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CATEGORIAS DA NARRATIVA

CATEGORIAS DA NARRATIVA. Comunicação literária A comunicação literária distingue os homens dos outros seres vivos, e confere uma capacidade de comunicar com os outros homens (transmitir e receber informações ), bem como recolher e tratar dados.

yannis
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CATEGORIAS DA NARRATIVA

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Presentation Transcript


  1. CATEGORIAS DA NARRATIVA

  2. Comunicação literária • A comunicação literária distingue os homens dos outros seres vivos, e confere uma capacidade de comunicar com os outros homens (transmitir e receber informações), bem como recolher e tratar dados. • Graças à linguagem, o homem é capaz de pensar e de comunicar. Pensamento e linguagem estão, portanto, indissoluvelmente ligados. Podemos dizer que não há pensamento sem linguagem, nem linguagem sem pensamento

  3. Tipo ou classe de Texto Para identificar um tipo de texto é necessário reconhecer os tipos que apresentam traços idênticos que podem ser definidos como características. Outra forma de identificar o tipo de texto é encontrar as sequências textuais que são unidades constituídas por conjuntos de elementos ou momentos interrelacionados. Num mesmo texto podem existir características de diferentes tipologias. Mas ele é classificado pela sequência textual predominante.

  4. Comunicação literária • A Literatura é uma forma particular de comunicação tão antiga como o homem. • emissor (autor) • recetor (leitor) • mensagem (a obra literária), que circula de um para o outro Texto literário Autor Leitor

  5. Géneros Literários • A literatura é entendida como a busca do prazer estético através da linguagem. • antes das primeiras narrativas serem registadas pela escrita já existiam contos que os mais velhos transmitiam aos mais novos, a tradição oral, de geração em geração • antes da poesia circular em cancioneiros já existiam canções • antes de Ésquilo e Aristófanes escreverem as suas tragédias e comédias já havia certamente representações por ocasião das festividades aos deuses

  6. O Texto Narrativo A narrativa é o modo/género literário que permite contar ou relatar factos, acontecimentos, ou sequências de ações. Por isso, a narração é um ato comunicativo.

  7. Nesse ato comunicativo existem, em traços muito simples: • emissor (designado narrador) • recetores (os narratários) • mensagem (o discurso narrativo que recria a história) • Essa história recriada pelo discurso do narrador contempla uma ação, envolvendo personagens e decorrendo em certos espaços e ao longo de um certo período de tempo. • Narrador, narratário, ação, personagens, espaço e tempo são as chamadas categorias da narrativa.

  8. Em esquema… Autor Narrativa discurso Narrador Narratário Leitor

  9. Categorias da narrativa Ação Espaço Tempo Personagem Narrador Narratário

  10. A Ação • Ação: é qualquer acontecimento (sequências narrativas), provocado ou experimentado por personagens, que se desenrola em determinados espaços e num tempo mais ou menos extenso. É o desenvolvimento dos factos e acontecimentos. Categoria da Narrativa - AÇÃO

  11. Classificação da Ação quanto ao Desfecho / Delimitação • Ação fechada - quando se conhece o desenlace da história e este é definitivo, conhecendo-se o destino das personagens; a história fica solucionada. Também conhecida como “narrativa fechada”. • Ação aberta – quando as sequências narrativas não apresentam desenlace algum e o desfecho da história fica em suspenso, ou seja, não solucionada. Também conhecida como “narrativa aberta”. Categoria da Narrativa - AÇÃO

  12. Classificação da Ação quanto à Importância • Ação principal: consiste nas sequências narrativas com maior relevância dentro da história e que, por isso, detêm um tratamento privilegiado no universo narrativo, ocupando maior tempo narrado. • Ação secundária: a sua importância depende da ação principal, em relação à qual possui menor relevância. Categoria da Narrativa - AÇÃO

  13. Construção da narrativa As sequências narrativas, que fazem parte da ação, formam blocos narrativos de significado coeso, variam em número e seguem, normalmente, a seguinte estrutura: • apresentação, • desenvolvimento, • peripécia(s), • clímax (ponto culminante) • desenlace Categoria da Narrativa - AÇÃO

  14. Articulação das sequências narrativas As sequências narrativas podem surgir articuladas de três maneiras diferentes: • Encadeamento • Encaixe • Alternância Categoria da Narrativa - AÇÃO

  15. Construção da ação - Encadeamento • As sequências narrativas seguem uma ordem cronológica, em que o final de cada uma é o ponto de partida da seguinte; os acontecimentos sucedem-se como elos de uma cadeia Categoria da Narrativa - AÇÃO Sequência inicial S2 S2 Sequência final Introdução Desenvolvimento Conclusão Exemplo: O conto do Capuchinho Vermelho

  16. Construção da Ação - Encaixe • Uma, ou mais, histórias (sequências narrativas) são introduzidas (encaixada) no interior da que estava a ser narrada, a qual é, por isso, interrompida, prosseguindo mais tarde. Categoria da Narrativa - AÇÃO Narrativa encaixada 1 Narrativa encaixada 2 Narrativa principal Exemplo: O narrador inicia uma história e depois uma personagem (funcionando como narrador) inicia uma outra história (por exemplo, conta o passado da sua família), dentro da primeira narrativa.

