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A situação da epidemia em Portugal: o que sabemos e o que precisamos saber? Ana Cláudia Carvalho

A situação da epidemia em Portugal: o que sabemos e o que precisamos saber? Ana Cláudia Carvalho Serviço Doenças Infecciosas Hospital São João Departamento de Epidemiologia Clínica, Medicina Preditiva e Saúde Pública – FMUP Instituto de Saúde Publica da Universidade do Porto ( ISPUP).

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A situação da epidemia em Portugal: o que sabemos e o que precisamos saber? Ana Cláudia Carvalho

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Presentation Transcript


  1. A situação da epidemia em Portugal: o que sabemos e o que precisamos saber? Ana Cláudia Carvalho Serviço Doenças Infecciosas Hospital São João Departamento de Epidemiologia Clínica, Medicina Preditiva e Saúde Pública – FMUP Instituto de Saúde Publica da Universidade do Porto ( ISPUP)

  2. O que precisamos saber : thebasics Incidência Prevalência Mortes atribuídas a VIH/SIDA

  3. Janeiro 1983 a Dezembro 2010: • Notificados 39.347 casos inf. VIH ( todos os estádios) • Notificados7694 ( 19.5%) óbitos Em 31 Dez 2010: 29.892 notificados e vivos (?)

  4. INSA 2009 PLWH: 29.726 UNAIDS Report 2009 PLWH: 42.000 ( 32.000-53.000) ?

  5. UNAIDS Report 2009 Adultprevalence(15-49ª) : 0.6% ( 0.4-0.7) Prevalência

  6. 1200 1109 M F M F 1000 917 800 786 708 600 628 547 400 200 192 161 158 0 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 Mortes Nº mortes por SIDA em Portugal: 1991-2008

  7. Até Dez 2010: notificados 39.347 casos inf. VIH/SIDA Características gerais: • Maioritariamente homens: 74% • 39.9% ( 15.686) UDI ; 42.1% ( 16.567) Hetero ; 13.1% ( 5.136) HSH Nº de casos inf VIH notificados ( ano de diagnóstico) e categorias de transmissão

  8. Dos casos atribuídos a transmissão heterossexual cerca de 1/3 foram provavelmente adquiridos em países com epidemia generalizada; a maioria AfricaSubsahariana .

  9. VIH-2

  10. Em Portugal a transmissão vertical é rara : notificados11 casos em 2008; 6 em 2009. Maputo 29 Julho 2010 : lançamento da campanha para a eliminação da transmissão vertical.

  11. Incidência ECDC Report Incidence 2009( adjusted for reporting delay) : 15.3 /100.000 ( incidence in 2000: 27.6/100.000)

  12. Notificações e diagnósticos em 2010 Para os 1 020 casos com data de diagnóstico no ano de 2010, a distribuição de acordo com as principais categorias de transmissão e o estádio é a seguinte: Heterossexuais (612; 60%): 55% PA Homo/Bissexuais (217; 21.3% ): 69% PA Toxicodependentes (147; 14.4%): 35% PA “Novos diagnósticos” vs“novas infecções”!

  13. Os sistemas de vigilância clássicos são retrospectivos; é necessário compreender melhor a epidemia actual!

  14. Vigilância: informação para acção

  15. Vigilância de 2ª geração: dar um passo em frente olhando (tb) para um passo atrás Princípios de um sistema de vigilância de segunda geração • Adaptado ao padrão da epidemia no país • Dinâmico; flexível • A alocação de recursos deve ser dirigida para onde possa gerar informação mais útil • Compara indicadores biológicos e comportamentais para maximizar a informação • Integra informação de outras fontes ( TB/IST/hepC) • Utiliza a informação produzida para aumentar e melhorar a resposta nacional

  16. Vigilância de 2ª geração: dar um passo em frente olhando (tb) para um passo atrás Numa epidemia concentrada um sistema de vigilância deve responder a: • Em que sub-populações estão os comportamentos de risco concentrados? • Qual é o tamanho de cada uma dessas sub -populaçoes? • Qual a prevalência da infecção VIH nessas sub- populações? • Que comportamentos expõem os indivíduos dessas sub- populações à infecção e qual a sua frequência? • Quais são as ligações entre as sub-populaçoes em risco e a população geral?

