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Evangelho segundo Marcos

Evangelho segundo Marcos. Evangelho segundo Marcos. Data : entre 64 e 70 d.C. Autor : atribuído pela Tradição a S. Marcos Local : S. Irineu nos diz que o Evangelho foi escrito em Roma, seguindo a pregação de S. Pedro, após a morte do mesmo (64 d.C.)

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Evangelho segundo Marcos

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Presentation Transcript


  1. Evangelho segundo Marcos

  2. Evangelho segundo Marcos Data: entre 64 e 70 d.C. Autor: atribuído pela Tradição a S. Marcos Local: S. Irineu nos diz que o Evangelho foi escrito em Roma, seguindo a pregação de S. Pedro, após a morte do mesmo (64 d.C.) • Para S. Irineu, este Marcos é o João Marcos, que aparece em At 12,12, e era primo de Barnabé (Cl 4,10) • Acompanhou Paulo diversas vezes (Fm 1, 24; 2Tm 4,11) • Segundo At 13, 5.13, ele faria parte da equipe missionária de Paulo e Barnabé. Ver também At 15, 36-40 • Segundo 1Pd 5,13, este Marcos é reencontrado por ele em Roma, tornando-se seu discípulo.

  3. Evangelho segundo Marcos • Língua: grego popular – não era a sua língua materna, e por isso seu vocabulário é pobre (apenas 1330 palavras) e seu estilo é rude e pesado. • Fontes: foi o primeiro evangelho escrito. Tem como fontes a pregação de Pedro e a Fonte Q. • Temas: o projeto de vida de Jesus, que veio anunciar a Boa Nova do Reino de Deus(1,14-15). Com esta finalidade ele quebra os preconceitos e leis dos fariseus, curando no sábado (2,23-28; 31,1-6, 5,42), tocando doentes e mortos, que eram considerados impuros (1,30-31.40-42), colocando-se sempre ao lado dos pequenos e fracos: pobres (10,21), famintos (6,33), crianças (10, 13-16), viúvas (12,41-44) e doentes (6,24-30)

  4. Evangelho segundo Marcos Marcos mostra o escândalo de Jesus: • Jesus reivindica para si a condição divina (14,60-62) • Jesus prova seu poder e sua missão por meio de sinais (1,40-42; 4,35-41) • Jesus é incompreendido até pelos próprios discípulos (4,13;6,46-52; 10,13-16; 16,13-16) • Jesus sofre a oposição de todos os grupos político-religiosos e dos grandes que governam o povo Seu tema principal, portanto, é a pessoa de Jesus, mais que seus ensinamentos ou seus sinais, como também a reação do povo e das autoridades à sua pessoa. Jesus é rejeitado pela humanidade, mas glorificado por Deus (Cruz).

  5. Evangelho segundo Marcos O Evangelho segundo Marcos foi considerado, durante muito tempo, como nada mais do que uma versão abreviado do Evangelho de Mateus. Por este motivo deu-se a ele menor importância, e só recentemente obteve mais atenção. Hoje se reconhece claramente que Marcos não é de forma alguma um resumo de Mateus. Quando muito, o contrário pode ser verdadeiro, em alguns textos. O texto de Marcos tem seus próprios méritos, até por ser mais antigo, e reveste-se de especial importância: ele está mais próximo da fonte que os outros Evangelhos. Todavia, Marcos é obviamente o mais breve dos Evangelhos canônicos. Há poucos ditos e discursos de Jesus nele, todos muito breves: O discurso das parábolas (4,1-34), o discurso da comunidade (9,33-50) e o discurso escatológico (13,1-37)

  6. Esquema do Evangelho • Introdução – 1,1-13 • Primeira parte – O mistério do Messias: Revelação da pessoa de Jesus – 1,14 – 8,30 • Jesus e as multidões • Jesus e os discípulos • Jesus, os discípulos e os gentios • Conclusão da primeira parte e transição – 8,27-33 • Confissão de Pedro • Primeiro anúncio da Paixão • Correção de Pedro • Segunda parte – O ministério do Filho do Homem: Revelação dos sofrimentos de Jesus – 8,31 – 16,8 • O caminho do Filho do Homem • Jesus em Jerusalém • Paixão e Ressurreição • Conclusão do Evangelho acrescentada posteriormente – 16,9-20

