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Professor Edley. www.professoredley.com.br. Reformas Religiosas. Crise do Cristianismo. Motivos que Impulsionaram a Reforma Protestante Ao longo da história, houve divisões entre os seguidores do Cristianismo .

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  1. Professor Edley www.professoredley.com.br

  2. Reformas Religiosas

  3. Crise do Cristianismo • Motivos que Impulsionaram a Reforma Protestante • Ao longo da história, houve divisões entre os seguidores do Cristianismo. • No Século XI, por exemplo, ocorreu o Grande Cisma do Oriente, que dividiu o mundo cristão em Duas Grandes Igrejas: • A Igreja Católica do Ocidente ou Igreja Católica Romana e a Igreja Católica do Oriente ou Igreja Ortodoxa. • A outra grande ruptura da cristandade aconteceu no período em que estamos estudando, mais especificamente no Século XVI. • O resultado dessa ruptura ficou conhecido como Reforma Protestante, que levou ao surgimento de diversas igrejas cristãs, independentes da Igreja Católica, chamadas genericamente de Protestantes. • A designação “Reforma Protestante” abrange, em geral, seus dois movimentos históricos principais – a Reforma Luterana e a Reforma Calvinista –, mas pode incluir também a Reforma Anglicana.

  4. Crise do Cristianismo • Vejamos que razões motivaram esse movimento, para depois estudarmos cada uma de suas correntes históricas. • Novas Interpretações da Bíblia • Como vimos no capítulo anterior, o alemão Johann Gutenberg desenvolveu, no Século XV, a Imprensa ou Tipografia – processo de impressão com tipos móveis de metal, que possibilitou a reprodução em série de um mesmo texto. • A difusão desse processo contribuiu para aumentar a produção de livros, entre eles a Bíblia – o primeiro livro impresso por Gutenberg –, que a partir de então pôde chegar às mãos de um número maior de fiéis. • A Bíblia impressa apareceu primeiro em Latim e Grego, mas depois, no Século XVI, foi traduzida para outras línguas, como o Alemão, o Francês e o Inglês, ampliando o número de leitores potenciais. • Com isso, cada vez mais pessoas começaram a ler os textos sagrados cristãos, depois de séculos de domínio dos Sacerdotes Católicos sobre eles.

  5. Crise do Cristianismo • Tal fato favoreceu o surgimento de novas interpretações dos textos cristãos, os quais, sem a intermediação dos padres, nem sempre estavam em harmonia com os ensinamentos da Igreja. • Nesse cenário, ganhou força, por exemplo, uma Corrente Religiosa que, apoiada na Teoria de Santo Agostinho, afirmava que a salvação do ser humano era alcançada unicamente pela Fé. • Essa idéia contrariava a interpretação dominante entre os líderes da Igreja, baseada em Santo Tomás de Aquino, segundo a qual a Fé precisava ser acompanhada das boas obras para conduzir à salvação eterna. • Essa divergência gerou debatesacalorados e muito conflito entre os Cristãos.

  6. Crise do Cristianismo • Crítica ao Comportamento do Clero • Nessa época, aumentaram também as críticas a certas práticas e condutas do Clero Católico. Vejamos algumas delas: • – Venda de Relíquias Sagradas • Para obter recursos econômicos, membros do Alto Clero iludiam a boa-fé de milhares de cristãos por meio do comércio de Relíquias Sagradas, em geral, falsas. • Essa prática era conhecida com o nome de Simonia. Nessas transações, eram vendidos, por exemplo, “espinhos” que coroaram a fronte de Cristo, “palhas da manjedoura” de Jesus, panos embebidos no “sangue do rosto do Salvador”, objetos pessoais dos Santos, etc. • – Venda de Indulgências • Membros da Igreja também negociavam indulgências, isto é, o perdão dos pecados. Assim, mediante determinado pagamento, destinado a financiar obras da Igreja, os féis poderiam comprar a “Salvação Eterna”.

  7. Crise do Cristianismo • – Falta de Preparo do Clero • Boa parte dos Sacerdotes, especialmente o Baixo Clero, desconhecia até a própria Doutrina Católica e demonstrava falta de preparo intelectual para as funções religiosas, fragilizando ainda mais a Imagem da Igreja. • A ignorância e o mau comportamento do Clero não eram problemas menores, principalmente quase se considerava que, como pretendia a Igreja, os Sacerdotes deveriam cumprir o papel de intermediários entre os Seres Humanos e Deus.

