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ANSIEDADE E DEPRESSÃO, UM MAL MODERNO

ANSIEDADE E DEPRESSÃO, UM MAL MODERNO. COM ORIENTAÇÃO JUNGUIANA. 1 - A Psicologia Analítica. Apresentação. Criando uma base teórica. Consciente e Inconsciente.

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ANSIEDADE E DEPRESSÃO, UM MAL MODERNO

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  1. ANSIEDADE E DEPRESSÃO, UM MAL MODERNO COM ORIENTAÇÃO JUNGUIANA. Nilton Kamigauti - www.nilton.psc.br

  2. 1 - A Psicologia Analítica. • Apresentação. • Criando uma base teórica. Nilton Kamigauti - www.nilton.psc.br

  3. Consciente e Inconsciente • A consciência se refere ao fenômeno de se experimentar o conhecimento imediato de alguns conteúdos psíquicos em relação ou em contato com o ego que pertence ao centro da consciência. É tudo aquilo de que se está ciente, se sabe, se está inteirado. • Antagônico ao consciente está o inconsciente que representa todo o conteúdo psíquico do qual não se tem consciência. É tudo aquilo, conteúdo ou processo que se desconhece em si mesmo. • O inconsciente representa a maior parte do indivíduo. “[o inconsciente] É um conceito-limite psicológico que abrange todos os conteúdos ou processos psíquicos que não são conscientes, isto é, que não estão relacionados com o eu de modo perceptível.” (JUNG, 1991a, §847, p. 424) Nilton Kamigauti - www.nilton.psc.br

  4. Inconsciente Pessoal e a Sombra • O inconsciente é dividido didaticamente em Inconsciente Pessoal e Inconsciente Coletivo. • O inconsciente pessoal se refere à parte do inconsciente que pertence exclusivamente ao indivíduo, é constituído das experiências vividas por um indivíduo e não pertencem a sua consciência. • Tais conteúdos se aglutinam em torno dos complexos, assim, podemos dizer que o inconsciente pessoal é constituído por incontáveis complexos, mais ou menos estruturados, com mais ou menos energia. • Outra definição é a equiparação do inconsciente pessoal com a sombra. Nilton Kamigauti - www.nilton.psc.br

  5. A sombra representa por um lado “tudo aquilo que não gostaríamos de ser” e por outro lado, é na sombra que também guardamos ricos potenciais, pois ao nos identificarmos e vivermos um lado, o trazemos à luz da consciência, reprimimos pelo menos um outro lado na sombra. • A cada escolha, o ego deixa de viver muitas outras possibilidades que também se incorporam à sombra. Desta forma, a sombra guarda muitos potenciais que podem ser conscientizados nos fornecendo novos recursos. Nilton Kamigauti - www.nilton.psc.br

  6. Inconsciente Coletivo • Da mesma maneira como os instintos impelem o homem a adotar um forma de existência especificamente humana, assim também os arquétipos forçam a percepção e a intuição a assumirem determinados padrões especificamente humanos. • Os instintos e os arquétipos formam conjuntamente o inconsciente coletivo. (JUNG, 1986c, §270, p. 69) • Os arquétipos representam os padrões de estruturas compostos pelas experiências básicas universais. • Assim, os arquétipos são as formas da espécie de ver o mundo e vivê-lo. Os arquétipos estão por definição muito próximos aos instintos que são os padrões inatos comuns a todos da mesma espécie. “instinto: instinctus: impulso ou inclinação. Nilton Kamigauti - www.nilton.psc.br

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  8. 2 - Aspectos da Ansiedade.Definições Houaiss: • grande mal-estar físico e psíquico; aflição, agonia. • desejo veemente e impaciente • falta de tranqüilidade; receio. • estado afetivo penoso, caracterizado pela expectativa de algum perigo que se revela indeterminado e impreciso, e diante do qual o indivíduo se julga indefeso. Nilton Kamigauti - www.nilton.psc.br

