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NÃO OUVI FALAR DE AMOR. AUTOMÁTICO. Hoje escutei rádio. Lí os jornais, parei para escutar o que se fala nas ruas, nas filas dos ônibus, nos balcões dos bares, e não ouví falar de amor. Vaguei de um lado para outro com os ouvidos alerta, mas ninguém pronunciou a mágica palabra.
E N D
NÃO OUVI FALAR DE AMOR. AUTOMÁTICO
Hoje escutei rádio. Lí os jornais, parei para escutar o que se fala nas ruas, nas filas dos ônibus, nos balcões dos bares, e não ouví falar de amor. Vaguei de um lado para outro com os ouvidos alerta, mas ninguém pronunciou a mágica palabra.
Ouvi falar de impostos, de violência, de acidentes, de famosos, de fraudes. Ouvi falar de futebol, de política... mas não ouvi falar de amor. Aproximei-me dos casais e os ouvi falar de dinheiro, de carros, de roupas, de propriedades, do que fazem os outros.
Do colégio das crianças, de cinema, de divórcio, de problemas… mas não ouvi falar de amor. Vi o povo protestar por tudo. Porque há buracos nas ruas, porque o guincho levou o carro, porque um político disse algo, porque a sopa estava fría... porque aumentaram o preço de… não sei que produto, mas não ví ninguém protestar por falta de amor. AMOR
Cruzei com uma manifestação, mas em nenhum cartaz pude ler a palavra: AMOR
Eu me pergunto e te pergunto: O que está acontecendo? Tão insignificante é o amor que ninguém fala dele, que ninguém sente falta dele? Senti vontade de começar a gritar no meio da rua: AMOR !!! AMOR !! AMOR ! RADIO FM 106.3 Tradução: Cleber Rodrigues Sant’Ana do Livramento-RS-Brasil-2009 Todos os direitos reservados à autora, identificada à esquerda. PPS original recebido de João Luiz Lacerda, sem código de proteção.