  8. Crise do Cristianismo • Nova Ética Religiosa • Desde a Idade Média, a Igreja Católica censurava a Usura, isto é, o LucroExcessivo, defendendo o “preço justo” nas transações econômicas. • Essa recomendação, no entanto, começou a incomodar os capitalistas nascentes. • É que alguns comerciantes ficavam divididos entre a busca do lucro (própria da lógica capitalista) e as obrigaçõesmorais católicas, que recomendavam moderação. • Aqueles que buscavam grandes ganhos econômicos se sentiriam confortáveis se pudessem contar com uma Nova Ética Religiosa, mais adequada ao Espírito Capitalista. • Esse anseio Burguês foi atendido, em parte, por algunsramos do movimento protestante.

  9. Crise do Cristianismo • Sentimento Nacionalista • Com o fortalecimento das Monarquias Nacionais (assunto que trabalharemos mais à frente), surgiram diversos conflitos políticos entre as Autoridades da Igreja e alguns Governantes Europeus. • Representando a Unidade Nacional, os Soberanos viam na autoridade do Papa uma barreira para o fortalecimento de seu poder. • Alguns Governantes passaram a encarar a Igreja, que tinha sede em Roma e cujo Idioma Oficial era o Latim, como “entidade estrangeira” que interferia em seus países. • O Papa e outros membros do Clero, por seu lado, insistiam em apresentar a Igreja como instituição universal (Católica significa “Universal”) que unia, culturalmente o Mundo Cristão. • Essa questão de universalidade, entretanto, foi perdendo força, à medida que crescia o sentimento nacionalista.

  10. Crise do Cristianismo • A tendência era cada Estado, por meio de seu dirigente, afirmar suas diferenças locais em relação aos demais. • Isso ocorreu em regiões da Europa que hoje, correspondem ao norte da Alemanha, Dinamarca, Noruega, Suécia, Suíça, Holanda, Inglaterra e Escócia. • Esses Estados procuravam afirmar sua autonomia em relação à Igreja. • E a Reforma Protestante atendeu, de certo modo, a seus interesses regionais. • Um exemplo disso foi o fato de que a Doutrina Cristã dos reformadores passou a ser divulgada na Língua Nacional de cada país, e não em Latim, como fazia a Igreja Católica.

  11. Luteranismo

  12. Luteranismo • Início do Movimento Reformista • A Reforma Protestante teve como um de seus principais iniciadores • Martinho Lutero (1483-1546). • Nascido em Eisleben, cidade que pertence à atual Alemanha, Lutero estudou Direito por influência do Pai. • Tinha, no entanto, inclinação para a vida religiosa e, em 1505, após quase ter morrido em uma violenta tempestade, ingressou na Ordem dos Agostinianos, que segue as concepções de Santo Agostinho. • Em 1510, Lutero viajou a Roma, sede da Igreja Católica, onde teve impressões decepcionante em relação ao Alto Clero. • Ele regressouabalado com aquilo que considerou um ambiente de corrupção e avareza.

  13. Luteranismo • Salvação Pela Fé • Entre 1511 e 1513, Lutero aprofundou-se nos estudos religiosos e amadureceu suas idéias Teológicas. • Numa das epístolas do Apóstolo Paulo (que faz parte do Novo Testamento Bíblico) encontrou algumas passagens que lhe pareceram fundamentais, como “aquele que é justo pela Fé viverá” (Romanos, cap. 3, vers. 28). • Interpretando essa mensagem, Lutero concluiu que o Ser Humano, corrompido em razão do “pecado original”, só poderia salvar-se pela Fé em Deus. • Assim, a Fé em Deus, e não nas obras humanas, seria o único instrumento de salvação, graças à Misericórdia Divina.

