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Epidemiologia

Epidemiologia. Prof. Clarissa Duarte Curso Méritus 2006. Origem grega: epi – sobre demo – população logia - estudo. Grécia Antiga Higéia medicina coletiva/preventiva Panacéia medicina individual/curativa. História.

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Presentation Transcript


  1. Epidemiologia Prof. Clarissa Duarte Curso Méritus 2006

  2. Origem grega:epi – sobredemo – populaçãologia - estudo

  3. Grécia AntigaHigéiamedicina coletiva/preventivaPanacéiamedicina individual/curativa

  4. História • Antigüidade – doença entendida como punição dos deuses, castigo e pecado. Práticas místicas com elementos da natureza eram os tratamentos existentes. • Hipócrates (460-377 a.C.) pregava a influência do meio ambiente, a higiene e hábitos saudáveis de vida como fatores de proteção à saúde • Séc. XV – registros de perfis de mortalidade para populações européias e descrição clínica de algumas doenças. Influência religiosa. • 1802 – Juan de Villalba utiliza o termo epidemiologia e descreve epidemias na Espanha. • Século XIX – a estatística impulsiona estudos de análise da situação de saúde das populações. • Koch e Pasteur descobrem os micoorganismos (1872 e 1880) e a Epidemiologia volta-se para a pesquisa da etiologia das doenças (uma causa –agente infeccioso, para um efeito – doença) • Greenwood (1888-1949 e Wade Hampton Frost (1880-1938) reforçam a aplicação da estatística na análise de eventos relacionados à saúde. Primeira cátedra de Epidemiologia na London School of Higiene and Tropical Medicine. • Anos 20 – Principles of Epidemiology é o primeiro compêndio a ser editado. • Anos 30 – fragmentação do saber médico em especialidades promove impacto no estudo das doenças da população diminuindo seu alcance social e elitizando práticas de saúde. • Anos 50 - Medicina preventiva como movimento ideológico. 1953 Congresso OMS. • SUS – Epidemiologia é a ciência norteadora de suas ações.

  5. Atualmente:- estudos descritivos sobre as doenças em geral;- emprega medidas de avaliação e controle;- desenvolve estudos que propiciam elementos para o esclarecimento de fatores condicionantes e determinantes do processo saúde-doença;

  6. BASES CONCEITUAISEpidemiologia estuda processo saúde-doença em populações humanas com o objetivo de prevenção e controle.Higéia – coletivo (epidemiologia)Panacéia – indivíduo (clínica)

  7. EstatísticaMedida do Estado (Staat)Métodos estatísticos permitem estudos populacionais a partir de uma amostra, um sub-conjunto representativo do conjunto inteiro.

  8. Eixo da saúde pública: - proporciona bases para avaliação das medidas de profilaxia;- fornece pistas para diagnose de doenças transmissíveis e não-transmissíveis;- enseja verificação da consistência de hipóteses de causalidade.

  9. Método epidemiológico • 1º - Descrição do problema (epidemiologia descritiva) – qual o problema, quem são os atingidos, onde ocorre, quando acontece. • 2° - Análise do problema (epidemiologia analítica) – objetivo é esclarecer as causas do problema e seus possíveis fatores determinantes. Busca-se responder como o problema ocorre e por que ocorre. • 3° - Intervenção – adoção de medidas de controle, tratamento e prevenção. • 4° - Avaliação – qual a efetividade dos esforços empregados na resolução do problema.

  10. Processo saúde - doença Processo evolutivo: • Evolução aguda e fatal (10% pacientes portadores de trombose venosa profunda apresentam episódios de embolismo pulmonar e desses, 10% vão a óbito) • Evolução aguda, clinicamente evidente, com recuperação ( paciente jovem e hígido, com quadro viral de vias aéreas superiores, depois de uma semana com febre, tosse produtiva com expectoração purulenta, dor ventilatória dependente e consolidação no RX de tórax. Após diagnóstico de pneumonia pneumocócica e tratamento, paciente repete RX e não se observa sequela alguma) • Evolução subclínica (Primo infecção tuberculosa: a chegada de bacilos de Koch nos alvéolos é reconhecida pelos linfócitos T que identificam a cápsula do bacilo como um antígeno e provocam reação específica com formação de granuloma. Na maioria das pessoas a primo infecção tuberculosa passa desapercebida pois adquire uma forma subclínica). • Evolução crônica progressiva com óbito em longo ou curto prazo (DPOC evolui para o óbito por insuficiência respiratória e hipoxemia severa. Doença de evolução progressiva e óbito em longo prazo). • Evolução crônica com períodos assintomáticos e exacerbações (asma brônquica, com períodos de exacerbação e períodos assintomáticos).