  7. Pregação de João Batista – 1, 1-8 1 Princípio do Evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus. 15,39 2 Conforme está escrito no profeta Isaías: Eis que eu envio o meu mensageiro diante de ti, Ml 3,1 a fim de preparar o teu caminho; 3voz do que clama no deserto: preparai o caminho do Senhor, tornai retas suas veredas. Is 40,3 4 João Batista esteve no deserto proclamando um batismo de arrependimento para a remissão dos pecados. Ez 36,25 5 E iam até ele toda a região da Judéia e todos os habitantes de Jerusalém, e eram batizados por ele no rio Jordão, confessando seus pecados. 1. Preparação do ministério de Jesus

  8. Pregação de João Batista – 1, 1-8 6 João se vestia de pêlos de camelo e se alimentava de gafanhotos e mel silvestre. 2 Rs 1, 7-8; Zc 13, 4 7 E proclamava: “Depois de mim, vem o mais forte do que eu, de quem não sou digno de, abaixando-me, desatar a correia das sandálias. 8 Eu vos batizo com água. Ele, porém, vos batizará com o Espírito Santo”. 1. Preparação do ministério de Jesus

  9. Batismo de Jesus – 1, 9-11 9 Aconteceu, naqueles dias, que Jesus veio de Nazaré da Galiléia e foi batizado por João no rio Jordão. 10 E, logo ao subir da água, ele viu os céus se rasgandoIs 63,19 e o Espírito, como uma pomba, descer até ele, 11 e uma voz veio dos céus: “Tu és o meu filho amado, em ti me comprazo”. Is 42,1 Is 63,19 - Quem dera rasgasses o céu para descer! Is 11, 2 – Sobre ele pousará o espírito de Javé: espírito de sabedoria e inteligência, espírito de conselho e fortaleza, espírito de de conhecimento e temor de Javé. Is 42,1 - Vejam o meu servo, a quem eu sustento: ele é o meu escolhido, nele tenho o meu agrado. 1. Preparação do ministério de Jesus

  10. Tentação no deserto – 1, 12-13 12 E logo o Espírito o impeliu para o deserto. 13 E ele esteve no deserto quarenta dias, sendo tentado por Satanás; e vivia entre as feras, e os anjos o serviam. Deserto – “local” de abandono, da solidão, das tentações (demônios), mas ao mesmo tempo de encontro com Deus (Povo de Deus a caminho da Terra Prometida, o anúncio de João Batista no deserto) 40 – simboliza uma totalidade: 40 dias do dilúvio universal, 40 anos de caminhada no deserto pelo povo de Israel, 40 dias que Moisés permaneceu no monte para receber a Lei, (Ex 34,28) e os 40 dias que Elias caminhou pelo deserto até o monte Horeb (1Rs 19, 1-8) Is 11, 6-9 – Ideal messiânico anunciado pelos profetas, de um retorno à era paradisíaca. Ver também Is 65,25 e Os 2,16-20. Sl 91, 11-13 – O serviço dos anjos exprimem a proteção divina. 1. Preparação do ministério de Jesus

  11. Jesus e sua pregação – 1, 14-15 14 Depois que João foi preso, veio Jesus para a Galiléia, proclamando o Evangelho de Deus: 15 “Cumpriu-se o tempo, e o Reino de Deus está próximo. Arrependei-vos e crede no Evangelho”. Resultado da prisão de João Batista: Mc 6, 14-29 Reino de Deus:Is 52, 7 – Como são belos sobre os montes os pés do mensageiro que anuncia a paz, que traz a boa notícia, que anuncia a salvação, que diz a Sião: “O teu Deus reina”. Deus vem para governar a terra: Sl 96,13-14; 98, 8-9 Paralelos: Mt 4,12 e Lc 4,14 2. O ministério de Jesus na Galiléia