  14. Luteranismo • Rompimento com a Igreja Católica • Depois de um período de tensões, em 1517Lutero deu um passo decisivo que provocaria seu Rompimento com a Igreja Católica. • Com o objetivo de arrecadar dinheiro para a construção da Basílica de São Pedro, o Papa Leão X autorizou a concessão de Indulgências aos fiéis que contribuíssem financeiramente com a obra. • Escandalizado com a atitude do Papa, Lutero afixou na porta da Igreja de Wittenberg (cidade da atual Alemanha) um manifesto público – as 95 teses – em que protestava contra essa medida e expunha alguns elementos de sua concepção religiosa. • Veja algumas dessas teses: • 21 – Estão errados os pregadores de indulgências que dizem que um homem é libertado e salvo de todo o castigo dos pecados pelas indulgências papais.

  15. Luteranismo • 27 – Eles pregam que a alma voa para fora do purgatório tão logo tilinte o dinheiro jogado na caixa. • 45 – Os cristãos deveriam aprender que todo aquele que vê um homem necessitado e não o socorre, e depois dá dinheiro para perdões, não está comprando para si a indulgência do papa, mas a cólera de Deus. • 82 – Por que o papa não esvazia o purgatório apenas por caridade, se o faz através do dinheiro que emprega na construção de uma Basílica? • Tinha início uma longa discussão entre Lutero e as Autoridades Católicas, que culminou com a sua excomunhão (expulsão da Igreja), em 1521. • Para demonstrar seu desprezo à Igreja Católica, Lutero queimou em praça pública a Bula Papal que o condenava.

  16. Luteranismo • Doutrina Luterana • Depois da excomunhão, Lutero passou a divulgar sua DoutrinaReligiosa pelo norte da Europa, com o apoio de diversos membros da nobreza e da alta burguesia. • Entre os principais pontos de sua Doutrina, firmados na Comissão de Augsburgo em 1530, destacavam-se: • – O direito dos fiéis ao livre exame das Escrituras Sagradas (Bíblia); • – As Escrituras Sagradas como único caminho para a Fé Cristã; • – A Fé Cristã como único caminho para a Salvação Eterna; • Além disso, o Luteranismo não aceitava o culto aos Santos, promovido pelos Católicos, a adoração de Imagens Religiosas e a Autoridade do Papa. • Em vez dos Sete Sacramentos Católicos – Batismo, Confirmação (Crisma), Eucaristia, Matrimônio, Penitência, Ordem e Unção dos Enfermos – só reconhecia validade bíblica em dois deles: o Batismo e a Eucaristia.

  17. Luteranismo • Após a Excomunhão, Lutero foi perseguido pelas Autoridades Católicas, que, entretanto, não conseguiram impedir a difusão de sua Doutrina. • Em 1521, Lutero refugiou-se no Castelo de Wartburg, do Príncipe alemão Frederico, seu amigo e protetor,onde iniciou a Tradução da Bíbliapara o alemão, a partir de originais Gregos. • A versão Luterana da Bíblia foi considerada um dos principais modelos da Moderna Língua Escrita Alemã. • A Origem do Termo “Protestante” • Em 1529, nobres alemães luteranos protestaram contra as medidas que impediam cada Estado de adotar sua própria religião. • Foi a partir deste protesto que se difundiu o nome Protestante para designar Cristãos Não Católicos.

  18. Fé e Audição • Leia o texto do historiador LucienFebvre, que comenta o domínio de diferentes formas de percepção. • Hoje, entre todos os nossos sentidos, a visão é a que mais trabalha. Por isso, sentimos mais piedade dos cegos do que dos surdos. • Para os homens do Século XVI, entretanto, a visão não era tão fundamental como em nossas sociedades. Para eles, era a audição que tinha um papel predominante. Isso pode ser observado no extremo valor atribuído à música e à palavra oral. Vejamos um exemplo do valor da audição. • O Século XVI era um século de vida religiosa. Era o século da Reforma e da Contrarreforma. E qual a autoridade que os religiosos invocavam? A palavra de Deus. Que se prestassem ouvidos à Palavra de Deus. • A Fé é Audição. Lutero dizia textualmente: “somente os ouvidos são os órgãos do cristão”. • Assim, o homem do Século XVI tinha uma extraordinária capacidade de ouvir.por isso, eram comuns as pregações religiosas, que duravam horas, dirigidas a uma multidão que se acotovelava para ouvi-las. • Hoje sabemos das notícias lendo jornais, vendo televisão. Aqueles homens sabiam das notícias ouvindo-as, de boca a boca.