  11. História natural das doenças 1. Fase inicial ou de susceptibilidade (condições que favorecem a doença – paciente fumante) 2. Fase patológica pré-clínica (a doença não é evidente, mas já há alterações patológicas – movimento ciliar da árvore brônquica reduzido) 3. Fase clínica (período da doença com sintomas – bronquite crônica na DPOC) 4. Fase de incapacidade residual (se a doença não evoluiu para a morte, nem foi curada, ocorrem seqüelas – limitação funcional)

  12. Indicadores de saúdeObjetivo de avaliar a higidez de agregados humanos e fornecer subsídios ao planejamento da saúde.Indicadores positivos: alimentação e nutrição, emprego, transporte, habitação e condições de moradia, etc.Indicadores negativos: ocorrência de agravos à saúde, doença e morte.

  13. Lista de Doenças de Notificação CompulsóriaPortaria Nº 5, de 21 de fevereiro de 2006I. Botulismo II. Carbúnculo ou AntrazIII. CóleraIV. CoquelucheV. DengueVI. DifteriaVII. Doença de Creutzfeldt - JacobVIII. Doenças de Chagas (casos agudos)IX. Doença Meningocócica e outras MeningitesX.Esquistossomose (em área não endêmica)XI. Eventos Adversos Pós-VacinaçãoXII.Febre AmarelaXIII. Febre do Nilo OcidentalXIV. Febre MaculosaXV. Febre TifóideXVI. HanseníaseXVII. HantaviroseXVIII. Hepatites Virais

  14. XIX. Infecção pelo vírus da imunodeficiência humana - HIV em gestantes e crianças expostas ao risco de transmissão verticalXX. Influenza humana por novo subtipo (pandêmico)XXI. Leishmaniose Tegumentar AmericanaXXII. Leishmaniose VisceralXXIII.LeptospiroseXXIV. MaláriaXXV. Meningite por Haemophilus influenzaeXXVI. PesteXXVII.PoliomieliteXXVIII.Paralisia Flácida AgudaXXIX.Raiva HumanaXXX.RubéolaXXXI.Síndrome da Rubéola CongênitaXXXII. SarampoXXXIII. Sífilis CongênitaXXXIV. Sífilis em gestanteXXXV. Síndrome da Imunodeficiência Adquirida - AIDSXXXVI. Síndrome Febril Íctero-hemorrágica AgudaXXXVII. Síndrome Respiratória Aguda GraveXXXVIII. TétanoXXXIX. TularemiaXL. TuberculoseXLI. Varíola

  15. Indicadores:proporções, taxas, razões que procuram sintetizar o efeito de determinantes de natureza variada sobre o estado de saúde de determinada população.

  16. Principais indicadores de saúde • Coeficientes– medidas de probabilidade. Relações entre o número de eventos reais e os que poderiam acontecer (taxa). • Índices – relação entre as freqüências atribuídas de determinado evento, sendo que no numerador é registrada a freqüência absoluta do evento, subconjunto daquela que é registrada no denominador, de caráter mais abrangente (proporção). • Razão – medida de freqüência de um grupo de eventos relativa à freqüência de outro grupo distinto de eventos (fração).

  17. Coeficiente de mortalidade geral – Taxa bruta de mortalidade: Total de óbitos de residentes em certa área, no ano considerado X 1000 População residente na área, ajustada para o meio do ano Coeficiente de mortalidade infantil: Número de óbitos de menores de 1 ano residentes em certa área, no ano considerado X 1000 Total de nascidos vivos de mães residentes na área, no referido ano Coeficiente de mortalidade neonatal: Número de óbitos de crianças de 0 a 27 dias em certa área, no ano considerado X 1000 Total de nascidos vivos de mães residentes na área, no referido ano Coeficiente de mortalidade neonatal precoce: Número de óbitos de crianças de 0 a 6 dias em certa área, no ano considerado X 1000 Total de nascidos vivos de mães residentes na área, no referido ano Coeficiente de mortalidade neonatal tardia: Número de óbitos de crianças de 7 a 27 dias em certa área, no ano considerado X 1000 Total de nascidos vivos de mães residentes na área, no referido ano Principais indicadores de saúde

  18. Coeficiente de mortalidade pós neonatal: Óbitos de crianças de 28 a 364 dias em certa área, no ano considerado X 1000 Total de nascidos vivos de mães residentes na área, no referido ano Coeficiente de mortalidade perinatal: Número de óbitos fetais (22 semanas ou mais de gestação) + nº de óbitos de crianças de 0 a 6 dias em certa área, no ano considerado X 1000 Total de nascidos vivos de mães residentes na área, no referido ano Razão de mortalidade proporcional (Índice de Swaroop & Uemura): Nº de óbitos de pessoas de 50 anos ou mais, residentes em certa área,e ano X 100 Nº de óbitos toais na população residente na área e ano considerados Razão de masculinidade ou razão de sexos: N° de residentes do sexo masculino na área e ano considerados X 100 Nº de residentes do sexo feminino na área e ano considerados Proporção de idosos na população: N° de pessoas com 60 anos ou mais, residentes em área e ano considerados X 100 População total residente nessa área e ano Coeficiente de letalidade: Nº de óbitos de determinada doença em área e ano considerados X 100 Nº de casos dessa doença em área e ano considerados Coeficiente de mortalidade por determinada doença: Nº de óbitos por determinada doença ocorridos na população residente numa área e ano considerados X 100.000 População residente nessa área e ano