  9. Características: • Preocupação, pressão interna, tensão, cobranças internas, inquietação, pressa (tempo), muitos planejamentos(visão pessimista, idéias de não dar conta), insegurança (sentimento básico), temor, importância (valorização excessiva), distúrbios do sono, peso, sofrimento (não é divertido). • Situacional (momento, diante de situações de perigo iminente (diante de uma porta ouvimos um urso olhamos pela fechadura e constamos a iminência do enfrentamento, sentimos medo e a ansiedade aumenta muito, podendo chegar ao pânico. A diferença nos estados patológicos é que o “urso”, a “porta”, a “fechadura” estão dentro da própria pessoa e ela não consegue dar conta disso) ou crônico. Nilton Kamigauti - www.nilton.psc.br

  10. Transtornos de Ansiedade (Generalizada, fobias, Pânico). • Obsessão/compulsão. (rituais obsessivos ajudam a controlar a ansiedade, emprestam uma estrutura para os conteúdos que a pessoa não consegue lidar em um nível mais próximo a consciência) Nilton Kamigauti - www.nilton.psc.br

  11. 3 - Aspectos da Depressão.Definições Houaiss: • redução da atuação ou presença. • diminuição ou interrupção de uma função orgânica. • sensação de prostração física ou abatimento moral. • estado de desencorajamento, de perda de interesse, que sobrevém, p.ex., após perdas, decepções, fracassos, estresse físico e/ou psíquico, no momento em que o indivíduo toma consciência do sofrimento ou da solidão em que se encontra. • problema psíquico que se exprime por períodos duráveis e recorrentes de disforia depressiva, surgindo concomitantemente com problemas reais ou imaginários ou com experiências momentâneas de sofrimento, podendo ser acompanhado de perturbações do pensamento, da ação e de um grande número de sintomas psiquiátricos. Nilton Kamigauti - www.nilton.psc.br

  12. Introspecção, introversão (energia se volta para o mundo interno), apatia e/ou desinteresse externo, diminuição da vontade, distúrbios do sono, peso, sofrimento. • Situacional (perdas importantes, frustrações) ou crônica. Nilton Kamigauti - www.nilton.psc.br

  13. 4 - Normal, sadio e patológico. • Normal = norma, maioria, estatística, convencional. • Sadio = saudável, saúde, fluido, harmônico, integro. DSM-IV: Bem estar biopsicossocial. • Patológico = estremado, exagerado, unilateral, rígido. • Sadio: ansiedade motivacional e depressão normal (função estruturante). • Patológico: Transtorno de Humor (Depressão, Bipolar (PMD)). Transtorno de Ansiedade (Fobia, TAG, TOC, Pânico) • Normal: cidade x rural; fases da vida; estilo de vida; tipo de trabalho; profissão; críticas sociais. • OBS.: Experiências sempre baseadas nas referencias internas pessoais, por tanto, uma mesma situação pode ser vivenciada de forma diferente de indivíduo para individuo. Nilton Kamigauti - www.nilton.psc.br

  14. Intensidade da Ansiedade e Depressão Generalizada – não situacional Nilton Kamigauti - www.nilton.psc.br

  15. Intensidade dos estados psíquicos Entre o sadio e o patológico há uma diferença de grau. A.1 Um pouco de ansiedade: Motiva, melhora memória, raciocínio, aprendizado, disposição para ação, libera energia, aumenta glicose para neurônios e músculos, etc B.1 Muita ansiedade: Estado de euforia, mania, estresse, cansaço físico e mental, desliga a memória, raciocínio, dificuldade de aprendizado, aumenta cortisol (anti-inflamatório), diabetes emocional, insônia, etc. A.2 Um pouco de depressão: Desinflação do ego, maior contato com a realidade interna e externa, introjeção (recolhimento de projeções), calma, tranqüilidade, promoção da elaboração dos conflitos, contato com a sombra, etc. B.2 Muita depressão: Apatia, angustia, tristeza, dificuldade de elaboração, diminuição excessiva com mundo externo, isolamento, fixações e defesas contra conflitos internos, dificuldades com as necessidades básicas de sobrevivência, insônia, pensamentos e/ou tentativas de suicídio, etc. • “A depressão, como qualquer outra realidade analisada sob o enfoque psicológico, revela uma instância paradoxal, formada por seus aspectos positivos e negativos (bipolaridade).” AMUI 2003 Nilton Kamigauti - www.nilton.psc.br