  12. Vocação dos quatro primeiros discípulos – 1, 16-20 16 Caminhando junto ao mar da Galiléia, viu Simão e André, o irmão de Simão. Lançavam a rede ao mar, pois eram pescadores. 17 Disse-lhes Jesus: “Vinde em meu seguimento, e eu vos farei pescadores de homens”. Jr 16,16; Am 4,2; Ez 29,4 18 E imediatamente, deixando as redes, eles o seguiram. 19 Um pouco adiante, viu Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, eles também no barco, consertando redes. 20 E logo os chamou. E eles, deixando o pai Zebedeu no barco com os empregados, partiram em seu seguimento. 1Rs 19,19-22 Paralelos: Mt 4,18-22 e Lc 5,1-11 2. O ministério de Jesus na Galiléia

  13. Jesus ensina em Cafarnaum – 1, 21-28 21 Entraram em Cafarnaum, e logo no sábado, foram à sinagoga. E ali ensinava. 22 Estavam espantados com o seu ensinamento, pois ele ensinava como quem tem autoridade, e não como os escribas. 23 Na ocasião, estava na sinagoga um homem possuído por um espírito impuro, que gritava Zc 13, 1-2 24 dizendo: “Que queres de nós, Jesus Nazareno? Vieste para arruinar-nos? Sei quem tu és: o Santo de Deus”. Paralelo: Lc 4,31-37 2. O ministério de Jesus na Galiléia

  14. Jesus ensina em Cafarnaum – 1, 21-28 25 Jesus, porém, o conjurou severamente: “Cala-te e sai dele”. 26 Então o espírito impuro, sacudindo-o violentamente e soltando um grande grito, deixou-o. 27 Todos se admiravam, perguntando uns aos outros: “Que é isto? Um ensinamento novo com autoridade! Até mesmo aos espíritos impuros dá ordens, e eles obedecem!” 28 Imediatamente a sua fama se espalhou em todo lugar, em toda a redondeza da Galiléia. 2. O ministério de Jesus na Galiléia

  15. Cura da sogra de Pedro – 1, 29-31 29 E logo ao sair da sinagoga, foi à casa de Simão e de André, com Tiago e João. 30 A sogra de Simão estava de cama, com febre, e eles imediatamente o mencionaram a Jesus. 31 Aproximando-se, ele a tomou pela mão e a fez levantar-se. A febre a deixou e ela se pôs a servi-los. Paralelos: Mt 8,14-15; Lc 4, 38-39 2. O ministério de Jesus na Galiléia

  16. Diversas curas – 1, 32-34 32 Ao entardecer, quando o sol se pôs, trouxeram-lhe todos os que estavam enfermos e endemoninhados. 33 E a cidade inteira aglomerou-se à porta. 34 Ele curou muitos doentes de diversas enfermidades e expulsou muitos demônios. Não consentia, porém, que os demônios falassem, pois eles sabiam quem era ele. 2. O ministério de Jesus na Galiléia

  17. Jesus deixa Cafarnaum – 1, 35-39 35 De madrugada, estando ainda escuro, ele se levantou e retirou-se para um lugar deserto, e ali orava. 36 Simão e seus companheiros o procuravam ansiosos 37 e, quando o acharam, disseram-lhe: “Todos te procuram”. 38 Disse-lhes: “Vamos a outros lugares, às aldeias da vizinhança, a fim de pregar também ali, pois foi para isso que eu saí”. 39 E foi por toda a Galiléia, pregando em suas sinagogas e expulsando os demônios. 2. O ministério de Jesus na Galiléia

  18. Cura de um leproso – 1, 40-45 40 Um leproso foi até ele, implorando-lhe de joelhos: “Se queres, tens o poder de purificar-me”. 41 Movido de compaixão, estendeu a mão, tocou-o e disse-lhe: “Eu quero, sê purificado”. 42 E logo a lepra o deixou. E ficou purificado. 43 Advertindo-o severamente, despediu-o logo, 44 dizendo-lhe: “Não digas nada a ninguém; mas vai mostrar-te ao sacerdote e oferece por tua purificação o que Moisés prescreveu, para que lhes sirva de prova”. Lv 14,1-32 45 Ele, porém, assim que partiu, começou a proclamar ainda mais e a divulgar a notícia, de modo que Jesus já não podia entrar publicamente numa cidade: permanecia fora, em lugares desertos. E de toda parte vinham procurá-lo. 2. O ministério de Jesus na Galiléia

