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“Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.

“Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz. Onde houver ódio, que eu leve o amor. Onde houver ofensa, que eu leve o perdão. Onde houver dúvida, que eu leve a fé. Onde houver discórdia, que eu leve a união.

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“Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.

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Presentation Transcript


  1. “Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz. Onde houver ódio, que eu leve o amor.Onde houver ofensa, que eu leve o perdão.Onde houver dúvida, que eu leve a fé. Onde houver discórdia, que eu leve a união. Onde houver erros, que eu leve a verdade.Onde houver desespero, que eu leve a esperança.Onde houver tristeza, que eu leve a alegria.Onde houver trevas, que eu leve a luz...”

  2. “Ó Mestre, fazei que eu procure mais consolar, que ser consolado; compreender, que ser compreendido; amar, que ser amado. Pois é dando que se recebe, é perdoando que se é perdoado. E é morrendo que se vive para a vida eterna.” Oração de São Francisco

  3. Todas as histórias são de amor.

  4. Esta é a parte final de uma apresentação sobre a vida de Mona Mahmudnizhad. A história relatada a seguir tem por palco a cidade de Shiraz, localizada ao sul do Irã.

  5. Em 1979, ano em que ocorreu a Revolução Islâmica no Irã, teve início no país uma onda de violação aos direitos humanos fundamentais. Com a tomada do poder pelo clero fundamentalista xiita, violenta perseguição foi iniciada contra as minorias religiosas, em particular, contra os seguidores da Fé Bahá’í.

  6. Em decorrência da severa intolerância religiosa demonstrada pelo novo governo, Mona, aos dezessete anos de idade, é presa, juntamente com seu pai, e centenas de outros seguidores da Fé Bahá’í. Passados três meses do início do aprisionamento de sua filha, no mês de janeiro de 1983, a mãe de Mona também viria a ser presa.

  7. A presente apresentação inicia-se com Mona e seus pais presos. Apenas sua irmã, Taraneh, encontra-se em liberdade.

  8. - O Anjo de Shiraz - (uma história real) Quão longe você iria pelos teus ideais?

  9. - PARTE VII - HORIZONTES E PARTIDAS

  10. Mona e sua mãe permanecem encarceradas na ala feminina da prisão. Elas, assim como as demais prisioneiras, não se deixam dobrar às injustiças dentro da cadeia.

  11. As grades que lhes restringem a liberdade nada podem diante da dignidade das suas almas...

  12. Saber enfrentar com ânimo e coragem as provações significa compreender que na vida poucas coisas importam, mas que essas poucas coisas são essenciais, como o amor.

  13. Na segunda semana de encarceramento da mãe de Mona, para a surpresa de todos, os alto-falantes anunciam que as prisioneiras bahá’ís devem dirigir-se ao telhado do presídio.

  14. Surpresa maior é encontrar no telhado todos os homens bahá’ís que também permanecem presos naquela cadeia. A família Mahmudnizhad, - filha, mãe e pai -, está reunida pela primeira vez na prisão.

  15. Embora breve, foi um momento precioso para todos. Outras prisioneiras que também tinham parentes presos sentaram-se juntos dos seus, de mãos dadas, compartilhando histórias e ganhando força uns dos outros.

  16. Mona e seu pai conversam pouco. Há momentos, raro ao comum dos mortais, em que só o silêncio pode dizer tudo.

  17. O segredo do silêncio é quebrado por um brilho nos olhos, por um gesto da mão, - mas só o segredo, nunca o silêncio, a matéria-prima do amor.

  18. Por diversas vezes, Mona se levanta a fim de beijar os olhos de seu pai. Estão cientes de que aquela permissão para o reencontro é o prenúncio de tempos ainda mais severos que os aguardam...

  19. Por diversas vezes, Mona se levanta a fim de beijar os olhos de seu pai. Filha e pai, sob o céu infinito, parecem trocar confidências celestiais...

  20. São tempos especialmente difíceis para Taraneh, irmã de Mona. Em poucos meses, viu-se abruptamente separada das pessoas que mais ama. Nas quartas-feiras, visita seu pai, e nos sábados, sua mãe e sua irmã. Na noite em que sua mãe também foi presa, chorou amargamente, ao ver sua vida ficar repentinamente tão vazia...

  21. No início do mês de março, ao visitar seu pai, pergunta-lhe: “Pai, por que dentre os quatro membros da nossa família, três são tão amados aos olhos de Deus, sendo apenas eu excluída? Que falha tenho cometido para não ser considerada digna de também compartilhar da prisão?”