  19. Calvinismo

  20. Calvinismo • Novo Núcleo do Movimento Reformista • A exemplo de Martinho Lutero foi seguido, nas regiões de língua francesa, por João Calvino (1509-1564), que liderou o que ficou conhecido como Reforma Calvinista. • Nascido em Noyon, na França, Calvino estudou Teologia e Direito. • Aderindo às idéias dos reformadores protestantes, como Lutero e o suíço Zwinglio(1484-1531), foi considerado Herege e perseguido pelas autoridades católicas francesas. • Em 1534, fugiu para a Suíça onde o movimento reformista já se desenvolvia.

  21. Calvinismo • Ética Calvinista • De 1541 a 1564, Calvino governou a cidade Suíça de Genebra, submetendo seus moradores a um governo que mesclava política e religião e impunha à população um sistema moral, por vezes, considerado severo. • Entre as condutas práticas censuradas pelo Calvinismo, estavam o jogo, o culto às imagens de santos, a dança e o uso de roupas luxuosas e jóias. • Quem descumprisse as normas ou se rebelasse contra a doutrina era duramente punido. • Alguns chegaram a ser condenados à morte, como o Médico e Teólogo espanhol Miguel de Servet (1511-1553), que foi preso em Genebra e acabou queimado vivo por suas convicções religiosas (por exemplo, por questionar a Doutrina da Predestinação Divina e criticar a Doutrina da Trindade). • Além disso, ele acreditava em Astrologia e praticava a Dissecação de Cadáveres para fins de Estudos Médicos, etc.

  22. Calvinismo • Doutrina da Predestinação Divina • Em 1536, Calvino publicou sua principal obra, Instituição da Religião Cristã, na qual defendia que o ser humano estava predestinado ao Céu ou ao Inferno. • Explicava que algumas pessoas haviam sido eleitas por Deus para a Salvação, enquanto outras seriam condenadas à Maldição Eterna. • A partir dessa Doutrina, o trabalho intenso e constante, recompensado pela prosperidade econômica, foi interpretado pelos seguidores de Calvino com um “sinal” da Predestinação para a Salvação. • E como o Calvinismo pregava o estímulo ao trabalho, a condenação ao desperdício e a legitimidade do lucro, as idéias Calvinistas acabaram indo ao encontro dos interesses da Burguesia, já que, segundo essas idéias, os indivíduos não seriam salvospor aquilo que fizessem, mas pela Vontade Divina. • Não podendo interferir nessa determinação de Deus, cada pessoa deveria viver de acordo com suas possibilidades.

  23. Calvinismo • Assim, embora o luxo fosse censurado, a acumulação de riquezase o lucro não eram considerados imorais nos termos em que a Nova Religião foi instituída. • O Calvinismo espalhou-se por diversas regiões da Europa Ocidental, como França, Inglaterra, Escócia e Holanda, dando origem a diversas correntes locais, como os Huguenotes, a dos Puritanos e a dos Presbiterianos.

  24. Calvinismo

  25. Reforma Anglicana

  26. Reforma Anglicana • Uma Igreja Nacional da Inglaterra • A Reforma Religiosa promovida na Inglaterra nesse período, ou Reforma Anglicana, teve características distintas das Reformas Luterana e Calvinista. • Sem ter motivações prioritariamente éticas ou doutrinárias, não constituiu um rompimento radical com o Cristianismo Católico, como ocorreu nas reformas mencionadas anteriormente. • O principal articuladores dessa Reforma, Henrique VIII (Rei da Inglaterra de 1509 a 1547), era um FielAliado do Papa, tendo recebido o título de “Defensor da Fé”. • Entretanto, uma série de questões o levou a romper com a Igreja Católica e fundar a Igreja Nacional na Inglaterra: a Igreja Anglicana. • Vejamos alguns dos principais motivos para essa ruptura:

