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Televisão: observador ou criador da realidade?

Televisão: observador ou criador da realidade?. João Brant. Para começar. Não existe UMA realidade A mídia observa E cria a realidade, do seu modo Um fato retratado na mídia ganha vida própria, ele passa a ser um outro fato novo, portanto uma nova realidade. Ver TV sem culpa.

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Televisão: observador ou criador da realidade?

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Presentation Transcript


  1. Televisão: observador ou criador da realidade? João Brant

  2. Para começar Não existe UMA realidade A mídia observa E cria a realidade, do seu modo Um fato retratado na mídia ganha vida própria, ele passa a ser um outro fato novo, portanto uma nova realidade.

  3. Ver TV sem culpa Audiência não é aprovação Contemplação não é necessariamente passividade Desvincular a vontade de assistir do julgamento de qualidade

  4. Entretanto... Importância da TV na formação da opinião TV traz falsa sensação de envolvimento Por estar “diante da coisa”, você se sente “participante da coisa” Cada vez mais consciente, cada vez menos transformador

  5. Pergunta que não quer calar Que raios significa TV de qualidade? A TV não é sempre RUIM ou BOA Olhar sem moralismo Às vezes há temas bons, mas com formatos ruins Às vezes há formatos bons, mas com temas ruins

  6. 3 aspectos sobre a mídia brasileira • TVs são concessões públicas • Prevalece a mídia comercial • Há concentração de propriedade, portanto concentração de poder

  7. 4 conseqüências dos 3 aspectos • Conformação de hábitos • Super poder (independentemente de boas ou más intenções) • Mídia é negócio • Funciona como peça chave para a conformação de padrões de consumo

  8. Uma ciranda midiática Se a mídia é um negócio, o objetivo é o lucro Se o objetivo é o lucro, e recebe-se o sinal da TV de graça, então é preciso buscar anunciantes Se os anunciantes condicionam o anúncio ao número de espectadores, então é preciso buscar audiência a todo custo. Portanto, a TV vende o seu público aos anunciantes

  9. A ditadura da audiência Ter a audiência como único parâmetro NÃO é um pressuposto, mas sim uma conseqüência de um modelo comercial e desregulamentado. NÃO deveria ser objetivo ter 100% das pessoas vendo televisão o tempo todo. Mas se a TV atrai é também porque a rua expulsa. Quem disse que “é isso que o povo quer ver?”

  10. A mídia brasileira • Se não deu na TV... • A mídia é quem pauta a sociedade. Na prática, é o editor da emissora ou do jornal que “permite” que um assunto se torne relevante. Por exemplo: • Se houve uma manifestação e ela não foi noticiada, ela não tem efeito, é como se não tivesse acontecido. • Se o caso do “mensalão” fosse conhecido mas não fosse exposto na mídia, não haveria o escândalo. • Se duas ONGs têm o mesmo projeto e só uma ganha exposição na mídia, este será o projeto legitimado pela sociedade, “só ele existe”.

  11. A mídia brasileira • Produtos como outros quaisquer • Tanto o jornal impresso como a TV são produtos, que precisam ser vendidos diariamente. • Imparcialidade e neutralidade são estratégias para se ganhar credibilidade. Algumas outras táticas: • o balcão do jornalismo tradicional • o tom de voz neutro e sem sotaques • as vestimentas

  12. A mídia brasileira • Limitações ao trabalho jornalístico • A edição pode alterar todo o trabalho de um repórter. • Seleção: o que entra e o que não entra no pouco espaço ou tempo que se tem. • Proporção: por quanto tempo, ou qual o espaço ocupado em relação a outros temas e matérias. • Ordenação: o que abre o bloco? O que está na parte de cima da página? • Foco: de tudo o que foi apurado, o que se privilegia? Qual a “versão” que ganha mais tempo?

  13. A mídia brasileira  Algumas estratégias típicas da TV... • Os personagens - a partir de uma realidade específica, generaliza-se a conclusão • 2 lados do mesmo lado - criar uma falsa oposição entre duas posições parecidas, e deixar a diferente de fora. • Linguagem cifrada - a gente só guarda a conclusão, sem entender o caminho • Solução de conflitos insolúveis - não há debate franco, não é o espectador que decide sua posição.

  14. A mídia brasileira Outras conseqüências dessa história... • Predomínio do fait-divers • Reprodução de valores, construção de conceitos • A escolha de UM olhar sobre identidades e culturas • A novela conforma a visão de cultura de nós brasileiros há quase 40 anos.

  15. Exemplos práticos Telejornais Telenovelas Programas de auditório

  16. www.intervozes.org.br

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