  17. Vigilância de 2ª geração: dar um passo em frente olhando (tb) para um passo atrás Como? • Conduzir vigilância comportamental nas sub-populações com comportamentos de risco (anual) • Conduzir vigilância comportamental nos “ grupos ponte” (anual) • Estudos transversais avaliando comportamentos na população geral (cada 5anos) • Vigilância sentinela na população geral ( grávidas) (anual)

  18. ECDC: proposta de indicadores no âmbito de vigilância comportamental População geral • Idade no início da actividade sexual • IST nos últimos 12 m • Parceiros concomitantes Jovens • Idade na altura em que iniciou actividade sexual • Utilização de preservativo/ método contraceptivo na primeira e na última relação sexual

  19. 7400 alunos dos 6º ao 10ºanos 2005/6 / Amostra nacional

  20. Mas 15% não utilizaram nenhum método contraceptivo na ultima relação sexual!

  21. ECDC: proposta de indicadores no âmbito de vigilância comportamental Utilizadores de drogas ev • Partilha de material inj no último mês • Nº vezes que injectou drogas no último mês • Nº de agulhas estéreis obtidas no último mês • Utilização de terapêutica de substituição de opiáceos no último mês • Hepatite C ( teste e resultado) • Utilização de preservativo com diferentes tipos de parceiros • Ter sido pago por sexo nos últimos 12 m

  22. ECDC: proposta de indicadores no âmbito de vigilância comportamental HSM / trabalhadores do sexo/ clientes de trabalhadores do sexo/ imigrantes • Idade no início da actividade sexual • IST recente ( 12m) • Utilização de preservativo com diferentes tipos de parceiros e diferentes práticas sexuais • Ter sido pago por sexo nos últimos 12 m • Hepatite C ( teste e resultado) • Parceiros simultâneos • (Consumo de drogas)

  23. The European MSM Internet Survey-EMIS, the largest international study ever conducted on homosexually active men, took place in 2010, from June 4 to August 21.An anonymous questionnaire was provided online in 35 European countries and 25 languages. A total of 5391 subjects living in Portugal provided information but for analysis only cases with non-discrepant data were included resulting in 4584 participants.

  24. Twenty eight percent lived alone, 34% with parents, 16% with a male and 6% with a female partner; 56% were single (no steady relationship). Ten percent had a serodiscordant steady male partner; 11% did not know about the partner status. The mean number of non-steady male sexual partners in the last 12 months was 5.9 ±4.25; 21% had sex abroad in the last 12 months; 94% had never paid a man for sex. 42% admitted unprotected anal intercourse with a non-steady partner in the last 12 months. A condom was not used on the most recent anal intercourse (steady or non- steady partner) by 57% of the respondents. HIV testing was performed at least once by 72% of the participants. Overall, 8% were HIV positive. Cláudia Carvalho, Ricardo Fuertes, Raquel Lucas, Luís Mendão, Maria José Campos, Henrique Barros, Axel Schmidt

  25. ECDC: proposta de indicadores no âmbito de vigilância comportamental Pessoas que vivem com a inf.VIH/SIDA • Idade na altura em que iniciou actividade sexual • IST recente ( 12m) • Utilização de preservativo com diferentes tipos de parceiros • Ter sido pago por Sexo nos últimos 12 m • Hepatite C ( teste e resultado) • Variáveis relacionadas com tratamento ARV ( estar em tx, CD4+, carga vírica)

  26. IST • STI are importantindicatorsof potencial exposure to HIV infection, bothbecausethey are co- factors for infectionandbecausetheyindicateunprotectedsexwith non-monogamouspartners. • For thesereasonsgood STI indicenceandprevalence data can contributesignificantly to trackingtrendsinriskysexand potencial exposure to HIV and to monitoringthesuccesssofmeasuresaimedatpromotingsafer sex. (inGuidelines for secondgeneration HIV surveillance UNAIDS/WHO, 2000)

  27. O que devíamos saber: whatelse? morte Aquisição da Infecção Diagnóstico Percurso como PLWH • Contexto do teste • onde • iniciativa • aconselhamento • Referenciação • tempo até consulta • processo • sucesso Dados mortalidade • Seguimento activo • TARV (regimes, adesão) • Adesão a medidas preventivas • Rastreio parceiros(s) • Morbilidade • IO • co infecções ( TB, HepC, STI) • doenças concomitantes • qualidade vida • estigma/descriminação • Determinantes • comportamentais • económicos • culturais/sociais • Timing • CD4+ • oportunidades perdidas PPE

  28. Diagnóstico Tardio Acesso, práticas e barreiras ao Teste VIH 301 novos dx 2005-2008 HSJ, HSM e HJU

  29. An extensive survey by the nongovernmental organization representatives of the UNAIDS Programme Coordinating Board in 2010 showed that people living with HIV and key populations at higher risk continue to experience high levels of HIV-related stigma and discrimination. Slightly less than half of respondents experienced negative attitudes or exclusion from family members. Other experiences in at least one third of the sample included loss of employment, refusal of care by health care workers, social or vocational exclusion, and/ or involuntary disclosure.