  16. Neurociência Ansiedade crônica pode levar a depressão • Ansiedade crônica eleva produção de seretonina, cortisol, etc, que pode gerar a depressão. As vias da ansiedade ao longo do tempo se desgastam e as vias da depressão são ativadas. Nilton Kamigauti - www.nilton.psc.br

  17. Nilton Kamigauti - www.nilton.psc.br

  18. Psicologia Analítica Ponto de vista econômico (energético) • A abordagem de Jung da depressão concentra-se mais na questão da energia psíquica [...]. Jung conceitualiza a depressão como um represamento de energia, que, quando libertada, pode tomar uma direção mais positiva. A energia fica presa em virtude de um problema neurótico ou psicótico, porém, se liberada, realmente ajuda a superação do problema. Um estado de depressão deveria ser vivenciado tão plenamente quanto possível, de acordo com Jung, de modo que os sentimentos envolvidos possam ser esclarecidos. SAMUELS, 1986 • A depressão está ligada à regressão em seus aspectos regenerativos e enriquecedores. Em particular, pode assumir a forma da “tranqüilidade vazia que precede o trabalho criativo”. Em tais circunstâncias, é o novo desenvolvimento que extraiu da consciência a energia, acarretando a depressão. SAMUELS, 1986 • A depressão no sentido econômico (energético) se refere ao movimento de introversão, introjeção, de parte da energia (libido) da consciência para o inconsciente, do mundo externo para o mundo interno, do ego para sombra. Nilton Kamigauti - www.nilton.psc.br

  19. Ponto de vista Estrutural • “Operando como função estruturante normal, a depressão é ativada diante do sofrimento e faz com que o Ego se desapegue de outras funções estruturantes na elaboração simbólica e se concentre na elaboração da dor. Essa retirada da libido das funções estruturantes em andamento “desanima” a personalidade de qualquer outro projeto em curso. Por isso, a ativação da função estruturante da depressão diminui o entusiasmo e instala o desânimo. Acolhê-lo e admiti-lo é um procedimento existencial não só normal, mas também necessário e até imprescindível para se elaborar e integrar o sofrimento oriundo de símbolos feridos.” BYINGTON, 2007 • “A função estruturante da depressão normal estrutura o Ego com as características do Arquétipo da Vida e da Morte, centralizadas no desânimo e inerente às transformações. Assim, a depressão ou tristeza, e a alegria ou euforia, fazem parte corriqueira e habitual do processo de desenvolvimento. [...] [na depressão patológica] caracterizada pelo desânimo improdutivo compulsivo-repetitivo, acompanhado pelo catastrofismo e pela ideação autodestrutiva. Os símbolos que não puderam morrer e se transformar, na elaboração normal, são agora ameaçados pelo Arquétipo da Vida e da Morte, fixado e defensivo, de ser literalmente condenados à morte pelo suicídio.” BYINGTON, 2007 Nilton Kamigauti - www.nilton.psc.br

  20. [Um] fator depressivogênico é a ênfase na exposição da Sombra pela mídia, insuficientemente elaborada, acompanhada da sua projeção defensiva “nos outros”. Parte da fenomenologia de nossa espécie é a atração pela morbidez. Trata-se de uma função estruturante normalmente dedicada ao conhecimento da doença, da desgraça e, finalmente, da morte. A atração pela morbidezfreqüentemente se torna defensiva, o que nos leva a ser atraídos defensivamente pelo crime, pela miséria, por tudo o que é trágico e terrível, inclusive por filmes de terror, que nos revelam as disfunções da natureza e da nossa Sombra, sem no entanto elaborá-las e integrá-las. Satisfazemos essa atração e nos deprimimos parcialmente, mas simultaneamente evitamos sua elaboração profunda e integração, projetando nos outros a responsabilidade do mal. Um grande magnata da imprensa uma vez afirmou: - “Meu império foi construído sobre a lama, porque uma notícia ruim vende dez vezes mais jornais que uma notícia boa.” BYINGTON 2007 Nilton Kamigauti - www.nilton.psc.br