  17. Construção da Ação - Alternância • Uma vez que a escrita é linear, não é possível contar várias histórias (ou sequências narrativas) em simultâneo. • Daí que sejam narradas alternadamente, ou seja, uma história é interrompida para dar lugar a outra(s) de origem diversa, que, por sua vez, fica(m) em suspenso, cedendo o seu lugar e assim sucessivamente. Categoria da Narrativa - AÇÃO N1 N1 N3 N3 N2 N2 Narração Exemplo: as telenovelas – várias histórias diferentes contadas em alternância

  18. Espaço • O Espaço é o lugar onde o(s) evento(s) se realiza(m) • O Espaço possui também uma dimensão social e psicológica importante para a interpretação textual. Categoria da Narrativa - ESPAÇO

  19. Classificação do Espaço quanto ao Tipo • Espaço Físico • Espaço Psicológico • Espaço Social Categoria da Narrativa - ESPAÇO

  20. Espaço Físico • Espaço Físico: é constituído por todos os elementos que servem de cenário (local real) ao desenrolar da ação e à movimentação das personagens. Assim, podemos falar em espaço exterior e em espaço interior. O espaço físico confere verosimilhança à história. Categoria da Narrativa - ESPAÇO Exemplo: uma história narrada que acontece numa aldeia e na igreja da aldeia de um país

  21. Espaço Social • Espaço Social: designa o ambiente social (características económicas, políticas, culturais, etc), composto pelas camadas sociais representadas na obra onde as personagens se integram. Categoria da Narrativa - ESPAÇO Exemplo: uma história narrada que acontece numa rua de ourives e de sapateiros, com os seus problemas do quotidiano

  22. Espaço Psicológico • Espaço Psicológico: é a zona interior das personagens, isto é, toda a gama de referências que nos deixam ver a alma dos intervenientes da ação. Tem que ver com as vivências íntimas (pensamentos, sonhos, estados de espírito, memórias, reflexões,…) e, por isso, com a problemática do tempo subjetivo e da perspetiva da narrativa. Categoria da Narrativa - ESPAÇO Exemplo: uma história narrada que acontece num sonho ou nas divagações de um jovem isolado

  23. Tempo • As sequências narrativas ocorrem durante um tempo que pode ser, mais ou menos extenso e que abarca várias aceções e várias classificações. Categoria da Narrativa - TEMPO

  24. Tempo • O tempo pode ser classificado quanto ao tipo: • Tempo cronológico (da história) • Tempo do discurso (do narrador) • Tempo psicológico (das personagens) Categoria da Narrativa - TEMPO

  25. Tipos de Tempo na narrativa • Tempo cronológico ou histórico: é revelado pelos acontecimentos de um certo período da história de uma sociedade referidos no texto. Relaciona-se com datas e pode ser encontrado facilmente através de indícios no texto. Categoria da Narrativa - TEMPO

  26. Tipos de Tempo na narrativa • Tempo do discurso: resulta da elaboração do tempo da história levada a cabo pelo narrador. Consiste no modo como o narrador conta os acontecimentos, podendo elaborar o seu discurso segundo uma frequência, ordem e ritmo temporais diferentes. O tempo do discurso pode não ser igual ao da diegese (da história). Categoria da Narrativa - TEMPO

  27. Tipos de Tempo na narrativa • Tempo psicológico: é o tempo filtrado pelas vivências subjetivas das personagens. Está diretamente relacionado com a problemática existencial da personagem (como sente o passar do tempo e a influência que o tempo exerce nela) revelando a sua mudança, o seu desgaste, as suas contradições e a sua erosão, tudo isto provocado pela passagem do tempo e as vivências felizes ou infelizes. Categoria da Narrativa - TEMPO

  28. Classificação do Discurso do Narrador quanto à Frequência temporal Categoria da Narrativa - TEMPO Discurso singulativo: o narrador conta apenas uma vez o que aconteceu uma só vez. Discurso repetitivo: o narrador conta várias vezes o que aconteceu apenas uma vez. Discurso iterativo: o narrador conta uma vez o que aconteceu várias vezes. Utiliza expressões como habitualmente, todos os dias/meses/anos, muitas vezes...

