Igreja Evangélica Assembleia de Deus Rio Branco - Acre

1. Igreja Evangélica Assembleia de Deus Rio Branco - Acre Curso de Aperfeiçoamento para Obreiros Disciplina: Teologia do Obreiro Pr. Valério Oliveira

2. Teologia do obreiro envolve os seguintes aspectos: • A chamada ministerial; • A vida pessoal; • A vida social; • A família; • A igreja; • O púlpito; • E a ética do obreiro.

3. Particularidades do ministério cristão: O ministério é dado pelo Senhor e não pelo homem (Nm 18.7; Ef 4.11). Ministério não é hereditário. Ministério não é profissão secular. Ministério é o instrumento dado pelo Senhor para aperfeiçoar a Igreja (Ef 4.11, 14). Ministério é o exercício de se oferecer em favor da igreja (At 20.24).

4. Aspectos da chamada divina: A palavra hebraica qara, significa “chamar, convocar, invocar, declarar formalmente”. A palavra grega kaleo, significa “chamar alguém, convidar, convocar”. Cristo chama primeiramente para uma comunhão com Ele (Mc 1.17; Lc 6.12, 13). A chamada é uma iniciativa divina e não humana (Rm 1.1; 1 Co 1.1).

5. A chamada é um convite de Deus para influenciar positivamente, como fez Abraão (Gn 12.1-3). Às vezes o homem não entende a chamada divina (Ex 4.1, 10; Jr 1.1-6). A chamada é um apelo de Deus para uma missão específica, como fez a Moisés (Ex 3.10) e a Isaias (Is 6.1-8). A chamada é marcada por experiências espirituais (Moisés, Ex cap. 3; Isaias, Is 6.1-8; Jeremias, Jr cap. 1; Ezequiel, Ez cap. 1; 2.1-3; Paulo, At 9.1-31).

6. Por si só (Jz 9.1-6) Três maneiras de o obreiro entrar no ministério: Posto por amigos ou parentes Posto por Deus 1 Co 9.16, 17)

7. Os dons ministeriais (Ef 4.11) Apóstolo (gr. apo “de” e stello “enviar”). Cristo fez dos discípulos apóstolos e chamou-os para estarem com Ele; depois os enviou a pregar, curar e expulsar demônios (Mc 3.13-15). Profeta (gr. prophetes). Homens de aptidão elevada que se distinguiam dos pregadores normais. Não há indícios de que dependiam de forma consagratória. Evangelista (gr. euangelistes. Mensageiro de boas novas, At 21.8). Continua em evidência hoje.

8. Pastor (gr. poimen). “Aquele que conduz um rebanho ao pasto”, “sustentador”. • Mestre (gr. didáskalos). “Um ensinador”, “doutor”, “alguém apto para ensinar” • Outros ministérios: • Diácono (gr. diakonos), “servente, servidor, servo” (At 6.1-4). • Presbítero ou ancião (gr. presbuteros). Literalmente, “o mais velho”. Líder da igreja no Novo Testamento. • Bispo (gr. epi, “por cima de” e skopeo, “olhar, vigiar”; literalmente “supervisor”). No Novo Testamento, o mesmo que presbítero e pastor.

9. Designações dadas aos obreiros: • Ministro (gr. huperetes), “auxiliar, alguém que presta serviço a outra pessoa” (Lc 4.20; 1 Co 4.1). • Servo (gr. doulos), “escravo, submisso). • Despenseiro (gr. oikonomos), “mordomo, um escravo de confiança encarregado de todos os negócios do lar” (1 Co 4.1). • Testemunha (gr. marturia), alguém que, com ousadia, anuncia os feitos de Jesus (At 1.8). • Pescador de homens (Mt 4.18, 19). • Semeador (Sl 126.5, 6; Mt 13.1-23).

10. Anjo da igreja (Ap 1.20; 2.1). Aquele que transmite a mensagem de Deus ao rebanho sob sua responsabilidade. • Defensor da fé (Fp 1.7, 16, 17). Não é um explorador, mas um defensor do evangelho e do rebanho (At 20.28). • Estrela (Ap 1.20). Isto indica que o obreiro precisa brilhar nesse mundo tenebroso (Mt 5.14; Fp 2.15). • Embaixador (gr. presbeuo), “ categoria hierarquicamente mais importante de representante diplomático de um estado junto a outro”.