  21. Nilton Kamigauti - www.nilton.psc.br

  22. Desestruturação do ego/personalidade: • insegurança e/ou medo = ansiedade => transtornos = fobias e/ou obsessões e/ou pânico => psicose (delírios, alucinações, esquizofrenia) Nilton Kamigauti - www.nilton.psc.br

  23. Intensidades dos humores de ansiedade e depressão ao longo do tempo (linear) – Movimento enantiodrômico Nilton Kamigauti - www.nilton.psc.br

  24. Ansiedade e Depressão como manifestações de um mesmo fenômeno (?) Tai Chi – Símbolo gráfico da bipolaridade Nilton Kamigauti - www.nilton.psc.br

  25. Tao – Símbolo gráfico da totalidade (Self) Nilton Kamigauti - www.nilton.psc.br

  26. 5 - Ansiedade e Depressão como um mal moderno. • Sociedade de consumo, descartáveis. • Imediatismo: real time, online, fastfood, delivery... • Excesso de Informação sem elaboração. • Projeção defensiva da Sombra. • Hedonismo – doutrina do prazer. Intolerância a dor. • Incentivo a ansiedade e patologização da depressão. • Incentivo a eficiência, resultados, motivado pela competição e inseguranças, gerando ansiedade. • Estigma da depressão como disfunção, ineficiência, fracasso, fraqueza, impotência, sofrimento e dor. Dificultando as elaborações. • Industria dos anti-depressivos e ansiolíticos. • Incentivo social a eliminação dos sintomas (a dor, o sofrimento perda da função como recurso a elaboração (função estruturante)) Nilton Kamigauti - www.nilton.psc.br

  27. Pesquisas: Os 10 Remédios mais vendidos no Brasil 1º. Microvlar (anticoncepcional) 2º. Rivotril (ansiolítico e anticonvulsivante)3º. Puran T4 (hormônio tireoidiano) 4º. Hipoglós (pomada contra assaduras) 5º. Neosaldina (analgésico e antiespasmódico) 6º. Buscopan Composto (antiespasmódico e analgésico) 7º. Salonpas (analgésico e anti-inflamatório) 8º. Tylenol (analgésico e antitérmico) 9º. Novalgina (analgésico e anti-inflamatório) 10º. Ciclo 21 (anticoncepcional) Dados referentes ao ano de 2008. Fonte: IMS Health http://lista10.org/diversos/os-10-remedios-mais-vendidos-no-brasil/ • A IMS Health e a Associação Brasileira de Medicamentos Isentos de Prescrição (ABIMIP), divulgaram  ranking dos medicamentosmais vendidosnas farmácias do país entre agosto de 2011 e agosto de 2012. Seguem os dez mais: .  • Neosoro (para congestão nasal) • Ciclo 21 (anticoncepcional) • Microvlar (anticoncepcional) • Salonpas(emplastro para dor muscular) • PuranT-4 (hormônio da tireóide) • Dipirona sódica (analgésico e antitérmico) • Buscopancomposto (analgésico) • Rivotril (anticonvulsivante) • Dorflex (analgésico) • Hipoglós(pomada contra assaduras) Fonte: IMS Health e ABIMIP http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/1183441-pesquisa-revela-remedios-mais-consumidos-pelos-brasileiros.shtml Nilton Kamigauti - www.nilton.psc.br

  28. Numa visão social, a depressão parece ser um mal da modernidade, principalmente nas grandes cidades. Vivemos sob a pressão do excesso de trabalho, da insegurança das crises de um mundo globalizado, da criminalidade e principalmente do afastamento interpessoal em cidades cada vez mais populosas e individualistas. Nossa sociedade é altamente competitiva e muitas vezes desvaloriza as questões humanas. O estandarte da eficiência e da produtividade em nome da ordem e do progresso pode massificar severamente os cidadãos, não como uma força externa apenas, mas pior, como uma norma incutida em cada um. O que, quando ao extremo, pode impedir o crescimento pessoal estancando grande parte da humanidade do indivíduo e conseguintemente da sociedade que faz parte. Nilton Kamigauti - www.nilton.psc.br