  19. Cura de um paralítico – 2, 1-12 1 Entrando de novo em Cafarnaum, depois de alguns dias souberam que ele estava em casa. 2 E tantos foram os que se aglomeravam, que já não havia lugar nem à porta. E anunciava-lhes a Palavra. 3 Vieram-lhe trazer um paralítico, transportado por quatro homens. 4 E como não pudessem aproximar-se por causa da multidão, abriram o teto à altura do lugar onde ele se encontrava, e tendo feito um buraco, baixaram o leito em que jazia o paralítico. 5 Jesus, vendo sua fé, disse ao paralítico: “Filho, os teus pecados estão perdoados”. 6 Ora, alguns dos escribas que lá estavam sentados refletiam em seus corações: 2. O ministério de Jesus na Galiléia

  20. Cura de um paralítico – 2, 1-12 7 “Por que está falando assim? Ele blasfema! Quem pode perdoar pecados a não ser Deus?” 8 Jesus imediatamente percebeu em seu espírito o que pensavam em seu íntimo, e disse: “Por que pensais assim em vossos corações? 9 O que é mais fácil dizer ao paralítico: ‘Os teus pecados estão perdoados’, ou dizer: ‘Levanta-te, toma o teu leito e anda?’ 10 Pois bem, para que saibais que o Filho do Homem tem poder de perdoar pecados na terra, 11 – disse ao paralítico – Eu te ordeno: levanta-te toma o teu leito e vai para tua casa”. 12 O paralítico levantou-se, e imediatamente, carregando o leito, saiu diante de todos, de sorte que ficaram admirados e glorificaram a Deus, dizendo: “Nunca vimos coisa igual”. Paralelos: Mt 9,1-8; Lc 5,17-26 2. O ministério de Jesus na Galiléia

  21. Vocação de Levi – 2, 13-17 13 E tornou a sair para a beira-mar, e toda a multidão ia até ele, e ele os ensinava. 14 Ao passar, viu Levi, filho de Alfeu, sentado na coletoria, e disse-lhe: “Segue-me”. Ele se levantou e o seguiu. 15 Aconteceu que, estando à mesa, em casa de Levi, muitos publicanos e pecadores também estavam com Jesus e os seus discípulos; pois eram muitos os que o seguiam. 16 Os escribas e os fariseus, vendo-o comer com os pecadores e os publicanos, diziam aos discípulos dele: “O que? Ele come com os publicanos e pecadores?” 17 Ouvindo isso, Jesus lhes disse: “Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas os doentes. Eu não vim chamar justos, mas pecadores”. Paralelos: Mt 9,9-13; Lc 5,27-32 2. O ministério de Jesus na Galiléia

  22. 2. O ministério de Jesus na Galiléia • Prática do Jejum • Antigo Testamento: prática prescrita • a. Público: em razão de alguma calamidade – Jl 1,14; 2,12 • b. Privado: em penitência dos pecados – 2Sm 12,16 • c. Litúrgico: Dia das Expiações (Yom Kippur) – Lv 16,29-31 • Crítica do profeta Isaías ao jejum – Is 58, 1-7 • Novo Testamento: prática voluntária – jejum espiritual • Exemplo: Mt 9,14-15; Mc 2,18-22 • * Fariseus: jejum duas vezes por semana – Lc 18,12 • Na Igreja: jejum penitencial • Quarta-feira de Cinzas e Sexta-feira da Paixão

  23. Debate sobre o jejum – 2, 18-22 18Os discípulos de João Batista e os fariseus estavam fazendo jejum. Então alguns perguntaram a Jesus: «Por que os discípulos de João e os discípulos dos fariseus fazem jejum e os teus discípulos não fazem?» Lc 18,12 19Jesus respondeu: «Vocês acham que os convidados de um casamento podem fazer jejum enquanto o noivo está com eles? Enquanto o noivo está presente, os convidados não podem fazer jejum. Jo 3,29 20Mas vão chegar dias em que o noivo será tirado do meio deles. Nesse dia eles vão jejuar. Jo 16,20 Cf. Os 2,18-22; Is 54,4-6; 62,4-5 2. O ministério de Jesus na Galiléia

