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O Mundo Capitalista

O Mundo Capitalista. A doutrina de Truman – cujo objectivo era impedir que o comunismo se difundisse mais mundialmente - acabou por dar o mote para a política externa americana.

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O Mundo Capitalista

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Presentation Transcript


  1. O Mundo Capitalista

  2. A doutrina de Truman – cujo objectivo era impedir que o comunismo se difundisse mais mundialmente - acabou por dar o mote para a política externa americana. • A política externa dos EUA teve a particular característica de se estender a todo o mundo, em forma de múltiplos pactos com inúmeros países de todos os cantos do globo. • O plano Marshall – que pretendia prestar ajuda económica à Europa – foi a grande primeira etapa desta politica expansionista, ao aproximar ainda mais a Europa Ocidental dos EUA, o que permitiu a estes reerguer a Europa sob o signo do capitalismo. • Contudo, o grande impulsionador do “desespero” americano em firmar pactos por todo o mundo foi a Questão Alemã – que demonstrou o quão frágil era a relação entre os EUA e URSS.

  3. a. O Expansionismo Americano • O Pacto do Atlântico (Washington, 1949) deu origem a uma organização político-militar da Europa e EUA – OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte). Esta foi fundada pelos EUA, Canadá e 10 países europeus e foi a organização militar que mais importância teve no pós-guerra. • O seu objectivo era que cada país membro fosse capaz de responder a um ataque de um inimigo que embora nunca fosse intitulado era a URSS. • Foi ainda criada a OEA (Organização dos Estados Americanos; 1948) que teve a sua origem no Pacto do Rio (1947). • O seu objectivo era a defesa do território americano caso este fosse atacado pela URSS. • Pág 36 – Analisar doc. 22

  4. Assim, para além da OTAN e da OEA, os EUA firmam alianças multilaterais por todo o mundo. • - Na Oceânia, a ANZUS (Austrália, Nova Zelândia e Estados Unidos), 1954 • - No Sudeste Asiático, a OTASE (Organização do Tratado da Ásia e do Sudeste), 1954 • - No Médio Oriente, a CENTO (Organização do Tratado Central), 1955 • A impossibilidade de criar um pacto que abrangesse toda a zona do oceano Pacifico, fez com que os EUA assinassem acordos e tratados bilaterais com mais de 50 países o que lhes abriu a possibilidade de construir de bases militares em inúmeros locais e assim fazer um “cerco” ao redor do mundo comunista. • Pág 37 – Analisar doc. 23

  5. Politicamente falando, após a Segunda Guerra verificaram-se mudanças no sistema democrático ocidental. • Os problemas económicos e a constante tensão entre as duas super-potências fez com que começassem a aparecer democracias pluralistas que fundiam os valores demoliberais (liberdade individual, sufrágio universal e multipartidarismo) com a ideologia socialista (bem-estar dos cidadãos e justiça social). • Estas mudanças surgiram após a Grande Depressão ter demonstrado a necessidade de existir um Estado interventivo para controlar a economia directamente.

  6. Assim, surgem duas novas correntes políticas: a Social-Democracia* e a Democracia-Cristã*. • A Social-Democracia une o pluralismo democrático e a livre concorrência com um Estado intervencionista de modo a ter as rédeas da economia e a garantir o bem-estar da nação. • No Reino Unido, o Partido Trabalhista liderado por ClementAtlee – sociais-democratas ingleses – vence a eleições (1945-51) e afasta assim Churchill (Partido Conservador) apesar de tudo o que este fez durante a guerra.

  7. Um pouco pela Europa verificaram-se resultados eleitorais semelhantes (Suécia, Noruega e Dinamarca). • Originária na doutrina social da Igreja*, a Democracia-Cristã condenava o capitalismo que considerava responsável por todos os problemas sociais. O seu objectivo é suprir o laicismo demoliberal, ao incutir no regime valores tradicionalmente cristãos através de uma participação mais activa dos fiéis cristãos na vida política. Pretendia ainda introduzir o humanismo nos regimes através de justiça e ajuda social para os menos afortunados. • Na Itália (Partido Democrata Cristão) e a Alemanha (CDU) esta corrente política foi a eleita.