  29. As necessidades físicas como alimentação, habitação, saúde, etc. requerem grande parte do nosso tempo e esforço. E as necessidades psíquicas como relacionamentos afetivos, educação, conhecimento, criatividade, acolhimento, laser, etc. costumam ficar em segundo plano. Não desqualificando a importância das necessidades de subsistência, mas também lembrando que o que escolhemos fazer sempre tem haver com nossas necessidades psíquicas a priori. O problema é que no dia-a-dia podemos nos esquecer dos motivos internos que nos levaram a exercer certas escolhas, nos levando a uma cisão, divisão, entre o mundo interno e o mundo externo. Influenciados por uma sociedade normativa e racionalista (patriarcal), nos afastamos do nosso mundo interno, esquecemos das nossas motivações, sonhos, projetos que tinham como finalidade satisfazer nosso desenvolvimento interno. Nilton Kamigauti - www.nilton.psc.br

  30. 6 - Psicodinâmica da Ansiedade e da Depressão. Ansiedade • A ansiedade contém características de insegurança e medo, que em pequena escala é motivadora é o motor que fez o ser humano sair das cavernas para enfrentar e resolver seus medos. No entanto, no desequilíbrio a falta leva a apatia diante da vida, a anestesia dos sentimentos, o comodismo, ou o conformismo, (muitas vezes sentido pelos pacientes que consomem ansiolíticos mal dosados) já o excesso leva ao estresse, o desespero e ao pânico. provém de planejamentos baseados numa visão pessimista, cuja baixa auto-estima parece ser ponto comum, a descrença que será capaz de resolver a situação preocupante. Nilton Kamigauti - www.nilton.psc.br

  31. A personalidade ansiosa tenta resolver a situação ansiolítica através das fantasias e planejamentos, diferente do planejamento sadio, o ansioso “pula” as etapas do planejamento e tenta resolver indo direto ao objetivo, com uma visão catastrófica ou pessimista acredita que não será capaz de “dar conta” da situação e constrói novos planos falidos a princípio. Não compreende que só se pode resolver o futuro quando este se transformar em presente. Não há tranqüilidade, nem divertimento no que faz. • A ansiedade pode chegar aos limites da realidade nas crises como o pânico. Onde os mecanismos de reequilíbrio da psique são mais evidentes, e vida e morte mostram suas fases. Pois, no máximo da agitação da vida nos deparamos com o polo opostos a morte, a renovação, a depressão extrema. Nilton Kamigauti - www.nilton.psc.br

  32. Depressão • Os instintos de sobrevivências nos fazem ir para o mundo e dar conta da realidade. Mas, outros instintos relativos a Eros (relacionamentos, afetos, sentimentos, significado, valores) são diminuídos em detrimento. E quando e quanto se vive a valorização interna? O recolhimento ao mundo interno pode ser visto como a depressão normal (funcional), que promove a elaboração, a lidar com os conflitos internos (polaridades) e suas resoluções (Função Transcendente), a busca dos significados, dos símbolos estruturantes. “A depressão traz a lentidão, um movimento contrário à mania, intimidade.” Hillman Nilton Kamigauti - www.nilton.psc.br

  33. “[A] dimensão depressiva tem como principal finalidade proporcionar à psique um desenvolvimento criativo, promovendo o processo de individuação.” AMUI 2003 • “A melancolia nos leva a um lugar onde podemos ver mais claramente as essências da vida” Jules Castiford • “O que é que a psique está fazendo ao apresentar o paciente com uma depressão? [...] Ao invés de ver a depressão como uma disfunção, ela é um fenômeno funcional. Paralisa-te, acalma-te, deixa-te terrivelmente infeliz. Então você sabe que ela funciona” Hillman • “Tememos o desemprego e a característica dominante dos indivíduos depressivos é que eles não conseguem levantar para ir trabalhar [...] Mas é muito importante se voltar para que tipo de experiência aquela pessoa está passando.” Hillman Nilton Kamigauti - www.nilton.psc.br

