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METODOLOGIA PASTORAL - CONTEXTO E AÇÃO

METODOLOGIA PASTORAL - CONTEXTO E AÇÃO. “De fato, do mesmo modo que o corpo sem o espírito é cadáver, assim também a fé: sem as obras ela é cadáver” (Tg 2, 26).

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METODOLOGIA PASTORAL - CONTEXTO E AÇÃO

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  1. METODOLOGIA PASTORAL - CONTEXTO E AÇÃO “De fato, do mesmo modo que o corpo sem o espírito é cadáver, assim também a fé: sem as obras ela é cadáver” (Tg 2, 26)

  2. A ação pastoral, ainda que levada a cabo na fé sustentada pela graça e sob o dinamismo do Espírito Santo, não deixa de ser uma ação humana, sujeita às contingências de qualquer ação. Toda ação humana, enquanto é sempre uma ação pensada, tem, também, uma racionalidade própria. Por isso é importante refletir sobre a projeção da ação pastoral ou do estatuto da ação eclesial e de sua implementação, destacando algumas balizas e requisitos para uma ação pastoral pensada.

  3. ALGUMAS BALIZAS PARA UMA AÇÃO PASTORAL PENSADASuperar o amadorismo e o ativismo do dia-a-dia • Vivemos numa atmosfera de império do presente que nos leva ao espontaneísmo e ao pragmatismo do cotidiano que afeta negativamente a noção de pere­nidade, de perseverança, de persistência. Há uma redução da esperança e um encolhimento da utopia ao momentâneo. • Isso se reflete na na pastoral pela tentação de uma ação sem profissionalis­mo, pautada pelo voluntarismo, à mercê da demanda do dia. • Perde-se, com isso, a capacidade de fazer história. Nesse contexto, a história não se faz, se padece. Mergulha-se num eterno recomeçar, numa história cíclica, tecida pela rotina da sobrevivência no cotidiano, condenando a pastoral a "vegetar", uma pastoral de manutenção, a uma ação a-histórica e, a longo prazo, anti-histórica. • Sem conhecimento reflexivo/dinâmico do objeto e do método da ação eclesial e do contexto em que ela se dá, corre-se o risco de multiplicação de atos isolados.

  4. Somente uma ação pensada nos torna capazes de ver o essencial. • A importância de “COMO” pensar a ação pastoral • Uma ação pode ser pensada, por exemplo, de forma autoritária. Os opressores, o grande capital, o sistema financeiro ou a indústria bélica também o fazem. Mais importante é "como" planejar. No campo eclesial, se não for de forma participativa, colegiada, comunitária, no espirito de koinonía que funda a Igreja, o planejamento presta um desserviço ao Reino de Deus, o que é incompatível com a ação pastoral.

  5. O Espírito Santo é protagonista da ação pastoralDa Igreja • A ação pastoral, além da exigência de uma ação pensada, é uma ação rezada. Não há pastoral sem Espírito Santo (EA/, n. 75), da mesma forma que não há planejamento eclesial sem espiritualidade e sem mística. No planejamento, a técnica é mero meio, que só ajuda quando for canal da comunicação de Deus no Espírito. E não há outra forma de fazê-lo, a não ser pela oração e pela "retidão de consciência", que consiste em escutar a voz de Deus na oração e na contemplação e, em tudo o que se faz, colocar-se na presença dele, para fazer a sua vontade. O "piloto" da pastoral é o Espírito Santo; a comunidade e seus membros são o "co-piloto".

  6. O processo é mais importante que os resultados • Na pastoral, enquanto ação da Igreja, um bom resultado é sempre fruto de um processo. Para interagir na história da salvação, os fins são os meios a ca­minho. O fim não é um plano, mas a comunidade sujeito de uma ação pasto­ral pensada. O fim está no caminho, no processo, que nunca termina. • O cristão não necessita de uma conversão, mas de várias, continuamente. A Igreja não tem necessidade de uma reforma, mas de uma contínua reforma — ecclesíam semper reformanda, diziam os santos Padres. O amanhã ou terá relação com o hoje ou não passará de uma mera repetição do passado.