  8. Embora tivessem princípios diferentes, sociais-democratas e democratas-cristãos partilharam o mesmo objectivo de radicalmente mudar o sistema democrático ocidental. • No pós-guerra, na Europa aconteceu uma vaga de nacionalizações que atingiu inúmeros sectores e tornou assim o Estado no detentor das rédeas da economia nacional, o que lhe permitiu exercer a sua função de controlar directamente a economia. • O sistema de impostos não escapou a alterações e foi reforçada a progressão das suas taxas, o que – embora tivesse consequências para o rendimento dos mais afortunados – garantiu uma maior justeza na distribuição da riqueza do país.

  9. Conceitos • Guerra-Fria*: Expressão que se atribui ao clima de tensão político (ideológico) e militar (estratégico) que no final da 2ª guerra se instalou entre as duas super-potências (EUA e URSS), sobretudo de 1947 a 1962, embora se estenda até finais da década de 80. Caracteriza-se pela corrida aos armamentos, por haver conflitos localizados e crises militares, ameaças e movimentos de espionagem, mas nunca um confronto directo. • *Social-Democracia: Corrente política que reúne a democracia política e a democracia social. Tem origem no socialismo reformista de Berstein (II Internacional) que, adoptando o ideário marxista, rejeita a via revolucionária para o impor politicamente. • *Democracia-Cristã: Corrente política inspirada na doutrina social da Igreja que defende a inclusão de princípios da moral cristã e humanitários na vida política dos cidadãos e regime. • *Doutrina social da Igreja: Perante a miséria do mundo operário, no final do século XIX, o papa Leão XIII na Encíclica RerumNovarum condenou os problemas sociais provocados pelos excessos do capitalismo. Na mesma linha o fizeram os papas Pio XII (1931) e João XXIII (1961).

  10. b) As opções económicas • Conhecendo o estado do mundo no pós-guerra (1939-1945) (campos devastados, cidades destruídas, fábricas apenas viradas para a produção de material bélico, economia desorganizada, etc.), foi necessário tomar medidas a nível social e a nível da economia. • Assim, com base nos principio Keynesianos dos anos 30, surge o Estado-Providência* . Segundo John Keynes, economista do século XX, era importante que o estado interferisse mais activamente nas actividades económicas do país em questão. Esta teoria surgiu para se tentar combater a crise que se havia instalado com o Crash da bolsa de 1929, tendo sido posta em prática pelo Presidente Americano Roosevelt.

  11. Regressando aos anos 40, e olhando para a crise que havia depois da guerra, vê-se o Reino Unido a abraçar a teoria de Keynes, sendo este o país pioneiro na Europa a optar pelo intervencionismo* do estado na economia, chamado em Inglaterra de WelfareStat, por outras palavras: Estado-Providência, Estado do bem-estar. Este estado intervencionista vai suprir as necessidades básicas da população “do berço ao túmulo”, como disse Lorde Beveridge, uma das pessoas responsáveis por este sistema ter sido utilizado no Reino Unido. • “Assim, o Estado irá intervir pelas formas e para os fins mais variados, dirigindo, incentivando ou fiscalizando, por meios autoritários ou não, a actividade dos restantes sujeitos económicos e sociais, participando ele próprio, como sujeito, nessas tarefas, produzindo, comercializando e distribuindo inúmeros bens e serviços úteis à colectividade. Exemplo de um serviço de solidariedade do Estado é a Segurança Social, que deveria garantir o mínimo de sobrevivência condigna em todas as situações de carência. O Estado deveria garantir, igualmente, o acesso de todos os cidadãos aos cuidados de saúde.”­Infopédia

