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Poema

Poema. Poema x Poesia. Poema está ligado à forma, é um texto em verso. Poema x Poesia. Poesia está ligada à temática, não é necessariamente um texto, mas tudo (paisagens, imagens, textos) que remetem a sentimentos, sensações, emoções. Verso e estrofe. O Último Poema

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Presentation Transcript


  1. Poema

  2. Poema x Poesia • Poema está ligado à forma, é um texto em verso.

  3. Poema x Poesia • Poesia está ligada à temática, não é necessariamente um texto, mas tudo (paisagens, imagens, textos) que remetem a sentimentos, sensações, emoções.

  4. Verso e estrofe O Último Poema Manuel Bandeira Assim eu quereria o meu último poema Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos A paixão dos suicidas que se matam sem explicação

  5. Verso • Verso é uma sucessão de sílabas que integram em geral uma linha do poema • No poema de Manoel Bandeira apresentado há seis versos

  6. Estrofe • Estrofe é um agrupamento de versos • No poema exposto anteriormente, há uma única estrofe

  7. De acordo com o número de versos por estrofe, podemos ter um:

  8. Dístico (dois versos por estrofe); • Terceto (três versos); • Quadra ou quarteto (quatro versos); • Quintilha ( cinco versos);

  9. Sexteto ou sextilha (seis versos); • Sétima ou septilha (sete versos); • Oitava (oito versos); • Nona (nove versos); • Décima (dez versos).

  10. Formas fixas • Uma das composições de forma fixa mais conhecidas é o soneto; • No soneto os versos são agrupados em duas quadras e dois tercetos.

  11. Veja alguns sonetos Soneto do Amor Total Vinicius de Moraes Amo-te tanto meu amor... não cante O humano coração com mais verdade...Amo-te como amigo e como amanteNuma sempre diversa realidade.Amo-te enfim, de um calmo amor prestante E te amo além, presente na saudade.Amo-te, enfim, com grande liberdadeDentro da eternidade e a cada instante.Amo-te como um bicho, simplesmenteDe um amor sem mistério e sem virtudeCom um desejo maciço e permanente.E de te amar assim, muito e amiúdeÉ que um dia em teu corpo de repenteHei de morrer de amar mais do que pude.

  12. Soneto de Fidelidade Vinicius de Moraes De tudo, ao meu amor serei atento Antes, e com tal zelo, e sempre, e tantoQue mesmo em face do maior encantoDele se encante mais meu pensamento.Quero vivê-lo em cada vão momento E em seu louvor hei de espalhar meu cantoE rir meu riso e derramar meu prantoAo seu pesar ou seu contentamento.E assim, quando mais tarde me procureQuem sabe a morte, angústia de quem viveQuem sabe a solidão, fim de quem amaEu possa dizer do meu amor (que tive):Que não seja imortal, posto que é chamaMas que seja infinito enquanto dure.

  13. Soneto de separação De repente do riso fez-se o pranto Silencioso e branco como a brumaE das bocas unidas fez-se a espumaE das mãos espalmadas fez-se o espanto.De repente da calma fez-se o ventoQue dos olhos desfez a última chamaE da paixão fez-se o pressentimentoE do momento imóvel fez-se o drama.De repente, não mais que de repenteFez-se de triste o que se fez amanteE de sozinho o que se fez contente.Fez-se do amigo próximo o distanteFez-se da vida uma aventura erranteDe repente, não mais que de repente. Vinícius de Moraes

  14. Métrica • A métrica é a medida dos versos, o número de sílabas poéticas apresentadas pelos versos. • A divisão dos versos em sílabas poéticas é chamado de escansão.

  15. Métrica • A escansão poética tem por base a oralidade, então obedece a princípios diferentes da divisão silábica gramatical: as vogais átonas são agrupadas numa única sílaba, e a contagem silábica deve ser feita até a última tônica de cada verso.

  16. Métrica • Que/ mes/mo em/ fa/ce/ do/ mai/or/ en/can/to Soneto da fidelidade (trecho) Vinicius de Moraes

  17. Ritmo • O ritmo do poema é determinado pela alternância de sílabas acentuadas e não acentuadas, pela maior ou menor intensidade das sílabas ao serem pronunciadas.

  18. Rima • A rima é baseada na semelhança sonora de palavras. E pode ser externa, quando a rima ocorre no final dos versos, ou interna, quando a rima se dá no interior dos versos.

  19. A rima é obrigatória? • Na poesia moderna, a rima não é tão cobrada em poemas como já foi em outras épocas. Portanto, a rima pode ou não ser empregada.