  24. Debate sobre o jejum – 2, 18-22 21Ninguém põe um remendo de pano novo em roupa velha; porque o remendo novo repuxa o pano e o rasgo fica maior ainda. Roupa nova: Sl 102, 26-28 Vinho novo: Jo 2, 1-11; Mc 14,15 22Ninguém coloca vinho novo em barris velhos; porque o vinho novo arrebenta os barris velhos, e o vinho e os barris se perdem. Por isso, vinho novo deve ser colocado em barris novos.» Is 43, 18-19 Paralelos: Mt 9, 14-17; Lc 5, 29-32 2. O ministério de Jesus na Galiléia

  25. As espigas arrancadas – 2, 23-28 23Num dia de sábado, Jesus estava passando por uns campos de trigo. Os discípulos iam abrindo caminho, e arrancando as espigas. 24Então os fariseus perguntaram a Jesus: «Vê: por que os teus discípulos estão fazendo o que não é permitido em dia de sábado?» Dt 23, 26 25Jesus perguntou aos fariseus: «Vocês nunca leram o que Davi e seus companheiros fizeram quando estavam passando necessidade e sentindo fome? 1Sm 21, 2-7 26Davi entrou na casa de Deus, no tempo em que Abiatar era sumo sacerdote, comeu dos pães oferecidos a Deus e os deu também para os seus companheiros. No entanto só os sacerdotes podem comer desses pães.» Lv 24, 5-9 2. O ministério de Jesus na Galiléia

  26. As espigas arrancadas – 2, 23-28 27E Jesus acrescentou: «O sábado foi feito para servir ao homem, e não o homem para servir ao sábado. Ex 20, 8-10 Dt 5, 12-14 28Portanto, o Filho do Homem é senhor até mesmo do sábado.» Paralelos: Mt 12, 1-8; Lc 6, 1-5 2. O ministério de Jesus na Galiléia

  27. Cura de um homem com a mão atrofiada – 3, 1-6 1Jesus entrou de novo na sinagoga, onde estava um homem com a mão seca. Sl 137,5 2Havia aí algumas pessoas espiando, para verem se Jesus ia curá-lo em dia de sábado, e assim poderem acusá-lo. 3Jesus disse ao homem da mão seca: «Levante-se e fique no meio.» 4Depois perguntou aos outros: «O que é que a Lei permite no sábado: fazer o bem ou fazer o mal, salvar uma vida ou matá-la?» Mas eles não disseram nada. 5Jesus então olhou ao seu redor, cheio de ira e tristeza, porque eles eram duros de coração. Depois disse ao homem: «Estenda a mão.» O homem estendeu a mão e ela ficou boa. 6 Logo depois, os fariseus saíram da sinagoga e, junto com alguns do partido de Herodes, faziam um plano para matar Jesus. Paralelos:Mt 12,9-14; Lc 6,6-11; cf. Lc 14,1-6 /Ver também: 1Mc 2, 29-41 2. O ministério de Jesus na Galiléia

  28. Jesus e a multidão – 3, 7-12 7Jesus se retirou para a beira do mar, junto com seus discípulos. Muita gente da Galiléia o seguia. 8E também muita gente da Judéia, de Jerusalém, da Iduméia, do outro lado do Jordão, dos territórios de Tiro e da Sidônia, foi até Jesus, porque tinha ouvido falar de tudo o que ele fazia. Mt 4,25 9Então Jesus pediu aos discípulos que arrumassem uma barca, para ele não ficar espremido no meio da multidão. Lc 5,13 10Com efeito, Jesus tinha curado muitas pessoas, e todos os que sofriam de algum mal se jogavam sobre ele para tocá-lo. 11Vendo Jesus, os espíritos impuros caíam a seus pés gritando: «Tu és o Filho de Deus!» Lc 4,41 12Mas Jesus ordenava severamente para não dizerem quem ele era. Paralelos: Mt 4,25; 12,15-16; Lc 6,17-19 2. O ministério de Jesus na Galiléia