  12. Deste modo, as actividades do estado são ampliadas, mantendo-se o sistema capitalista. Embora com algumas pequenas diferenças de país para país, as medidas que implementaram o Estado-Providência foram: • . Os governos nacionalizaram os principais sectores produtivos – energia, transportes, extracção mineira, siderurgia, etc. – mas também os bancos, as companhias de seguros, as comunicações. Tinha também, o estado, o objectivo de garantir empregos e criou uma política de salários. • . Cada estado devia assegurar o bem-estar da população desde o momento que um indivíduo nasce até ao momento em que morre (segundo Beverige, 1942) – através de um sistema de Segurança Social. Este deveria abranger: a maternidade, doença, carência, acidente, desemprego, velhice, habitação, assistência médica, ociosidade e morte.

  13. É o sistema nacional de saúde Inglês, gratuito e extensível a todos, que vai servir de modelo para a maioria dos países europeus. • O sistema Estado-Providência, que se baseava na nacionalização dos principais sectores produtivos, enfrentou resistência pela parte dos capitalismos liberais, que defendiam a economia de mercado, que se centrava na sua totalidade na iniciativa privada. Assim, como não podiam vigorar os dois sistemas, neste caso a economia liberal fez-se recuar perante o Estado-Providência. • Todas estas medidas que foram tomadas concorreram para o bem-estar da sociedade, sendo que houve uma melhor distribuição da riqueza o que proporcionou estabilidade económica. • Deste modo, o Estado-Providência foi um factor da grande prosperidade económica que se viveu no Ocidente após a Segunda Guerra Mundial durante três décadas. • Pág. 42 doc.27 ler • Pág . 43 doc 28 - Analisar

  14. Conceitos • Estado-Providência*: Estado intervencionista que proporciona segurança social, bem-estar, e as melhores condições de vida, tendo em conta a felicidade dos seus cidadãos. • Intervencionismo*: Atitude governativa, baseada na tese de Keynes (americano), que se caracteriza pela interferência mais activa do estado na regulamentação das actividades económicas.

  15. A prosperidade económica • O crescimento económico do pós-guerra deveu-se à rentabilização do Plano Marshall (plano que os EUA estruturaram para ajudarem a Europa financeiramente, financiando-lhe cerca de 14 bilhões de dólares para a sua recuperação, assim, a América do Norte tinha o restante Ocidente nas suas “mãos”), “O objectivo dos Estados Unidos da América era criar condições às nações europeias para o estabelecimento da democracia (travando assim o avanço para ocidente da influência soviética) e tornar dependentes dos EUA as economias da Europa) ” (Infopédia). Não só com a ajuda do Plano Marshall, mas também com a criação da G.A.T.T. (Acordo Geral sobre Pautas Aduaneiras e Comércio), isto é, com a liberalização do comércio internacional, e por fim, através da estabilidade monetária (acordos de BrettonWoods).

  16. As economias cresciam a grande vapor, não se registando períodos de crise, apenas, esporadicamente, alguns abrandamentos de ritmo. Tanto crescimento a nível mundial impressionou os analistas que baptizaram estes 30 anos de prosperidade de “milagre económico”, sendo que este ficou conhecido na História como os “Trinta Anos Gloriosos”. • Diversos factores contribuíram para que houvesse este vigoroso crescimento económico, contrariamente às tradicionais crises cíclicas do capitalismo, tais como: • . A inovação técnica que houve na agricultura e na indústria foi fundamental e indispensável para reestruturar os equipamentos e processos de produção que haviam sido destruídos pela guerra. Esta inovação atingiu todos os sectores, - fibras sintéticas, plásticos, química, electrodomésticos, automóveis, “indústrias de ponta” (electrónica, aeronáutica, nuclear) –, fazendo com que houvesse um grande aumento na produtividade, sendo que a melhor qualificação dos trabalhadores foi fundamental, isto é, tiveram mais formação e tinham um melhor nível de vida que os motivava a trabalhar.