  29. Classificação do Discursoquanto à Ordem temporal Isocronia ou Ordem linear- O narrador segue uma ordem cronológica dos eventos (primeiro os mais antigos e depois os mais recentes). Categoria da Narrativa - TEMPO • Anacronia - O narrador narra os acontecimentos alterando a ordem temporal dessa narração. E o narrador pode fazer isso de duas maneiras: • Analepse – conta no presente acontecimentos já passados • Prolepse – conta acontecimentos futuros, antecipando-os

  30. Classificação do Discurso quanto ao Ritmo (velocidade) temporal • Isocronia - O tempo da diegese/história pode ser idêntico ao do discurso. Acontece, por exemplo, nos diálogos. • Anisocronia – o tempo da diegese/história difere do tempo do discurso das ações narradas. A anisocronia pode ser conseguida através de: • Resumos – o narrador condensa o tempo dos acontecimentos (o tempo do discurso é menor do que o tempo da história) • Elipses – o narrador omite acontecimentos • Pausas – o narrador entretém-se em descrições, reflexões ou divagações (o tempo do discurso é maior do que o tempo da história) Categoria da Narrativa - TEMPO

  31. Personagem Categoria da Narrativa - PERSONAGEM • A personagem é uma entidade ficcional, dotada de um retrato físico (características físicas observáveis) e psicológico (maneira de ser/pensar), e à qual é, normalmente, atribuído um nome ou identificação. As personagens suportam a ação, visto que é através delas que a ação se concretiza. Elas vão adquirindo "forma" à medida que a narração evolui, num processo designado por caracterização.

  32. Classificação da Personagem quanto ao RELEVO Categoria da Narrativa - PERSONAGEM • Personagem principal ou protagonista: tem papel central, é o herói da obra, tem uma importância fundamental para o desenvolvimento da ação. • Personagem secundária: o seu papel é de menor relevo na economia da obra, desempenhando uma importância menos significativa para o desenvolvimento dos acontecimentos. • Personagem figurante: tem um papel irrelevante no desenrolar da intriga, mas na ação pode desempenhar um papel importante para ilustrar uma atmosfera, uma profissão, uma ideologia, um ambiente social, etc.

  33. Classificação da Personagem quanto à COMPOSIÇÃO Categoria da Narrativa - PERSONAGEM Personagem Plana (ou desenhada): Caracteriza-se por possuir um conjunto limitado de traços que se mantêm inalterados ao longo da narração. O seu comportamento não sofre alterações ao longo do desenrolar da ação. É previsível.

  34. Classificação da Personagem quanto à COMPOSIÇÃO Categoria da Narrativa - PERSONAGEM • Personagens Modeladas ( ou redondas): caracterizam-se por serem dinâmicas, dotadas de densidade psicológica e de conflitos, vida interior, e por isso surpreende o leitor pelo seu comportamento dado que este evolui e altera-se ao longo do desenvolvimento dos acontecimentos.

  35. Classificação da Personagem quanto à COMPOSIÇÃO Categoria da Narrativa - PERSONAGEM • Personagens-tipo: caracterizam-se por que representar um determinado espaço social, um grupo cultural, um estatuto profissional ou religioso, com os padrões e aspetos que lhe estão associados.

  36. Processos de caracterização da Personagem Categoria da Narrativa - PERSONAGEM • Caracterização DIRETA: consiste na descrição das características da personagem feita pela própria personagem, ou pelo narrador ou por outra personagem. Esta modalidade de caracterização é eminentemente estática e são proferidas diretamente no discurso. A caracterização direta pode assumir duas formas: • Autocaracterização – é a própria personagem que refere os seus traços característicos • Heterocaracterização – os traços da personagem são apresentados explicitamente pelo narrador ou por outra(s) personagem(s)

  37. Processos de caracterização da Personagem Categoria da Narrativa - PERSONAGEM • Caracterização INDIRETA: é deduzida, é aquela que resulta dos atos, dos discursos e das reações da personagem face aos estímulos que lhe são oferecidos por outras personagens e pelo desenrolar da ação. É a mais dispersiva e dinâmica.

  38. Processos de caracterização da Personagem Categoria da Narrativa - PERSONAGEM • Seja através da caracterização direta ou indireta, a caracterização das personagens pode ser feita em várias vertentes: • Física – aborda as características corporais da personagem • Psicológica – aborda as características da personalidade • Social – aborda as características da vida social da personagem e a relação com os outros.