  34. “Você pode continuar, continuar, continuar na base de café e estimulantes. Quando você assiste os heróis na TV eles nunca se cansam. (Mas) a lentidão é básica para a noção de melancolia desde a sua primeira origem. A mania é com freqüência descrita na psiquiatria como a ausência de tristeza. [...] Nós queremos mudar mas não queremos perder. Sem tempo para a perda não temos tempo para a alma” Hillman • “Toda vez que alguém cai em depressão todo mundo vem ressuscitá-lo, e temos as drogas e a terapia convulsiva para tratá-lo. Na vida comum, apenas nos levantamos e nos movemos novamente para evitar a depressão.” Hillman • “não existem razões para não tirarmos vantagem das medicações. O importante é a sua atitude perante isto, como você mantém aquele demônio em seu lugar para que não tome conta de você. O truque é manter o foco no que o paciente está sentindo, pensando e imaginando.” Hillman Nilton Kamigauti - www.nilton.psc.br

  35. 7 - Saúde biopsicossocial. • Auto-conhecimento (aprender a lidar com os níveis de ansiedade e elaborar a depressão). • Superação do sofrimento (“é preciso superar o sofrimento e a única forma é suportando” JUNG). • Harmonia (mundo interno e externo, mente e corpo, indivíduo e sociedade). • Flexibilidade, fluidez (menos fixações), tranqüilidade, leveza (humor, diversão). • Integração, individuação. Nilton Kamigauti - www.nilton.psc.br

  36. 8 - O paradoxo:Ansiedade x Depressão, e o Sadio. • Humor torna as dificuldades mais leves, menos sofridas. Por isso utilizei as ilustrações no meio das teorias. • O ego precisa ser um verdadeiro herói para dar conta das intempéries da vida. Dar conta dos inúmeros conflitos, suportar as tensões e resolvê-las. Só você sabe como foi difícil chegar até aqui. Somos todos sobreviventes. • As crianças são símbolo da totalidade, estão mais próximas do Self, assim em geral vivem intensamente dentro do sadio, com flexibilidade crescem. • Onde está a depressão e a ansiedade? Mais próximas do Inconsciente e da Sombra as criançastem mais acesso e menos fixações e tem mais energia disponível. Nilton Kamigauti - www.nilton.psc.br

  37. Referência • www.nilton.psc.br/textos.html • AMUI, Juliano Maluf. Artigo: Depressão e CoagulatioAlquimica o Sofrimento Como Propiciador da Solidificação. 2003 • BYINGTON, Carlos. Estrutura da Personalidade: Persona e Sombra. São Paulo: Ática, 1988. • BYINGTON, Carlos. A Depressão Normal e o Futuro da Civilização – Um Estudo da Função Estruturante da Depressão pela Psicologia Simbólica Junguiana. Palestra apresentada no V CongresoVenezolano de Psicoterapia, realizado pela AsociaciónVenezolana de Psicoterapia - AVEPSI, Caracas, 15 de junho de 2007. • BLACKBURN, Simon. Dicionário Oxford de Filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1997. • HILLMAN, James. Artigo: Uma Escuta Atenta da Depressão – Uma Tarde com James Hillman. http://www.rubedo.psc.br/Entrevis/escdepre.htm • Houaiss. Versão 1.0: Objetiva, Rio de Janeiro, 2001. 1 CD-ROM. • JOHNSON, Robert A. Imaginação Ativa. São Paulo: Mercúrio, 2003. • JUNG, C. G. A Natureza da Psique. OC VIII/II. Petrópolis: Vozes, 1986. • JUNG, C. G. Fundamentos de Psicologia Analítica. OC XVIII/I. Petrópolis: Vozes, 1987. • JUNG, C. G. Tipos Psicológicos. Petrópolis: Vozes, 1991. • MONTIEL, José Maria e Col. Artigo: Incidência de Sintomas Depressivos em Pacientes com Transtorno de Pânico. Revista da Vetor Editora, 2005. • SERSON, Breno. Integrando Farmacoterapia à Psicoterapia e a Medidas Gerais no Tratamento dos Quadros Ansioso-depressivos. Ribeirão Preto: Revista da SPAGESP, 2007. • VON FRANZ, Marie-Louise. O Caminho dos Sonhos. São Paulo: Cultrix, 1992. Nilton Kamigauti - www.nilton.psc.br

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