  19. Morbidade Objetiva o controle de doenças. Estudo do comportamento de doenças e agravos em uma população. Prevalência – força com que subsistem doenças nas coletividades.Útil para medir doenças crônicas. Coeficiente de prevalência= n°. de casos conhecidos de uma doença em determinado ponto no tempo X 10n população Incidência – intensidade com que acontece a morbidade em uma população (casos novos). Ideal para avaliar efetividade de programas de saúde. Coeficiente de incidência= n° de casos novos de determinada doença em determinada população em determinado período de tempo X 10n n° de pessoas expostas ao risco de adquirir a doença no período

  20. Vigilância Epidemiológica Atividades: . Coleta, consolidação, análise e interpretação de dados; . Investigação epidemiológica; . Recomendação, execução e avaliação de medidas de controle; . Divulgação de informações.

  21. Vigilância Epidemiológica Coletas de dados: . Notificação (DNC – Lei nº 6259/75); . Dados demográficos, ambientais e sócio- econômicos; . Dados de mortalidade; . Dados de ações de controle de doenças e de serviços de saúde; . Dados de laboratório, de uso de produtos farmacológicos, biológicos e químicos; . Rumores vindos da comunidade; . Vigilância ativa; . Fontes sentinelas.

  22. Sistemas de Informação em Saúde SIS são um conjunto de componentes (estruturas administrativas e unidades de produção) integrados e articulados que atuam com o propósito de obter e selecionar dados e transformá-los em informação, com mecanismos e práticas próprios. Devem conter os requisitos técnicos necessários ao desempenho das suas funções básicas: planejamento, coordenação e supervisão dos mecanismos de seleção, identificação, coleta, aquisição. Registro, transcrição, classificação, armazenamento, processamento, recuperação, análise, apresentação e difusão.

  23. Funções dos SIS • Respaldar a operação diária e a gestão da atenção à saúde; • Contribuir para conhecer e monitorizar o estado de saúde da população e as condições sócio-ambientais; • Facilitar o planejamento, a supervisão e o controle de ações e serviços; • Subsidiar os processos decisórios nos diversos níveis de decisão e ação; • Apoiar a produção e utilização dos serviços de saúde; • Disponibilizar informações para as atividades de diagnóstico e tratamento; • Contribuir para monitorizar e avaliar as intervenções e seus resultados e impactos; • Subsidiar a educação e a promoção da saúde; • Apoiar as atividades de pesquisa e produção de conhecimentos.

  24. Informações • De caráter clínico que se relacionam com a atenção individual e compõem o conjunto de informações sobre morbidade e mortalidade, acesso e demanda por serviços (ambulatoriais, hospitalares, óbitos, acidentes de trabalho, de trânsito, etc) • Informação epidemiológica que revela os perfis e tendências nas condições de saúde e se aplica às atividades de vigilância • Que definem as condições gerais de vida e características populacionais (informações demográficas, condições sócio-econômicas, culturais, meio ambiente, qualidade da água) • De natureza administrativa relacionadas com os recursos humanos, com a infra-estrutura física, com os recursos financeiros, tecnológicos e os processos de trabalho, inclusive toda a documentação relevante que registra atos legais, normas, rotinas e relatos diversos.

  25. Sistemas Nacionais • IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística • CAT Comunicação de Acidentes de Trabalho • Sistema Único de Benefícios da Previdência Social • RAIS Relação Anual de Informações Sociais • Cadastro Geral de Empregados e Desempregados • IPEA Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada • SEADE Sistema Estadual de Análise de Dados SP • DIEESE Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos • DATASUS Departamento de Informática do SUS

  26. DATASUS • SIM– Óbitos (declaração de óbitos) • SINASC – Nascidos vivos (declaração de nascidos vivos) • SINAN – Agravos notificáveis (fichas de notificação e investigação) • SISVAN – Estado nutricional (boletim de produção da assistência nutricional) • SI-API – Vacinação (boletim de produção) • SICLOM – Assistência ao portador de HIV (registro de dispensação de medicamentos) • SIAB – Atenção básica (boletins de produção) • SIH – Internação Hospitalar (autorização de internação hospitalar – AIH) • SIA – Atendimento ambulatorial (boletim de produção de serviços ambulatoriais – BPA) • APAC – Atendimento ambulatorial de alta complexidade (autorização de procedimento de alta complexidade – APAC) • SIOPS – orçamento em saúde (dados orçamentários e financeiros)

  27. “Não devo julgar-me como profissional, habitante de um mundo estranho; mundo de técnicos e especialistas salvadores dos demais, donos da verdade, proprietários do saber, que devem ser doados aos ignorantes e incapazes. Habitantes de um gueto, de onde saio messianicamente para salvar os perdidos, que estão fora. Se procedo assim, não me comprometo verdadeiramente como profissional, nem como homem. Simplesmente me alieno.”Paulo Freire

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