1 / 34

Demência

Demência. Prof. Marlon Santos. O que é demência?. É a perda de funções cerebrais cognitivas, ou seja, importantes para o aprendizado e a realização de tarefas (memória anterógrada, linguagem, reconhecimento – gnosis , destreza - praxis , raciocínio, solução de problemas). Causas de demência.

selah
Download Presentation

Demência

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. Demência Prof. Marlon Santos

  2. O que é demência? • É a perda de funções cerebrais cognitivas, ou seja, importantes para o aprendizado e a realização de tarefas (memória anterógrada, linguagem, reconhecimento – gnosis, destreza - praxis, raciocínio, solução de problemas).

  3. Causas de demência • Mais comum: doença de Alzheimer (+50%) • Demências tratáveis: • Hipotireoidismo, deficiência de vitamina B12, neurossífilis, complexo de demência relacionado à AIDS, tumores cerebrais, hidrocefalia comunicante normobárica, alcoolismo e uso excessivo de BZDs • Demências não tratáveis: • Demência vascular multinfarto, doença de Binswanger, doença de Pick, doença dos corpúsculos de Lewydifusos, doença de Huntington, paralisia supranuclear progressiva... • Pseudodemência (secundária à depressão maior)

  4. Demência • Todo paciente com demência deve ser submetido à investigação de todas as causas tratáveis: • TSH e T4 livre • Dosagem de B12 sérica • VDRL • TC de crânio com e sem contraste

  5. Doença de Alzheimer • Epidemiologia: • Acomete 5-10% dos pacientes acima de 65 anos e 20-40% daqueles acima de 85 anos.

  6. Doença de Alzheimer • Fatores de Risco: • Idade avançada (>65 anos) • História familiar positiva

  7. Doença de Alzheimer • Quadro clínico: • É uma síndrome demencial de evolução insidiosa • Inicia-se com amnésia anterógrada e perda geográfica • Segue-se: apraxia ideomotora (incapacidade de repetir e executar gestos) e construcional, diversos graus de afasia, acalculia e graus variados de agnosia... • Fases mais avançadas: déficit cognitivo grave, apatia e incapacidade de deambulação

  8. Doença de Alzheimer • Fisiopatologia e histopatologia • Trata-se de uma demência do tipo cortical • Há uma destruição dos neurônios colinérgicos e outros. • Os neurônios do cortéx cerebral (especialmente dos lobos parietais e temporais, hipocampo e núcleo basal de Meynert): ficam depletados de acetilcolina e outros neurotransmissores. • A deficiência do funcionamento colinérgico está ligada à perturbação da memória, particularmente da memória recente.

  9. Neurofarmacologia da memória

  10. Acetilcolina e a Neurofarmacologia da memória • Síntese da Ach • Destruição e remoção da Ach • Receptores da Ach • Hipótese da deficiência colinérgica na amnésia

  11. É formada nos neurônios colinérgicos a partir de 2 precursores: colina e acetilcoenzima A (AcCoA) • Colina: Dieta e fontes intraneuronais • AcCoA: Feita a partir da glicose na mitocôndria do neurõnio Esses 2 substratos interagem com a enzima de síntese colina acetiltransferase (CAT) e produzem a Ach. Síntese da acetilcolina (ACh)

  12. A Ach é destruída por um enzima chamada acetilcolinesterase (AChE) que converte a Ach em produtos inativos. A AChE é a enzima-chave que inativa a Ach nas sinapses colinérgicas A colina formada pela quebra da Ach pode ser transportada de volta ao terminal nervoso colinérgico pré-sináptico por um transportador e ser reciclada para a síntese de Ach. Destruição e remoção da acetilcolina

  13. São subdivididos principalmente em receptores colinérgicos nicotínicos (N – rápido inicio de ação) e muscarínicos (M1, M2 e MX- ligam-se à proteína G) O receptor pós-sináptico M1 parece exercer papel-chave na mediação das funções da memória ligadas à neurotransmissão colinérgica. Receptores de ACh

  14. Hipótese de deficiência colinérgica na amnésia Segundo alguns investigadores, é a deficiência do funcionamento colinérgico que está ligada à perturbação da memória. (Bloqueando receptores muscarínicos produziam distúrbios de memória semelhante ao do Alzheimer) O núcleo basal de Meynert é a principal fonte de ACh cerebral e possui importantes conexões com o sistema límbico. Está localizado no prosencéfalo basal, onde se situam os corpos celulares colinérgicos dos axônios que se projetam pro hipocampo e amígdala, bem como através do neocórtex. Pensa-se que esses neurônios em particular sejam os mediadores da memória e de funções corticais superiores, tais como aprendizagem, solução de problemas e julgamento. Eles degeneram-se precoce e progressivamente no curso da doença e Alzheimer.