  22. Seu pai amorosamente responde: “Taraneh, acaso achas que estás livre? Todos vocês, que estão fora da cadeia, também são prisioneiros de uma prisão maior. Veja todas as restrições presentes na tua vida; você também é uma prisioneira. Ademais, o amante nunca está livre, sendo um prisioneiro do amor. Seja confiante, e feliz...”

  23. A resposta lhe tranqüiliza o coração. Porém, apenas quatro dias depois da visita, o marido de Taraneh traz a notícia de que seu amado pai, Sr. Mahmudnizad, fora executado.

  24. Em meio ao desespero, Taraneh recorda as últimas palavras que ouvira de seu amado pai: “Seja confiante, e feliz...” Com tal lembrança, procura colocar toda a sua confiança nas mãos de Deus, e transmutar a sua inconsolável dor em resignação e infinita paciência...

  25. Taraneh sabe que, mais do que nunca, precisa ser forte, sua mãe e sua irmã continuam presas, e ela tem a sua pequena filha de um ano de idade pra criar...

  26. Passa a noite em claro, sem conseguir parar de pensar na sua irmã, Mona, e em toda a dor que a notícia irá lhe causar...

  27. Mona, a despeito dos diversos pedidos de sua mãe, recusara-se a se alimentar durante 30 horas. É em estado de jejum que recebe a notícia da execução de seu amado pai. Com uma voz suave e um coração partido, murmura: “Eu já sabia, já sabia. Isto constitui uma bênção para ele...”

  28. Todos sabem do intenso amor e admiração que Mona nutre por seu pai. O seu delicado coração, que com tamanha valentia vinha enfrentando cada sucessiva batalha, parece já não conseguir suportar o peso de mais esta dor, - a maior que jamais sentira.

  29. Tantos e tantos sentimentos e lembranças que evocam em seu coração, e que jamais serão conhecidos, - pois pertencem à linguagem que as palavras não traduzem.

  30. Seus olhos marejados de saudade e dor contrastam com o trêmulo sorriso que, apesar de tudo, ainda procura transmitir luz às suas colegas. As fragrâncias eternas perfumam a pequena cela nesta hora de dor e superação extremas.

  31. São fundas as feridas da alma, ou da alma não seriam. Coração Sangue e Lágrimas

  32. - PARTE VIII - O MANTO VERMELHO

  33. Nesta hora de dor suprema, Mona se recorda de um sonho antigo, - sonhado num tempo em que jamais imaginaria que tão cedo se despediria da companhia de seu amado pai...

  34. Neste sonho, lhe era oferecido um manto vermelho, primorosamente bordado.

  35. Diante dos recentes acontecimento, Mona interpreta o sonho, a cor, o manto, com o martírio, e sente que em breve irá seguir o mesmo destino de seu amado pai.

  36. Certa vez, escrevera um poeta...:

  37. “Não se pode negar a existência de Deus diante de uma noite estrelada, da sepultura das pessoas amadas, ou da firmeza dos mártires na sua última hora.”

  38. O sonho O manto vermelho As privações na cadeia O seu amado pai Juventude, inocência, esperanças Resistência, heroísmo, dignidade, fortaleza da alma...

  39. Não mais que dezessete anos...

  40. Certo dia, Mona conduz sua mãe pela mão até um estreito corredor na cadeia.

  41. Olhando-a nos olhos, pergunta: “Mãe, a senhora está ciente de que eles irão me executar?”

  42. Guiando-se pelo instinto maternal, Sra. Mahmudnizhad procura remover aquela idéia dos pensamentos de sua pequena e adorável filha...:

  43. “Não, minha querida, você será solta desta prisão. Constituirás família, terás lindos filhos. Eu quero vê-los... Por favor, não alimentes estas idéias...”

  44. Mas Mona, com sua serenidade habitual, prossegue: “Mãe, eu sei que eles irão me matar. Quero apenas compartilhar o que pretendo fazer quando esta hora chegar. Você gostaria de ouvir o que tenho para lhe contar?”

  45. Diante de uma alma assim resoluta, sua mãe simplesmente responde: “Sim, minha filha, conte-me...” E Mona com sua suave voz prossegue...:

  46. “Você está ciente, mãe, de que no local da execução, para onde nos levarão, colocarão uma corda em volta de nossos pescoços... Irei beijar esta corda, e farei uma oração.”

  47. Mona recolhe os braços em devoção, fecha os olhos e, adornada por um semblante que irradia tranqüilidade, profere uma breve prece.

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