  27. Reforma Anglicana • – Poder Político • O Clero Católico exercia grande influência na Inglaterra; para fortalecer o poder da Monarquia Inglesa, era preciso reduzir a Influência do Papa dentro do país. • – Bens da Igreja • A Igreja era proprietária de muitas terras e monopolizava o comércio de “Relíquias Sagradas”. • Setores da NobrezaInglesa queriam apossar-se das terras e dos bens da Igreja; para isso, era preciso apoiar o Rei, a fim de enfraquecer o poder das Autoridades Católicas. • – Anulação do Casamento • Além desse quadro geral, Henrique VIII teve negado pelo Papa o pedido de anulação de seu casamento com Catarina de Aragão. O Rei queria romper o matrimônio por três razões principais: devido à origem espanhola da esposa (já que o Governo da Espanha,na época, era inimigo do Governo da Inglaterra), por ela não ter gerado um Herdeiro do sexo masculino para o Trono e porque ele queria casar-se com Ana Bolena, sua amante, de quem esperava um Herdeiro.

  28. Reforma Anglicana • Mescla do Catolicismo e do Protestantismo • Diante da Recusa do Papa, o rei conseguiu que a anulação fosse reconhecida pelo Parlamento e pelo Alto Clero Inglês. • Em 1534, o Parlamento Inglês votou o Ato de Supremacia, pelo qual o Rei Henrique VIII tornava-se o chefe supremo da Igreja da Inglaterra. • Assim foi criada a Igreja Anglicana, sem grandes modificações em termos de Doutrina e Culto em relação à Igreja Católica. • Após a fundação da Igreja Anglicana, ocorreram, nos governos dos sucessores de Henrique VIII, tentativas de implantar o Calvinismo e também uma reação Católica. • Foi somente no reinado de Elizabeth I (1558-1603) que a Igreja Anglicana se consolidou, incluindo elementos do Catolicismo e do Protestantismo Calvinista.

  29. Reforma Anglicana • Vejamos alguns itens que ilustram essa mistura: • – Do Catolicismo • Preservação da HierarquiaEclesiástica e da liturgia na missa; substituindo-se, entretanto, na celebração, o Latim pelo Inglês. • – Do Calvinismo • Salvação pela Fé no contexto da Predestinação Divina; prática de apenas dois Sacramentos: Batismo e Eucaristia; presença espiritual de Cristo na Eucaristia.

  30. Os Protestantes Entre Nós • Na tradição latino-americana, todos os membros dos variados movimentos religiosos da “grande família protestante” são chamados de Evangélicos. • Há, no entanto, uma importante diferença entre eles: • De um lado, há os Fieis das Denominações chamadas históricas ou tradicionais, isto é, ligadas à Reforma Protestante em suas origens européias, com Lutero e Calvnino(entre outros), a partir do Século XVI. • São chamadas Denominações porque constituem um movimento religioso particular e organizado, possuidor de um nome e de um organismo diretor. • De outro lado, há os chamados Protestantes de Conversão, Fiéis de movimentos organizados na História mais recente, principalmente na América, e que constituíram novas Denominações. • Destaca-se aqui o Pentecostalismo, cuja expansão nos centros urbanos e em camadas mais pobres da população tem sido muito intensa. • Ao contrário do Catolicismo, religião hierárquica e aglutinadora, no Protestantismo há uma grande independência dos vários grupos.

  31. Contrarreforma

  32. Contrarreforma • A Reação da Igreja Católica • A Igreja Católica não ficou imóvel diante da Reforma Protestante. • Uma parte do Clero e Grupo de Fiéis sabiam que era necessário acabar com os abusos praticados por muitos de seus membros e reformar a Instituição. • Consideravam também urgente promover um movimento de reafirmação dos princípios da Doutrina Católica que ampliasse o número de seus seguidores. • Foi neste contexto que se adotou um ConjuntodeMedidas que ficou conhecido como Reforma Católica ou Contrarreforma. • Essa reação e reorganização católica foram lideradas pelos Papas Paulo III (Pontífice de 1534 a 1549), Paulo IV (de 1555 a 1559), Pio V (de 1566 a 1572) e Sisto V (de 1585 a 1590).