  7. Planejamento participativo que, por sua vez, promove e aprofunda: • O consenso das diferenças • A autonomia e, ao mesmo tempo, a colegialidade dos diversos níveis de ação e de decisão • O discernimento comunitário

  8. ALGUNS REQUISITOS BÁSICOS PARA UMA AÇÃO PASTORAL PENSADA- Ter um método adequado • Método é caminho para chegar a algum lugar. É meio para alcançar um determinado fim. Nem todo caminho leva a determinado lugar, como não é qualquer meio que permite alcançar, atingir determinado fim. Nem todo método de planejamento serve para projetar uma ação pastoral, dado que ela já é portadora de um fim, de uma intencionalidade. Um método antievangélico não serve para alcançar um fim evangélico. • A Igreja no Brasil tem adotado o planeja­mento participativo, cujo ponto de partida é a ação para retornar à ação sob a luz das Escrituras, em vista de uma ação pastoral conseqüente com a realidade que se vive, transformadora e forjadora de um mundo crescentemente melhor. • O êxito de uma ação pastoral pensada de forma participativa implica três exigências básicas:

  9. 1ª exigência: ter os pés no chão • Antes de pensar a ação futura, para que ela seja res­posta a perguntas reais, o imperativo é situar-se em relação às pessoas, à sociedade, à instituição eclesial. Um bom processo de planejamento, que ajuda a Igreja a encarnar-se e inculturar o Evangelho em seu meio, exige inserção na própria realidade. Planejar é, antes de tudo, não ignorar os "novos sinais dos tempos", como diz Santo Domingo. • Os processos ou estão alicer­çados sobre a realidade, ou, então, são fogo de palha, que logo se apaga. Sem processos, estamos condenados ao eterno recomeço.

  10. 2ª exigência: manter os olhos no horizonte • Os problemas e os desafios que se apresentam não têm a última palavra. A realidade, por mais contraditória e dura que seja, não nos condena ao derrotismo e ao conformismo. Os que caminham na fé contam com a esperança. Em pastoral, isso significa saber-se acompanhado e interpelado por Deus, que vai à frente mostrando o cami­nho, em meio à ambigüidade dos acontecimentos e à opacidade dos fatos. • Ter os olhos voltados para o horizonte é condição para sintonizar a utopia do Evangelho e, desde aí, projetar um futuro desejável, na perspectiva do Reino de Deus. Toda visão catastrófica ou retrospectiva da realidade inviabi­liza qualquer possibilidade de um processo de planejamento participativo.

  11. 3ª exigência: passar do nível teórico ao prático • Num processo de planejamento, os pés no chão e o olhar no horizon­te precisam encontrar-se com as mãos. De nada valem a consciência da realidade e a esperança de que um dia ela pode ser diferente se não são realizadas ações concretas. A passagem do teórico ao prático começa na mente (nível dos conceitos, da mentalidade), passa pelo coração (nível das convicções) e concretiza-se com as mãos (nível das habilidades).

  12. ALGUNS PASSOS METODOLÓGICOS IMPORTANTES PARA AÇÃO PASTORAL PENSADA • Aação pastoral, como toda e qualquer ação, deve ser levada a cabo tendo-se presente dois referenciais: a realidade histórica em que se está inserido e a utopia para a qual se quer redirecionar esta mesma realidade, e um diagnóstico que avalie as possibilidades.

  13. 1º Momento: o marco referencial a) Marco da realidade • Por realidade entende-se, primeiro, a situação social, depois a eclesial, dado que a Igreja está dentro do mundo, sempre procurando ir às causas dos problemas, mais precisamente às causas principais e às causas secundárias. Como se trata de uma apreensão da realidade, em vista de sua transformação, procura-se colocar em evidência, sobretudo, suas contradições com a mensagem cristã.

