divinos desígnios. (...) Capítulo 38 Casamento Feliz CONTINUA
Em outro capítulo... (...) homem tocado de fé viva, o dono da casa rogou a Antonina pronun-ciasse o agradecimento a Jesus. A esposa de Silva não vacilou. Cerrando as pálpebras, parecia procurar-nos em espírito, qual antena vibrátil, atraindo a onda sonora. Clarêncio abeirou-se dela e,tocando-lhe a fronte com a destra, entrou em meditação. Capítulo 40 Em Prece Suavemente impulsionada pelo Ministro, nossa amiga orou com sentida inflexão de voz: (...) FIM
Há muitas semanas guardo a permissão de escrever-lhes, relacionando o noticiário do velho companheiro, já no “outro mundo”. Aliás, isto não é novidade para vocês, nem para mim. Quando se me esvaía a resistência orgânica, formei o projeto de endereçar-lhes um correio de amigo, logo que a morte me arrebatasse. (...) Dificuldade no intercâmbio Mas, o serviço não é tão fácil quanto parece à primeira vista. Podemos certamente visitar amigos e influenciá-los; todavia, para isso, copiamos o esforço dos profissionais da telepatia. Emitimos o pensamento, gastando a potência mental em dose alta e, se a pessoa visada se mostra sensível, então é possível transmitir-lhe ideias; com relativa facilidade. Por vezes, a deficiência do receptor, aliada às múltiplas ondas que o cercam, impede a consumação de nossos propósitos. Se o instrumento de intercâmbio permanece absorto nas preocupações da luta comum, é difícil estabelecer a preponderância de nossos desejos. Capítulo I De Volta CONTINUA
A mente humana; atraí ondas de força, que variam de acordo com as emissões que lhe caracterizam as atividades. No aparelho mediúnico, esse fenômeno é mais vivo. Pela sensibilidade que lhe marca as faculdades registradoras, o médium projeta energias em busca do nosso campo de ação e recebe-as de nossa esfera com intensidade indescritível. Calculam, pois, os obstáculos naturais que nos cerceiam as intenções. Se não há combinação fluídico-magnética entre o Espírito comunican-te e o recipiente humano, realizar-se-á nosso intento apenas em senti-do parcial. Capítulo I De Volta É quase impossível impormos nossa individualidade completa. Ainda mesmo em se tratando da materialização, o visitante do “outro mundo” depende das organizações que o acolhem. Se o médium relaxa a obrigação de manter o equilíbrio fisio-psíquico e se os companheiros que lhe integram o grupo de trabalho vivem estonteados, sem o entendimento preciso dos deveres que lhes competem, torna-se impraticável o aproveitamento dos recursos que se nos oferecem para o bem. FIM
Recêm-desencarnado, o Irmão Jacob, doutrinador, está presente em seu próprio velório e faz algumas observações... Grupinho de conhecidos atraiu-me a atenção. Avancei para eles, mas fui constrangido a afastar-me, decepcionado. Comentavam a política, em agressiva atitude. Mergulhavam a mente em disputas desnecessá-rias. Pela primeira vez, verifiquei que os Espíritos inferiores não se comuni-cam somente nas sessões doutrinárias. A palestra, apesar de desen-volver-se discreta, apresentava notas de intercâmbio com o plano invisível, em cujos domínios ingressava eu, receoso e encantado. Um amigo expressava-se quanto os problemas da vereança municipal, perfeitamente entrosado com uma entidade menos digna que, ali ante meus olhos espantados, o subjugava quase que por completo, obrigando-o a proferir sentenças desrespeitosas e cruéis. Capítulo 5 Despedidas FIM Retrocedi, instintivamente. – Você, Jacob – falou Bezerra (Dr. Bezerra de Menzes), em tom grave –, por enquanto ainda não pode suportar estes dados mentais.
Estudos Dirigidos Vamos dar uma pausa por aqui. Périclis Roberto pericliscb@outlook.com pericliscb@outlook.com