  29. Instituição dos doze – 3, 13-19 13 Jesus subiu ao monte e chamou os que desejava escolher. E foram até ele. 14 Então Jesus constituiu o grupo dos Doze, para que ficassem com ele e para enviá-los a pregar, At 1, 12-14 15 com autoridade para expulsar os demônios. 16 Constituiu assim os Doze: Simão, a quem deu o nome de Pedro; 17 Tiago e João, filhos de Zebedeu, aos quais deu o nome de Boanerges, que quer dizer «filhos do trovão»; Lc 9, 54 18 André, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu, Tadeu, Simão o cananeu, 19 e Judas Iscariotes, aquele que depois o traiu. At 1, 15-26 Paralelos: Mt 10,1-4; Lc 6,12-16 / Cf. Jo 1,35ss 2. O ministério de Jesus na Galiléia

  30. As providências da família de Jesus – 3, 20-21 20Jesus foi para casa, e de novo se reuniu tanta gente que eles não podiam comer nem sequer um pedaço de pão. Mc 2,1; 3,8-9; 6,31 21Quando souberam disso, os parentes de Jesus foram segurá-lo, porque eles mesmos estavam dizendo que Jesus tinha ficado louco. Cf. Jo 7, 1-10 – nem mesmo os irmãos de Jesus acreditavam nele Cf. Jo 10, 20 – a acusação de que Jesus estivesse louco era comum 2. O ministério de Jesus na Galiléia

  31. As calúnias dos escribas – 3, 22-30 22Alguns doutores da Lei, que tinham ido de Jerusalém, diziam: «Ele está possuído por Belzebu»; e também: «É pelo príncipe dos demônios que ele expulsa os demônios.» 23Então Jesus chamou as pessoas e falou com parábolas: «Como é que Satanás pode expulsar Satanás? 24Se um reino se divide em grupos que lutam entre si, esse reino acabará se destruindo; 25se uma família se divide em grupos que brigam entre si, essa família não poderá durar. 26Portanto, se Satanás se levanta e se divide em grupos que lutam entre si, ele não poderá sobreviver, mas também será destruído. 2. O ministério de Jesus na Galiléia

  32. As calúnias dos escribas – 3, 22-30 27Ninguém pode entrar na casa de um homem forte para roubar suas coisas, se antes não amarrar o homem forte. Só depois poderá roubar a sua casa. Is 49, 24-25 28Eu garanto a vocês: tudo será perdoado aos homens, tanto os pecados como as blasfêmias que tiverem dito. 29Mas, quem blasfemar contra o Espírito Santo, nunca será perdoado, pois a culpa desse pecado dura para sempre.» 30Jesus falou isso porque estavam dizendo: «Ele está possuído por um espírito impuro.» Jo 7, 20; 8, 48.52 Paralelos: Mt 12, 24-32; Lc 11, 15-23 2. O ministério de Jesus na Galiléia

  33. Os verdadeiros parentes de Jesus – 3, 31-35 31Nisso chegaram a mãe e os irmãos de Jesus; ficaram do lado de fora e mandaram chamá-lo: 32Havia uma multidão sentada ao redor de Jesus. Então lhe disseram: «Olha, tua mãe e teus irmãos estão aí fora e te procuram.» 33Jesus perguntou: «Quem é minha mãe e meus irmãos?» 34Então Jesus olhou para as pessoas que estavam sentadas ao seu redor e disse: «Aqui estão minha mãe e meus irmãos. 35Quem faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe.» Paralelos: Mt 12, 46-50; Lc 8, 19-21 2. O ministério de Jesus na Galiléia

  34. A questão dos irmãos de Jesus irmãos – adelfoi (adelphói) Nos Evangelhos: Mc 6,3; Mc 15, 40.47; Jo 2,12; 7,3-10 Os irmãos de Jesus mencionados em Mc 6,3 e 15,40 Tiago José Judas Simão Salomé Em outros livros do NT: At 1,14; 1Cor 9,5; Gl 1,19 2. O ministério de Jesus na Galiléia