  39. Funções actanciais das personagens Categoria da Narrativa - PERSONAGEM • As personagens desempenham muitas vezes (mas nem sempre) certas funções narrativas chamadas actantes da narração. • Essas funções narrativas ou actanciais das personagens podem ser resumidas no seguinte esquema: sujeito adjuvante oponente destinador destinatário objeto

  40. Funções actanciais das personagens Categoria da Narrativa - PERSONAGEM • SUJEITO – personagem ou entidade empenhada na procura ou consecução de um objetivo, representado no objeto; o sujeito quer atingir o objeto. • OBJETO – personagem ou coisa que o sujeito procura ou deseja. sujeito Ex. O Chico, personagem da história, quer casar. A narração conta a vida do Chico. objeto

  41. Funções actanciais das personagens Categoria da Narrativa - PERSONAGEM • ADJUVANTE – personagem ou coisa que facilita a obtenção do objeto por parte do sujeito; favorece a busca ou procura. • OPONENTE – personagem ou coisa que dificulta a obtenção do objeto por parte do sujeito; prejudica a busca ou procura. sujeito adjuvante oponente Ex. Na procura do casamento, o Chico encontra os pais que já não o querem em casa, mas os amigos não o querem perder. objeto

  42. Funções actanciais das personagens Categoria da Narrativa - PERSONAGEM • DESTINADOR – personagem, coisa ou força superior que decide (favor ou contra) a obtenção do objeto pelo sujeito; permite ao sujeito obter o objeto. • DESTINATÁRIO – personagem ou coisa sobre quem recai a decisão do destinador. sujeito adjuvante oponente destinador destinatário objeto

  43. Narrador Categoria da Narrativa - NARRADOR • O autor é uma pessoa verdadeira, com existência real, que escreveu a narrativa num determinado momento histórico. Tem nome, BI, existência real. • O narrador é uma invenção do autor, é uma entidade fictícia, de natureza textual, que tem a função de contar a história. Vive apenas no texto.

  44. Classificação do Narrador quanto à PRESENÇA ou participação Categoria da Narrativa - NARRADOR • Narrador Autodiegético • Narrador Homodiegético • Narrador Heterodiegético

  45. Classificação do Narrador quanto à PRESENÇA ou participação Categoria da Narrativa - NARRADOR • Narrador Autodiegético - o narrador participa na ação como personagem principal e faz a narração na primeira pessoa. • Narrador Homodiegético - o narrador participa na ação como personagem secundária, e faz o discurso na primeira pessoa. • Narrador Heterodiegético - o narrador não participa na ação como personagem, sendo exterior à história. Discursa na terceira pessoa. Também conhecido como narrador não participante ou narrador de “grau zero”.

  46. Classificação do Narrador quanto à CIÊNCIA ou FOCALIZAÇÃO Categoria da Narrativa - NARRADOR • Narrador Omnisciente • Narrador de focalização externa • Narrador de focalização interna

  47. Classificação do Narrador quanto à CIÊNCIA ou FOCALIZAÇÃO Categoria da Narrativa - NARRADOR • Focalização omnisciente – o narrador possui um conhecimento ilimitado de toda a história, bem como do íntimo das personagens. Ele sabe tudo, assumindo uma posição de transcendência no relato dos acontecimentos. Pode, por isso, explicar as motivações das personagens, revelar o que pensam, antecipar a referência dos acontecimentos, descrever espaços interiores e exteriores,… É uma perspetiva só possível a um narrador heterodiegético.

  48. Classificação do Narrador quanto à CIÊNCIA ou FOCALIZAÇÃO Categoria da Narrativa - NARRADOR • Focalização interna – o narrador relata os acontecimentos, assumindo o ponto de vista de uma personagem, daí que, neste caso, o seu conhecimento se restrinja ao que a personagem vê/sabe. Há uma redução dos acontecimentos que pode narrar, pois tem somente a capacidade de conhecimento de uma personagem que intervém na história.

  49. Classificação do Narrador quanto à CIÊNCIA ou FOCALIZAÇÃO Categoria da Narrativa - NARRADOR • Focalização externa – o narrador conhece apenas o que é observável exteriormente, sabendo menos do que a personagem. Limita a narrativa à apresentação de situações superficiais e observáveis do exterior.

  50. Classificação do Narrador quanto à POSIÇÃO Categoria da Narrativa - NARRADOR • Objetiva – o narrador é imparcial / neutro relativamente ao que conta, não emitindo juízos de valor. • Subjetiva – o narrador defende uma posição/opinião face ao que conta, proferindo, explícita ou implicitamente, juízos de valor, comentários, orientações ideológicas, ...

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