  14. 1º Momento: o marco referencial b) Marco doutrinal • Aqui se processa um confronto entre revelação e situação, projeta-se o futuro desejável a ser perseguido pela ação pastoral, em forma de um referencial teórico ou de uma utopia inspirada no Evangelho para a realidade em questão. A confrontação entre situação e revelação provoca uma dupla modificação de sentido: uma novidade de sentido da realidade, pelo impacto, sobre ela, do dado revelado, e, por sua vez, uma novidade de sentido da revelação, pelo impacto, sobre ela, da situação.

  15. 1º Momento: o marco referencial • O diagnóstico é o resultado da confrontação entre o marco de realidade e o marco doutrinal, em vista de uma tomada de posição, como cristãos, diante da própria realidade. Concretamente, trata-se de identificar, no próprio contexto, as forças de apoio e de resistência da realidade em relação ao horizonte da Revelação, as tendências positivas e negativas, os maiores problemas e, dentre estes, as maiores urgências pastorais ou necessidades de evangelização. Com o diagnóstico, vai-se identificar o que constitui impedimento para que "o que somos" (marco de realidade) seja "o que queremos ser" (marco doutrinai).

  16. 2º Momento: marco operacional • O marco referencial consistiu num processo de reflexão partindo da ação. O marco operacional consiste em voltar à ação fazendo: • a) Um prognóstico pastoral • Estabelecendo, primeiro, o objetivo geral do plano global e os objetivos específicos, desenhando-se o curso de ação. Depois, são elaborados os critérios de ação, que buscam operacionalizar os objetivos específicos. Eles são de duas ordens: as políticas ou linhas de ação (o modo, as diretrizes, as atitudes ou os princípios orientadores de trabalho, que brotam do marco doutrinai) e as estratégias ou formas de ação (meios de concretização das linhas, que brotam do marco de realidade).

  17. 2º Momento: marco operacional b)Programação pastoral • No caminho de volta à ação, o prognóstico aterrissa na programação pastoral, que se compõe de programas (conjuntos de atividades afins, que conformam campos de ação) e projetos (metas, que concretizam estratégias preestabelecidas). Conclui-se a programação com a distribuição das atividades no tempo, elaborando-se o cronograma pastoral.

  18. 3º Momento: explicitação do marco organizacional a) Organização institucional • Trata-se de repensar as estruturas existentes, ou seja, determinar os organismos de globalização (assembléias, conselhos), os mecanismos de coordenação (de serviços e de setores de pastoral, assim como de níveis eclesiais) e a função dos primeiros responsáveis (de serviços, setores e níveis eclesiais), que darão suporte ao novo plano. É o momento de distribuir as responsabilidades e de investir em organismos e pessoas de responsabilidade correspondente, no seio de uma comunidade toda ela responsável.

  19. 3º Momento: explicitação do marco organizacional b) Seguimento ou controle • A execução do plano, além do suporte institucional, num primeiro momento, precisa de um seguimento na preparação e durante a realização das atividades programadas. Avaliar os erros depois que eles aconteceram não é tudo. É preciso procurar evitá-los. Para isso há o seguimento ou controle a ser feito, sobretudo pelos responsáveis das atividades programadas. Nesse particular, sua função é zelar para que tudo saia conforme o programado ou de acordo com os ajustes que foram sendo efetuados durante a execução do plano.

  20. 3º Momento: explicitação do marco organizacional c) Avaliação • Num segundo momento, está a avaliação de uma atividade realizada, de uma parte da programação ou da totalidade de um plano elaborado. Sua finalidade não é fazer ajuste de contas ou uma mera cobrança. Ela tem uma função retroalimentadora, no sentido de aprender com os erros cometidos, registrá-los, tê-los presentes na elaboração do próximo plano, para evitar os mesmos equívocos no futuro.

  21. A pastoral como processo implica uma conversão contínua ao modo de ser e de agir de Jesus. Não há pastoral sem Espírito Santo, portanto sem espiritualidade, sem ter o Espírito dentro de si e sem agir sob o seu dinamismo. A espiritualidade cristã é a alma da pedagogia da ação pastoral.

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