  35. A questão dos irmãos de Jesus Três hipóteses tentam explicar os irmãos de Jesus: Para Tertuliano (380) eles seriam de fato irmãos de Jesus Para S. Epifânio (382) eles seriam filhos de um casamento anterior de José, que teria se enviuvado antes de desposar Maria – tese defendida pelo Proto-Evangelho de Tiago S. Jerônimo (383) interpreta o termo como primos, isto é, parentes de Jesus. Segundo ele assim eram chamados os filhos de Maria de Cléofas, irmã de Maria, mãe de Jesus – cf. Jo 19,25 2. O ministério de Jesus na Galiléia

  36. A questão dos irmãos de Jesus Na Bíblia os termos hebraicos´ah ou´aha são traduzidos na versão grega dos LXX para adelphos, significando assim “irmão-parente”, o que supõe uma ampla extensão, indo de irmãos a compatriotas Cf. Gn 13,8; 29,12-15; 37,16; Lv 10,4; 2Rs 10,13; 1Cr 23,21-22 Entretanto permanece a dificuldade de que estes irmãos são mencionados junto com a mãe de Jesus em Mc 6,3 e 3,31-32. Além disso o Novo Testamento foi escrito em grego, que tinha um termo próprio para designar os primos: népsios – Cf. Cl 4,10 “Aristarco, meu companheiro de prisão, e Marcos, primo de Barnabé, mandam saudações. Sobre Marcos já mandei recomendações; se ele for visitá-los, o acolham bem.” 2. O ministério de Jesus na Galiléia

  37. Parábola do semeador – 4, 1-9 1Jesus começou a ensinar de novo às margens do mar da Galiléia. Uma multidão se reuniu em volta dele. Por isso, Jesus entrou numa barca e sentou-se. A barca estava no mar, enquanto a multidão estava junto ao mar, na praia. 2Jesus ensinava-lhes muitas coisas com parábolas. No seu ensinamento dizia para eles: 3«Escutem. Um homem saiu para semear. Os 2,25; Jr 31,27 4Enquanto semeava, uma parte caiu à beira do caminho; os passarinhos foram e comeram tudo. 2. O ministério de Jesus na Galiléia

  38. Parábola do semeador – 4, 1-9 5Outra parte caiu em terreno pedregoso, onde não havia muita terra; brotou logo, porque a terra não era profunda. 6Porém, quando saiu o sol, os brotos se queimaram e secaram, porque não tinham raiz. 7Outra parte caiu no meio dos espinhos. Os espinhos cresceram, a sufocaram, e ela não deu fruto. 8Outra parte caiu em terra boa e deu fruto, brotando e crescendo: rendeu trinta, sessenta e até cem por um.» Jo 12,24 9E Jesus dizia: «Quem tem ouvidos para ouvir, ouça!» Paralelos: Mt 13,10-15; Lc 8,9-10 2. O ministério de Jesus na Galiléia

  39. Porque Jesus fala em parábolas – 4, 10-12 10Quando Jesus ficou sozinho, os que estavam com ele, junto com os Doze, perguntaram o que significavam as parábolas. 11Jesus disse para eles: «Para vocês, foi dado o mistério do Reino de Deus; para os que estão fora tudo acontece em parábolas, 12para que olhem, mas não vejam, escutem, mas não compreendam, para que não se convertam e não sejam perdoados.» Is 6,9-10; Jo 12,40; At 28,26-27 Paralelos: Mt 13,10-15; Lc 8,9-10 2. O ministério de Jesus na Galiléia

  40. Explicação da parábola do semeador – 4, 13-20 13Jesus lhes perguntou: «Vocês não compreendem essa parábola? Como então vão compreender todas as outras parábolas? 14O semeador semeia a Palavra. 15Os que estão à beira do caminho são aqueles nos quais a Palavra foi semeada; logo que a ouvem, chega Satanás e tira a Palavra que foi semeada neles. 16Do mesmo modo, os que recebem a semente em terreno pedregoso, são aqueles que ouvem a Palavra e a recebem com alegria; 17mas eles não têm raiz em si mesmos: são inconstantes, e, quando chega uma tribulação ou perseguição por causa da Palavra, eles logo desistem. 2. O ministério de Jesus na Galiléia