  20. Rima • As rimas externas classificam-se como: • Intercaladas (ABBA); Versos Íntimos (trecho) Augusto dos Anjos Vês! Ninguém assistiu ao formidável (A)Enterro de tua última quimera. (B)Somente a Ingratidão - esta pantera – (B)Foi tua companheira inseparável! (A) Acostuma-te à lama que te espera! (B) O Homem, que, nesta terra miserável,(A) Ora, entre feras, sente inevitável (A)Necessidade de também ser fera.(B)

  21. Alternadas (ABAB); Soneto da separação (trecho) Vinicius de Moraes De repente da calma fez-se o vento (A)Que dos olhos desfez a última chama (B)E da paixão fez-se o pressentimento (A)E do momento imóvel fez-se o drama. (B)

  22. Emparelhadas (AABB). Fim (Letícia Cordeiro) O amor acabou (A) A vida desmoronou (A) Meu coração partiu (B) Você me feriu (B)

  23. Verso branco • Os versos que não possuem rima são chamados de versos brancos.

  24. Neologismo Manuel Bandeira Beijo pouco, falo menos ainda. Mas invento palavrasque traduzem a ternura mais fundaE mais cotidiana.inventei, por exemplo, o verbo teadorar.IntransitivoTeadoro, Teodora.

  25. Rima • Sobre os versos brancos, veja o que escreveu Patativa do Assaré, famoso poeta nordestino:

  26. Aos poetas clássicos (trecho) Patativa do Assaré (...) tem sabô a leitura,Parece uma noite iscuraSem istrela e sem luá.Se um dotô me perguntáSe o verso sem rima presta,Calado eu não vou ficá,A minha resposta é esta:— Sem a rima, a poesiaPerde arguma simpatiaE uma parte do primô;Não merece munta parma,É como o corpo sem armaE o coração sem amô.Meu caro amigo poeta,Qui faz poesia branca,Não me chame de patetaPor esta opinião franca.Nasci entre a natureza,Sempre adorando as belezaDas obra do Criadô,Uvindo o vento na servaE vendo no campo a reva Pintadinha de fulô. Sou um caboco rocêro,Sem letra e sem istrução;O meu verso tem o chêroDa poêra do sertão;Vivo nesta solidadeBem destante da cidadeOnde a ciença guverna.Tudo meu é naturá,Não sou capaz de gostáDa poesia moderna.Deste jeito Deus me quisE assim eu me sinto bem;Me considero felizSem nunca invejá quem temProfundo conhecimento.Ou ligêro como o ventoOu divagá como a lesma,Tudo sofre a mesma prova,Vai batê na fria cova;Esta vida é sempre a mesma. O texto acima foi extraído de livreto de cordel de mesmo título, sem dados para identificação.

  27. Poema concreto • O poema também pode explorar o recurso visual. Isso ocorre quando o poeta organiza os versos de modo incomum a fim de mostrar o formato de alguma coisa, ou explorar as letras criando novos sentidos.

  28. Palavra Paisagem Cinema Cena Cor Corpo Luz Vulto Alvo Céu Célula Detalhe Imagem Olho Lê Contempla Assiste Vê Enxerga Observa Vislumbra Avista Mira Admira Examina Nota Fita Olha Imagem (Arnaldo Antunes)

  29. Devolva-me (Sônia Godoy)   AS    AS     AS retirado de www.recantodasletras.com.br/visualizar

  30. Escrito por Sandra Mamede retirado de retirado de www.recantodasletras.com.br/visualizar •                     v                  i                v              a            m          o        scomo        o         s           g            a              n                s                 o                  s

  31. Outros recursos sonoros • Aliteração: repetição constante de um mesmo fonema consonantal Vozes veladas, veludosas vozes, Volúpias dos vilões, vozes veladas, Vagam nos velhos vórtices velozes Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas • Cruz e Sousa. Poesias completas. Rio de Janeiro: Ediouro, 1982

  32. Assonância:repetição constante de um mesmo fonema vocálico A onda (Manuel Bandeira) a onda anda aonde anda a onda? a onda ainda ainda onda ainda anda aonde? aonde? a onda a onda

  33. Paranomásia: emprego de palavras semelhantes na forma ou no som, mas com sentidos diferentes, próximas umas das outras Como um eco que vem na aragem A esturgir, rugir e mugir, O lamento das quedas d´água! (Manuel Bandeira)

  34. Esta exposição tem por base referencial o livro de William Roberto Cereja e Thereza Cochar Magalhães: Português Linguagens (literatura- produção de texto – gramática) volume1, da Editora Atual, editado em 2004.

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