  33. Contrarreforma • Expansão Protestante e Lutas Religiosas • No início, a primeira reação das autoridades da Igreja Católica foi punir os principais LíderesProtestantes, como fizeram com Lutero e Calvino. • Com isso, esperavam que as idéias dos Reformadores fossem sufocadas e o Mundo Católico recuperasse a unidade perdida. • A tática, entretanto, não deu bons resultados. • O Protestantismo espalhou-se pelo continente, conquistando crescente número de seguidores. • Em aproximadamente 50 Anos, as Igrejas Protestantes tinham conseguido a adesão de cerca de 40% dos Europeus Ocidentais. • No mapa a seguir, observamos que o Movimento Protestante (Anglicanos, Luteranos, Calvinistas) espalhou-se pelo Norte Europeu – pelos territórios que correspondem às atuais Inglaterra, Escócia, Alemanha, Dinamarca e Suécia.

  34. Difusão das Religiões na Europa

  35. Contrarreforma • No mapa a seguir, observamos que o Movimento Protestante (Anglicanos, Luteranos, Calvinistas) espalhou-se pelo Norte Europeu – pelos territórios que correspondem às atuais Inglaterra, Escócia, Alemanha, Dinamarca e Suécia. • Já no Sul da Europa, permaneceu o Domínio Católico nos atuais Estados de Portugal, Espanha e Itália. • No meio dessas duas áreas, havia uma zona intermediária marcada por disputas religiosas, abrangendo o que hoje corresponde à França, Holanda, Suíça, Áustria, Hungria e Polônia. • Essas Disputas Religiosas transformavam-se, frequentemente, em Guerras Violentas, devido a vinculação entre Estado e Religião. • Nas Guerras Religiosas desse período, os Protestantes contavam com o apoio e tropas dos Soberanos da Inglaterra e da Dinamarca, dos Príncipes Alemães, etc. • Já lado Católico dispunha, por exemplo, das forças do Imperador Filipe II da Espanha, que, em seu vasto Império, perseguiu duramente os Protestantes.

  36. Contrarreforma • Na França, as Guerras Religiosas afetaram a vida das pessoas, arrastando-se por três décadas (1562 a 1598). • Embora os Católicos Franceses constituíssem a maioria da população, os Protestantes eram organizados e espalharam-se por todo país: • Vencidos num local, recompunham-se em outros. • Um dos mais célebres e trágicos episódios das Lutas Religiosas na França ocorreu em 24 de agosto de 1572 e ficou conhecido como Noite de São Bartolomeu. • Nesse episódio, milhares de Protestantes Franceses (conhecidos como Huguenotes) foram massacrados em Paris por Forças Católicas a mando do Rei Carlos IX, diretamente influenciado por sua Mãe, a Rainha Catarina de Médicis. • Noite de São Bartolomeu • O episódio foi assim chamado porque ocorreu, segundo o Calendário Religioso Católico, no dia de São Bartolomeu, um dos Apóstolos de Cristo.

  37. Contrarreforma • Nos desmembramentos desse massacre, estima-se que tenham sido mortos cerca de 20 mil Huguenotes. • Numa época em que a Religião marcava profundamente as pessoas, a liberdade religiosa era considerada incompatível com a Paz Social. • Considerando que sem Paz não existiria Ordem Política, os Soberanos pretendiam impor, em seus domínios, umaúnica religião para todos os Súditos. • Contrapondo-se a essa concepção que vinculava o Estado a uma única religião, líderes religiosos como MennoSimons (1496-1561) pregava que a Fé era um Dom de Deus e, por isso, não poderia ser imposta pela Espada do Governante. • Mas vozes como essa ecoaram isoladas. • Nessa época, a liberdade religiosa era uma ilha perdida • no oceano da intolerância.

  38. Noite de São Bartolomeu

  39. Contrarreforma • Medidas Adotadas pela Igreja • Vejamos algumas das principaismedidas adotadas pelas lideranças da Igreja, que caracterizaram a Contrarreforma. • – Ordem dos Jesuítas • Em 1534, o religioso católico e ex-militar espanhol Inácio de Loyola fundou a Companhia de Jesus (também chamada Sociedade de Jesus ou Ordem dos Jesuítas). • Posteriormente, em 1540, o Papa Paulo III aprovou a criação dessa Ordem e de seus Estatutos Gerais. • Inspirados na estrutura militar, os Jesuítas consideravam-se “Soldados da Igreja”, cuja missão era, inicialmente, combater a expansão do Protestantismo. • Nesse contexto, Inácio de Loyola escreveu um livro intitulado Os Exercícios Espirituais, no qual apresentava formas de converter o indivíduo ao Catolicismo por meio de Técnicas de Contemplação Religiosa.