  15. Pensa-se que outros neurônios colinérgicos no cérebro estejam envolvidos em funções cerebrais diferentes da memória. Estão incluídos: Interneurônios no estriado (envolvidos na regulação dos movimentos motores) e aqueles que surgem na área tegmental lateral e se projetam rostral e caudalmente, bem como para o cerebelo, com ampla variedade de funções. Hipótese de deficiência colinérgica na amnésia

  16. É progressivo e descendente Começa com sintomas muito leves e não diagnósticados (assinalando o inicio do processo no núcleo basal de Meynert) Depois de cerca de 3 anos de sintomas não especificados, faz-se o dx de d. Alzheimer (tempo em que o dano ao sistema colinérgico difundiu-se no mínimo para as projeções próximas do núcleo basal de Meynert: amígdala, hipocampo e cortexentorrinal). A pessoa perde grande parte da independência funcional. Em mais 3 a 6 anos, o progresso neurovegetativo inclui o neocortex difusamente. O paciente provavelmente estará institucionalizado. E em mais 3 anos, morrerá. O Curso da doença de alzheimer não-tratada

  17. Impacto dos Transtornos de Memória na Neurotransmissão Colinérgica • Como a doença de Alzheimer destrói os neurônios colinérgicos e outros, levando a perda de memória. • O diagnóstico da d. de Alzheimer ainda é anatomopatológico, e não clínico. • É definido pela presença, no neocórtex de : • Placas neuríticas com núcleos de beta-amilóides e apolipoproteína A (apoA) • Emaranhados neurofibrilares de proteína tau anormalmente fosforiladas

  18. Lesões extracelulares Seu número está fortemente relacionado à função cognitiva Muitas são formadas progressivamente nos neurônios colinérgico do núcleo basal de Meynert. Placas neuríticas com núcleos de amilóide

  19. Constituído de proteína tau anormalmente fosforilada e enroladas juntas. Acredita-se que essas proteínas interfiram no funcionamento dos nervos na doença de alzheimer, particularmente, dos neurônios colinérgicos. Emaranhados neurofibrilares

  20. Hipótese da cascata de amilóide na doença de Alzheimer

  21. A principal teoria contemporânea sobre as bases biológicas da doença de Alzheimer centra-se na formação do beta-amilóide. Talvez a d. Alzheimer seja essencialmente uma doença na qual o depósito anormal de beta-amilóide chegue ao ponto de destruir os neurônios: • Ou por excesso de formação de beta-amilóide ou de muito pouca remoção deste Uma idéia é que os neurônios apresentem uma anormalidade no DNA que codifica a proteína precursora de amilóide (PPA) e assim inicie uma cascata química letal nos neurônios, começando com a formação da PPA alterada Parte 1

  22. Uma vez formada a proteína precursora de amilóide (PPA), esta leva a formação de depósitos de beta-amilóide Parte 2

  23. Uma vez que os depósitos de beta-amilóide são formados a partir da PPA anormal, o passo seguinte é a formação de placas e emaranhados pelos depósitos de beta-amilóide no neurônio Parte 3

  24. A formação de inúmeras placas neuríticas causa finalmente a interrupção do funcionamento e até a morte do neurônio Parte 4

  25. A formação de inúmeros emaranhados neurofibrilares também vai causar, por fim, a interrupção do funcionamento e até a morte do neurônio. Parte 5

  26. Erro na proteína que se liga ao amilóide e o remove. Essa proteína é chamada de APO-E. No caso da “boa” APO-E, ela se liga ao beta-amilóide e o remove, prevenindo o desenvolvimento da doença de Alzheimer e da demência Outra versão para a hipótese da cascata de amilóide:

  27. Nos paciente com Alzheimer é possível que tenham uma anormalidade no seu DNA, que causa a formação de uma versão “ruim” ou defeituosa da proteína APO-E. Nessa caso, a APO-E ruim não pode se ligar ao beta-amilóide, deixando, então, de remover a amilóide do neurônio. Consequentemente, o beta-amilóide se acumula, forma placas e emaranhados O neurônio perde sua função e morre. APO-E ruim

  28. Tratamento • A doença de Alzheimer é incurável. • O tratamento é baseado no: • Uso de inibidores da colinesterase • Sintomáticos (para alterações de comportamento) • Relação paciente, familiares e cuidadores

  29. Inibidores anicolinesterásicos • O funcionamento neuronal colinérgico é um dos primeiros a alterar-se na d. Alzheimer • A abordagem mais bem-sucedida capaz de: • Estimular o funcionamento colinérgico nos pacientes com Alzheimer • Melhorar a memória Consiste em inibir a destruição da acetilcolina por meio da inibição da acetilcolineterase

  30. Inibidores anticolinesterásicos • Principais: • Tacrina • Donepezil • Rivastigmina • Galantamina • Memantina* (antagonista NMDA)

  31. Tacrina (10-20 mg, VO, 6/6h) • Primeiro medicamento aprovado pelo FDA • É um inibidor central da colineterase • Atua: • Elevando os níveis cerebrais de Ach • Aumentando a atividade colinérgica cerebral • Vantagem: • Eficaz no tratamento de Alzheimer com demência leve a moderada • Desvantagem: • Efeito moderado nos déficits globais da cognição • Hepatotoxicidade

  32. Memantina • Primeiro medicamento aprovado para a doença de Alzheimer de moderada a grave. • É um antagonista do receptor do glutamato (NMDA) • Vantagens: • Melhora a cognição • Reduz o tempo dasto dos cuidadores no manejo do paciente • Demonstram melhora quando associado ao donepezi, já em uso.

  33. Memantina • Principais efeitos colaterais: • Tontura, confusão, cefaléia e alucinação. • Apresenta poucas interações medicamentosas • Como iniciar o tratamento? • Inicias com 5mg/dia, ir aumentando 5mg por semana até a dosagem-alvo de 20mg/dia (÷ 2 tomadas)

  34. Obrigada!!

More Related