  17. A Ciência e a Técnica • Variadas invenções e descobertas a nível industrial, crescem rapidamente devido a: • . Expansão do Taylorismo; • . Baixos custos de energia (o carvão é substituído pelo petróleo, mais abundante e mais barato: Ouro Negro); • . Melhoria nas redes de distribuição (ferroviária e rodoviária). • Não só a nível industrial, mas também a nível empresarial houve mudanças, sendo que este segundo, vai modernizar a sua gestão com novas metodologias de contabilidade e estudos estatísticos de mercado. E, como os monopólios são proibidos, a concentração empresarial vai “virar-se” para novas formas - Multinacionais*. (Ver documento 4). São os grandes económicos, responsáveis pela actual globalização.

  18. Nos anos 60, vai-se apostar no alargamento de espaços económicos com a abolição das barreiras alfandegárias de forma a tornar o comércio internacional num grande mercado mundial (CEE). • A modernização da agricultura, sector onde a produtividade aumenta de tal modo que permite aos países desenvolvidos passarem de importadores a exportadores de produtos alimentares (mecanização, pesticidas, adubos químicos, selecção de sementes) fará aumentar o desemprego e o êxodo rural, mas permitirá a sua capitalização (produção para o mercado e maiores investimentos).

  19. A expansão demográfica – Baby-boom* (aumento súbito e elevado da Taxa de Natalidade, sentido entre os anos 40 e 60) – que acompanhou todos os factores referidos anteriormente é responsável pelo aumento do poder de compra, que fez crescer o número de consumidores, cada vez mais exigentes, obrigando à construção de novos equipamentos sociais (hospitais, creches, habitações e escolas), vestuário, alimentos, etc. E consequentemente, houve um aumento nos postos de trabalho nos países desenvolvidos. • Para além de todos estes factores, o crescimento da população activa deveu-se ainda, ao aumento do número de mulheres no mercado de trabalho e de imigrantes dos países menos desenvolvidos. • Pág. 46 – doc 31 - tpc

  20. O sector terciário foi o que mais cresceu, devido à expansão dos serviços de telecomunicações, bancos, seguros, publicidades, distribuição de mercadorias, administração de empresas e todos os serviços sociais do Estado-Providência (funcionários públicos). Absorve o excedente de trabalhadores dos outros sectores (ex: agrícola) e faz aumentar a classe média. • No decorrer destes 25 anos, após o segundo conflito mundial, os países europeus recuperaram e viveram uma excepcional expansão económica que, em 1974, atingia valores idênticos ao dos EUA.

  21. Este desenvolvimento foi de tal forma que, a partir do modelo de vida americana (Americanwayoflife), divulgado pelo StarSystem (cinema/Hollywood), as sociedades europeias reorganizaram-se seguindo o modelo: • . Um lar materialmente, confortável, bem equipado, com electrodomésticos, rádio, TV, fogão, frigorífico, telefone, aquecimento, etc; • . Posse de automóvel, para os passeios familiares;

  22. Uso generalizado de certos produtos, divulgados pela publicidade. Ex: Coca-Cola. • As férias pagas (anos 60), week-ends, vieram acentuar a ideia de que a vida merece ser desfrutada e o dinheiro existe para se gastar. • Tudo isto só era possível devido ao pleno emprego, salários altos e promoção social, assentes no direito ao bem-estar social e felicidade individual, própria de uma sociedade desenvolvida, isto é, de uma Sociedade de Consumo* numa Era de Abundância, criada pela produção em massa, que vai aumentar a oferta e estimular o simples cidadão num consumidor nato, que compra bens supérfluos como básicos para a sua sobrevivência.

  23. Sociedade de Consumo*: Sociedade de abundância característica da 2ª metade do século XX. Identifica-se pelo consumo em massa de bens supérfluos, que passam a ser encarados como essenciais à qualidade de vida. A sociedade de consumo é também identificada com a sociedade do desperdício, já que a vida útil dos bens é artificialmente reduzida pela vontade da sua renovação.   

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