  40. Contrarreforma • A principal estratégia dos Jesuítas foi investir na criação de Escolas Religiosas. • Eles também se empenharam na Catequeses dos Nãos Cristãos ,isto é, na conversão ao catolicismo dos povos dos continentes recém-descobertos pelos europeus.

  41. A Companhia de Jesus de Hoje

  42. Contrarreforma • – Concílio de Trento • No ano de 1545, o Papa Paulo III convocou um Concílio, cujas primeiras reuniões foram realizadas na cidade de Trento, na Península Itálica. • Em 1563, ao final de anos de trabalhos, os Bisposreunidos no Concílio de Trento apresentavam um conjunto de decisões que procuravam garantir a Unidade na FéCatólica e a Disciplina Eclesiástica. • Em relação às críticas e as idéias protestantes foram reafirmados pontos básicos da Doutrina Católica, como os Sete Sacramentos (Batismo, Crisma, Eucaristia, Matrimônio, Penitência, Ordem e Unção dos Enfermos), a tese da Infalibilidade do Papa e o “monopólio” do Clero Católico na interpretação correta da Bíblia • Reafirmou-se também como correta e legítima, a concessão de indulgências, recomendando-se evitar abusos. • Concílio • Reunião de Bispos, conduzida ou aprovada pelo Papa, para discutir e aprovar questões relacionadas à Doutrina ou à DisciplinaEclesiástica.

  43. Contrarreforma • No Concílio de Trento, também foram reiterados outros princípios tradicionais do Catolicismo: • – Salvação Humana • Depende da Fé em Deus e das boas obras humanas. • Rejeitava-se a Doutrina da Predestinação; • – Fontes da Fé • O Dogma Religioso tem como fontes a Bíblia (cabendo à Igreja dar-lhe a interpretação correta) e a Tradição ReligiosaCristã (conservada e transmitida pela Igreja). • O Papa reafirmava sua posição de Sucessor de São Pedro, a quem Jesus Cristo teria confiado a Missão de construir sua Igreja;

  44. Contrarreforma • – Missa • Cristo estaria presente no Ato da Eucaristia (a Comunhão), no Pão e no Vinho, pelo poder da sua Palavra e do seu Espírito. • Essa presença real de Cristo era rejeitada pelos Protestantes. • Os Bispos determinaram, ainda, a elaboração de um Catecismo com os pontos fundamentais da Doutrina Católica, a criação de Seminários para a formação de novos Sacerdotes e a manutenção do Celibato Sacerdotal.

  45. Concílio de Trento

  46. Contrarreforma • Volta da Inquisição • Os Tribunais da Inquisição, criados pela Igreja Católica em 1231 para investigar e punir os “crimes contra a fé católica”, foram, com o tempo, reduzindo suas atividades em diversos países. • Entretanto, com o avanço do Protestantismo, em meados do Século XVI, a Alta Hierarquia da Igreja e alguns Governantes Católicos decidiram reativar a Inquisição.

  47. Contrarreforma • Uma da atribuições dos Inquisidores foi a organização de uma lista de LivrosProibidos aos Católicos, o IndexLibrorumProhibitorum. • Além disso, receberam do Papa autorização para utilizar até mesmo a Tortura como forma de obter a confissão dos acusados. • A Contrarreforma revigorou a Igreja, que assim conseguiu recuperar, pelo menos parcialmente, seus antigos domínios. • Calcula-se que até meados do Século XVI o número de Protestantes Europeus tenha-se reduzido de 40% para 20%. • Na França, estima-se que, em 1562, houvesse mais de 1 Milhão de Protestantes. • Essa cifra, cem anos depois, caiu pela metade.

  48. Inquisição Católica

  49. Inquisição Católica

  50. Referência Bibliográfica • COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral: Volume 1 – 1ª edição – São Paulo, Saraiva, 2010. • EYMERICH, Nicolau. Manual dos Inquisidores – Brasília, UnB/Rosa dos Tempos, 1993. • SILVA, Janice Theodoro da. Descobrimentos e Renascimento – São Paulo, Contexto, 1991. • Wikipedia.org

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