  30. Epidemia do VIH em Portugal • Já sabemos muito: é preciso reunir informação e trabalhar em conjunto! • Ainda falta saber muito: temos que definir o quê e como! • Transformar “impressões em factos” e fazê-lo em “tempo real”. • Investir esforços ( e dinheiro) onde o impacto das intervenções pode ser maior!

  31. Epidemia do VIH em Portugal Sistema de vigilância • indicadores bem definidos • simples e dinâmico • suplementado por dados laboratoriais • facilite a transferência de informação

  32. “Data collectioninnotanendinitself. Themainpurposeoftrackinganepidemicis to providetheinformationneeded to changeitscourse” . (inGuidelines for secondgeneration HIV surveillance UNAIDS/WHO, 2000)

  33. Ana Cláudia Carvalho claudiac@med.up.pt Serviço Doenças Infecciosas Hospital São João Departamento de Epidemiologia Clínica, Medicina Preditiva e Saúde Pública – FMUP Instituto de Saúde Publica da Universidade do Porto ( ISPUP) Obrigada pela vossa atenção!

  34. Emis • Results: Most participants (3678, 80%) were born in Portugal and 65% lived in a medium-sized or larger cities. Mean age was 32±10.6 yrs.; 28% were younger than 25 and 23.4% older than 40 yrs. About two thirds were employed, 20% were students and 58% had a high educational degree. Most (70%) described themselves as homosexual, 90% were only or mostly attracted to man; 66% reported having a happy sex life and 66% felt comfortable as MSM. Almost half (47%) reported having none or few people knowing about their attraction to men. Twenty eight percent lived alone, 34% with parents, 16% with a male and 6% with a female partner; 56% were single (no steady relationship). • Ten percent had a serodiscordant steady male partner; 11% did not know about the partner status. The median time length of a steady relationship with a man was 3 yrs. The mean number of non-steady male sexual partners in the last 12 months was 5.9 ±4.25 and 57% met their last non steady partner in a website for gay or bisexual men; 94% had visited a website on the last 7 days for dating, information and porn sites; 21% had sex abroad in the last 12 months; 94% had never paid a man for sex. Gay cafe/ bar/ pub or gay nightclub or gay sauna were the most common places visited in the last 12 months (by 66%, 61% and 21% of the participants, respectively). Although 83% were satisfied with what they knew about HIV and STI 42% admitted unprotected anal intercourse with a non-steady partner in the last 12 months. A condom was not used on the most recent anal intercourse (steady or non- steady partner) by 57% of the respondents. • HIV testing was reportedly performed at least once by 72% of the participants; 29% had a negative HIV test result within the last 12 months. Overall, 8% reported to be HIV positive. • Conclusions: Despite the possibility of self-selection bias and the non-representative nature of the sample, the amount of information and the large adherence of the MSM community resulted in a remarkable picture of the social, behavioral and epidemiological situation of MSM in Portugal, providing an invaluable basis for future monitoring and comparisons.

  35. Lisboa, 26 set (Lusa) -- Quase metade dos jovens europeus já teverelações sexuais desprotegidas com novos parceiros, segundo um estudohoje divulgado e que vem mostrar uma realidade semelhante à que sepassa em Portugal.O estudo resultou de um inquérito feito a seis mil jovens de mais de29 países em todo o mundo e, na Europa, uma das principais conclusõesé a de que 42% dos jovens tem relações sexuais desprotegidas com novosparceiros.Em Portugal, alguns inquéritos apontam para que 50% dos jovens tenhamrelações desprotegidas.Mais notícias na aplicação Banca SAPO.

  36. O nº de inf VIH em UDI tem vindo a diminuir

  37. O nº de inf VIH em HSH tem vindo a aumentar

  38. E o nº de casos de transmissão heterosexual?

  39. CASOS NOTIFICADOS EM PORTUGALTotal acumulado dos casos notificados de infecção pelo vírus da imunodeficiência humanasegundo a classificação epidemiológica (PA, Sintomáticos Não-SIDA e SIDA), ano de diagnóstico e estado vital CVEDT_ INSA: relatório 2010

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