11. Quanto à vida moral, a Bíblia diz que o obreiro deve ser: • Irrepreensível (gr. anepilemptos), “um homem que ninguém possa culpar de nada” (2 Tm 3.2). • Marido de uma só mulher (1 Tm 3.2; Tt 1.6). • Vigilante (gr. nefálios), “mente pura e equilibrada” (2 Tm 3.2). • Sóbrio (gr. sophron), “autocontrolado”; “comedido no comer e no beber” (1 Tm 3.1). • Modesto (gr. kosmios), “decente, metódico, ordenado, sistemático” (1 Tm 3.2).

12. Hospitaleiro. Ter o coração aberto para receber as pessoas em sua casa (Tt 1.8). • Apto para ensinar (1 Tm 3.2). Ter amor ao estudo das Escrituras e a dedicação para ensinar (2 Tm 2.15) – gr. orthotomeo, “cortar uma linha reta”, “cortar uma estrada reta”. • Não irascível (gr. orgilon, para ira), “intenção de tomar vingança” (Tt 1.7). • Não violento (gr. plektes), “soco, açoite, ferida”. O obreiro não pode perder facilmente o controle sobre si mesmo” (1 Tm 3.3; Tt.17).

13. Características negativas de um obreiro: • Turista. Quer ser bênção na igreja dos outros, o que não é difícil. • Migrante. Muda de igreja facilmente. Não leva em conta nenhum aspecto de amor pela igreja que o recebeu. • Melindrado. Qualquer coisa o fere. Sua maior alegação é a falta de amor, quando na verdade ele mesmo não possui esta virtude (1 Co 13.4-8). • O perfeccionista. Para ele tudo está errado.

14. Habilidades que engrandecem o obreiro: • Humor (Pv 15.13). O sorriso é remédio tanto para quem o exprime como para quem o recebe. • Paciência. É demonstrada em saber suportar os outros e administrar as provas. • Amizade. O número de amigos revela o tipo de relacionamento que cultivamos. • Tato e diplomacia (1 Pe 5.2, 3). Habilidade para lidar com as pessoas, levando em conta o temperamento e a personalidade de cada.

15. Deus Prioridades na vida do obreiro Ministério Família

16. Perigos no ministério: • Acomodação. O desânimo priva o obreiro de crescer ministerialmente e desenvolver um trabalho de qualidade. • Conformismo. Atitude de quem se contenta com todas as coisas. • Tentação do sexo oposto. O pecado de adultério e fornicação tem derrubado muitos homens e mulheres que desenvolvem a obra de Cristo. As principais causas são: • Relaxamento na autodisciplina;

17. Mal relacionamento com a esposa; • Conversação prolongada e confidências conjugais com pessoas do sexo oposto. • Tentação do dinheiro. O dinheiro tem derrubado mais obreiros do que qualquer outra coisa. As principais causas: • Inveja daqueles que não são obreiros e prosperam; • Achar que o obreiro não precisa contribuir; • Administrar mal os recursos da igreja.

18. Tentação de púlpito. O púlpito tem sido o lugar da ruína de muitos. As causas mais comuns: • Autoexaltação. Pensar que os seus dotes e sua sabedoria sobrepujam aos demais; • Autossuficiência. Acha que não depende dos outros, inclusive de Cristo. • Desabafo. Usar o púlpito para descarregar a ira.

19. Referências Bibliográficas • BÍBLIA. Português. Edição revista e corrigida. Rio de Janeiro: CPAD, 1995. • HOUAISS, Antonio. Dicionário da língua portuguesa houaiss.Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. • LIMA, Luiz Gonzaga de. O perfil do homem chamado por deus. Rio Branco: GRAF-SET, 2007. • OLIVEIRA, João de. Sê tu uma bênção. 3.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1982. • RIENECKER, Fritz; ROGERS, Cleon. Chave lingüística do novo testamento grego. São Paulo: Vida Nova, 1995.

20. O b r i g a d o ! ! !