  41. Explicação da parábola do semeador – 4, 13-20 18Outros recebem a semente entre os espinhos: são aqueles que ouvem a Palavra; 19mas surgem as preocupações do mundo, a ilusão da riqueza e todos os outros desejos, que sufocam a Palavra, e ela fica sem dar fruto. 20Por fim, aqueles que receberam a semente em terreno bom, são os que ouvem a Palavra, a recebem e dão fruto; um dá trinta, outro sessenta e outro cem por um.» Paralelos: Mt 13,18-23; Lc 8,11-15 2. O ministério de Jesus na Galiléia

  42. Como receber e transmitir o ensinamento – 4, 21-25 21Jesus continuou: «Quem é que traz uma lâmpada para colocá-la debaixo de uma vasilha ou debaixo da cama? Não a coloca no candeeiro? Lc 8,16; Mt 5,15 22Com efeito, tudo o que está escondido deverá tornar-se manifesto, e tudo o que está em segredo deverá ser descoberto. 23Se alguém tem ouvidos para ouvir, ouça.» 24E Jesus dizia ainda: «Prestem atenção no que vocês ouvem: com a mesma medida com que vocês medirem, também vocês serão medidos; e será dado ainda mais para vocês. 25Para aquele que tem alguma coisa, será dado ainda mais; para aquele que não tem, será tirado até mesmo o que ele tem.» 2. O ministério de Jesus na Galiléia

  43. Parábola da semente – 4, 26-29 26E Jesus continuou dizendo: «O Reino de Deus é como um homem que espalha a semente na terra. Tg 5,7 27Depois ele dorme e acorda, noite e dia, e a semente vai brotando e crescendo, mas o homem não sabe como isso acontece. 28A terra produz fruto por si mesma: primeiro aparecem as folhas, depois a espiga e, por fim, os grãos enchem a espiga. 29Quando as espigas estão maduras, o homem corta com a foice, porque o tempo da colheita chegou.» Jl 4,13; Ap 14,15 2. O ministério de Jesus na Galiléia

  44. Parábola do grão de mostarda – 4, 30-34 30Jesus dizia ainda: «Com que coisa podemos comparar o Reino de Deus? Que parábola podemos usar? 31O Reino é como uma semente de mostarda, que é a menor de todas as sementes da terra. Mt 17,20 32Mas, quando é semeada, a mostarda cresce e torna-se maior que todas as plantas; ela dá ramos grandes, de modo que os pássaros do céu podem fazer ninhos em sua sombra.» Ez 17,23; Dn 4,9.18 33Jesus anunciava a Palavra usando muitas outras parábolas como essa, conforme eles podiam compreender. 34Para a multidão Jesus só falava com parábolas, mas, quando estava sozinho com os discípulos, ele explicava tudo. Paralelos: Mt 13,31-35; Lc 13,18-19 2. O ministério de Jesus na Galiléia

  45. A tempestade acalmada – 4, 35-41 35Nesse dia, quando chegou a tarde, Jesus disse a seus discípulos: «Vamos para o outro lado do mar.» 36Então os discípulos deixaram a multidão e o levaram na barca, onde Jesus já se encontrava. E outras barcas estavam com ele. 37Começou a soprar um vento muito forte, e as ondas se lançavam dentro da barca, de modo que a barca já estava se enchendo de água. 38Jesus estava na parte de trás da barca, dormindo com a cabeça num travesseiro. Os discípulos o acordaram e disseram: «Mestre, não te importa que nós morramos?» 2. O ministério de Jesus na Galiléia

  46. A tempestade acalmada – 4, 35-41 39Então Jesus se levantou e ameaçou o vento e disse ao mar: «Cale-se! Acalme-se!» O vento parou e tudo ficou calmo. 40Depois Jesus perguntou aos discípulos: «Por que vocês são tão medrosos? Vocês ainda não têm fé?» 41Os discípulos ficaram muito cheios de medo e diziam uns aos outros: «Quem é esse homem, a quem até o vento e o mar obedecem?» Paralelos: Mt 8,18,23-27; Lc 8,22-25 2. O ministério de Jesus na Galiléia

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